O QUE É ARTE? Será que elas devem ser a expressão dos sentimentos do artista? Será que estas duas alternativas se excluem ou se complementam?



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Transcrição:

O QUE É ARTE? Daiane Cristina Faust Organizadores: Artur Bezzi Günther, Daiane Cristina Faust, Denise Maria Rosa dos Santos, Eduardo Antonielo de Avila, Isabel Cristina Dalmoro, Márcia Luísa Tomazzoni, Maria Eugênia Zanchet Bordignon e Mayara de Andrade 1. Duração: 06 horas. 2. Recursos didáticos: data show, imagens de obras de arte, texto impresso, saída de campo. 3. Justificativa: atualmente não há consenso acerca da pergunta o que é arte?, pois todas as tentativas de definição historicamente registradas se revelaram insatisfatórias. Disso não se segue, porém, que tais tentativas devam ser imediatamente dispensadas. Pode não haver uma única solução plenamente satisfatória ao problema da definição de arte, mas a busca por uma resposta bem fundamentada parece relevante à medida que nos faz ponderar sobre nossos julgamentos estéticos e sobre nossa tendência ao relativismo. 4. Objetivos: esta oficina visa o desenvolvimento da habilidade argumentativa e da capacidade de reconhecimento de elementos presentes nas teorias acerca da definição de arte. 5. Desenvolvimento da oficina: 5.1 Incitar a investigação acerca da definição de arte por meio de perguntas que envolvam, por exemplo, sua finalidade. Neste momento, os alunos devem manifestar suas opiniões oralmente, mas de modo espontâneo. O que é arte? Será que as artes visuais devem imitar a natureza? Será que elas devem ser a expressão dos sentimentos do artista? Será que estas duas alternativas se excluem ou se complementam? Será que há outras alternativas? Será que a caracterização da arte envolve um conjunto de atributos?

5.2 Apresentar a primeira de três teorias estéticas que tentam responder à pergunta central (o que é arte?), a saber, teoria da arte como imitação. Analisar algumas obras que se ajustem a tal teoria, bem como um argumento utilizado em sua defesa. O professor pode fazer uso dos elementos abaixo para mostrar como se analisa os argumentos de um texto e para fins de comparação com as demais teorias que serão apresentadas posteriormente. Teoria da arte como imitação foco na obra 1 É fato que muitas pinturas, esculturas e outras obras de arte imitam algo da natureza, como por exemplo, paisagens, pessoas e acontecimentos. O filósofo grego Aristóteles considerava natural ao homem imitar, pois é desta forma que nós aprendemos e porque nós temos prazer em comparar a obra de arte com aquilo que ela imita. 2 Nesta perspectiva há um critério objetivo que determina o que é arte, isto é, a arte não é determinada pelo artista (criador), nem pelo apreciador, mas sim pelo objeto de referência. Assim, quanto mais fiel ao objeto imitado, melhor é a obra. Para ser arte a obra tem que ser produzida pelo homem e imitar algo. Sugestões de imagens: RAFAEL. Scuola di Atenas - A Escola de Atenas (1509-1510); 3 CARAVAGGIO, Michelangelo Merisi da. Der Lautenspieler - O Alaudista (1595); 4 COROT, Jean-Baptiste Camille. Souvenir de Mortefontaine Lembrança de Mortefontaine (1864). 5 5.3 Apresentar a teoria da arte como expressão. Seguir os mesmos passos sugeridos no tópico 5.2. Salientar o contraste existente entre a teoria em questão e a anterior. Teoria da arte como expressão foco no artista 6 1 Adaptado de: ALMEIDA, Aires. O que é arte três teorias sobre um problema central da estética. Crítica na Rede, 01/09/2000. Disponível em: http://criticanarede.com/. Acesso em: 19/10/2011. 2 Ver conceito de mimesis em: ARISTÓTELES. Poética Coleção Os Pensadores Vol. II: tradução, comentários e índices analítico e onomástico de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1991. 3 4 5 Disponível em: http://mv.vatican.va/. Acesso em: 19/10/2011. Disponível em: http://www.hermitagemuseum.org/. Acesso em: 19/10/2011. Disponível em: http://www.louvre.fr/. Acesso em: 19/10/2011.

Toda obra foi criada por um sujeito, que expressa algo por meio desta criação (sentimentos e emoções). Assim, a obra de arte como expressão de um sujeito, apresenta um critério subjetivo: depende inteiramente da sua potencialidade para exprimir os sentimentos e emoções do sujeito criador. Por consequência, uma obra é tanto melhor quanto melhor exprimir os sentimentos do artista que a criou. Para ser arte, a obra tem que exprimir sentimentos e emoções do artista. Sugestões de imagens: MUNCH, Edvard. Skrik - O Grito (1893); 7 MARC, Franz. Liegender Hund im Schnee Cão deitado na neve (1910-1911). 8 5.4 Para chegar à terceira teoria, sugere-se que o professor solicite aos alunos a resolução de um exercício de análise de argumento. Os alunos devem ser apresentados a uma determinada obra de arte que exemplifique a teoria da arte como forma significante. Em seguida, devem ler um breve texto elucidativo acerca da obra. Após a leitura, os alunos devem extrair a tese, bem como as razões que dão suporte a ela, para que se tenha um argumento em favor desta última teoria. Concluída esta etapa, cabe ao professor finalizar o quadro comparativo das três tentativas de definição da arte. Teoria da arte como forma significante foco no apreciador 9 A pintura A Jangada da Medusa retrata alguns náufragos à beira da morte em uma jangada perdida no oceano. Ela foi inspirada em um acontecimento verídico. Ao olhar para o quadro, sentimos o drama e a esperança humanos para além da simples representação realista. Tal como essa obra, é um fato que grande parte das pinturas, músicas, esculturas, livros e representações significam algo, de uma maneira especifica, ao espectador. Esse significado se mostra através da emoção estética, distinta das emoções da vida cotidiana, pois não tem preocupações práticas. A emoção estética é o que há em comum a todas as obras que 6 Adaptado de: ALMEIDA, Aires. O que é arte três teorias sobre um problema central da estética. Crítica na Rede, 01/09/2000. Disponível em: http://criticanarede.com/. Acesso em: 19/10/2011. 7 8 9 Disponível em: http://www.nasjonalmuseet.no/. Acesso em: 19/10/2011. Disponível em: http://www.staedelmuseum.de/. Acesso em: 19/10/2011. Adaptado de: WARBURTON, Nigel. O básico da Filosofia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.

consideramos arte, ou seja, todas as obras de arte despertam alguma emoção estética. Para uma obra ser considerada arte, ela deve despertar a emoção estética no espectador. Sugestão de correção da atividade: Conclusão - Para uma obra ser considerada arte, ela deve despertar a emoção estética no espectador. Razão 1 - É um fato que grande parte das pinturas, músicas, esculturas, livros e representações significam algo, de uma maneira especifica, ao espectador. Razão 2 - A emoção estética é o que há em comum a todas as obras que consideramos arte, ou seja, todas as obras de arte despertam alguma emoção estética. Sugestão de imagem: GÉRICAULT, Théodore. Le Radeu de la Méduse A Jangada da Medusa (1819). 10 5.5 Nesta etapa, sugere-se uma saída de campo orientada, como por exemplo, uma visita a uma galeria de arte, museu ou exposição. Durante a visita, cada aluno deverá eleger uma obra de arte que se adapte a cada uma das teorias vistas. Na ocasião, pede-se a coleta do maior número de informações sobre as obras escolhidas, a fim de facilitar o reconhecimento posterior por parte dos colegas e do professor. Por fim, o aluno deve apresentar por escrito suas escolhas e justificá-las. Em nosso caso, levamos os alunos à 8ª Bienal do Mercosul Ensaios de Geopoética 11, realizada na cidade de Porto Alegre/RS entre os dias 10 de setembro e 15 de novembro. A seguir, apresentamos dois exemplos de trabalhos produzidos por alunos a partir da oficina. Exemplo I ARTE COMO IMITAÇÃO: Diários Fotográficos, de Khaled Hafez (11/02/2011) Esta obra é composta por um conjunto de fotografias, isto é, uma tentativa do artista em capturar ao máximo os traços da realidade. Não há distorções, apenas a imitação do que já existe. ARTE COMO EXPRESSÃO: Quebra-cabeça latino americano, de Regina Silveira (1998) 10 11 Disponível em: http://www.louvre.fr/. Acesso em: 19/10/2011. Para maiores informações, acesse: http://www.bienalmercosul.art.br/.

Esta obra é composta por um quebra-cabeça de diferentes imagens da América Latina. Dela podemos extrair a intenção do artista que, ao juntar tais imagens, pretendia revelar aspectos culturais da região. ARTE COMO FORMA SIGNIFICANTE: Cielo, de Luís Romero (2010) Trata-se de um mosaico formado por bandeiras de distintos países. Tais bandeiras são todas escuras e apresentam símbolos relacionados ao céu. Não está explícita a proposta do artista, mas eu, como observadora, vejo nela uma espécie de manifestação contrária ao preconceito cultural, no sentido de que todos os países, independente de sua cultura, encontram-se sob o mesmo céu. Exemplo II ARTE COMO IMITAÇÃO: Km 57 - da série Oleoducto, de María Teresa Ponce (2011) Esta obra é uma fotografia que retrata um homem e um cavalo junto a uma clareira. Trata-se de um registro real, quer dizer, uma espécie de imitação da realidade. ARTE COMO EXPRESSÃO: The short and long of it, de Uriel Orlow (2010-2011) Trata-se de um vídeo no qual aparece um menino gritando na frente de um rio e várias pessoas irritadas. O que o artista pretende com esta obra é expressar as angústias humanas. ARTE COMO FORMA SIGNIFICANTE: Tiwintza mon amour, de Manuela Ribadeneira (2005) Esta obra é composta por uma maquete, isto é, um pequeno bloco com árvores, que parece significar o que restou da natureza diante dos estragos causados pelo homem.