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Na tabela abaixo são apresentados alguns itens que melhor demonstram as condições financeiras e patrimoniais da Companhia:

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Transcrição:

relatório de monitoramento FIDC CORAL Quotas de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Coral 1ª série BB SR Global bra- equivalência br A obrigação permanecerá sob continuo monitoramento. A SR Rating poderá alterar Nota e relatório nesse período, sem aviso prévio. Consulte o site da SR (www.srrating.com.br) para atualizar informações. Lá também, o investidor poderá consultar definição e metodologia da nota global e da sua equivalência br". O horizonte das obrigações de longo prazo é de até cinco anos; nas de curto prazo, até um ano. outubro 2010 vigência da classificação: até janeiro de 2011 Uma classificação SR Rating constitui opinião independente sobre a segurança da obrigação em análise, não representando, em qualquer hipótese, sugestão ou recomendação de compra ou venda. Todos os tipos de obrigação, mesmo quando classificados na categoria de investimento de baixo risco, envolvem um certo nível de exposição ao default. Decisões de compra e venda dependerão sempre do cotejo entre risco e retorno esperados pelo próprio investidor. A presente classificação buscou avaliar exclusivamente o risco de default da obrigação, segundo confiáveis fontes de informação disponíveis. A SR Rating não assume qualquer responsabilidade civil ou penal por eventuais erros de avaliação atuais ou mudanças supervenientes, ou ainda, por frustração do retorno financeiro esperado.

2 O Comitê Executivo de Classificação da SR Rating mantém a nota bra- (A menos), na escala brasileira desta Agência Classificadora, decorrente da nota global BB SR (duplo B simples) também aqui mantida, denotando padrão adequado de garantias apresentadas pela 1ª Série de Cotas do Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios Coral no cotejo com outros riscos de crédito locais. Adiciona-se às notas uma observação negativa, face a piora no desempenho econômicofinanceiro do Grupo Coral, principal originador dos recebíveis adquiridos pelo FIDC, bem como a persistência de fragilidades em sua governança corporativa. Adicionalmente, vale ressaltar que a reestruturação na gestão e contratação de auditoria independente para as demonstrações financeiras encontravam-se em andamento quando da classificação inicial, e até o presente monitoramento ainda não foram concluídas. As notas ora atribuídas ao FIDC Coral, fundamentam-se, em suma, no processo de securitização de recebíveis, cuja garantia se dá através de cessão de direitos creditórios de conotação futura e, portanto, dependentes da adequado desempenho do Grupo Coral. Dada essa vinculação ao risco corporativo, destaca-se a recente volatilidade nos resultados da companhia, impactados especialmente pela crise econômica em 2009, ainda que, nos primeiros meses de 2010, a companhia tenha demonstrado sinais de recuperação, não obstante a não divulgação dos números financeiros encerrados em setembro de 2010. A segregação dos recebíveis é peça-mestra, considerando a gestão dos elementos garantidores, incluindo a participação do agente de garantia em adequada fidúcia. O lastro é concentrado, a despeito da maior diversificação dos elementos garantidores. Esta condição também é influenciada pela manutenção de adequados controles e gestão de recebíveis por parte do Grupo Coral, intimamente associada ao seu processo de governança corporativa, cuja transição para um modelo que incorpora as boas práticas de mercado ainda não foi concluído.

3 Se, de um lado, a cessão de direitos creditórios está pautada em contratos cujo track-record observado demonstre inadimplência muito baixa e ainda reforçada por cessões adicionais em garantia ou retenções de percentual sobre o valor das aquisições de recebíveis, observa-se exposição no longo prazo e, consequentemente, influência direta dos riscos macroeconômicos. O Fundo estará exposto a riscos de crédito de curto e longo prazo, sendo importante a restrição em 100% da carteira em direitos creditórios performados, embora concentrado. Ainda, destaca-se a presença de elementos garantidores em volumes significativos, e a retenção em conta vinculada cujo percentual deverá ser no mínimo de 25% ao mês do saldo devedor dos Direitos Creditórios adquiridos pelo Fundo através de cessão fiduciária de no mínimo 130% do saldo devedor. Adicionalmente, o fundo contará com retenção de 5% a 7% do valor de face da liberação de recursos na aquisição de direitos creditórios que serão aplicados no Agregga FIC FIM 727 e ainda encontra-se em fase de constituição tendo em vista o prazo de 6 meses para este fim. Será ainda constituída a alienação fiduciária do imóvel sede do Grupo Coral, avaliada em aproximadamente R$4,5 milhões. Adicionalmente, a qualidade de gestão do Fundo é determinante pela característica de diversificação de metodologias na concessão de créditos por parte das empresas do Grupo Coral. Não haverá cotas subordinadas, estando a sobrecolaterização estabelecida na formação retenção de 5% a 7% dos valores liberados na aquisição dos direitos creditórios e na cessão adicional de recebíveis. Apesar da presença mínima de garantias correspondente a 130% do valor dos créditos, o colateral é determinado segundo ponderação dos atrasos e fator de stress implícito à manutenção da qualidade do Fundo. Também são fatores ponderados na determinação de colateral, fatores implícitos na qualidade das informações e consistência do track-record dos recebíveis.

4 O FIDC Coral é um fundo de condomínio fechado, com prazo de 72 meses, com emissão de apenas uma classe de quotas, tendo iniciado seu período de captação em fevereiro de 2010. Estas quotas serão amortizadas respeitando percentual sobre o patrimônio líquido a partir do 13º mês, conforme previsto em regulamento. Em sua estrutura, encontram-se, além da gestora Aggrega Investimentos, a BNY Mellon, como administrador, o Deutsche Bank S.A. - Banco Alemão, como custodiante e a KPMG, como auditora financeira e de recebíveis. O presente monitoramento se refere a emissão da primeira série de quotas do FIDC Coral no valor de R$ 50 milhões, e cujos direitos creditórios que serão adquiridos, majoritariamente, são títulos de dívida emitidos pelas empresas do Grupo Coral, deste modo a SR Rating considera fundamental a análise do risco corporativo do Grupo, o qual deve ser observado com atenção, quer seja na continuidade de sua recuperação, quer seja na conclusão da melhoria em seus processo de governança corporativa. Fundamentos da Nota Para fins de avaliação do risco de crédito da operação ressaltamos, em resumo, os elementos que fundamentam as notas classificatórias que lhe são atribuídas: Concentração de devedores dos direitos creditórios nas empresas do Grupo Coral, não obstante serem empresas líderes nos setores de atuação na região Centro-Oeste do Brasil, e cuja adequada estrutura operacional, no que se refere ao processo de prestação de serviços, mitiga riscos de descontinuidade de originação de direitos creditórios; Restrição de prazo máximo de vencimento de 100% dos ativos em 72 meses; Nível mínimo de garantia de 130% do saldo devedor dos direitos creditórios adquiridos pelo fundo, a ser estabelecido através da cessão fiduciária de ativos adicionais;

5 Presença de Retenção de 5% a 7% do valor de face dos recursos liberados na aquisição dos direitos creditórios, aplicada em ativos líquidos; Estrutura e procedimentos de gestão bem fundamentados; Presença de participantes reconhecidos, incluindo processo de auditoria financeira, de processos e de carteira. Fatores em Observação Além desses fatores, permanecerão em observação atenta os seguintes aspectos: Manutenção dos níveis de geração de recebíveis pelas empresas do Grupo Coral, para composição do fundo de reservas no período de 6 meses do início do Fundo. Concentração regional e de segmento de atuação das empresas do Grupo fortemente dependentes do desempenho econômico regional. Ausência de requisitos de diversificação da carteira do fundo e possibilidade de forte concentração dos recebíveis em um único Grupo Econômico, o Grupo Coral - eleva riscos de crédito relativos às quotas;

6 O FIDC e seus participantes Estrutura Simplificada BNY Mellon (Administrador) Sacados direitos creditórios produtos e serviços Grupo Coral direitos creditórios $ Aggrega FIDC Coral Investimentos (Gestora) quotas $ Investidores Qualificados Cobrança Instituições Financeiras Deutsche Bank (Custodiante) Fonte: Aggrega / Elaboração: SR Rating Administradora: BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. Banco Custodiante: Deutsche Bank S.A. Banco Alemão; Gestora e Consultoria Especializada: Aggrega Investimentos Ltda.; Auditoria do Fundo: KPMG Auditores Independentes; Agente de Garantia: Banco Itaú S.A.

7 Composição do Ativo O Fundo iniciou suas atividades em 26 de fevereiro de 2010, com uma primeira integralização, e desde então, vem aumentando suas captações e se adequando à política de investimento prevista no Regulamento. Portanto, o Fundo, ainda em seu estágio de investimento, vem apresentando um volume de ativos crescentes, atingindo um total de R$ 19,88 milhões em 30 de setembro de 2010, dos quais 90,34% eram direitos creditórios, e mantinha em aplicações financeiras de liquidez diária e em Fundos de Renda Fixa aproximadamente R$1,92 milhão, equivalente a 9,70% do PL do fundo, fruto da política de manutenção de reservas e liquidez e formação de garantias através da aplicação de no mínimo 5% do PL constante do regulamento do Fundo. Evolução das aplicações do fundo FIDC CORAL jul/10 % ago/10 % set/10 % Aplicações Financeira 788.577,78 8,22% 1.447.730,88 13,62% 1.981.703,02 9,97% Caixa (CDB + Tesouro Nacional + Ativos de 51.309,72 0,53% 51.764,48 0,49% 52.201,70 0,26% Liq. Diária) Tesouraria 1.131,36 960,36 0,01% 1.669,78 0,01% FIRF 736.136,70 7,67% 1.395.006,04 13,12% 1.927.831,54 9,70% Direitos Creditórios 8.839.142,42 92,15% 9.219.797,79 86,73% 17.962.085,95 90,34% NP - Coral Segurança 8.839.142,42 92,15% 9.219.797,79 86,73% 15.342.599,60 77,16% NP - Contal Segurança 2.619.486,35 13,17% Contas a pagar/receber (35.872,16) -0,37% (36.463,81) -0,34% (59.984,57) -0,30% Patrimômio Líquido 9.591.848,04 100,00% 10.631.064,86 100,00% 19.883.804,40 100,00% Fonte: FIDC Coral / Elaboração: SR Rating Carteira de Recebíveis O fundo iniciou a aquisição de recebíveis em 16/04/2010, o que inviabiliza uma análise da movimentação da carteira, não ocorrendo nenhuma liquidação no período, não apresentando histórico representativo, seja pelo processo de incremento da carteira nesses cinco primeiros meses de vida do Fundo, seja pelo aumento de prazos médios dos direitos

8 adquiridos. O prazo médio ponderado dos recebíveis adquiridos entre julho e setembro foi próximo de 962 dias, bem abaixo do prazo médio admitido pelo regulamento do fundo que é de 2160 dias. Destaca-se ainda que mais de 50% dos direitos creditórios adquiridos possuem prazo de vencimento inferior a 1050 dias, e apenas 5% possuem vencimento acima de 1752 dias. Embora elevados, os prazos dos direitos creditórios encontram-se enquadrados com a limitação prevista no Regulamento. Prazo médio dos recebíveis Prazo (dias) jul/10 ago/10 set/10 Maior 2.064 2.032 2.001 Menor 210 1.544 164 Médio 1.039 1.787 905 Fonte: FIDC Coral / Elaboração: SR Rating O valor médio dos recebíveis adquiridos no período de julho a setembro foi de R$ 19,32 mil, este valor médio ocorre, sobretudo pelo curto espaço de tempo decorrido da primeira aquisição de direitos creditórios, e ainda não possui uma série histórica para análise. Valor médio dos recebíveis Valor (R$ - mil) jul/10 ago/10 set/10 Maior 17.058,33 17.081,28 55.391,25 Menor 6.073,27 17.081,28 17.258,69 Médio 10.606,49 17.081,28 21.861,83 Fonte: FIDC Coral / Elaboração: SR Rating No regulamento do FIDC Coral há previsão de que os recebíveis devem ter como sacados empresas do Grupo Coral, sendo esta concentração um dos principais riscos do fundo. No período analisado, todos os direitos creditórios tem como sacados as empresas Coral Segurança que é a empresa com maior participação no faturamento do grupo e a Contal Segurança, ambas do segmento de segurança do Grupo Coral.

9 Patrimônio Líquido O expressivo crescimento do patrimônio líquido do Fundo é função de sucessivas integralizações iniciais de quotas, uma vez que o Fundo possui histórico de apenas 8 meses. Em 30 de setembro de 2010, o patrimônio era de aproximadamente R$ 19,88 milhões, representado por 19,52 quotas. Destaca-se que grande parte da captação do Fundo foi realizada no mês de setembro. Evolução do Patrimônio Líquido 25.000.000,0 20.000.000,0 15.000.000,0 10.000.000,0 5.000.000,0 0,0 fev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 jul-10 ago-10 set-10 Fonte: FIDC Coral / Elaboração: SR Rating O Fundo possui apenas uma única classe de quotas, não lhes sendo concedida sobrecolaterização por subordinação. Não obstante, as garantias são compostas através de cessão adicional de direitos creditórios, com retenção de percentual de 5% através da aplicação no Agregga FIC FIM 727, com aplicações sempre no dia 25 de cada mês durante os 6 meses que se seguem à cessão do direito creditório ao fundo, somadas a retenção mínimo de 5% do PL em ativos de liquidez.

Milhões 10 Valorização das Quotas No fim de junho de 2010, as cotas do FIDC Coral possuíam valor de R$1.001,88 mil, denotando uma pequena valorização, se comparada com seu valor de R$1.000,00 mil obtidos no fim de fevereiro de 2010. A rentabilidade do trimestre encerrado em setembro de 2010 foi de 1,62%, com isso o valor da cota fechou à R$ 1.018,15 mil, considerando o inicio do fundo a rentabilidade acumulada é de 1,82%. Rentabilidade da Quota 1,03 1,02 1,01 1,00 0,99 0,98 0,97 0,96 fev-10 mar-10 abr-10 mai-10 jun-10 jul-10 ago-10 set-10 Fonte: FIDC Coral / Elaboração: SR Rating Perfil do Originador A Coral Administração e Serviços Ltda., localizada na cidade de Aparecida de Goiânia, é a principal empresa do Grupo Coral, atuando como holding do grupo que foi fundado há mais de 30 anos, através da sociedade entre o atual controlador Sr. Lélio Vieira Carneiro e mais 3 amigos, executando serviços de Contabilidade. Posteriormente, passou a atuar no segmento de terceirização de serviços de limpeza, conservação, vigilância e mão-de-obra em geral,

11 sendo, nesta oportunidade o atual controlador adquiriu as cotas dos demais sócios, dando inicio a nova formatação do negócio. Após a reestruturação societária promovida em 2009, o controle societário do Grupo Coral permanece sendo exercido, pelo seu fundador Sr. Lélio Vieira Carneiro e pelos seus filhos Lélio Júnior e Frederico de Almeida V. Carneiro, que adquiriram o controle em 2006, através do controle da Holding Coral Administração. Coral Adm. Serv. Ltda Estrutura Acionária Holding Coral Administradção Lélio Vieira - 99,8% Carmo - 0,10% Marilene - 0,10% Oreal Coral Adm. 26,67% Lélio Vieira 73,22% Carmo 0,1% Contal Empreiteira Oreal. 99% Lélio Vieira 0,9% Rota Coral Adm. 99% Lélio Vieira 1% Coral Sat Coral Adm. 99% Lélio Vieira 1% Coral Refeições Coral Adm. 99% Lélio Vieira 1% Coral Segurança Coral Adm. 99% Lélio Vieira 0,99% Carmo 0,01% Carmo 0,1% Contal Segurança Contal Empreit. 99% Lélio Vieira 0,9% Carmo 0,1% Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating No aspecto de governança, cumpre destacar que embora a companhia seja controlada pelo grupo familiar de seu fundador, nos últimos 5 anos, iniciou um processo de profissionalização que conta com a consultoria de FDC Fundação Dom Cabral de Belo Horizonte, contando hoje

12 com conselho de administração, gerências e diretores externos, restringindo a participação da família controladora junto ao conselho. Não obstante o processo de profissionalização já iniciado, a empresa ainda possui pouca abertura de informações ao mercado, e embora tenha iniciado contrato com auditoria suas demonstrações financeiras ainda não são auditadas, aspectos já avaliados quando da classificação inicial. Desempenho operacional A atuação na prestação de serviços terceirizados que incluem serviços nas áreas de monitoramento, vigilância, asseio e refeições, com a prestação de serviços de segurança patrimonial, segurança eletrônica, segurança armada, rastreamento de veículos, serviços gerais, refeições e monitoramento é o business do Grupo Coral. A principal empresa do grupo, a Coral Segurança, atua na prestação de serviços de segurança terceirizada, com prestações de serviços a empresas, escolas, faculdades, embaixadas, órgãos públicos e pessoas físicas, tendo uma carteira com mais de 1.000 clientes. O grupo mantém a forte representatividade no estado de Goiás e no Distrito Federal, onde concentra suas atividades e é líder no mercado de terceirização de serviços de segurança, tendo recentemente iniciado um processo de expansão que se iniciou pelo estado do Mato Grosso, onde sua atuação ainda é restrita. Os contratos que as empresas do grupo Coral assinam para a prestação de serviços, embora não tenham uma previsão de continuidade obrigatória do serviço, acabam, por vezes, ganhando este aspecto, haja vista que a especialização e a confiança necessária para a prestação destes serviços é decorrente da experiência junto aos principais clientes, e o custo pela troca de empresas pode se tornar um custo ainda maior. Por prestar serviços a empresas e órgãos públicos, as empresas do Grupo Coral participam ainda de processos licitatórios que geram contratos mais longos e com maior garantia de continuidade, neste segmento a empresa se destaca pela presença na Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, onde a

13 empresa atua há mais de 15 anos. Após o processo de reestruturação do grupo, que conta com a consultoria da Fundação Dom Cabral de Minas Gerais, a empresa tem empenhado esforços nas melhorias continuas de suas atividades, bem como buscando o foco para os segmentos com maior potencial de crescimento, como os projetos de lançamento de rastreadores para motos e parcerias com empresas do segmento de seguros, segurança pessoal VIP e ainda o projeto de governança hoteleira, focada na prestação de serviços de hotelaria personalizados. Pela natureza dos serviços prestados, as empresas de segurança e de serviços possuem maior participação no faturamento do grupo, sendo responsáveis por mais de 50% do faturamento consolidado, mesmo com esta concentração no faturamento do grupo, devemos destacar que estas empresas possuem suas carteiras de clientes muito pulverizadas, sendo que os 10 principais clientes do grupo somados representam apenas 30% do faturamento total. Atualmente, o Grupo tem investido em outros serviços especializados, como monitoramento de bens e de apenados (cidadãos condenados pela justiça, porém com direito à liberdade condicional ainda pendente de legislação) que embora não tenha apresentado valores expressivos em sua participação no faturamento do grupo, o crescimento do setor, bem como as margens atrativas, sobretudo devido ao reduzido custo do negócio, o Grupo Coral acredita que este segmento poderá aumentar sua participação no mercado. Já quanto à unidade de refeições, cujas margens vinham sofrendo quedas, e o grupo já analisava a possibilidade de venda desta unidade, reduziu sua participação no faturamento do grupo de aproximadamente 26% para aproximadamente 8% ao final de 2009, reduzindo a exposição do grupo neste segmento. Todavia, o Grupo Coral optou por não vender este segmento, mas sim pela readequação do negócio com investimentos em marketing e contratação de pessoal especializado na área, bem como remanejamento do Diretor Financeiro do Grupo, para coordenação deste novo projeto que seguirá sob a marca de Coral Chef.

Milhões 14 Desempenho financeiro O Grupo Coral apresentou forte crescimento de seu faturamento nos anos analisados, sobretudo entre os anos de 2007 e 2008, quando o crescimento foi superior a 20%, encerrando o ano de 2008 com uma receita bruta de R$ 145,68 milhões. No ano de 2009, o resultado foi de receita bruta anual de R$ 154,7 milhões, um crescimento de 6,4%, como conseqüência da crise do ano anterior e devido a dificuldades no repasse de preços pelas empresas do grupo aos seus clientes. Considerando os últimos 12 meses encerrados em junho de 2010, a receita bruta foi de R$ 155,3 milhões, já apresentando pequena melhora de resultados, mesmo que prejudicada pelos resultados do último semestre de 2009, mas alavancada pelo bom desempenho da economia em diversos setores incluindo a prestação de serviços terceirizados. GRUPO CORAL Faturamento (em milhões R$) 180 160 140 120 100 80 108,5 117,4 145,7 154,7 155,4 60 40 20-2006 2007 2008 2009 jun/10* * últimos 12 meses Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating Embora tenha apresentado aumento no nível de faturamento, o Grupo Coral apresentou, no encerramento de 2009, queda no nível de geração de caixa, bem como de margem, sobretudo pela queda de faturamento e receitas no segmento de refeições e em menor grau no segmento de segurança.

Milhões 15 Quando analisamos os últimos 12 meses, encerrados em junho de 2010, percebemos que o nível de geração de caixa manteve a queda apresentada no encerramento de 2009. Ao final de junho de 2010 o EBITDA do Grupo Coral era de aproximadamente R$ 4,5 milhões GRUPO CORAL EBITDA (em milhares R$) X MARGEM 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0-145,7 154,7 155,4 108,5 117,4 8,3% 8,9% 10,9% 3,8% 3,3% 8,1 9,3 14,1 5,2 4,5 2007 2008 2009 jun/10* EBITDA Faturamento % Receita Líquida * últimos 12 meses Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating Ainda acerca das demonstrações, é importante destacar que o Grupo Coral apresentou, elevação das despesas financeiras em 2009, conseqüência do atraso na captação de recursos de longo prazo através do FIDC Coral, o que fez com que seus índices de cobertura de juros e capacidade de pagar dívidas também fossem impactados. A queda nos níveis de geração de caixa em contraposição ao nível de endividamento ainda concentrado no curto prazo foram fatores preponderantes para a piora dos índices. O índice de exposição da empresa, que em 2007 era de 2,8 vezes, no encerramento de 2009 era de 6,8 vezes, e em junho de 2010 era de 7,4 vezes. Já o índice de cobertura, que reflete a

16 capacidade de pagar juros, que em 2007 era de 2 vezes, no encerramento em 2008 era de 2,5 vezes, voltou a apresentar redução no encerramento de 2009, quando era de 0,8, e no encerramento de junho de 2010 este índice era de 0,7 vezes. Estes índices apresentaram melhoras, sobretudo pelo aumento contínuo na geração de caixa frente ao elevado nível de endividamento, bem como a redução das despesas financeiras nos anos de 2007 e 2008, e voltaram a ser impactados pela queda na geração de caixa e manutenção do elevado nível de endividamento ao final do exercício de 2009, mantendo-se nos mesmos níveis no encerramento de junho de 2010, ainda impactados pela concentração do endividamento em curto prazo e pela queda na geração de caixa, ainda afetada pelo fraco desempenho do Grupo nos últimos 6 meses de 2009. GRUPO CORAL ÌNDICE DE EXPOSIÇÃO ÍNDICE DE COBERTURA Índice de Exposição Índice de cobertura 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0-1,9 2006 2,3 2007 1,9 2008 6,3 2009 7,4 jun/10 2,8 2,3 1,8 1,3 0,8 0,3 (0,2) 1,7 2006 2,0 2007 2,5 2008 0,8 2009 0,7 jun/10 Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating O nível de endividamento da empresa apresentou elevação no ano de 2008, sobretudo no curto prazo que representava 78,3% do endividamento da companhia, iniciando um processo de readequação em maio de 2009. Já no encerrando do exercício de 2009 o endividamento apresentava uma pequena elevação, permanecendo a concentração do endividamento no curto prazo, que representava 82,4% do total de aproximadamente R$ 32,7 milhões do

Milhões 17 endividamento da companhia. Com o início das captações via FIDC, através da emissão de Notas Promissórias, em outubro de 2010 o endividamento do grupo já apresentava adequação, com alongamento de prazo, passando a dívida de curto prazo representar 44,3% da dívida total da companhia de aproximadamente R$ 37,5 milhões. GRUPO CORAL Endividamento (em milhões de R$) 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0-27,0 21,4 20,9 16,6 13,3 10,8 8,0 4,9 5,9 5,8 2006 2007 2008 2009 out/10 Dívida de Curto Prazo Dívida de Longo Prazo Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating A estrutura de endividamento da empresa, em junho de 2010 estava concentrada em Contas Garantidas, e outros recursos na modalidade de Capital de Giro, que juntos representam aproximadamente 70% do endividamento do Grupo. A companhia vinha mantendo a utilização desta modalidade de captação de recursos no curto prazo, sobretudo pelo fato de ter limites pré-aprovados em diversos bancos comerciais, todavia, com o processo de captação de recursos via cessão de direitos creditórios ao FIDC, a companhia iniciou um processo de alongamento do perfil de endividamento. Em Setembro de 2010 a dívida financeira do Grupo já apresentava maior concentração no longo prazo, demonstrando adequação do perfil de endividamento. O nível de endividamento do grupo, que ainda se mantém crescente, demonstra sinais de

Milhões 18 adequação através do alongamento do perfil da dívida, vinha sendo suportado pelo crescimento do patrimônio líquido do grupo. Devemos destacar que o processo de capitalização através de cessão de títulos via FIDC teve maior fluxo no mês de setembro, não sendo possível sua mensuração, quanto aos impactos nos demais índices neste monitoramento devido a não disponibilização das informações financeiras encerradas neste trimestre pelo Grupo, por decisão do Conselho. GRUPO CORAL Endividamento x Patrimônio Líquido (em milhões de R$) 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0-41,0% 22,7 15,8 46,0% 25,1 21,3 52,7% 27,3 24,5 55,9% 32,8 25,8 59,8% 37,5 22,4 2006 2007 2008 2009 out/10 Dívida Total Patrimônio Líquido % Dívida Total Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating

19 Análise dos recebíveis - Garantia O FIDC Coral tem como principal ativo, a aquisição de recebíveis gerados pelo Grupo Coral, e adicionalmente a formação de garantia ao cumprimento das obrigações assumidas na presente emissão, será constituída também através de cessão fiduciária com trava bancária pelo Grupo Coral, de recebíveis oriundos da atividade normal das atividades das empresas do grupo nos diversos segmentos, cuja pulverização se dá através de recebíveis de mais de 150 clientes selecionados. Destaca-se a presença de entidades públicas dentre os recebíveis selecionados cuja natureza de contratação via licitação gera maior segurança quanto à manutenção do contrato. Lado outro consta também grandes clientes do setor privado, como Brenco, Banco Santander, Vivo S.A e HSBC Bank Brasil S/A, cujo custo de substituição do prestador de serviços no curto prazo é minorado pela especialidade no atendimento nos padrões exigidos, o que demandaria treinamentos específicos. Destaca-se ainda, a existência de contratos fixos com os principais clientes, o que diminui os riscos quanto à continuidade do nível de faturamento da companhia. Nesta mesma linha, verificamos que nos anos de 2006 a agosto de 2009 a companhia manteve seu nível de faturamento crescente, fortemente elevado à partir de 2008, mantendo este crescimento nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2010. A pulverização de recebíveis mostra uma grande estabilidade em termos de garantia, ao todo, são mais de 150 empresas. Este forte crescimento também está presente nos contratos selecionados, sendo o nível de faturamento destes próximos a R$ 6,8 milhões/mês. Embora a empresa tenha sofrido queda no faturamento em janeiro/2009, a mesma vem recuperando receitas através da prestação de serviços com maior valor agregado e menor custo, o que proporciona um aumento superior ao que se vinha registrando até dezembro/2008, quando a empresa teve o seu maior nível de receitas oriundas dos contratos

mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 Milhares 20 selecionados. Para alcançar este resultado, a empresa contou ainda com a celebração de novos contratos, sobretudo em condomínios novos, que ainda são frutos do forte crescimento do setor imobiliário nos últimos anos. Ainda quanto a elevação do nível de faturamento, destaca-se o setor de segurança eletrônica, através do segmento de monitoramento do Grupo Coral, bem como as receitas oriundas dos novos contratos com o segmento de refeições que após decisão do conselho de administração foi reformulado e segue sob nova marca, a Coral Chef. Grupo Coral: Clientes Selecionados - Evolução do Faturamento e Recebimento 2003 a Setembro/2010 (R$ Milhares) 10.000,00 9.000,00 8.000,00 7.000,00 6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 - *inclui impostos, atrasos e recuperação de atrasos faturado (mês) valor líquido recebido* (mês) Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating Destaca-se ainda que embora a companhia possua contratos diversos, e com elevado número de clientes, a pontualidade dos pagamentos têm sido ponto forte do negócio, assim o nível de inadimplência médio, considerando-se atrasos superiores a 5 dias, após o forte elevação em março de 2008, voltou a apresentar níveis moderados próximos à 1%.

jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 21 Grupo Coral: Clientes Selecionados Índice de inadimplência Jan/04 a Set/10 (%) 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% -2,0% taxa de atraso > 5 dias Fonte: Grupo Coral / Elaboração: SR Rating

22 A Aggrega Investimentos (Gestor) O Fundo é gerido pela Aggrega Investimentos Ltda., asset management cujas operações iniciaram-se em junho de 2006. Atualmente, a direção da instituição fica a cargo do Sr. José Antônio Pinto. Já possui 7 Fundos em atividade e 3 estruturados para lançamento em breve. A instituição é regimentalmente administrada por instância consultiva, através de conselho composto pelo gestor acima indicado e outros 4 membros independentes. Não obstante, é instituído um Comitê de Gestão, realizado mensalmente, formado por profissionais de notória experiência e reputação no mercado. A função deste comitê é avaliar risco de mercado, risco operacional, risco de crédito, risco de liquidez e risco de derivativos. As decisões de investimento são tomadas pelo Comitê de Investimento, dirigido pelo Sr. José Antônio Pinto, sob as recomendações do Conselho e do Comitê de Gestão. Sua realização é semanal, com a participação obrigatória das áreas de análise de mercado, seleção de ativos, distribuição de cotas e compliance. A Aggrega conta com back-office próprio, e sistema de armazenamento externo, tanto para cópia dos arquivos eletrônicos quanto para cópia dos arquivos físicos.

23 Outros participantes BNY Mellon: A empresa faz parte de um grupo internacional capitaneado pelo The Bank of New York Mellon Corporation, com mais de US$ 22,4 trilhões em ativos sob custódia. No Brasil, a BNY Mellon Serviços Financeiros está focada na prestação de serviços independentes a clientes institucionais, sendo uma das principais atuantes neste mercado. Deutsche Bank: O Deutsche Bank Banco Alemão, atua no Brasil desde 1911. Mantendo sua sede em São Paulo, atua como banco múltiplo oferecendo serviços e produtos financeiros para clientes corporativos. Atualmente, o grupo Deutsche Bank oferece seus serviços em mais de 70 países, conta com mais de 78 mil colaboradores e é uma das maiores instituições financeiras do mundo. KPMG: A KPMG foi criada em 1987 com a fusão da Peat Marwick International (PMI) e da Klynert Main Goerdeler (KMG), sendo reconhecida atualmente como um das principais provedoras na entrega de serviços de Assurance, Tax, Financial Advisory e Assessoria em Gestão de Recursos Humanos.

24 Informações financeiras Grupo Coral Grupo Coral (consolidado) Em milhares de reais jun/10 2009 2008 2007 2006 (últimos 12 m) Rentabilidade Receita Bruta 155.388.529,8 154.740.376,7 145.680.879,0 117.414.770,0 108.549.947,0 % Variação 0,4% 6,2% 24,1% 8,2% N/D Giro do Ativo 1,3 1,5 1,6 1,6 3,3 EBITDA 4.496.541,9 5.221.809,8 14.117.171,9 9.347.131,6 8.131.284,7 % Receita Líquida 3,3% 3,8% 10,9% 8,9% 8,3% Depreciação, Amortização e Exaustão 609.414,6 592.561,0 476.253,9 306.305,6 353.284,7 Lucro Líquido (2.702.109,3) (2.285.530,0) 7.049.670,0 6.200.494,0 4.569.154,0 % Receita Bruta -1,7% -1,5% 4,8% 5,3% 4,2% % Patrimônio Líquido (ROAE) -11,6% -9,1% 28,4% 25,9% N/D % Ativo (ROAA) -2,7% -2,5% 8,7% 9,3% N/D Despesas/Receitas Financeiras Despesa Financeira Bruta (DFB) 6.631.754,2 6.522.366,5 5.761.267,0 4.597.708,0 4.727.250,0 Receita Financeira Bruta (RFB) - - - - - Capacidade de Pagar Juros - Índice de Cobertura Básico [EBITDA/(DFB)] 0,7 0,8 2,5 2,0 1,7 Soft [(EBITDA+RFB)/(DFB)] 0,7 0,8 2,5 2,0 1,7 Amplo [(EBITDA+Caixa e aplicações Disp.)/(DFB)] 1,4 1,8 3,9 2,5 2,1 Capacidade de Pagar Dívida - Índice de Exposição Básico [Dívida Total/EBITDA] 7,4 6,3 1,9 2,3 1,9 Soft [Dívida Líquida/EBITDA] 6,4 5,0 1,3 2,0 1,7

25 Grupo Coral (consolidado) Em milhares de reais jun/10 2009 2008 2007 2006 (últimos 12 m) Estrutura de Capital / Endividamento Dívida de Curto Prazo 21.288.128,0 27.011.004,9 21.389.052,0 13.329.093,0 10.817.600,0 Empréstimos e Financiamentos 21.288.128,0 27.011.004,9 21.389.052,0 13.329.093,0 10.817.600,0 Debêntures - - - - - Dívida de Longo Prazo 12.207.724,3 5.769.105,8 5.926.350,1 8.010.537,0 4.946.413,0 Empréstimos e Financiamentos 12.207.724,3 5.769.105,8 5.926.350,1 8.010.537,0 4.946.413,0 Debêntures - - - - - Dívida Total 33.495.852,2 32.780.110,6 27.315.402,1 21.339.630,0 15.764.013,0 % Dívida de Curto Prazo 63,6% 82,4% 78,3% 62,5% 68,6% % Dívida em Moeda Estrangeira 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Custo Médio do Endividamento 20,0% 21,7% 23,7% 24,8% N/D Dívida Líquida 28.945.486,7 26.127.340,3 19.046.360,4 19.048.118,0 13.802.493,0 Patrimônio Líquido 22.428.419,4 25.810.233,3 24.516.744,6 25.089.859,0 22.731.182,0 Capitalização Total 55.924.271,6 58.590.344,0 51.832.146,6 46.429.489,0 38.495.195,0 % Dívida Total 59,9% 55,9% 52,7% 46,0% 41,0% Liquidez Caixa e Aplicações Disponíveis 4.550.365,5 6.652.770,3 8.269.041,7 2.291.512,0 1.961.520,0 Capital de Giro 13.269.225,3 7.114.173,2 18.484.004,8 17.950.740,0 12.246.432,0 Liquidez Corrente 1,3 1,1 1,4 1,5 1,4 Liquidez Seca 1,2 1,1 1,3 1,4 1,3 Liquidez Geral 1,0 1,1 1,2 1,1 1,2 Liquidity Cushion 0,3 0,4 0,8 0,6 0,6 Balanço Patrimonial Ativo 108.912.431,6 94.552.930,8 87.394.480,1 74.931.849,0 58.661.672,0 Circulante 61.486.828,7 57.982.814,3 61.982.879,7 51.955.955,0 39.802.759,0 Realizável a Longo Prazo 16.903.532,3 6.814.544,3 3.781.975,1 1.600.520,0 300.218,0 Permanente 30.522.070,6 29.755.572,3 21.629.625,3 21.375.374,0 18.558.695,0 Passivo 108.912.431,7 94.552.930,8 87.394.479,7 74.931.849,0 58.661.674,0 Circulante 48.217.603,5 50.868.641,0 43.498.875,0 34.005.215,0 27.556.327,0 Exigível a Longo Prazo 30.718.346,6 10.325.994,3 12.706.530,5 12.796.775,0 5.885.296,0 Patrimônio Liquido 22.428.419,4 25.810.233,3 24.516.744,6 25.089.859,0 22.731.182,0

26 perfil da SR Rating Em 1993, a SR Rating iniciou suas operações no Brasil, tornando-se, portanto, a primeira agência de classificação de risco do País. A decisão de introduzir tais serviços no mercado brasileiro coincidiu com o fim de um longo período inflacionário, viabilizando-se assim, o principal ingrediente para a análise de riscos, que é previsibilidade. O principal objetivo da SR Rating é propiciar aos investidores brasileiros informações precisas e imparciais sobre a capacidade de pagamento ou sobre a confiabilidade da gestão de empresas. A SR Rating avalia a qualidade de crédito de títulos de dívida emitidos por sociedades em geral, companhias de serviços públicos, bancos, seguradoras, sociedades de administração de recursos (asset managers), bem como os emitidos pelo País (Risco Soberano), por Estados e por Municípios. Essas avaliações são expressas através de notas (credit ratings) que constituem probabilidades de default observadas ao longo de várias décadas de existência de análise de risco nos Estados Unidos. A escala de notas utilizada pela SR Rating segue os padrões internacionais, ou seja, reflete a probabilidade de inadimplemento quanto à pontualidade de pagamentos de principal ou juros de uma obrigação ou de um conjunto de obrigações. A idéia de se adotar na SR Rating uma escala internacional acompanha a tendência gradual à globalização do nosso mercado financeiro, exigindo uma avaliação de risco de emissores, em moeda do nosso País, que tenha como parâmetro de aferição de risco toda a possível comparação com um padrão internacional, cujos benchmarks sejam emissores localizados em países financeiramente maduros. Esta é a nossa Nota de Longo prazo, em moeda local, que é conhecida como Global Local Currency (GLC), por sua comparabilidade internacional. As escalas BR, assim como as escalas AR utilizadas na Argentina e MX no México, têm em comum o fato de terem seu uso restrito apenas aos países a que se referem e não poderem ser comparadas entre si. Estas características decorrem do fato que as escalas locais se aplicarem exclusivamente a comparações entre empresas e papéis do mesmo país, guardando relação apenas com situações de risco relativo e local.

27 contatos Sheila Sirota von O. Gaul (Diretora Executiva) - sgaul@attglobal.net José Valter Martins de Almeida (Diretor Superintendente) - valter@srrating.com.br comitê executivo de classificação Paulo Rabello de Castro (Chairman) Sheila Sirota von O. Gaul José Valter Martins de Almeida Robson Makoto Sato conselho técnico consultivo Rubens Branco da Silva (Chairman) Amaury de Souza Carlos Alberto Protasio Claudio Roberto Contador Diogo de Figueiredo M. Neto Fernando A. Albino de Oliveira Fernando Henrique da Fonseca Hamilton Dias de Souza Ives Gandra da Silva Martins Maria Isabel Fernandes Nelson Eizirik Ney Roberto Ottoni de Brito Paulo Oscar França Walder Tavares de Góes Walter L. Ness Jr. diretoria Paulo Rabello de Castro (Diretor Presidente) Sheila Sirota von O. Gaul (Diretora Executiva) José Valter Martins de Almeida (Diretor Superintendente) Robson Makoto Sato (Diretor Técnico) Diogo de Figueiredo M. Neto (Diretor Jurídico)