Visão e Estrategia Guiné-Bissau 2025 - Dominio das Infra-estruturas. Macau, 5 de Junho de 2015



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Transcrição:

REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU Encontro Ministerial «Desafios para Cooperação entre China e os Paises de Lingua Portuguesa no dominio das Infra-estruturas: Alternativas de Financiamento» Visão e Estrategia Guiné-Bissau 2025 - Dominio das Infra-estruturas Macau, 5 de Junho de 2015 José António da Cruz Almeida Ministro das Obras Públicas, Construções e Urbanismo da Guiné-Bissau

Índice I - Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 II - Infra-estruturas e Desenvolvimento urbano III - Conclusões

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 1.Estratégia Guiné-Bissau 2025 Objectivo: Cumprir a promessa de progresso social, oferecer um futuro melhor aos Guineenses; Visão: Uma Guiné-Bissau positiva, politicamente estabilizada pelo desenvolvimento inclusivo, boa governação e preservação da biodiversidade.

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025! Seis (6) orientações estratégicas para quebrar o circulo vicioso de instabilidade-pobreza Agroindustrialização Governação Desenvolvimento humano Guiné-Bissau 2025 Desenvolvimento urbano Infra-estruturas

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 A juventude é o ponto do impulso nacional para estratégia Guiné-Bissau 2025 Etapa 2020 Guiné-Bissau 2025

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Etapa 2 Etapa 1 TERRA RANCA 2015-2020 Transferência Estratégica (para iniciar o circulo virtuoso) Estruturar sectores criadores de riqueza e emprego (motores de crescimento); Reforçar a segurança alimentar e reduzir a pobreza; Tem 23 domínios e acções, 53 programas e 115 projectos que representam a base de transformação do país. SOL NA IARDI 2021-2025 Transformação (pora ter uma economia competitiva e assegurar o crescimento forte e durável) Industrializar e diversificar duravelmente a economia; Desenvolver as exportações; Desenvolvimento sustentável e solidário.

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Como construir a casa Guiné-Bissau 2025 Guiné-Bissau 2025 Terra Ranka Setores catalíticos Serviços digitais Motores de crescimento Minas Pescas Setores domésticos Habitação & Construção Energia Turísmo Agricultura e Agroindustria Comércio & distribuição Ambiente de negócios Desenvolvimento Humano Infra-estruturas e desenvolvimento urbano Biodiversidade &capital natural Paz e Gouvernação

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Surgimento de novo mapa económico com nove polos económicos: Bissau, Arquipélago Bolama-Bijagós, Biombo, Cacheu, Farim, Bafatá, Gabu, Catió e Buba.

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Motores de Crescimento: Agricultura e Agroindústria: Cajú

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Motores de Crescimento: Agricultura e Agroindústria: Arroz Criar 200.000 empregos e produzir 540.000 toneladas de arroz, atingindo a autosuficiência e exportar excedente em 2025.

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Pescas Produzir 250 000 toneladas de produtos haliéuticos no horizonte 2025; Estima-se o valor de negócio do sector a volta de 300 mil milhões de FCFA ; Criar 110 000 empregos directos e indirectos.

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Turísmo (Focalizar numa primeira fase nas ilhas de Bijagós) Um sítio reconhecido mundialmente em particular na pesca desportiva. 300 000 turistas em 2025

I-Visão e Estratégia da Guiné-Bissau 2025 Mina (Valorizar plenamente o potencial mineiro no estrito respeito às normas ambientais) Desenvolver a exploração de Fosfato e bauxite até 2025; Criar um quadro de acompanhamento das pequenas minas e pedreiras; Criar 10.000 empregos na extração mineira.

II-Infra-estruturas e desenvolvimento urbano Objectivo: Dotar o país de infra-estruturas logísticas, energéticas, digitais e urbanas necessárias ao seu desenvolvimento A Guiné-Bissau sofre hoje dum profundo défice de infra-estrutura. Para assegurar a actualização requerida, este fundamento gira em torno de quatro campos de acção: Transportes; energia e recursos hídricos; sistema digital; gestão do território e do desenvolvimento urbano

II-Infra-estruturas e desenvolvimento urbano Transportes: os pontos de estrangulamento serão eliminados (reabilitação do porto e das vias urbanas de Bissau, vias terrestres prioritárias e vias fluviomarítimas de navegação); Energia e recursos hídricos: trata-se de fazer uma reviravolta importante mediante o desenvolvimento de 90 MW até 2020 e melhoria significativa do acesso à água potável e ao esgoto; Sistema digital: a fim de transformar o sistema digital numa verdadeira alavanca de crescimento para o conjunto da economia; e Gestão do território e do desenvolvimento urbano: objectivo imediato é renovar e construir os centros urbanos a fim de os dotar de infra-estruturas e sistemas funcionais e os estabelecer como epicentros da actividade económica. Neste quadro o desenvolvimento do Arquipélago Bolama- Bijagós e dos cinco principais centros urbanos constituirão prioridade.

II-Infra-estruturas e desenvolvimento urbano No quadro do desenvolvimento urbano, o objectivo é assegurar a renovação urbana e uma distribuição equilibrada e sustentável do território. As infra-estruturas urbanas da Guiné-Bissau são estruturalmente insuficientes: Enquanto o êxodo rural se intensifica e a população de Bissau aumenta consideravelmente, a atingir 25% da população nacional; Tanto capital Bissau, assim como outros centros urbanos continuam a carecer de equipamentos funcionais; A capital Bissau com população de 450.000 habitantes, estima-se o défice de habitações em 30.000 à 40.000. Falta de investimento nas infra-estruturas acarretou a deteriorização contínua dos centros urbanos: Poucas políticas urbanas foram implementadas, quer ao nível cadastral, de concepção ou de realização de planos directores de urbanização.

II-Infra-estruturas e desenvolvimento urbano O Plano Estratégico GB 2025 prevê até 2020 quatro programas para reactivar o desenvolvimento urbano, a saber: 1.Reformas e reforço institucional do sector de urbanização e da habitação: Implementar uma estrutura jurídica e normativa para proporcionar um desenvolvimento urbano dinâmico e coerente, principalmente por meio dos códigos da propriedade pública, mobiliária, de urbanismo e da habitação; Será criado um fundo autónomo de apoio ao desenvolvimento regional.

II-Infra-estruturas e desenvolvimento urbano 2. Programa de urgência do desenvolvimento integral do arquipélago de Bijagós: Oferecer aos investidores hoteleiros e aos turistas os serviços de saúde, segurança, transporte, energia e telecomunicações de que têm necessidade; Aéroporto da ilha de Bubaque será modernizado e adaptado para receber directamente voos regionais; Transporte intra-insular e extra-insular será desenvolvido com sítios hoteleiros.

II-Infra-estruturas e desenvolvimento urbano 3. Elaboração de esquemas directores da gestão urbana dos cinco principais centros (Bissau, Bolama, Cacheu, Bafatá e Buba): O País será adoptado de um plano de Ordenamento do Território que irá facilitar a eleboração dos planos directores das cidades e outros planos de urbanização; Esquemas directorres determinarão as orientações estratégicas para estas cidades (prioritárias nesta 1ª fase) e determinarão, no longo prazo o destino geral dos solos; Permitirão coordenar os programas locais de urbanização com política nacional de gestão do território.

II-Infra-estruturas e desenvolvimento urbano 4. Promoção de programas de habitação e construção, especialmente para o sector privado: Incentivará fortemente o desenvolvimento, por parte do sector privado, de programas de habitação para atender as necessidades das diferentes categorias da população; Serão propostas soluções de financiamento no longo prazo para habitação social, a fim de facilitar o acesso à habitação da população com rendimento médio ou baixo; Um programa com o uso intensivo de mão de obra permitirá acelerar a renovação urbana e criar emprego para os jovens; Requalificação de alguns bairros das cinco cidades.

III- Conclusões Em 2025, a Guiné-Bissau será um País: Dotado de uma rede nacional de Infra-estruturas moderna e competitiva; Ordenado, tendo as infraestruturas (serviços coletivos, tarnsportes, TICs, disponíveis e funcionais em todo o território nacional; Todas as regiões serão associadas à dinâmica de desenvolvimento; Os principais centros urbanos terão as infra-estruturas adequadas e modernas, numa dinâmica positiva, facilitando em pleno a valorização dos recursos naturais do território, oferecendo um conjunto de serviços administrativos e sociais necessários.

MUITO OBRIGADO