Fundo de Investimento em Participações FIP



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Transcrição:

Fundo de Investimento em Participações FIP

SUMÁRIO 1. Aspectos Legais 2. Aprovações Necessárias 3. Requisitos do Portfólio 4. Administração e Gestão 5. Códigos de Auto Regulação 6. Aspectos Fiscais

1. ASPECTOS LEGAIS O FIP, constituído sob a forma de condomínio fechado, é uma comunhão de recursos destinados à aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas, participando do processo decisório da companhia investida, com efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão, notadamente através da indicação de membros do Conselho de Administração ( Companhias da Carteira ). A Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) é o órgão governamental responsável pela regulamentação dos FIPs e supervisiona suas atividades.* Somente investidores qualificados estão autorizados a investir no FIP.** * A Instrução Normativa que rege as atividades dos FIPs é Instrução CVM nº 391, de 16 de julho de 2003, conforme alterada. ** De acordo com a Instrução CVM nº 409, Investidores Qualificados são: (i) instituições financeiras; (ii) companhias seguradoras e sociedades de capitalização; (iii) entidades abertas e fechadas de previdência complementar; (iv) pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado; (v) fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados; (vi) administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios; (vii) regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou por Municípios.

1. ASPECTOS LEGAIS Um FIP deve participar do processo de tomada de decisões da Companhias da Carteira, com efetiva influência na definição das políticas estratégicas e de gestão das mesmas, que pode ocorrer: pela nomeação de membros do conselho de administração das Companhias da Carteira; pela detenção de ações que integrem o bloco de controle das Companhia da Carteira; pela celebração de acordo de acionistas ou dispositivo semelhante das Companhias da Carteira. A Assembléia Geral de Quotistas ( AGQ ) é o órgão deliberativo mais importante do FIP. A AGQ deve reunir-se ao menos anualmente para aprovação das demonstrações financeiras do FIP, e sempre que os interesses da FIP assim o exigirem. Qualquer alteração do regulamento do FIP deverá ser submetido à aprovação da AGQ.

2. APROVAÇÕES NECESSÁRIAS A estruturação de um FIP está sujeita ao registro prévio do FIP na CVM ( Registro do FIP ), que é concedido automaticamente mediante a apresentação da documentação exigida(regulamento, prospecto, entre outros documentos). Oferta Pública: Exige a apresentação de determinados documentos relativos à oferta, tais como anúncios de oferta e prospecto. Na Oferta Pública um número ilimitado de investidores é ofertado e haverão custos referentes à publicação dos anúncios de oferta e pagamento de uma taxa de inscrição. Adicionalmente, a CVM podedemoraraté3mesesparaconcederoregistrodaoferta. Oferta Pública com Esforços Restritos: Se não mais de 50 investidores são ofertados e, no máximo, 20 investidores qualificados efetivamente comprem cotas dofip,nenhum registrodeofertapúblicanacvménecessário e,portanto,nãohá taxa de inscrição devida à CVM, bem como não há necessidade de prospecto ou publicação de anúncios de oferta.

3. REQUISITOS DO PORTFÓLIO 90% dos ativos do FIP deverão ser investidos em ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos conversíveis ou permutáveis em ações de companhias abertas ou fechadas. FIPs devem consumar investimentos sujeitos à chamadas de capital até o último dia do segundo mês subseqüente à data de integralização das quotas. Requisitos de governança corporativa para investimentos em Companhias da Carteira de capital fechado: - proibição de emissão de partes beneficiárias e inexistência desses títulos em circulação; - estabelecimento de um mandato unificado de 1(um) ano para todo o Conselho de Administração; - disponibilização de contratos com partes relacionadas, acordos de acionistas e programas de opções de aquisição de ações ou de outros títulos ou valores mobiliários de emissão da companhia; - adesão a câmara de arbitragem para resolução de conflitos societários; - no caso de abertura de seu capital, obrigar-se, perante o fundo, a aderir a segmento especial de bolsa de valores ou de entidade mantenedora de mercado de balcão organizado que assegure, no mínimo, níveis diferenciados de práticas de governança corporativa previstos nos incisos anteriores; e - auditoria anual de suas demonstrações contábeis por auditores independentes registrados na CVM.

4. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO O FIP e a sua carteira devem ser administrados e geridos por pessoas jurídicas devidamente autorizadas pela CVM para realizar atividades de gestão de ativos. A administração do FIP e as suas atividades de gestão de carteira podem ser conduzidas pela mesma pessoa jurídica ou por entidades distintas. O administrador do FIP é o principal responsável por todas as atividades do FIP, incluindo a convocação de reuniões de quotistas, a distribuição de rendimentos para os investidores, o pagamento das despesas, a divulgação aos investidores e à CVM de informações exigidas por lei e/ou pelo regulamento, a custódia dos títulos da carteira, serviços de tesouraria, entre outros deveres fiduciários.

4. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO A gestão da carteira do FIP engloba a gestão efetiva de todos os investimentos do FIP. O gestor é normalmente responsável pela negociação dos termos e condições de cada investimento ou desinvestimento do FIP com as companhias-alvo e/ou Companhias da Carteira e seus respectivos acionistas e para o exercício de todos os direitos da FIP. A gestão da carteira do FIP pode ser compartilhado pelo administrador/gestor com um Comitê de Investimentos, cujas atribuições, composição e processo de tomada de decisões deve ser estabelecido no Regulamento FIP.* Comitês técnicos ou comitês consultivos também podem fazer parte dos mecanismos de gestão do FIP, devendo o Regulamento indicar claramente os deveres, direitos e a composição de cada um deles. * Alguns regulamentos de FIP estabelecem que nenhuma decisão do gestor poderá ser tomada sem a aprovação prévia do Comitê de Investimentos.

5. CÓDIGOS DE AUTO REGULAÇÃO A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital ( ABVCAP ) e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ( ANBIMA ) emitiram um Código de Regulação e Melhores Práticas de Governança Corporativa para Fundos de FIP e FIEE( Código ) A adesão e cumprimento do Código é obrigatório para qualquer associado/membro da ABVCAP ou ANBIMA. Os FIPs devem adotar uma das seguintes classificações: (a) restrita; (a) diversificado tipo 1- membros do Comitê de Investimentos eleito pelos sócios; (b) diversificado tipo 2- membros do Comitê de Investimentos indicados pelo gestor; ou (c) diversificado tipo 3 - Comitê de Investimento não precisa observar as regras específicas sobre sua composição e funcionamento.

6. ASPECTOS FISCAIS O FIP não é uma pessoa jurídica e, portanto, sua carteira não está sujeita aos tributos normalmente cobrados das pessoas jurídicas constituídas no Brasil, tais como: IRPJ- Imposto de Renda de Pessoa Jurídica CSLL- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido PIS Contribuição para o Programa de Integração Social COFINS- Contribuição para Financiamento da Seguridade Social Conseqüentemente, a renda proveniente da venda, liquidação ou cessão de títulos, aplicações financeiras e participações societárias que fazem parte da carteira do FIP, bem como qualquer receita financeira delas decorrente, não está sujeita a tais tributos no nível do FIP. Tributação dos investidores locais: os rendimentos provenientes de resgate ou amortização de cotas do FIP estão sujeitos ao (i) Imposto de renda retido na fonte à alíquota de 15% ( IRRF ), como tributação definitiva, para quotistas pessoas físicas; e(ii) IRRF à alíquota de 15%, como antecipação do IRPJ, para quotistas pessoas jurídicas(cabe destacar que referidos rendimentos deverão ser incluídos na base de cálculo do IRPJ e da CSLL do quotista pessoa jurídica, podendo o IRRF ser compensado com o IRPJ/CSLL devidos sobre citados rendimentos). A responsabilidade pela retenção e recolhimento do IRRF recairá sobre o administrador do FIP.

6. ASPECTOS FISCAIS O tratamento fiscal descrito é condicionado ao cumprimento dos seguintes requisitos:(i) a carteira do FIP deverá ser composta por pelo menos 90% das ações das companhias, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição (emrelação aos FIPs criados antes de 11 de maio de 2011 este limite é de 67%, desde que não hajamchamadas de capital adicionais); e (ii) limites de diversificação e as regras previstas na regulamentação da CVM devem ser observados. Caso estes dois requisitos não sejam cumpridos, os ganhos e rendimentos reconhecidos pelos quotistas estarão sujeitos ao IRRF com alíquotas variando de 15% à 22,5%, dependendo do período efetivo do investimento no FIP. Os dividendos pagos pelas companhias detidas pelos FIP podem ser pagos direto aos quotistas deste último, sem passarem pela carteira do FIP, sendo esse pagamento isento de tributação. Os juros sobre o capital próprio pagos pelas companhias também podem ser entregues diretamente aos quotistas do FIP, sujeitando-se ao IRRF à alíquota de 15% (essa tributação será definitiva para quotistas pessoas físicas e antecipação do IRPJ devido para quotistas pessoas jurídicas). Os ganhos líquidos auferidos por quotistas pessoas físicas ou jurídicas na alienação de quotas do FIP em bolsa de valores e assemelhados sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda à alíquota de 15%, devendo o quotista efetuar o recolhimento do imposto. Essa tributação será: (i) definitiva para os quotistas pessoas físicas e; (ii) antecipação do IRPJ devido para os quotistas pessoas jurídica. Rendimentos e ganhos auferidos por quotistas qualificados como fundos de investimento (ex: FIQFI) em relação às quotas do FIP são isentos de tributação.

6. ASPECTOS FISCAIS Tributação dos investidores estrangeiros: Em geral, os quotistas domiciliados no exterior estão sujeitos ao mesmo tratamento tributário aplicável aos quotistas pessoas físicas domiciliados no Brasil mencionado acima, i.e., tributação dos rendimentos e ganhos líquidos auferidos quando do resgate, amortização ou alienação das quotas do FIPpeloIRRFàalíquotade15%. No entanto, caso o quotista domiciliado no exterior invista no mercado de capitais brasileiro como um Investidor 2689, e caso tal investidor esteja localizado fora de paraíso fiscal, os ganhos e rendimentos auferidos por esse Investidor 2689 em relação às quotas do FIP estão sujeitos à imposição do IRRF a uma alíquota de 0% (zero por cento). Não obstante, essa alíquota de IRRF de 0% não é aplicável se: (i) o investidor 2689 detiver (diretamente ou através de partes relacionadas), pelo menos, 40% das cotas do FIP ou de cotas que representam o direito de receber mais de 40% dos rendimentos da FIP; (ii) a carteira do FIP possuir, a qualquer tempo, títulos da dívida correspondentes a mais de 5% do seu patrimônio líquido; ou(iii) o investidor 2689 estiver domiciliado em um Paraíso Fiscal. Ganhos líquidos auferidos por Investidores 2689 com a venda das quotas do FIP em bolsa de valores ou assemelhados estão isentos de IRRF, desde que tais investidores 2689 não estão estejam localizados em Paraísos Fiscais. Há o risco de as autoridades fiscais entenderem que essa isenção não se aplica às vendas efetuadas em mercado de balcão organizado, por não serem assemelhados às bolsas de valores.

6. ASPECTOS FISCAIS Tributação (cont. - investidores estrangeiros) Até dezembro de 2008, sob a legislação tributária brasileira, um Paraíso Fiscal era um país ou localidade que não impõe a tributação sobre a renda, ou impõe o imposto de renda à alíquota inferior a 20% ou onde as leis desse país ou local impor restrições à divulgação da composição acionária ou a titularidade do investimento. Mais recentemente, alguns alterações foram executadas em relação com o conceito de Paraíso Fiscal, através da Lei 11.727/08, a fim de incluir no referido conceito a disposição no sentido de que o país ou localização que impõe restrições sobre a divulgação da composição acionária ou sobre a propriedade do investimento também deve ser considerado como um Paraíso Fiscal. Além disso, a Lei 11727/08 também criou o conceito de regimes fiscais privilegiados. Em 2010, uma nova lista foi promulgada pela Receita Federal do Brasil, através de Instrução Normativa 1037/10 ( IN 1037/10 ), que incluía tanto os países considerados como Paraísos Fiscais e os locais considerados como concedentes de regimes fiscais privilegiados. Em nossa opinião, existem sólidas razões jurídicas para sustentar que a lista deve ser interpretada como uma lista taxativa, de modo que apenas os países e locais listados devem ser vistos como Paraísos Fiscais e concedentes de regimes fiscais privilegiados, de acordo com sua qualificação específica. Além disso, em nossa opinião, o conceito de regime fiscal privilegiado só se aplica para efeitos das regras de preços de transferência e regras de subcapitalização, portanto não atraindo uma tributação IRRF mais onerosa em relação aos ganhos e rendimentos auferidos por investidores estrangeiros. Por fim, as operações de câmbio cursadas pelos Investidores 2689 para o ingresso de recursos no Brasil para o investimento no FIP estão sujeitas à imposição do IOF/Câmbio a uma alíquota de 0% (zero por cento). A mesma alíquota se aplica para as operações de câmbio para remessa ao exterior das receitas (rendimentos e ganhos) relacionadas ao FIP, bem como de dividendos e juros sobre o capital próprio pagos pelas companhias detidas pelo FIP.

Muito Obrigado! Gabriela Falcão gfalcao@mmso.com.br Leonardo Miranda lmiranda@mmso.com.br Tel.:+55 21 3572-3000