Nota de Acompanhamento do Caderno de Informação da Saúde Suplementar



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Transcrição:

Nota Acompanhamento do Carno Informação da Saú Suplementar 1. Informações Gerais Em 2009, após um semestre quase estagnação, o número planos saú cresceu 4,9%. Essa é uma taxa muito expressiva consirando que no primeiro semestre o número ficou praticamente estagnado (crescimento apenas 0,8%). Isto é, o crescimento no segundo semestre foi vigoroso em sintonia com retomada econômica, que reposicionou o emprego e a produção industrial aos seus níveis pré-crise em setembro 2009 e fevereiro 2010, respectivamente. Os dados são da ANS, para a data-base zembro 2009, divulgados ao final março. Tabela 1. Taxas crescimento do n z09 Δ% 12 Período Beneficiário meses Total Individual Coletivo Asão Δ% trimestre z/08 40.872.918 set/09 41.932.329 z/09 42.856.872 4,9 2,2 z/08 8.940.935 set/09 9.149.332 z/09 9.233.467 3,3 0,9 z/08 29.790.841 set/09 30.650.136 z/09 31.458.028 5,6 2,6 z/08 7.232.657 set/09 7.371.343 z/09 7.488.180 3,5 1,6 z/08 22.506.948 Empresa set/09 23.231.080 z/09 23.924.259 6,3 3,0 Fonte: Tabela 1.1 e Tabnet Obs. Não foram mostrados os planos não intificados A ANS passou a informar o número dos planos coletivos aberto por planos empresariais e por asão. Os planos coletivos empresariais, que representam 56% todos os planos médicos, liraram o crescimento do setor (6,3% no ano e 3,0% no trimestre, uma das taxas crescimento trimestral mais altas do histórico), seguidos dos coletivos por asão. Os planos individuais também cresceram, mas a uma taxa apenas 0,9% no trimestre. O crescimento no ano, 3,3%, embora menor do que o dos coletivos, também foi expressivo - o maior dos últimos anos. Ainda existem 9,3 milhões planos antigos (21,8% do total ). O maior percentual dos planos antigos está nos planos coletivos por asão (28,7%) que concentram muitos da modalida Autogestão. Nos planos individuais o percentual é 19,5% e nos coletivos empresariais 13,5%. Nesta edição do Carno Informação da Saú Suplementar, a ANS promoveu mudanças no formato e reduziu o conteúdo. As informações veriam estar disponíveis no Tabnet no site da Agência, mas até o fechamento sta Edição da NACISS os dados não estavam disponíveis. As próximas seções tratam das informações econômico-financeiras para o ano 2009, apresentam um resumo do sempenho dos planos exclusivamente odontológicos e discutem a seção em pauta do carno que trata do tema Envelhecimento populacional e planos privados saú: composição etária dos e sua relação com spesas assistenciais. 2. Informações econômico-financeiras A ANS mostrou neste carno a primeira consolidação das informações econômicofinanceiras dos planos médicos relativas a 2009. Após permanecer estável nos anos Nota Acompanhamento do Carno Informação da Saú Suplementar 1

Nota Acompanhamento do Carno Informação da Saú Suplementar 2007 e 2008, a taxa sinistralida em 2009 alcançou 82,8%, um aumento 1,2 p.p. As receitas totalizaram R$ 63,3 bilhões. Em termos nominais as receitas cresceram 5,4% e as spesas assistenciais 8,2%. Esse scompasso é natural em épocas crise. Seu impacto é mais bem apreciado consirandoo as variações em termos per capita. Em 2009, a mensalida média dos planos saú foi R$ 124,10 e o aumento em relação ao ano anterior foi 0,3%. Em contraste, as spesas assistenciais per capita atingiram, nesse ano, R$ 102,70, apresentando expansão 3,0% em relação ao ano anterior. As spesas assistenciais per capita cresceram 10 vezes mais dos que as mensalidas, em 2009. Importante notar que nos dados da ANS não é possível intificar os expostos, ou seja, aqueles que já cumpriram todo o período carência. Caso esse dado estivesse disponível a variação da spesa assistencial per capitaa seria maior. Fonte: Tabela 30, 32 e 21 A inflação medida pelo IPCA em 2009 foi 4,3%, enquanto o reajuste dos planos autorizado pela ANS foi 6,76%, parte do reajuste foi atribuída ao impacto do novo rol procedimentos em vigência s abril 2008. A baixa variação per capita nas mensalidas em 2009, após a crise econômica do final 2008, indica que quem contratou optou por plano mais barato e os planos coletivos foram renegociados paraa compatibilizar reajustes menores com mudanças nas coberturas. Tambémm vem ter ocorrido migrações planos individuais caros para mais baratos. O Resultado apresentado pelas operadoras médicas foi R$ 941 milhões, ou apenas 1,5% das receitas totais. Fonte: Tabela 30 e 31 O item das spesas assistenciais que tem maior peso são as internações, que consomemm 32,8% dos recursos, seguidas por exames, 21,5%. Essess dados vem ser olhados com cuidado, pois, para o ano 2009, a Agência não intificou 14, 9% das spesass assistências em comparação a 6,4% 2008. O problema parece estar concentrado em consultas, pois seu peso caiu 21,2% em 2008 para 12,,5% em 2009. Conforme comentado na edição zembro da NACISS, o peso cada grupo nas spesas assistenciais segundo os dados da ANS diferem do calculado e divulgado pelo estudo do VCMH feito pelo IESS. Nessee estudo, o peso das Internações é 59%, consultas 10%, exames 18%, terapias 4%, OSA 9%, e outros 1%. As diferenças se vem à intificaçã ão todas as spesas no VCMH e sua abertura em 6 grupos e ao tamanho da amostra 1,2 milhão planos individuais (Tabela 2). www.iess.org.br 2

Nota Acompanhamento do Carno Informação da Saú Suplementar Tabela 2. Distribuição das spesas assistenciais das operadoras médicas 2009 (%) ANS IESS/VCMH Total 100 100 Consultas 12,5 10 Exames 21,5 18 Terapias 3,7 4 Internações 32,8 59 OSA 5,6 9 Outros 8,5 1 Odontológicas 0,6... Não intificado 14,9... Fonte: Tabela 33 e IESS Os gastos nominais com internações e exames cresceram mais 11%, enquanto terapia apresentou redução significativa 5,3% e OSA e Outros crescimento morado em torno 3,5%. As spesas odontológicas cresceram 16,9%, mas representam 0,5% das spesas assistenciais nos planos médicos. Tabela 3. Distribuição das spesas assistenciais das operadoras médicas 2008 e 2009 2008 R$ mil 2009 R$ mil Δ% ano Total 47.665.678 51.591.505 8,2 Consultas 10.094.540 6.444.446-36,2 Exames 9.986.530 11.099.535 11,1 Terapias 2.008.024 1.902.376-5,3 Internações 15.234.261 16.902.717 11,0 OSA 2.793.228 2.893.756 3,6 Outros 4.224.133 4.370.176 3,5 Odontológicas 251.101 293.651 16,9 Não int. 3.073.861 7.684.848 150,0 Fonte: Tabela 33 e Carno Informação z09 Tabela 2.9. 3. Planos exclusivamente Odontológicos Os planos odontológicos continuam apresentando forte expansão. Neste último trimestre o crescimento foi 6,8% e nos últimos 12 meses foi 21,6%. Os planos exclusivamente odontológicos já somam 13,2 milhões, distribuídos entre individuais (16%), coletivos empresariais (51%), coletivos por asão (30%) e planos não intificados (3%). A carteira planos exclusivamente odontológicos é constituída praticamente planos novos 94%, enquanto nos planos médicos esse percentual é 21,8%. As informações econômico-financeiras indicam diminuição da taxa sinistralida no ano 2009 (48,7%) em comparação a 2008 (49,3%). A receita nominal cresceu 9,6% e totalizou R$ 1,8 bilhão, enquanto a spesa assistencial cresceu 8,4%. Em termos per capita a mensalida média é apenas R$ 8,80 e diminuiu 9% em relação a 2008 A stinação das receitas das operadoras exclusivamente odontológicas é muito diferente daquela das operadoras médicas - 48,7% do total são stinados às spesas assistenciais, 32,0% às spesas com administração e 19,3% ao resultado. O alto percentual spesas com administração é a contrapartida da mensalida baixa em vista do custo assistencial menor. Exemplificando, se o custo administrativo por beneficiário fosse R$1, isso seria aproximadamente 10% do plano que custa R$10 e apenas 1% plano que custa R$100. 4. Seção em Pauta O Carno da ANS zembro trouxe na Seção em Pauta uma análise do Envelhecimento populacional e planos privados saú: composição etária dos e sua relação com spesas assistenciais. Quando a nova diretoria Desenvolvimento Setorial assumiu, externou sua preocupação com financiamento dos planos saú pelos idosos. Nos planos saú a taxa cobertura idosos é maior do que a taxa cobertura do total da população brasileira, o www.iess.org.br 3

Nota Acompanhamento do Carno Informação da Saú Suplementar que se espelha na maior participação idosos entre planos (22%) do que na população brasileira (10%). Além disso, a aceleração dos custos médicos ao longo dos anos, pressionando as spesas assistenciais e mensalidas, e o já elevado comprometimento da renda com planos pela população mais idosa gera dificulda financiamento dos planos para parte da população idosa coberta. O safio do sistema privado é manter viáveis as mensalidas para os idosos em um cenário custos crescentes em saú. Os dados mostram que no período 20000 a 2009, a participação com ida igual ou acima 60 anos cresceu acima do observado na população brasileira. A quantida ssa faixa etária cresceu 46,2%, enquanto que a população idosa no país expandiu 33,7% no período. O crescimento foi aindaa maior na faixa igual ou superior a 80 anos: aumento 100,5% no número e 52,5% na população ssa faixa no país. Constata-se, portanto, acentuado crescimento idosos em relação à população brasileira, além um aumento da taxa cobertura por planos privados saú em todas as fixas, mas com crescimento mais acelerado nas faixas etárias mais altas. Fonte: Tabela 1 regras do estatuto do idoso, o número idosos com vínculos em planos anteriores a essa legislação é muito gran. Há um percentual significativo com ida igual ou superiorr a 60 anos que têm contratos antigos (38,3%), enquanto no total esse percentual é apenas 21,8%. Além disso, 64,1% todos os estão vinculados a planos assinados após a vigência do estatuto do idosoo (janeiro 2004), mas entre os idosos essee percentual é muito inferior: para acima 60 anos, 37,1% %, e para acima 70 anos, 34,4% %. O estudo também buscou intificar relações entre a composição etária e spesa assistencial. Contudo, a ANS não dispõe dados econômico-financeiros segregados por faixa etária. Para suprir esta ficiência a ANS agrupou as operadoras segundo a proporção por faixa etária para o conjuntoo operadoras cujos dados fornecidos à ANS eram consistentes. O objetivo foi verificar se naquelas em que a proporção idosos era maior, o gasto com spesas assistenciais s também foi maior. OS dados indicam que à medida que cresce a participação idosos, a proporção das receitas e spesas nos respectivos totais ssas operadoras é superior a participação do número. Por exemplo, nas OPS em que o percentual idosos supera 50% suas carteiras, o número idosos representa apenas 0,5% do total, mas representa 1,1% do total das receitas e 1,2% do total das spesass assistenciais. Na outra ponta, os operadoras com menos 10% idososs representavam 52,4% do total e 48,9% das receitas e 47,1% das spesas assistenciais. Apesar maiores garantias serem oferecidas para planos posteriores às www.iess.org.br 4

Nota Acompanhamento do Carno Informação da Saú Suplementar Tabela 4. Dados econômico-financeiros per capita por faixa percentual idosos na operadora (R$) menos 10% 50% e mais Receita Total 1.339,80 2.821,95 Despesa assistencial 1.059,66 2.565,19 Taxa Sinistralida 79,1% 90,9% Part. sp. Assistenciais (%) Consultas médicas 24,7 10,6 Exames 22,2 29,3 Terapias 3,8 3,4 Internações e outros hosp. 33,5 45,8 OSA 5,7 1,4 Demais sp. assistenciais 7,9 8,7 Desp. não especificadas 2,1 0,7 Fonte: Tabela 4 A análise também mostrou uma composição das spesas assistências que varia acordo com a participação idosos. Para operadoras com até 10% idosos, os custos assistenciais alcançaram R$ 1.059,66 per capita e sses 24,7% eram com consultas e 33,5% com internações; para operadoras com mais 50% idosos, as spesas assistenciais somaram R$ 2.565,19 per capita e as consultas representavam 10,6% e as internações 45,8% das spesas assistenciais. As spesas assistenciais per capita são quase 2,5 maiores nas operadoras com maior proporção idosos. Os dados também revelam que quanto maior a proporção idosos na carteira, maior a taxa sinistralida das operadoras. Fonte: Tabela 4 Operadoras com menos 10% idosos apresentaram sinistralida média 79,1%; já as operadoras com mais 50% idosos apresentaram uma sinistralida média 90,9%. Além da sinistralida elevada para operadoras com maior percentual idosos, um pequeno grupo operadoras apresentou sinistralida superior a 100% Em 2007, 38 OPS um total 847 apresentaram sinistralida média 124,1%. Já em 2008, foram 43 837 as OPS com sinistralida média 115,5%. Os ssas operadoras representavam 7,3% do total 2007 e 1,6% 2008. Uma operadora que apresente consistentemente sinistralida acima 100% não consegue cumprir com suas obrigações contratuais e a falência é apenas uma questão tempo ou alienação compulsória da sua carteira cretada pela ANS. A publicação também mostrou que além do efeito da composição etária das carteiras, o porte da operadora, a modalida e a quantida em planos ambulatoriais são fatores que influenciam os valores absolutos spesa e receita assistencial. 5. Referência Agência Nacional Saú Suplementar ANS - Carno Informações Saú Suplementar março 2010, disponível em www.ans.gov.br. 6. Equipe Técnica José Cechin Superintennte Executivo Carina Burri Martins Coornadora Francine Leite Pesquisadora Marcos Paulo Novais Silva - Pesquisador Shirlei Freire Cavalcante Pesquisadora www.iess.org.br 5