Semiótica
O que é semiótica?
É a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura. Winfried Nöth
É a teoria geral dos signos (algo que representa alguma coisa para alguém em determinado contexto). Lucy Niemeyer
O signo representa algo, está no lugar de algo, mas não é o próprio. Tem o papel de mediador entre algo ausente e um intérprete presente.
Os signos se organizam em códigos, que constituem sistemas de linguagem. Estes sistemas formam a base de toda comunicação.
A principal utilidade da semiótica é possibilitar a descrição e a análise da dimensão representativa de objetos.
Exemplos de linguagens: verbal, não verbal: surdos-mudos, moda, culinária.
Período Greco-romano antigo Platão(427-2347 a.c.) relação entre o nome, as ideias e a coisa (modelo triádico). Aristóteles(384-322 a.c.): aquilo que procede ou segue o ser ou o desenvolvimento duma coisa é um signo do ser ou do desenvolvimento dessa coisa.
Estóicos (ca. 300 a.c. 200 d.c.) a base de sua teoria também era um modelo triádico, formado pelo significante (a entidade percebida como signo), o significado e o objeto ao qual o signo se refere. Epicuristas (ca. 300) modelo diádico do signo: significante + objeto referido. Zoosemiótica: a semiose não pressupõe combinações lógicas.
Agostinho (354-430): o maior semioticista da antiguidade. Distinção dos signos naturais (ex.: fumaça) e dos convencionais (ex.: suástica). Breve histórico da semiótica
Da idade média ao renascimento Roger Bacon (1215-1294): escreveu o tratado De Signis. Jean Poinsot (1589-1644) escreveu Tractatus de Signis em 1632.
Racionalismo, empirismo e iluminismo A semiótica dos séc. XVII e XVIII se desenvolveu no ambiente de três grandes correntes filosóficas: o racionalismo francês, o empirismo britânico e o iluminismo na Alemanha.
O racionalismo francês: René Descartes (1596-1650): prioridade do intelecto sobre a experiência. Conseqüência: alijou da teoria dos signos o aspecto referencial. Ficou sem seu verdadeiro elo de contato com o mundo aparente e foi descrito em categorias mentais. Modelo diádico.
O empirismo britânico: Locke (1632-1704): separação em dois níveis semióticos ideias e palavras não aceito na atualidade.
O iluminismo alemão: Christian Wolff (1679-1754) Heinrich Lambert (1728-1777) Através deles chegou-se à constatação que a correspondência entre signo e mundo era o critério principal para das formas de expressão cultural tantas vezes consideradas contrárias, a ciência e a arte.
Séc XIX o romantismo Hegel (1770-1831) Foi um dos que definiram as fronteiras semióticas, introduzindo distinções entre signos e símbolos.
Séc XX 3 correntes: Americana - Charles Pierce (1839-1914) Européia Saussure (1857-1913) Soviética Jakobson (1896-1982)
Séc XX Charles Pierce: categorizou a experiência sígnica em: Primeiridade: em que predomina o caráter qualitativo, pré-reflexivo, sensível. Secundidade: categoria da experiência, onde a relação de causa acidental, fortuita, experimentada, constrói a dimensão segunda, que se apóia na primeira. Terceiridade: é o lugar da regra, da lei, da convenção, da ciência, da previsão, do controle.
Séc XX Ferdinand de Saussure: linguista e filósofo suíço, desenvolveu o modelo diático, que deu origem ao estruturalismo. Língua (social) x Fala (individual) Sincronia (estudo descritivo) x Diacronia (estudo da mudança dos signos) Significante (forma x Significado (conteúdo)
Séc XX Roman Jakobson: pensador russo que se tornou num dos maiores lingüistas do século XX e pioneiro da análise estrutural da linguagem, poesia e ar te. Comparou culturas e distinguiu seis funções de linguagem, relacionando cada uma delas a um dos componentes do processo comunicativo.
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