Metodologia Informe de TV Aberta 1º Semestre 2014

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Transcrição:

Metodologia Informe de TV Aberta 1º Semestre 2014 O Informe de Acompanhamento de Mercado da TV Aberta brasileira apresenta, em sua versão anual, o resultado do monitoramento das grades de programação das seguintes emissoras de televisão: Bandeirantes, CNT, Globo, Record, RedeTV!, SBT, TV Brasil, TV Cultura e TV Gazeta. A partir do corrente ano de 2014, o Informe de TV Aberta passa a ter também uma versão relativa ao primeiro semestre do ano. Observe-se, neste informe, a ausência da MTV Brasil entre as emissoras monitoradas tal como feito nos informes anteriores. Em setembro de 2013 a MTV Brasil deixou o segmento de TV Aberta, tendo sua programação veiculada exclusivamente pela TV Paga. Não houve monitoramento da programação da TV Ideal, sua substituta naquela faixa do espectro (canal), pois a emissora não apresentou grade de programação regular ao longo do 1º semestre de 2014, sendo em grande parte composta por programas com duração indefinida. Os dados compilados referem-se às grades de programação veiculadas na cidade de São Paulo, onde está sediada a maior parte das emissoras cabeçade-rede do país. A escolha da cidade de São Paulo como padrão facilita a coleta de dados, tendo em vista que na cidade a programação das emissoras monitoradas é regular e vastamente publicada em sites, jornais e revistas. Deste modo, conteúdos audiovisuais veiculados por emissoras regionais não foram considerados. Importante notar que as sinopses e grades de programação são fornecidas pelas emissoras antes da efetiva veiculação dos programas. Alterações de última hora dos conteúdos veiculados não foram consideradas. O monitoramento realizou-se através de jornais de circulação nacional e sítios de internet especializados, tais como Portal Hagah (hagah.com.br), que publicaram as sinopses e grades de programação fornecidas pelas emissoras

pesquisadas. Alguns textos jornalísticos foram utilizados para complementar as informações disponíveis. O tempo contabilizado para cada programa equivale ao espaço destinado a este na grade da emissora, o que inclui os intervalos comerciais. Dessa forma, vale notar que o tempo de veiculação de obras audiovisuais reconhecidas neste Informe como Publicidade encontra-se subestimado, pois não foram considerados os intervalos comerciais, mas apenas o tempo destinado ao horário político (segundo legislação eleitoral) e a programas claramente reconhecidos, a partir das informações das fontes secundárias, como telecompras, sorteios ou chamadas para programas da própria emissora. Nos programas ancorados por apresentador(es) brasileiro(s), compostos por diversos conteúdos audiovisuais de menor duração, de origem brasileira ou estrangeira, tais como desenhos infantis e videoclipes, optou-se pela determinação de origem indefinida. Já programas com conteúdos híbridos e multiplicidade de gêneros e formatos, muito comuns na TV Aberta, foram classificados de acordo com o perfil da emissora e com a característica predominante observada no que foi veiculado. Como nos informes anteriores, categorias e gêneros adotados para a classificação da programação das emissoras de TV Aberta foram adaptadas do livro Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira, de José Carlos Aronchi de Souza (2004) 1. Desse modo, a programação das emissoras abertas foi dividida em cinco categorias: Entretenimento, Informação, Educação, Publicidade e Outros, e estas, por sua vez, foram desmembradas em gêneros. Ainda segundo Aronchi de Souza (2004) os gêneros podem ter variados formatos, não considerados neste trabalho para efeito de classificação dos programas de televisão. A classificação adotada neste Informe revela diferenças em relação a entendimentos adotados mais recentemente pela ANCINE a respeito da tipologia das obras e conteúdos audiovisuais. O monitoramento das grades 1 ARONCHI DE SOUZA, José Carlos. Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira. São Paulo: Summus, 2004. 196 p.

das emissoras de TV Aberta segue classificação diversa da adotada para obras audiovisuais veiculadas nos canais de TV Paga pela Instituição, conforme capítulo IV da Instrução Normativa nº 100, de maio de 2012 2. Cumpre ressaltar, que a classificação e as definições relativas às obras audiovisuais existentes na regulamentação da TV Paga têm como objetivo precípuo servir de parâmetro para o cumprimento das obrigações de veiculação de conteúdos audiovisuais brasileiros pelas programadoras dos canais voltados para esse mercado, o que não se aplica ao caso dos canais de TV Aberta. Ademais, os canais de TV Aberta, dada a natureza generalista de suas grades, de modo geral, programam obras audiovisuais com maior variedade de gêneros e formatos do que aqueles encontrados nos canais de TV Paga. Esses últimos têm linha editorial mais definida e, geralmente, grades de programação especializadas em determinados tipos de obras audiovisuais. Ainda com relação à classificação das obras audiovisuais vale esclarecer que as classificadas como Filmes e Séries/Minisséries são consideradas por Aronchi de Souza (2004) como gêneros da categoria Entretenimento. Isso difere de uma classificação mais tradicional, que as classificaria a partir dos formatos de longa, média ou curta duração e as separaria em gêneros como ficção, documentário e animação. Nesse Informe, optou-se pela forma de classificação feita por Aronchi de Souza (2004), porém, ao final, abriu-se espaço para classificar os longas e médias metragens, assim como as séries, de acordo com classificações tradicionais e com definições baseadas em seus Certificados de Produto Brasileiro (CPBs) quanto ao formato, ao gênero e, no caso das séries, em consonância com a Lei 12.485/2011, quanto à independência. Para esse informe foram considerados independentes as obras de espaço qualificado realizadas por produtoras brasileiras independentes e que foram submetidas a esse tipo de classificação na ANCINE. Seguem os variados tipos de programas e obras audiovisuais considerados neste Informe, classificados por categorias e gêneros. 2 Vide Instrução Normativa nº 100/2012 da ANCINE, em: http://www.ancine.gov.br/sites/default/files/instrucoes-normativas/in100_120612.pdf

Categoria Entretenimento: programas de cunho recreativo que têm por objetivo divertir, informar, estimular ou incentivar a participação dos espectadores e, em alguns casos, como nos programas de auditório, de uma plateia presente no estúdio. De acordo com Aronchi de Souza (2004), são gêneros da categoria Entretenimento: Auditório programas com a presença de palco e plateia, que permitem a interação do apresentador com o público presente à gravação. É comum o público participar de jogos e brincadeiras na plateia ou no espaço destinado ao apresentador (p. 96). Colunismo Social o autor cita a ida do apresentador regularmente a festas, de forma a diferenciar o programa do gênero colunismo social como entretenimento do território do gênero entrevista, classificado (...) na categoria informação ; menciona também, como marca do gênero, a intenção da edição em enaltecer a figura do entrevistado, do produto ou da instituição que gerou a cobertura (p. 98-99). Culinário programas apoiados por patrocinadores da indústria alimentícia e de eletrodomésticos, com a presença de apresentador demonstrando sua habilidade em fazer alguma receita diante da câmera ao mesmo tempo em que utiliza produtos dos patrocinadores para compor as receitas e recomendar a compra deles (p. 101). Desenho Animado predominantemente voltado ao público infantil, o gênero é produzido em escala industrial e comercializado em pacotes, formando uma série de desenhos de curta, média ou longa duração (de três minutos a meia hora) (p. 103). Docudrama segundo o autor, trata-se de um documentário dramatizado, com personagens encenando histórias reais, reconstituindo crimes, interpretando ações de personalidades ou protagonizando um assunto (p. 105).

Esportivo tais programas podem pertencer às categorias de entretenimento, informação e, em alguns casos, de educação, de acordo com a estrutura de produção e o formato apresentado; o autor cita o futebol, as mesas redondas e a proximidade com o gênero telejornalismo na cobertura de campeonatos esportivos (existência de apresentadores, repórteres, entrevistas em estúdio) em que se negociam direitos de transmissão, além da transmissão de jogos e de competições esportivas regionais, nacionais e internacionais (p. 106-107). Filme o autor cita filmes feitos para a televisão e longas-metragens produzidos para o circuito de exibição cinematográfica. Classificado pelo seu formato e não por seu gênero (ficção, animação e documentário), os filmes ocupam determinada fatia da programação geralmente em um mesmo horário; guardam a característica de serem negociados pelas distribuidoras em pacotes, com obras com potencial de maior audiência e obras de menor potencial, as últimas exibidas em horários alternativos (p. 108). Game Show (competição) o autor lista algumas características comuns desse tipo de programas, como a existência de uma mecânica dos jogos, regras de fácil compreensão, interatividade com o telespectador ou participante ao vivo, formato de auditório, com os competidores (geralmente convidados famosos) no palco disputando entre si, e medição da reação da audiência como termômetro do sucesso do programa; o autor também cita o formato de quiz show, de perguntas e respostas 3 (p. 109-110). Humorístico os formatos aplicados ao humor na TV seguem vários estilos, de tradicionais, como os de auditório, aos mais ousados, como os documentários ou entrevistas ; o autor cita os formatos mais utilizados pelos humorísticos: auditório e quadros ou esquetes, estes últimos com vários formatos internos reportagens, telejornal, videoclipes e outros ; 3 Os formatos de pergunta e resposta foram classificados nesse trabalho apenas como Quiz Show.

segundo Aronchi de Souza (2004), a diversidade de formatos facilita a adaptação do programa à audiência (p. 113-114). Infantil voltados ao público infantil; segundo o autor, podem existir no formato de capítulos e seriados, game shows, musicais e programas de auditório, com entrevistas, desenhos, brincadeiras e atrações controlados por apresentador(a) ou personagem fantasiado; podem ainda ser entremeados por desenhos animados e séries de animação ou ficção brasileiros e/ou estrangeiros (p. 116-117). Interativo de acordo com o autor, permitem a mudança imediata do conteúdo exibido por influência dos telespectadores; é comum haver um apresentador ao vivo no estúdio informando o placar das ligações telefônicas com os votos do público (p. 117). Musical se dedicam ao gênero musical; o autor diz que costumam dar a impressão de transmissão ao vivo, independentemente do ano de produção ou (..) se inédito ou reprise ; não é raro haver plateia, seja em auditórios, praças ou estádios; o videoclipe é outra modalidade de programa musical (p. 119-120). Novela segundo o autor, a telenovela é o gênero mais popular entre os brasileiros; também chamada de teledramaturgia, está nas grades de programação, geralmente, de cinco a seis dias por semana entre 18h e 21h, intercaladas por telejornais; a telenovela brasileira dura em média 150 a 180 capítulos, seis a sete meses, e está ligada à vida do brasileiro de todas as idades e faixas sociais (p. 120-123). Quiz-show (perguntas e respostas) o programa é uma espécie de jogo em que participantes ou equipes devem acertar o maior número de respostas para ganhar um prêmio, segundo o autor; o apresentador media o jogo, mantendo regras e controlando a duração do programa (p.124).

Reality-show programas organizados a partir de tramas estimuladas pela direção do programa, diz Aronchi de Souza (2004); seguem a formatação de capítulos diários e contém o formato game show, pois os participantes passam por provas ; outro formato utilizado é o interativo, para incentivar o público a participar em votações que eliminam os candidatos do programa; as câmeras e recursos oferecem ao telespectador a melhor imagem da reação dos participantes, que são observados em rotinas diárias; a curiosidade do espectador é provocada por edições que exibem momentos de tensão, desavenças ou relações amorosas dos confinados (p. 126-128). Revista segundo Aronchi de Souza (2004), o programa de Revista oferece entretenimento e informação em doses bem equilibradas ; apresenta noticiário com assuntos que foram manchete no Brasil e no mundo, informações sobre atividades artísticas, espetáculos, entrevistas e atualidades dando ao espectador a sensação de estar bem-informado sobre tudo (p. 129-130). Séries e Minisséries classificado pelo seu formato e não por seu gênero, assim como os filmes, ocupam determinada fatia da programação geralmente em um mesmo horário; são compostas por vários episódios ligados a uma mesma trama ou núcleo de personagens; servem a todos os públicos e o conteúdo varia do educativo ao policial (p. 131). Sitcom para Aronchi de Souza (2004), uma sitcom apresenta em situações cômicas os costumes dos cidadãos comuns ; prevê construção de cenários e contratação de elenco fixo, protagonizando esquetes de curta duração (p. 135-137). Talk-show o gênero pode contar com os formatos de auditório, musical e até humor (...) o ingrediente principal é o formato entrevista, dando tempo para o entrevistado expor suas idéias de maneira casual e espontânea; o apresentador deve ser versátil e conduzir a entrevista para fazê-la interessante (p. 137-138).

Variedades preenchem um longo tempo da grade de programação nos moldes do programa de Revista, porém com elementos como auditório e improviso, dando abertura para patrocínios e publicidade na forma de merchandising; há variação de atrações e formatos, que vão dos musicais à teledramaturgia com participação do público e convidados ; o autor cita ainda os formatos de entrevista em estúdio e de reportagem; podem conter trechos gravados e inseridos no programa, assim como musicais e quadros humorísticos associados a game shows ou quiz shows (p. 139-143). Categoria Informação: programas de natureza informativa com a presença de temas da atualidade, com ou sem a presença de apresentadores. São gêneros da categoria Informação: Debate segundo o autor, a característica principal do gênero é o número de entrevistados e entrevistadores. Podem aparecer no vídeo mais de um entrevistador e convidados, que também atuam como comentaristas, configurando o debate (p. 143-144). Documentário para Aronchi de Souza (2004), são programas que apresentam certa importância histórica, social, política, científica ou econômica e também aprofundam assuntos do cotidiano, vistos por um olhar crítico ; diferencia-se do formato das reportagens de telejornal, também presente na categoria Informação: "sua duração é maior do que as reportagens apresentadas pelos telejornais (p.145-146) Entrevista segundo o autor, o gênero é ligado aos programas jornalísticos da emissora, com tendência a abordar assuntos de política e atualidades ; o entrevistado é o foco e não há show comandado pelo jornalista apresentador ; marcada por cenários que permitem ao convidado e ao apresentador ficarem sentados durante todo o tempo (...), o que presume uma entrevista de duração mais longa, criando

assim uma diferenciação em relação aos programas de talk-show (p. 147-148). Telejornal segue uma fórmula básica: um ou mais apresentadores leem textos e apresentam as reportagens externas realizadas pelos jornalistas, ao vivo ou gravadas ; atende ao formato de noticiário, às vezes com a presença de comentaristas especializados (p. 152). Categoria Educação: programas destinados a faixas etárias variadas que visam oferecer informação e conhecimento com objetivos educacionais claros, ou voltados à formação técnica ou profissional. São gêneros da categoria Educação: Educativo são aulas com linguagem televisiva ; teleaulas, exibidas em horário classificado pelas próprias redes como pouco lucrativos, os quais auxiliam o sistema de ensino regular (p. 153-154). Instrutivo linguagem e objetivo claramente educacional, que instrui para uma atividade ou profissão ; podem levar o telespectador a aumentar seus conhecimentos sobre determinado assunto, sem a pretensão ou o compromisso de obter qualificação em exames ou provas (p. 154). Categoria Publicidade: programas que têm por finalidade promover um produto, serviço, marca, empresa ou ideia. Podem ter um espaço definido na grade de programação ou podem estar presentes no intervalo dos programas. São gêneros da categoria Publicidade: Chamada pequenas inserções comerciais que apenas citam o nome e o slogan de um patrocinador; garantem ao programa e ao patrocinador a associação imediata da empresa ou produto com o transmitido ; podem ocorrer antes da transmissão, quando a emissora

anuncia a atração com antecedência, ao longo da programação, e durante a transmissão do programa, com ou sem a interrupção do áudio original (p. 155). Comercial a obra publicitária tradicional, veiculada em intervalos próprios; tem, na maioria, trinta segundos, mas varia de acordo com os espaços comercializados pelas emissoras, que vão de cinco segundos (usados por vinhetas) a breaks mais longos de um a dois minutos (p. 156). Político a propaganda política com veiculação imposta por lei, de responsabilidade dos partidos políticos, com a duração estabelecida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os programas políticos não são produzidos pelas emissoras (p. 156). Sorteio segundo o autor, são programas que podem ser semelhantes a uma loteria e promover uma marca ou produto ; não passam de quinze minutos e permanecem no ar apenas para incentivar o jogador a comprar carnês numerados ou ligar para um número de telefone (p. 159). Telecompra os apresentadores divulgam os produtos, fazem demonstração e tentam convencer o espectador (...). Ao vivo ou gravados (...) têm o objetivo de vender o produto imediatamente por telefone ou estimular a compra em local divulgado (p. 160-161). Categoria Outros: programas com características únicas, não descritas em outras categorias. São gêneros da categoria Outros: Especial aliados a gêneros diversos, os mais comuns são os musicais e shows ao vivo; aparece na grade frequentemente em horário nobre; sua principal característica é a não-continuidade, sendo um único programa produzido e programado para ir ao ar em horário de maior interesse da emissora e do patrocinador (p. 164).

Eventos A produção de programas sobre eventos depende das oportunidades das emissoras de aproveitar acontecimentos independentes da televisão que podem ser transformados em programas de longa duração, com boa rentabilidade comercial. Podem ter naturezas diversas: eleitoral, espetáculos artísticos e esportivos, shows, congressos etc. (p. 164). Religioso formato tradicional é o de transmissão ao vivo ou de gravação dos encontros religiosos (missa, cultos ou rituais), com público ou auditório (normalmente, o próprio templo). A plateia, formada de fiéis, demonstra sua fé com hinos, orações e manifestações espontâneas ou solicitadas pelo líder. Os programas religiosos também são conhecidos pelo termo igreja eletrônica (p. 166). Equipe responsável Superintendente: Alex Patez Galvão Coordenação Técnica: Thiago Carvalho Elaboração Técnica: Sílvia Helena Filippo Colaboradores: Ana Correa, Roberto Walter Ferreira Jr., Tayanny Oliveira, Kauã Vasconcelos e Fabiano Nunes. Publicado no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual OCA em 26/12/2014: http://oca.ancine.gov.br/media/sam/2014/monitoramentoprogramacao/informetvaberta12014.pdf