CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Caldeiraria. Caldeiraria Traçados de Caldeiraria



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Transcrição:

CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Caldeiraria Caldeiraria Traçados de Caldeiraria

Sumário 1. Traçados de caldeiraria... 04 2. Bissetriz... 07 3. Divisões de Ângulos...... 09 4. Traçado de Tangente... 11 5. Divisões da Circunferência... 13 6. Traçado de Espiras... 23 7. Desenvolvimentos e Planificações... 27 8. Tronco de Cone... 36 9. Curva de Gomo... 39 10. Quadrado para Redondo... 41 11. Retângulo para redondo...... 46 12. Intercessão de um Cone com um Cilindro... 48 13. Tubulação Industrial.... 51 13.1. Processos de Fabricação de Tubos... 52 13.2. Processos de Extrusão e Fundição... 54 14. Fabricação de Tubos com Costura... 55 15. Juntas de Expansão.... 59 15.1 Movimentos das Juntas de Expansão... 62 15.2. Juntas de Telescópio... 63 16. Purgadores, Separadores e Filtros... 66 16.1. Principais Tipos de Purgadores... 66 17. Filtros para Tubulações... 81 18. Suporte de Tubulação... 84 19. Alinhamento de Tubos..., 87 20. Desenhos Isométricos... 92 21. Válvulas... 103 22. Conexões de Tubulação... 126 22.1. Outros Acessórios de Tubulação... 140 23. Espessura de Parede de Tubo... 143 24. Pintura das Tubulações... 145 25. Preparação para Montagem... 145 26. Soldas... 153 27. Montagem de Tubulações... 163 28. Limpeza das Tuybulações... 166 29. Ajustagem de Suportes Fixos e de Suportes de Molas... 170 30. Testes de Pressão em Tubulações e em Válvulas... 171 31. Preparação e Execução de Testes de Pressão em Tubulações... 172 32. REFERÊNCIA... 175

4 1. TRAÇADOS DE CALDEIRARIA LEVANTAR UMA PERPENDICULAR NO MEIO DE UMA RETA AB, reta dada. Com ponta seca em A traçar dois arcos acima e abaixo da reta. Em seguida, com ponta seca em B traçar outros dois arcos que cortem os primeiros nos pontos C e D. Por estes pontos, passa a perpendicular pedida. LEVANTAR UMA PERPENDICULAR POR UM PONTO QUALQUER DE UMA RETA AB, reta dada. Ponto X. Com ponta seca em X marcar os pontos C e D. Depois, com ponta seca em C e D, respectivamente, traçar dois arcos que se cruzem no ponto E. A reta que une E com X é a perpendicular pedida.

5 POR UM PONTO Y DADO FORA DA RETA, FAZER PASSAR UMA PERPENDICULAR AB, reta dada. Y ponto fora da reta. Com ponta seca em Y, traçar dois arcos que cortem a reta nos pontos C e D. Em seguida, com ponta seca em C e depois em D, traçar dois arcos abaixo da reta AB, que se cruzem no ponto E. A reta que une o ponto E com o ponto Y é a perpendicular procurada. LEVANTAR UMA PERPENDICULAR NA EXTREMIDADE DE UMA RETA AB, reta dada. Com ponta seca em A, e qualquer abertura do compasso traçar o arco CD. Continuando com a mesma abertura do compasso e ponta seca em D, traçar o arco E. Com ponta seca em E (e mesma abertura do compasso) traçar o arco F. Ainda com mesma abertura do compasso e ponta seca em E e depois em F, traçar dois arcos acima que se cruzem no ponto G. A linha que une o ponto C ao ponto A é a perpendicular procurada.

6 DADO UM ANGULO ABC QUALQUER, TRAÇAR OUTRO IGUAL NA EXTREMIDADE DE UMA RETA ABC, angulo dado. AB, reta dada. Com a ponta seca do compasso no vértice do angulo dado, traçar um arco que corte seus dois lados nos pontos E e F. Depois, com a ponta seca na extremidade A da reta (sem mudar a abertura do compasso) traçar outro arco. Em seguida, com abertura EF e ponta seca em E, traçar outro arco que corte o primeiro no ponto F. Ligando-se o A da extremidade da reta com F, obtém-se outro angulo igual ao primeiro.

7 2. BISSETRIZ TRAÇAR A BISSETRIZ DE UM ANGULO QUALQUER ABC, angulo dado. Com abertura qualquer do compasso e ponta seca no vértice do angulo dado, traçar um arco que corte seus dois lados nos pontos E e F. Depois, com ponta seca em E e depois em F, traçar outros dois arcos que se cruzem no ponto G. A linha que liga o vértice B do angulo com o ponto G é a bissetriz. TRAÇAR DUAS PARALELAS A UMA DISTANCIA DADA AB, primeira paralela. Z, distancia dada. Em dois locais quaisquer, próximos das extremidades da semi-reta AB, levantar duas perpendiculares C e D. Depois, com abertura de compasso igual a Z e ponta seca em C, marcar E. Com ponta seca D marcar F. A linha que liga E com F é paralela a AB. TRAÇAR A BISSETRIZ DE UM ANGULO CUJO VÉRTICE NÃO CONHECEMOS

AB e CD são os lados do angulo de vértice desconhecido. Num ponto qualquer do lado CD levantar uma reta que toque o lado AB formando a linha EF. Centrar em E e traçar um arco que toque nos pontos G e H, marcando também o ponto 1. Centrar em F e traçar outro arco que toque nos pontos I e J, marcando também o ponto 2. Centrar no ponto 1 e depois em H e traçar dois arcos que se cruzem no ponto 3. Centrar em 1 e depois em G, e traçar outros dois arcos que se cruzem no ponto 4. Centrar em 2 e I e traçar dois arcos que se cruzem no ponto 5. Centrar em 2 e J e traçar dois arcos que se cruzem no ponto 6. Ligar E com 4 e F com 5 de modo que se cruzem no ponto 7. Ligar E com 3 e F com6 de modo que se cruzem no ponto 8. A linha de centro que liga 7 a 8 é a bissetriz do angulo. 8

9 3. DIVISÕES DE ÂNGULOS DIVIDIR O ANGULO EM TRÊS PARTES IGUAIS ABC, angulo dado. X, vértice do angulo. Centrar em X e com uma abertura qualquer do compasso traçar o arco DE. Em seguida, com a mesma abertura, centrar em E e traçar um arco marcando o ponto G. Centrar em D com mesma abertura e marcar o ponto H. Ligando X com G e X com 11 o angulo reto fica dividido em três partes iguais.

10 TRAÇAR UM LOSANGO E INSCREVER NELE UMA CIRCUNFERÊNCIA EM PERSPECTIVA AB diagonal maior. CD diagonal menor. Ligar A com C e A com D. Ligar B com C e B com D, formando assim o losango. Dividir ao meio os lados do losango marcando os pontos E, F, G e H. Ligar D com E e C com G, marcando o ponto I. Ligar D com F e C com H, marcando o ponto J. Em seguida, centrar o compasso em D e traçar um arco que ligue E com F. Centrar em C e traçar outro arco que ligue G com H. Centrar em I e traçar um arco que ligue G com E. Centrar em J e traçar outro arco que ligue F com H, ficando assim pronta a circunferência em perspectiva.

11 4. TRAÇADO DE TANGENTE TRAÇAR UMA LINHA TANGENTE A UMA CIRCUNFERÊNCIA DADA Traçar a circunferência e marcar nela o ponto X. Ligar o ponto O (centro da circunferência) ao ponto X. Centrar o compasso em X e traçar um arco marcando o ponto 1. Centrar em 1 e com a mesma abertura do compasso marcar o ponto 2. Centrar em 2 e marcar o ponto 3. Centrar em 3 e depois em 2 e traçar dois arcos que se cruzem no ponto 4. A linha que liga 4 com X é a tangente pedida.

12 POR TRÊS PONTOS DADOS QUE NÃO ESTEJAM ALINHADOS, FAZER PASSAR UMA CIRCUNFERÊNCIA Fig.13 ABC, pontos dados. Unir os pontos A, B e C por meio de retas. Dividir estas retas ao meio e traçar as retas EF e GH de modo que se cruzem no ponto 1. O ponto 1 é o centro da circunferência que passa pelos pontos dados anteriormente. Fig.14 ABC, triângulo dado. Achar o meio do lado AB e também o meio do lado AC, marcando os pontos D e E. Ligar D com C, e ligar E com B, de modo que se cruzem no ponto 5. O ponto 5 é o centro da circunferência.

13 5. DIVIDIR CIRCUNSFERÊNCIA DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM TRÊS PARTES IGUAIS E INSCREVER O TRIÂNGULO Fig.15 Traçada a circunferência, traçar também a linha AB. Depois, centrar o compasso em B e com abertura igual a B1, traçar o arco CD. Ligar A com C e A com D. Finalmente, ligar D com C, formando assim o triângulo.

14 DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM QUATRO PARTES IGUAIS E INSCREVER O QUADRADO Fig.16 Traçada a circunferência, traçar também as linhas AB e CD. Ligar A com C e A com D. Ligar B com C e B com D, formando o quadrado dentro da circunferência. DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM CINCO PARTES IGUAIS E INSCREVER O PENTÁGONO Fig. 17 Traçada a circunferência, traçar também o diâmetro AB. Em seguida traçar a perpendicular CD. Dividir DB ao meio, marcando o ponto E. Com uma ponta do compasso em E e outra em C, traçar o arco CF. Em seguida, com abertura igual à reta pontilhada FC e uma ponta em C, marcar os pontos G e H. Com uma ponta em G (e mesma abertura anterior) marcar o ponto I. Com uma ponta em H, marque o ponto J. Ligar C com H, H com J, J com I, I com G, G com C, ficando assim pronto o pentágono dentro da circunferência.

15 TRAÇADO DO PENTÁGONO SENDO DADO O LADO Fig. 18 AB, lado dado. Com uma ponta do compasso em B e abertura igual a AB, traçar uma circunferência. Em seguida, com centro em A, traçar outra circunferência de modo que corte a primeira nos pontos C e D. Traçar a perpendicular CD, depois, com centro em D (e a mesma abertura anterior), traçar uma terceira circunferência, marcando os pontos 1, 2 e 3. Ligar o ponto 3 com o ponto 1 e prolongar até tocar o lado da primeira circunferência, marcando o ponto 4. Ligar 2 com 1 e prolongar até tocar o lado da segunda circunferência, marcando o ponto 5. Depois, com uma ponta do compasso no ponto 5 e abertura igual ao lado dado, traçar um arco que corte a reta CD. Com uma ponta em 4, traçar outro arco que corte o primeiro no ponto. 6. Unir A com B, A com 4, 4 com 6, 6 com 5, 5 com B.

16 DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM 6 PARTES IGUAIS E INSCREVER O HEXÁGONO Fig. 19 Traçada a circunferência, traçar também o diâmetro AB. Depois, com a mesma abertura do compasso e centro em A, traçar um arco que toque nos dois lados da circunferência marcando os pontos C e D. Mudando a ponta do compasso para B, traçar outro arco que toque em outros dois lados da circunferência, marcando os pontos E e F. Ligar os pontos através de retas para que fique inscrito o hexágono dentro da circunferência.

17 DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM 10 PARTES IGUAIS E INSCREVER O DECÁGONO Fig. 20 Traçar a circunferência e os diâmetros AB e CD e determinar o centro O. Depois, fazendo centro em A, traçar dois arcos acima e abaixo da linha AB. Fazer centro em O e traçar outros dois arcos que cortem os dois primeiros nos pontos 1 e 2. Traçar uma perpendicular por estes pontos para determinar o meio de AO, marcando o ponto 3. Com centro em 3 e abertura igual a 3-A, traçar um arco AO. Ligar 3 com C, determinando o ponto 4. Abrir o compasso com medida igual a C-4, traçando, a seguir, o arco EF. Com esta mesma medida, marcar ao longo da circunferência para dividi-la em 10 partes iguais. Ligar finalmente estas partes através de retas.

18 DIVIDIR UMA CIRCUNFERÊNCIA EM 9 PARTES IGUAIS E INSCREVER O ENEÁGONO Fig. 21 Traçar a circunferência e também os diâmetros AB e 1D, marcando também o centro O. Em seguida (com a mesma abertura do compasso) traçar o arco OE. Abrir o compasso com medida igual a DE, centrar em D e traçar o arco EF. Continuando com a mesma abertura, centrar em F e traçar o arco 1G. A distancia GA é igual a um dos lados que dividirá a circunferência em 9 partes iguais. Bastará, portanto, abrir o compasso com esta medida, centrar em 1 e marcar 2; centrar em 2 e marcar 3, e assim sucessivamente. Depois, unir estes pontos através de retas, para inscrever o eneágono dentro da circunferência.

19 TRAÇAR O HEPTÁGONO PELO PROCESSO GERAL. (Obs.: Este processo permite dividir a circunferência em qualquer número de partes iguais.) Fig. 22 Traçar a circunferência e também os diâmetros 1C e AB, prolongando um pouco para além da circunferência a linha de diâmetro AB. Depois, ao lado do diâmetro 1C, traçar outra linha formando um angulo qualquer. Abrir o compasso com uma medida qualquer e marcar na linha inclinada tantas vezes quantas se quer dividir a circunferência (no caso 7 vezes). Continuando, com o auxilio da régua e esquadro, ligar 7 a C, e mantendo a mesma inclinação, ligar os outros números à linha de centro e marcar nessa linha apenas o número 2. Abrir o compasso com medida igual a 1C, centrar em C e traçar um arco que corte o prolongamento do diâmetro AB. Centrar em 1 e traçar outro arco que corte o primeiro, marcando o ponto D. Ligar D ao ponto 2 do diâmetro vertical e prolongar até tocar a circunferência, marcando o ponto 2'. A distancia 1-2' é uma das partes que dividirá em 7 partes iguais. Atenção: sejam quantas forem as partes em que se queira dividir a circunferência, a linha que parte de D deverá sempre passar pelo ponto 2 do diâmetro vertical.

20 DADO O EIXO MENOR AB, CONSTRUIR O ÓVULO Fig. 24 Traça-se o eixo menor AB e divide-se ao meio, por onde passará o eixo maior CD. Centra-se em 5 e traça-se uma circunferência, marcando o ponto 6. A seguir, liga-se A com 6 e prolonga-se para além da circunferência. Faz-se o mesmo partindo de B. Depois, abre-se o compasso com medida AB, centra-se em A e traça-se um arco que, partindo de B, pare na linha A6, marcando o ponto 7. Muda-se o compasso para B, traça-se outro arco que, partindo de A, pare na linha B6, marcando o ponto 8. Finalmente, centra- se no ponto 6 e traça-se um arco que ligue 7 a 8, completando assim o óvulo.

21 DADO O EIXO MAIOR, TRAÇAR A OVAL DE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS Fig. 25 Traça-se o eixo maior AB e divide-se-o em três partes iguais, marcando os pontos 1 e 2. Centra-se o compasso em 1 e com abertura igual a A1, traça-se a primeira circunferência. Muda-se o compasso para o ponto 2 e traça-se a segunda circunferência, marcando os pontos 3 e 4. Liga-se 3 com 1 e prolonga-se marcando o ponto 5. Liga-se 3 com 2 e prolonga-se, marcando o ponto 6. Liga-se 4 com 1 e prolonga-se marcando o ponto 7. Liga-se 4 com 2 e prolonga-se marcando o ponto 8. Em seguida, abre-se o compasso com medida igual a 3,5, centra-se em 3 e traça-se um arco ligando 5 a 6. Muda-se o compasso para o ponto 4 e traça-se outro arco, ligando 7 a 8 e completando assim a oval.

22 TRAÇAR A OVAL DE TRÊS CIRCUNFERÊNCIAS Fig. 26 Inicialmente traça-se o eixo AB e divide-se-o em quatro partes iguais, marcando os pontos 1, 2 e 3. Abre-se o compasso com medida igual a A1, centra-se em 1 e traça-se a primeira circunferência. Muda-se o compasso para 2 e traça-se a segunda, marcando os pontos 4 e 5. Centra-se em 3 e traça-se a terceira circunferência, marcando os pontos 6 e 7. Liga-se 1 com 4 e prolonga-se nos dois sentidos, marcando os pontos D e C. Liga-se 3 com 6 e prolonga-se até cruzar com a primeira, marcando os pontos D e E. Depois, liga-se 1 com 5, prolonga-se e marca-se os pontos F e G liga-se 3 com 7 e também prolonga- se nos dois sentidos, marcando os pontos G e H. Os pontos D e G são os vértices da oval. Centra-se, portanto, em D e com abertura DC, traça-se um arco ligando C com E. Muda-se o compasso para G e com a mesma abertura, traça-se outro arco, ligando F com H.

23 6. TRAÇADO DE ESPIRAL TRAÇADO DA ESPIRAL DE DOIS CENTROS Fig. 27 Primeiramente traça-se o eixo AB. Depois, no meio do eixo, marcam-se os pontos 1 e 2. Centra-se o compasso no ponto 1 e com abertura igual a 1-2, traça-se o arco 2-C. Centra-se em 2 e traça-se o arco CD. Centra-se em D e faz-se outro arco DE. E assim por diante, centra-se alternativamente em 1 e 2 e vão se traçando arcos.

24 TRAÇADO DA ESPIRAL DE TRÊS CENTROS Fig. 28 Constrói-se primeiro um pequeno triângulo equilátero e marcam- se os pontos 1, 2 e 3. Liga-se 1 com 2 e prolonga-se. Liga-se 2 com 3 e prolonga-se. Liga-se 3 com 1 e prolonga-se. Depois, centra-se em 3 e faz-se o arco 1,3; centra-se em 2 faz-se o arco 3,2; centra-se em 1 faz-se o arco 2,1 e assim um arco será sempre a continuidade de outro.

25 TRAÇADO DA ESPIRAL DE QUATRO CENTROS Fig. 29 Traça-se primeiramente um pequeno quadrado e marcam-se os pontos 1, 2, 3 e 4. Depois, faz-se uma reta ligando 1 com 2, outra ligando 2 com 3; outra ligando 3 com 4 e outra ligando 4 com 1. Em seguida, centra-se o compasso em 4 e traça-se o arco 1,4; centro em 3, arco 4,3; centro em 2, arco 3,2; centro em 1, arco 2,1. Como nas figuras anteriores, um arco é sempre a continuidade do outro.

26 TRAÇADO DA ESPIRAL POLICÊNTRICA Fig. 30 Desenha-se um hexágono e numeram-se os pontos de um a seis. Depois, traçamse retas ligando (e prolongando) 1 com 6; 6 com 5; 5 com 4; 4 com 3; 3 com 2; 2 com 1 e 1 com 6. Estas retas não têm um tamanho determinado. Como nas outras espirais, centra-se o compasso em 1 e faz-se o arco 6,1. Centro em 2, arco 1,2; centro em 3, arco 2,3; centro em 4, arco 3,4; centro em 5, arco 4,5; centro em 6, arco 5,6.

27 7. DESENVOLVIMENTOS E PLANIFICAÇÕES Fig. 32 Fig. 33 As figuras 31, 32 e 33 mostram o desenvolvimento lateral de um cilindro, que é um retângulo, cujo comprimento é igual ao diâmetro médio encontrado, multiplicado por 3,142. Em planificação de chapas, tanto em funilaria industrial como em caldeiraria, deve-se sempre usar o diâmetro médio, indicado aqui pelas letras DM. Método para se encontrar o DM. Se o diâmetro indicado no desenho for interno, acrescenta-se uma vez a espessura do material e multiplica-se por 3,142. 1º exemplo: Diâmetro indicado no desenho 120mm interno; espessura do material, 3mm. 120 + 3 = 123. O número 123 é o DM encontrado e é ele que deve ser multiplicado por 3,142. 2º exemplo: O diâmetro indicado no desenho é 120mm externo: subtrai-se uma vez a espessura do material. Assim, 120-3 = 117. O número 117 é o DM encontrado e é ele que deve ser multiplicado por 3,142. Obs.: Em chaparia é costume usar-se apenas o número 3,14 ao invés de 3,142. Entretanto, se acrescentarmos 0,0004 (quatro décimos milésimos) ao 3,1416 obteremos o número 3,142 que dá uma melhor precisão ao diâmetro da peça que será confeccionada. Para confirmar seguem-se dois exemplos: 1º 120 X 3,14 = 376. 2º 120 X 3,142 = 377. Verifica-se assim que obtivemos uma melhor aproximação.

28 PLANIFICAÇÃO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NÃO PARALELA - PROCESSO 1 Fig. 35 Fig. 34 Acha-se o diâmetro médio e desenha-se inicialmente a vista de elevação (fig. 34). A seguir, traça-se o semicírculo 1-7, o qual será dividido em um número qualquer de partes iguais, 1-2-3-4-5-6-7. A partir destes pontos serão levantadas perpendiculares que tocarão a parte inclinada do cilindro marcando-se os pontos 1'-2'-3'4'-5'-6'-7'. A seguir, multiplica-se o DM por 3,142 e sobre uma reta que deverá ser traçada ao lado da fig. 34, marca-se o comprimento encontrado. Divide-se esta reta em partes iguais (exatamente o dobro das divisões feitas na fig. 34). Por estas divisões serão levantadas perpendiculares. Depois, partindo dos pontos 1'-2'-3'-4-5'-6'-7' (localizados na parte inclinada do cilindro), traçam-se retas horizontais que cruzarão com as verticais levantadas anteriormente, marcando os pontos 1"-2"-3"- 4"-5"-6"-7". Finalmente, unem-se estes pontos com o auxilio de uma régua flexível.

29 DESENVOLVIMENTO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NÃO PARALELA - PROCESSO 2 Fig. 37 Fig. 36 Como sempre, acha-se primeiro o diâmetro médio como foi explicado nas figuras 31, 32 e 33. A seguir, desenha-se a vista de elevação do cilindro e marca-se o angulo de inclinação ABC. Traça-se o arco AC e divide-se-o em um número qualquer de partes iguais. Multiplica-se o DM por 3,142 e marca-se o comprimento encontrado 1-1 sobre uma reta qualquer. Levantam-se as perpendiculares 1-7 e 1-14. Transporta-se com o compasso o arco AC para as verticais 1-7 e 1-14, dividindo-os em partes iguais. Unem-se estas partes através das retas 1-8,2-9, 3-10, 4-11, 5-12, 6-13 e 7-14. Divide-se a reta 1-1 no mesmo número de partes iguais e levantam-se perpendiculares que cruzarão com as horizontais traçadas anteriormente. Marcam-se os pontos de cruzamento e unem-se-os com uma régua flexível.

30 PLANIFICAÇÃO DE CILINDRO COM UMA BASE (BOCA) NÃO PARALELA - PROCESSO 3 Fig. 39 Fig. 38 Muitas vezes, a chapa em que se está traçando a peça é pequena, sendo suficiente apenas para fazer o desenvolvimento, não tendo espaço para se traçar a vista de elevação do cilindro. Neste caso, utiliza-se o processo 3, que consiste em se traçar a vista de elevação (Fig. 38) em qualquer pedaço de chapa (em separado) com todos os detalhes já indicados nas figuras anteriores. Depois traça-se a linha AB na chapa em que se está traçando a peça. Dividir-se-á em partes iguais e levantam-se perpendiculares. Então, abre-se o compasso com abertura igual a 1A (Fig. 38) e marca-se esta medida no desenvolvimento (Fig. 39). Volta-se ao perfil e pega- se a medida 2B passando-a para o desenvolvimento. Pega-se a medida 3C transportando-a também. E assim por diante, sempre marcando as medidas à esquerda e à direita da linha de centro 7G da Fig. 39.

31 PLANIFICAÇÃO DE CILINDRO COM AS DUAS (BOCAS) INCLINADAS BASES Fig. 40 Fig. 41 Esta peça é bastante semelhante às que foram desenhadas anteriormente, com a única diferença de que tem as duas bocas inclinadas. Pelo próprio desenho desta página, verifica-se como é fácil a planificação. Basta que se divida o semicírculo AB em partes iguais e se levantem perpendiculares, marcando os pontos 1-2-3-4- 5-6-7 e 1'-2'-3'-4'-5'-6'-7'. Levantam-se perpendiculares também na parte que será desenvolvida (Fig. 41). O cruzamento das linhas horizontais que partem da fig. 40, com as verticais da fig. 41 formam as linhas de desenvolvimento EF e CD. Obs.: Esta figura também pode ser desenvolvida transportando- se as medidas com o compasso ao invés de se cruzarem as linhas.

32 PLANIFICAÇÃO DE COTOVELO DE 45º Fig. 42 Fig. 43 O cotovelo de 45º é largamente utilizado em instalações industriais. Nas figuras anteriores mostrou-se como se desenvolve tubos com a face em grau, não sendo necessário explicar-se aqui como se faz o desenvolvimento, porque o cotovelo nada mais é do que dois tubos desenvolvidos com o mesmo grau. Assim, dois tubos de 22,5º formam o cotovelo de 45º Obs.: Os encanadores, pelo fato de trabalharem com tubos já prontos, deverão desenvolver os modelos em chapa fina e para isso deverão medir o diâmetro externo do tubo e multiplicá-lo por 3,142.

33 PLANIFICAÇÃO DE COTOVELO DE 90º Fig.45 Fig.44 As figuras 44 e 45 que representam o cotovelo de 90º, não precisam também de maiores explicações. Basta que se desenvolvam dois tubos de 45º, como já foi explicado anteriormente, e solde-se um no outro.

34 INTERSEÇÃO DE UM CILINDRO POR OUTRO DE DIÂMETRO IGUAL Fig. 50 Fig. 49 A interseção de dois cilindros saindo a 90º um do outro, também chamada "boca de lobo", é uma das peças mais usadas em funilaria industrial e é de fácil confecção. Basta que se trace inicialmente a vista de elevação, e se divida o arco AB (Fig. 49) em partes iguais e marquem-se os pontos 1-2-3-4-5-6-7. A partir destes pontos levantam-se perpendiculares, até tocar o tubo superior, marcando os pontos 1'-2'-3'-4'-5'-6'-7'. A seguir, acha-se o diâmetro médio, multiplica- se por 3,142 e a medida encontrada marca-se em uma reta CD na mesma direção de AB, e divide-se em partes iguais marcando-se os pontos M-N-O-P-Q-R-S-R-Q-P-O-N-M. A partir destes, levantam-se perpendiculares. Depois, partindo dos pontos 1'- 2'-3'-4' etc., traçam-se linhas horizontais que cruzarão com as verticais e levantadas anteriormente, marcando os

35 INTERSEÇÃO DE CILINDROS COM DIÂMETROS DIFERENTES Fig. 52 Fig. 51 Fig. 53 A interseção de cilindros com diâmetros diferentes, saindo a 90º um do outro, é feita da mesma forma como foi explicado nas figuras 49 e 50.

36 8. TRONCO DE CONE TRAÇADO DO TRONCO DE CONE - PROCESSO 1 Fig. 76 Fig. 75 O tronco de cone é provavelmente a peça mais usada nas indústrias, seja par reduzir uma tubulação, seja para escoamento de líquidos etc. É também uma das peças mais fáceis de serem traçadas. No exemplo presente, traça-se primeiro a vista de elevação (Fig. 75) e em sua base maior o arco AB, o qual divide-se em partes iguais 1-2-3-4-5-6-7-8-9. Prolonga-se a linha AC e DB até tocar no ponto S que é vértice do cone. Fazendo centro em S traça-se o arco EF a partir da base AB. Com mesmo centro e partindo da base CD traça-se outro arco. A seguir, abre-se o compasso com abertura igual a uma das divisões do arco AB, e marcam-se o dobro destas divisões no arco EF. (Ex.: se a vista de elevação está dividida em oito partes iguais, evidentemente, seu dobro é 16, como na Fig. 76.) Liga-se E ao vértice S, marcando o ponto C. Liga-se F ao vértice S, marcando o ponto H O arco GH é a boca

37 TRAÇADO DO TRONCO DE CONE - PROCESSO 2 Fig. 77 Traça-se a vista de elevação ABCD. Na base maior traça-se o arco 1-9, o qual divide-se em partes iguais 1-2-3-4-5-6-7-8-9. Prolongam-se as linhas AC e BD de modo que se cruzem, marcando o vértice S. Abre-se o compasso com medida igual a SA e traça-se o arco maior. Com mesmo centro e medida igual a SC, traçase o arco menor. A seguir, com abertura de compasso igual a uma das divisões do arco 1-9, marcam-se a partir da linha de centro, metade para cada lado (1-2-3-4-5-6-7-8-9) no arco maior, determinando os pontos 9 e 9e. Liga-se o ponto 9 ao vértice S, marcando o ponto F no arco menor. Liga-se o ponto 9e ao vértice S, marcando o ponto G no arco menor, completando a figura.

38 CONE CORTADO POR UM PLANO OBLÍQUO ENTRE A BASE E O VÉRTICE Fig. 82 Fig. 81 Desenha-se a vista de elevação do cone (Fig. 81) e o semicírculo 1-7. O qual divide-se em partes iguais 1-2-3-4-5-6-7. Por estes pontos levantam-se verticais até tocar a base do cone e daí elas serão elevadas até o vértice, marcando no plano oblíquo os pontos A-B-C-D-E-F-G. Estes pontos serão transportados para o lado G7 do cone. Depois, com abertura de compasso igual a S7, traça-se o arco maior 1'-1', o qual divide- se em partes iguais, utilizando-se para isso uma das divisões do semicírculo 1-7. Numeram-se no arco maior os pontos 1'- 2'-3'-4' 5'-6'-7'-6'-5'-4'-3'-2'-1' e a partir destes pontos, traçam- se as retas em direção ao vértice S. A seguir, partindo dos pontos A-B-C-D-E-F-G (do lado do cone) traçam-se arcos que cortem as retas traçadas anteriormente.

39 9. CURVA DE GOMO CURVA DE GOMO COM UM GOMO INTEIRO E DOIS SEMIGOMOS Fig.103 Fig. 104 Fig. 102 Processo para se achar com o compasso o semigomo: Centra-se em A e traça-se um arco. Centra-se em B e- traça-se outro arco de modo que corte o primeiro no ponto 45, dividindo- se a curva em duas partes iguais. Depois, divide-se cada uma destas partes em outras duas partes iguais, marcando os pontos C e D que são os ângulos de 22,5 correspondentes aos semigomos.

40 Fig. 112 Fig. 111 Traça-se da mesma forma da unha inclinada.

41 10. QUADRADO PARA REDONDO QUADRADO PARA REDONDO CONCÊNTRICO Fig. 141 Fig. 142 Fig. 143

42 Desenha-se a vista de planta (Fig. 140) e divide-se a boca redonda em partes iguais, as quais serão ligadas aos cantos da parte quadrada. Para se achar a verdadeira grandeza da peça, desenha-se a altura normal da peça (Fig. 142) e depois abre-se o compasso com medida A1 (Fig. 140), centra-se em E Fig. 140, pega-se a medida A', a qual também é transportada para a Fig. 142. Sendo a peça concêntrica, as linhas 2 e 3 (Fig. 140) têm a mesma dimensão, como também as linhas 1 e 4 são iguais. Deve-se transportar também o deslocamento da peça indicado na planta com a letra D e na Fig. 142 com a letra D'. Para se fazer o desenvolvimento (Fig. 143) traça-se a linha de centro G1. Abre-se então o compasso com medida AH (Fig. 140), centra-se no ponto G (Fig. 143) e marcam-se os pontos I e J. Vai-se à Fig. 142, pega-se a medida 1F, passa-se para a Fig. 143, centra-se em I e depois em J e traçam-se dois arcos que se cruzem na linha de centro, marcando o ponto 1. Abre-se o compasso com medida 1-2 (Fig. 140), centra-se no ponto 1 da Fig. 143 e traçam-se dois arcos. Pega-se a medida 2F da Fig.142, centra-se em I e J da Fig. 143 e traçam-se outros dois arcos que cruzem com os anteriores, marcando os pontos 2. E assim por diante, até o final da peça, quando, por último, se deverá usar a medida AK e D1 para concluir a peça.

43 REDONDO PARA QUADRADO CONCÊNTRICO Metade do desenvolvimento Fig. 147 Todo quadrado para redondo deve ter a base e o colarinho para o encaixe dos flanges que serão parafusados na tubulação. Linha de verdadeiras grandezas (V.G.) Fig. 144 Fig. 146 Fig. 145 Processo de traçagem igual ao da peça anterior. Na prática, é desnecessário desenhar a vista de elevação como também toda a vista de planta sempre que a figura for concêntrica. Aqui ela é desenhada para maior nitidez da peça e melhor compreensão do observador.

44 QUADRADO PARA REDONDO COM O DIÂMETRO DA BASE (BOCA) REDONDA IGUAL AO LADO DO QUADRADO Fig. 150 Fig. 149 Fig. 148

45 Metade do desenvolvimento Linha D Linha L Em quadrado para redondo ou retângulo para redondo, o encontro da linha D com alinha L deve ter sempre 90º. Neste caso de bocas com a mesma dimensão, a linha D (linha de deslocamento) é igual à própria altura da peça.

46 11. RETÂNGULO PARA REDONDO Fig. 153 Fig. 152

47 Fig. 154 Metade do Desenvolvimento Muitas vezes, quando se vai traçar uma peça, o espaço na chapa é pouco, não sendo possível traçar a Fig. 150 do desenho anterior. Neste caso, usa-se o recurso apresentado na Fig. 152, isto é, prologa-se o lado AB da visrta de planta até que tenha a altura da peça (Fig. 153) e então, centrando o compasso no ponto A (Figura 152), descrevem-se arcos que, partindo dos pontos de divisão da boca redonda, parem na linha AC e daí ele serão ligados ao ponto E. O resto é como nas figuras anteriores.

48 12. INTERSEÇÃO DE UM CONE COM UM CILINDRO COM EIXOS A 90 - PROCESSO 1 Fig. 202

49 Fig. 203 Desenham-se as vistas de planta e elevação. Divide-se a semicircunferência AB (Fig. 202), em sete partes iguais, obtendo os pontos 1-2-3-4-5-6-7. Partindo destes pontos, traçam-se paralelas até encontrar o lado CD do cone, marcando ai os pontos 1-2-3-4-5-6-7. pestes pontos traçam-se linhas verticais até tocar a linha de centro EF da Fig. 201, marcando os pontos 1'-2'-3'-4'-5'-6'-7'. Então, centrando o compasso no ponto S, e partindo destes pontos, traçam-se arcos de modo que cruzem a linha de centro. Divide-se a semicircunferência GH da vista de planta no mesmo número de partes iguais da anterior e traçam- se paralelas de modo que cruzem com os arcos traçados anteriormente, marcando os pontos 8-9-10-11-12-13. Partindo destes pontos, levantam-se perpendiculares que cruzem com as paralelas do cilindro na Fig. 202 e o encontro das verticais com as horizontais forma a linha de interseção. O desenvolvimento (Fig. 203) é feito transportando-se as alturas com o compasso de modo já conhecido. Fig. 258

50 Traçada a Fig. 256, é preciso determinar o comprimento das laterais. Para isso, pode-se usar dois processos. Primeiro processo: Multiplica-se o diâmetro D por 3,14 e o produto divide- se por 4, o resultado X da divisão é a medida com a qual deve- se abrir o compasso, e centrando no ponto M, marca-se N. Como os diâmetros das polias são diferentes, deve-se fazer uma conta para cada polia. Temos então a fórmula: D x 31, 4 D x π = X 4 4 Exemplo: Suponhamos uma polia com 120mm de diâmetros: = X 1º ) 120 x 3 14, 4 = X 2º ) 120 x 3,14 = 376,80 3º ) 376,8 : 4 = 94,2 Resp. 94,2 é a medida com a qual deve-se abrir o compasso e centrar no ponto M, marcando N. 2. processo: Multiplica-se o raio por 1,57 e o resultado já é a medida procurada. Exemplo para a mesma polia anterior: O ralo de 120 mm é 60 mm. 60 x 1,57 = 94,2 Esta fórmula é mais rápida porque com uma única conta se acha a medida procurada. Obs.: o número 1,57 é constante valendo para qualquer raio, devendo, portanto, ser guardado de memória. Caso haja esquecimento, basta se lembrar que 1,57 é a metade de 3,14. A vista em perspectiva mostra como deve ficar a peça depois de acabada.

51 13. Tubulação Industrial Principais materiais para Tubos Até página 87, esse texto é transcrição na íntegra do livro Tubulações Industrais:materiais, projeto e montagem, de Pedro Carlos da Silva Telles. É muito grande a variedade muito dos materiais atualmente utilizados para a fabricação de tubos. Só a A.S.T.M. (AmericanSociety for Testing and Materials) esspecifica mais de 500 tipos diferentes de materiais. Damos a seguir um resumo dosprincipais materiais usados: Tubos metálicos Aços-carbono (carbon-steel Aços-liga (low alloy, high alloy steel) Aços inoxidáveis (stainless-steel) Ferrosos Ferro fundido (cast iron) Ferro forjado (wrought iron) Ferros ligados (alloy cast iron) Ferro nodular (nodular cast iron) Cobre (copper) Latões (brass) Cobre-níquel Não ferrosos Alumínio Níquel e ligas Metal Monel Chumbo (lead) Titânio, Zircônio Tubos não metálicos Cloreto de poli-vinil (PVC) Polietileno Acrílicos Materiais plásticos Acetato de celulose Epóxi Poliésteres Fenólicos etc. Cimento-amianto (transite) Concreto armado Barro vibrado (clay) Borrachas Vidro Cerâmica, porcelana etc. Tubos de aço com revestimento interno de Zinco Materiais plásticos Elastômeros (borrachas), ebonite, asfalto Concretos Vidro, porcelana, etc.

52 13.1 Processos de Fabricação de Tubos Há quatro grupos de processos industriais de fabricação de tubos: Tubos sem costura ( Seamless Pip ) Laminação (rolling) Extrusão (extrusion) Fundição (casting) Tubos com costura (welded pipe) - Fabricação por solda (welding). Os processos de laminação e de fabricação por solda são os de maior importância, e por eles são feitos mais de 2/3 de todos os tubos usados em instalações industriais. Fabricação de tubos por laminação Os processos de laminação são os mais importantes para a fabricação de tubos de aço sem costura; empregam-se para a fabricação de tubos de açoscarbono, aços-liga e aços inoxidáveis, desde 80 mm até 650 mm de diâmetro. Há vários processos de fabricação por laminação, o mais importante dos quais é o processo Mannesmann, que consiste resumidamente nas seguintes operações: 1. Um lingote cilíndrico de aço, com o diâmetro externo aproximado do tubo que se vai fabricar, é aquecido a cerca de 1.200 C e levado ao denominado laminador oblíquo.

53 Fig. 2.1 Fabricação de tubos por laminação - Laminador oblíquo Mannesmann. (Cortesia da Cia. Siderúrgica Mannesmann.) Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 5. Ref. Fig.2.1 2. O laminador oblíquo tem rolos de cone duplo, cujos eixos fazem entre si um pequeno ângulo (Fig.2.1). O lingote é colocado entre os dois rolos, que o prensam fortemente, e lhe imprimem, ao mesmo tempo, um movimento helicoidal de rotação e translação. Em conseqüência do movimento de translação o lingote é pressionado contra uma ponteira cônica que se encontra entre os rolos. A ponteira abre um furo no centro do lingote, transformando-o em tubo, e alisa continuamente a superfície interna recém-formada. A ponteira, que é fixa, está colocada na extremidade de uma haste com um comprimento maior do que o tubo que resultará. 3. O tubo formado nessa primeira operação tem paredes muito grossas. A ponteira é então retirada e o tubo, ainda quente é levado para um segundo laminador oblíquo, com uma ponteira de diâmetro um pouco maior, que afina as paredes do tubo, aumentando o comprimento e ajustando o diâmetro externo. 4. Depois das duas passagens pelos laminadores oblíquos o tubo está bastante empenado. Passa então em uma ou duas máquinas desempenadoras de rolos. 5. O tubo sofre, finalmente, uma série de operação de calibragem dos diâmetros externo e interno, e alisamento das superfícies externa e interna. Essas operações são feitas em várias passagens em laminadores com mandris e em laminadores calibradores (Fig. 2.2).

54 Fig. 2.2 Fabricação de tubos por laminação - Laminadores de acabamento. (Cortesia da Cia. Siderúrgica Mannesmann.) Fonte: Telles, Pedro C. Silva, 2003, pg. 6. Ref. Fig.2.2 13.2. Processos de Extrusão e Fundição 1. Extrusão Na fabricação por extrusão, um tarugo maciço do material, em estado pastoso, é colocado em um recipiente de aço debaixo de uma poderosa prensa. Em uma única operação, que dura no total poucos segundos, dão-se as seguintes fases (Fig. 2.3): Fig. 2.3 Fabricação de tubos por extrusão (Cortesia da Cia. Siderúrgica Mannesmann.) a) O êmbolo da prensa, cujo diâmetro é o mesmo do tarugo, encosta-se no tarugo. b) O mandril, acionado pela prensa, fura completamente o centro do tarugo. c) Em seguida, o êmbolo empurra o tarugo obrigando o material a passar pelo furo de uma matriz calibrada e por fora do mandril, formando o tubo.

55 Para qualquer aço essa operação se processa estando tarugo a cerca de 1200ºC; as prensas são sempre verticais e o esforço da prensa pode chegar a 15MN (=1500t).Os tubos de aço saem dessa primeira operação curtos e grossos; são levados então, ainda quentes, a um laminador de rolos para redução do diâmetro. Vão finalmente para outros laminadores que desempenam e ajustam as medidas do diâmetro e da espessura das paredes. Fabricam-se por extrusão tubos de aço de pequenos diâmetros (abaixo de 80 mm) e também tubos de alumínio, cobre, latão, chumbo e outros metais não ferrosos, bem como de materiais plásticos. 2. Fundição Nesses processos o material do tubo, em estado líquido, é despejado em moldes especiais, onde solidifica-se adquirindo a forma final. Fabricam-se por esse processo, tubos de ferro fundido. De alguns aços especiais não-forjáveis, e da maioria dos materiais não-metálicos, tais como: concreto, cimento-amianto, barro- vidrado etc.os tubos de ferro fundido e de concreto são fabricados por fundição centrifugada, em que o material em estado líquido é lançado dentro de um molde cilíndrico em posição quase horizontal, dotado de um movimento rápido movimento de rotação.o material é então centrifugado contra as paredes do molde, que continua em movimento até a solidificação completa do material.os tubos de concreto armado são também vibrados durante a fabricação para o adensamento do concreto. 14. FABRICAÇÃO DE TUBOS COM COSTURA Fabricam-se pelos diversos processos com costura, descritos a seguir, tubos de aços-carbono, aços-liga, aços inoxidáveis e ferro forjado, em toda faixa de diâmetros usuais na indústria. Existem duas disposições da costura soldada: longitudinal (ao longo de uma geratriz do tubo) e helicoidal (Fig. 2.4), sendo a longitudinal a empregada na maioria dos casos. A soldagem é sempre feita automáticamente; existem vários processos de soldagem, sendo os mais empregados a soldagem por arco submerso (submerged arc welding), e por resistencia elétrica, sem adição de metal(eletric resistance welding). Fig. 2.4 Tubo com solda em espiral.

56 Tipos de solda em tubos com costura. Para os tubos com solda longitudinal a matéria-prima pode ser uma bobina de chapa enrolada, ou chapas planas avulsas. As bobinas são empregadas para a fabricação contínua de tubos de pequeno e de médio diâmetro (450mm, aproximadamente), e as chapas planas, para tubos de médio e de grande diâmetro. Na fabricação contínua a partir de uma bobina, a circunferência do tubo é a largura da bobina, que deverá por isso ser cortada e a- parada na largura exata, depois do desbobinamento e aparação. O tubo é formado por meio de rolos conformadores que compri- mem a chapa sucessivamente em duas direções (Fig.2.5); a sol- dagem é feita por resistência elétrica e depois geralmente submetida a tratamento térmico, passando em seguida o tubo por rolos de calan- dragem e desempeno formado é a largura da bobina ou da chapa. Empregam-se também dois tipos de solda: de topo (butt-weld) e sobreposta (lapweld), cujos detalhes estão mostrados na Fig. 5. A solda de topo é usada em todos os tubos soldados por qualquer dos processos com adição de metal, e também nos tubos de pequeno diâmetro soldados por resistência elétrica. A solda sobreposta é empregada nos tubos de grande diâmetro soldados por resistência elétrica. São os seguintes os processos industriais mais importantes de execução da solda: a) Solda elétrica por arco protegido (com adição de metal do eletrodo): Solda por arco submerso (submerged arc welding). Solda com proteção de gás inerte (inert gas welding). b) Solda por resistência elétrica (electric resistance welding ERW) (sem adição de metal). Nos processos de solda com adição de metal, a bobina ou a chapa é sempre dobrada a frio até o diâmetro final; a conformação pode ser conseguida pela dobragem contínua da bobina, por meio de rolos, em máquinas automáticas, ou pela calandragem ou prensagem de cada chapa. Qualquer que seja o processo de soldagem, a solda é feita sempre a topo e com o mínimo de dois passes, um dos quais, nos tubos de boa qualidade, é dado pelo lado interno do tubo. Em qualquer caso, exige-se sempre que os bordos da bobina ou da chapa sejam previamente aparados e chanfrados para a solda. A solda por arco submerso e a solda com proteção de gás inerte são feitas automática ou semi-automaticamente. O processo de solda manual é raramente empregado por ser antieconômico. Todos os processos de solda por arco protegido são usados principalmente para a fabricação de tubos de aço de grandes diâmetros (250 mm em diante), embora seja possível a fabricação de tubos desde 100 mm. A costura de solda pode ser longitudinal ou em espiral. Os tubos com costura são quase sempre de qualidade inferior aos sem costura, mas o seu uso é bastante generalizado por serem geralmente mais baratos.

57 No passado foram muito usados, para diâmetros grandes, tubos de chapa de aço rebitada. Esses tubos, já há bastante tempo, estão completamente em desuso. Fabricação de tubos soldados por resistência elétrica Nos processos de solda por resistência elétrica, a bobina de chapa depois de cortada na largura certa, é conformada inteiramente a frio, em uma máquina de fabricação contínua com rolos que comprimem a chapa de cima para baixo e depois lateralmente, como mostra a Fig. 2.5. Uma vez atingido o formato final do tubo, dáse a solda pelo duplo efeito da passagem de uma corrente elétrica local de grande intensidade e da forte compressão de um bordo contra o outro pela ação de dois rolos laterais. Fig. 2.5 Fabricação de tubos por solda de resistência elétrica. (Cortesia da Cia. Siderúrgica Mannesmann.) Há dois sistemas de condução da corrente elétrica ao tubo: 1. O processo dos discos de contato [Fig. 2.6 (a)] que rolam sobre o tubo com pequena pressão, próximos aos bordos a soldar. Esse processo aplica-se aos tubos de diâmetros acima de15 cm. 2. Processo "Thermatool'`, mais moderno e aplicável aos tubos de pequeno diâmetro, em que a corrente passa entre dois eletrodos de cobre maciço que deslizam suavemente sobre os bordos do tubo, como mostra a Fig. 2.6 (b). Em qualquer dos casos, a corrente elétrica usada é sempre alternada, de baixa voltagem e de alta freqüência (até 400.000 ciclos/s). A corrente de alta freqüência tem a vantagem de produzir um aquecimento mais uniforme e mais local, pelo fato de caminhar apenas pela superfície do metal. A intensidade da corrente, que é sempre elevada, dependerá da espessura da chapa e da velocidade de passagem do tubo pelos eletrodos. A temperatura no local da solda é da ordem de 1.400 C, devendo por isso, tanto o tubo como os eletrodos, terem uma ampla circulação de óleo de resfriamento.

58 Imediatamente depois da solda, a rebarba externa é removida e em seguida o tubo é resfriado, desempenado, calibrado e cortado no comprimento certo. Até 15 a 20 cm de diâmetro os tubos são soldados a topo, e para diâmetros maiores a solda é sobreposta, devendo os bordos serem previamente chanfrados. As tolerâncias de fabricação dos tubos com costura de resistência elétrica (variação da espessura, do diâmetro e ovalização) podem ser bem mais rigorosas do que as relativas aos tubos sem costura. Fig. 2.6 Processos de soldagem por resistência elétrica. Os tubos de boa qualidade soldados por resistência elétrica costumam ser normalizados para o refinamento da estrutura próximo à solda, e para alívio das tensões resultantes da solda.

59 15. JUNTAS DE EXPANSÃO As juntas de expansão são peças não-rígidas que se intercalam nas tubulações com a finalidade de absorver total ou parcialmente as dilatações provenientes das variações de temperatura e também de impedir a propagação de vibrações. As juntas de expansão são, entretanto, raramente usadas: na maioria dos casos, o controle da dilatação térmica dos tubos é feito simplesmente por um traçado conveniente dado à tubulação, com diversas mudanças de direção, de maneira que a tubulação tenha flexibilidade própria suficiente. São os seguintes os principais casos em que se justifica o emprego de juntas de expansão: 1. Quando o espaço disponível é insuficiente para que se possa ter um trajeto da tubulação com flexibilidade capaz de absorver as dilatações. 2. Em tubulações de diâmetro muito grande (acima de 20"), ou de material muito caro, onde haja interesse econômico em fazer-se o trajeto o mais curto possível. Um trajeto mais longo para uma tubulação aumenta não só o custo da tubulação em si, como também o custo das fundações, estruturas de suporte etc., principalmente no caso de tubos pesados, de grande diâmetro. 3. Em tubulações que por exigências de serviço devam ter trajetos diretos retilíneos, com um mínimo de perdas de carga ou de turbilhonamentos. 4. Em tubulações sujeitas a vibrações de grande amplitude. 5. Em certas tubulações ligadas a equipamentos que não possam sofrer grandes esforços transmitidos pelas tubulações. A junta de expansão servirá, nesse caso, para evitar a possibilidade de transmissão de esforços da tubulação para o equipamento. 6. Para a ligação direta entre dois equipamentos. Comparando-se uma junta de expansão com uma tubulação com curvas capazes de absorver uma dilatação equivalente, verifica-se que a tubulação com curvas, devido ao maior comprimento de tubo necessário, conduz a maiores valores das perdas de carga e das perdas de calor, acréscimo esse que pode chegar a 20%. Em compensação, as juntas de expansão são em geral mais caras do que o comprimento adicional de tubo, principalmente para pequenos diâmetros. A desvantagem mais séria das juntas de expansão é, porém, o fato de constituírem sempre um ponto fraco da tubulação, sujeito a defeitos, a vazamentos, e a maior desgaste, podendo dar origem a sérios acidentes, e com necessidade constante de inspeção e de manutenção: essa é a principal razão do seu pouco uso. Para a encomenda de juntas de expansão, pelo menos os seguintes dados devem ser fornecidos: - Natureza e propriedades completas do fluido ou dos fluidos conduzidos.

60 -Pressão e temperatura de operação e de projeto, variações possíveis da pressão e da temperatura, com indicação dos valores máximos e mínimos e da duração prevista dessas variações. -Tipo da junta requerida; não só o tipo geral, como também detalhes desejados (tirantes, camisa interna, anéis de equalização etc. ), como veremos adiante. -Diâmetro nominal do tubo, tipo de ligação da junta à tubulação (flange, solda, rosca), com especificação completa. -Material da tubulação (especificação completa). Condições especiais de corrosão, de abrasão ou de erosão, se houverem. -Especificação completa do isolamento térmico, se houver. -Posição de trabalho da junta (vertical, horizontal, inclinada). Cargas que estejam agindo sobre a junta. Dimensões máximas que deva ter a junta, caso existam limitações de espaço. -Valores dos movimentos axial (distensão ou contração), angular, lateral ou combinações desses, que a junta deva absorver. No item a seguir trataremos especificamente dos movimentos das juntas de expansão; a Fig. 2.7 mostra os tipos fundamentais desses movimentos. -Freqüência dos ciclos de aquecimento e resfriamento da tubulação e tempo de vida útil requerido para a junta de expansão. -Normas, códigos ou especificações que devam ser obedecidos para a fabricação, inspeção e teste da junta. - Esquema da tubulação onde ficará a junta mostrando o sistema de suportes. - Existem dois tipos gerais de juntas de expansão: Juntas de telescópio e juntas de fole ou de sanfona.

Fig. 2.7 - Tipos de movimentos nas juntas de expansão. 61

62 15.1 MOVIMENTOS DAS JUNTAS DE EXPANSÃO A Fig. 2.7 mostra os três tipos fundamentais de movimentos que pode ter uma junta de expansão: movimento axial, movimento angular e movimento lateral (off-set). O movimento axial, que pode ser de compressão, de distensão, ou ambos, é o tipo de movimento mais comum, proveniente, em geral, da dilatação de trechos de tubos ligados à junta de expansão. Esse tipo de movimento ocorre, por exemplo, nas linhas retilíneas providas de juntas de expansão. Os movimentos angulares e laterais são característicos de juntas de expansão situadas em tubulações curtas entre dois vasos ou equipamentos. Esses movimentos freqüentemente se dão, como mostram alguns exemplos da Fig.2.7, em conseqüência da dilatação própria desses vasos ou equipamentos. As juntas de expansão podem ter, evidentemente, não só esses três movimentos básicos, como também quaisquer combinações dos mesmos. Com exceção das juntas articuladas, destinadas exclusivamente a movimentos angulares, qualquer outro tipo de junta de expansão deve obrigatoriamente ser colocada entre dois pontos fixos do sistema, entendendo-se por pontos fixos Fig. 2.8 - Juntas de expansão de telescópio. [Cortesia da Adsco Division

63 as ancoragens e os bocais de equipamentos que possuam fundação própria. Em alguns casos, como o exemplo da Fig. 2.8 b, a ancoragem faz parte da própria junta de expansão. Entre dois pontos fixos só pode haver uma única junta de expansão. Para as juntas articuladas exige-se que o sistema seja geometricamente estável, não podendo por isso, entre cada dois pontos fixos, existirem mais de três juntas de expansão. 15.2 JUNTAS DE TELESCÓPIO As juntas de expansão de telescópio (slide joints) consistem basicamente em dois pedaços de tubo concêntricos, que deslizam um sobre o outro, cada um ligado a um dos extremos da junta (Fig. 2.8). Possuem uma caixa de gaxeta convencional, com sobreposta e parafusos de aperto, para conseguir a vedação entre o tubo externo e o tubo interno. As juntas de telescópio, como é evidente, só podem absorver movimentos axiais das tubulações; por essa razão devem ser adotadas medidas convenientes para impedir esforços laterais ou momentos de rotação sobre as juntas, porque tais esforços as danificariam em pouco tempo. As juntas de telescópio de diâmetros acima de 3" e de boa qualidade costumam ter, por isso, um sistema qualquer de guias para dirigir o movimento axial, evitando desalinhamentos e rotações causados por esforços laterais, principalmente quando a junta está aberta. Essas guias podem ser internas, externas ou ambas. Todas as juntas de telescópio devem ter um dispositivo limitador de curso, que impeça o desengate por abertura excessiva. Esses dispositivos podem ser batentes internos ou externos, ou também tirantes limitadores reguláveis. Alguns modelos de juntas possuem pés de fixação que trabalham como pontos de ancoragem da tubulação. As juntas de telescópio são fabricadas de aço fundido, ferro fundido, ferro fundido nodular e bronze, em diâmetros nominais até 24", para pressões até 40 kg/cm2 e com curso até de 30 cm. Os extremos para ligação nas tubulações podem ser flangeados, ou para solda de topo, ou ainda rosqueados, nos diâmetros até 4". As juntas pequenas e baratas têm, às vezes, uma porca para aperto das gaxetas, em lugar da sobreposta com parafusos. As juntas de telescópio são empregadas principalmente para tubulações de vapor de baixa pressão, de condensado ou de água quente, em locais congestionados, onde não é possível a colocação de curvas de expansão. As juntas de telescópio só devem ser usadas para serviços leves, onde os movimentos não Mesmo assim, todas as juntas de fole são sempre pontos fracos da tubulação, não só porque a resistência mecânica do fole de chapa fina é bem menor do que a dos