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Legislação Ana Lídia Zanele Rodrigues especialista em legislação de alimentos, da Allegis Consultoria Informação Nutricional Complementar Proposta de revisão da legislação de Informação Nutricional Complementar, pela ANVISA A informação nutricional complementar (INC) ou declaração de propriedade nutricional nada mais é do que qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um alimento possui propriedades nutricionais particulares, em especial, mas não somente, em relação ao seu valor energético e/ou seu conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos e fibra alimentar. Refere-se também quanto a seu conteúdo de vitaminas e minerais. As declarações mais utilizadas pelas indústrias alimentícias e mais conhecidas pelo consumidor são: light, reduzido, rico em..., fonte de..., zero, não contém..., e sem adição de... O Brasil já dispõe da Portaria SVS/MS n o 27, desde 1998, a qual estabelece critérios para a declaração da informação nutricional complementar nos rótulos dos alimentos. Entretanto, devido ao comércio no MERCOSUL de produtos alimentícios com informação nutricional complementar, os estados partes julgaram necessária uma legislação única sobre o assunto para facilitar a livre circulação destes produtos, como ainda, atuar em benefício do consumidor e evitar barreiras técnicas ao comércio. Assim, no final do ano de 2007, iniciaram-se as discussões, sobre uma possível legislação comum. Após um pouco mais de 3 anos, os estados partes conseguiram um consenso sobre uma proposta de legislação. Faz parte dos trâmites de atualização ou de criação de uma legislação no âmbito MERCOSUL a divulgação, por cada estado parte, da proposta de legislação sob a forma de Consulta Pública. Vale lembrar que a consulta pública não é uma legislação vigente, mas apenas o instrumento legal através do qual toda a sociedade toma ciência de uma proposta de legislação e tem oportunidade de apresentar crítica e sugestões sobre ela. O Brasil já disponibilizou em seu site e no Diário Oficial da União a Consulta Pública no 21 de 6 de abril de 2011, a qual pretende revogar as disposições em contrário, em especial a Portaria SVS/ MS no 27/1998 que é a nossa legislação vigente sobre informação nutricional complementar. 16

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Legislação Por conseguinte, teremos mudanças significativas na atual legislação de informação nutricional complementar. As indústrias, pois, devem estar atentas a essas mudanças e apresentarem críticas e sugestões relativas à proposta de resolução com base na análise do impacto que elas trarão aos seus negócios. São inúmeras as mudanças propostas, porém tentarei fazer uma breve explanação sobre as principais e os possíveis impactos que elas trarão. Vamos conhecê-las? 1) Dentre as principais mudanças, a primeira já está no âmbito de aplicação, ou seja, as novas regras propostas para utilização da informação nutricional complementar serão aplicadas tanto aos rótulos, quanto aos anúncios veiculados por meios de comunicação e a toda mensagem transmitida de forma oral ou escrita. 2) A informação nutricional complementar deverá ser atendida na porção do alimento pronto para o consumo e não mais por 100g ou 100ml. Essa proposta de mudança é relevante não só para se compatibilizar com a declaração de informação nutricional -que também é por porção-, mas também para evitar que o consumidor seja induzido ao erro e ao engano. Para elucidar melhor a questão, vamos dar o exemplo de uma bala com a informação nutricional complementar rica em vitamina C. Pelas regras propostas na consulta pública, a bala deverá atender a 30% da IDR de vitamina C em 20g (porção), portanto consumindo uma única porção o consumidor já terá o beneficiado do enriquecimento em vitamina C. Já, pela legislação vigente, deve-se cumprir com 30% da IDR de vitamina C em 100g de bala; sendo assim o consumidor terá que consumir 5 vezes mais balas para obter o benefício do enriquecimento em vitamina C. Como o consumidor desconhece detalhes da legislação, acredita que consumindo uma única bala já poderá ter o benefício da vitamina C; logo, fica susceptível a ser induzido ao erro e ao engano. Resolvido o problema com o consumidor, há, porém, mais um para as indústrias. Como a INC terá que ser atendida na porção do alimento pronto para o consumo, produtos comercializados em diferentes gramaturas terão claims diferentes ou enriquecimentos diferentes. Explico-me: um iogurte que é comercializado em garrafas de 150g e 900g, para ter informação nutricional complementar de rico em cálcio deverá ter no mínimo 300mg de cálcio por porção. Com base na legislação vigente, a porção da garrafa de 150g é de 150g, já a porção da garrafa de 900g é de 200g. Sendo assim, a indústria deverá ter duas formulações diferentes para poder comunicar o mesmo claim nos rótulos das duas garrafas ou, então, deverá ter declarações diferentes dos percentuais de enriquecimento de cálcio nos rótulos de cada garrafa comercializada, ou seja, irá declarar no rótulo da garrafa de 150g 30% da IDR de cálcio/150g e no rótulo da garrafa de 900g 40% da IDR de cálcio/200g. 3) Quando a informação nutricional complementar for baseada em características inerentes ao alimento, deverá ser incluído um esclarecimento seguido à declaração, de que todos os alimentos desse tipo também possuem essas características com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50% do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rótulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informação. Este detalhamento com relação à forma de declaração no rótulo do esclarecimento da característica inerente ao alimento é muito oportuno, pois o trará de maneira mais clara e evitará que tal informação seja confusa ou enganosa ao consumidor. Assim, os óleos vegetais que possuem informação nutricional complementar de colesterol passarão a declarar em mesmo tipo de letra sem colesterol como todo óleo vegetal. 4) Não será mais permitida a declaração nos rótulos do termo light no caso de cumprimento do atributo baixo. Esta mudança está em linha com o Codex Alimentarius. Todavia, a maioria dos consumidores não tem conhecimento sobre a legislação e suas atualizações, podendo se sentir enganado e, mesmo lesado, ao notarem que um produto que utilizava o termo light, passou a declarar baixo. 5) Também foi suprimida desta proposta de regulamentação a seguinte frase: Para cumprir algum atributo previsto neste RT 1 poderá substituir ingredientes ou alterar parâmetros do RTIQ 2. Mas qual a importância desta frase? A permissão para alterar parâmetros do RTIQ tornava viável que o consumidor tivesse disponível no mercado algumas categorias de produtos com a versão light. Por exemplo, o RTIQ de requeijão cremoso fixa parâmetros de quantidade mínima de matéria gorda no extrato seco. Mas grande parte do requeijão light disponível hoje no mercado não cumpre com esse pa- 1 RT: Regulamento Técnico 2 RTIQ: Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade. 18

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Legislação râmetro, pois a legislação vigente permite alterar parâmetros do RTIQ. Sem essa permissão, existem grandes chances de esta categoria de produto não estar mais disponível para o consumidor. Assim como o requeijão, produtos como o queijo minas frescal light, o queijo prato light, o queijo mussarela light, entre outros, enfrentarão o mesmo problema. Esta mudança ainda pode ser revertida, pois durante as discussões no grupo técnico do MERCOSUL, a delegação brasileira enfatizou e deixou registrada em ata a necessidade de se existir uma permissão legal para substituir ingredientes ou alterar parâmetros do RTIQ. O que ficou acordado é que cada estado parte deverá realizar a gestão interna necessária para solucionar esta questão. E como será que as nossas autoridades sanitárias resolverão este problema? 6) Incluíram-se critérios para os ácidos graxos ômega 3, ômega 6 e ômega 9. Assim, as indústrias que já vinham declarando em seus rótulos claims nutricionais de ácidos graxos, principalmente ômega 3, terão amparo legal para tal declaração. Contudo, inconsistências entre legislações também serão geradas como, por exemplo, a unidade de declaração para ácidos graxos ômega 3 nesta proposta de legislação de INC é miligramas, já a regra para expressão dos valores de gorduras da Resolução RDC no 360/03 (Regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados) é gramas. A argumentação das autoridades sanitárias do MER- COSUL para a autorização do uso de informação nutricional complementar para estes ácidos graxos foi a de que as evidências científicas disponíveis demonstram que esses nutrientes estão associados a benefícios à saúde, principalmente em relação à proteção contra doenças cardiovasculares e a importância dos ácidos graxos ômega 9 para substituição tecnológica de gorduras saturadas e trans. 7) Também, Incluiu-se o critério de não contém gordura trans. A indústria alimentícia também já declarava em seus rótulos o claim de gorduras trans baseado nos critérios divulgados no site da ANVISA no link perguntas freqüentes. Esta iniciativa vem regulamentar oficialmente uma prática de mercado. Louvável a iniciativa. No entanto, reduziram-se os valores para realização das alegações de não contém gorduras trans e de não contém gorduras saturadas em função da relação desses nutrientes com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e outras enfermidades crônicas. Todavia, essa redução de valor gerará mais uma inconsistência com o disposto na Resolução RDC no 360/03 em relação à quantidade não significativa para gorduras saturadas. Essa inconsistência e a inconsistência já mencionada no item anterior podem gerar problemas de aplicabilidade e fiscalização das legislações de rotulagem nutricional. A solução será revisar a Resolução RDC no 360/03 no âmbito MERCOSUL, o que nesse momento não será possível em função da grande demanda de trabalho na agenda da Comissão de Alimentos do SGT-3. Portanto, a indústria alimentícia terá que conviver, durante algum tempo, com essas inconsistências. Em face de tantas propostas de mudanças que facilitarão o conhecimento do consumidor sobre as propriedades nutricionais dos alimentos e contribuirá para que esse consumidor selecione adequadamente seus alimentos, as indústrias alimentícias não só sofrerão impacto em suas estratégias de marketing como também em custos, devido à necessidade de reformular os seus produtos e/ou alterar os seus rótulos. 20

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