Dependendo da função sintática que exercem, as orações subordinadas podem ser classificadas em: substantivas, adjetivas ou adverbiais.

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Oração Subordinada Aula de Estimulação, Parte Gramatical 9º ano 12 de março de 2012 É aquela que exerce uma função sintática em relação a uma outra oração, chamada oração principal e que pede complemento. Exemplo: "Aguardo que você chegue" Nessa frase há duas orações: "Aguardo" e "que você chegue". A oração "que você chegue" está completando o sentido do verbo transitivo direto "aguardo", portanto, esta oração exerce função sintática do objeto direto, sendo assim uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Dependendo da função sintática que exercem, as orações subordinadas podem ser classificadas em: substantivas, adjetivas ou adverbiais. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se). Suponho que você foi à biblioteca hoje. Classificação das Orações Subordinadas Substantivas: a) Subjetiva É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe: É fundamental Sujeito É fundamental Oração Principal o seu comparecimento à reunião. que você compareça à reunião. Subjetiva Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos: O garoto perguntou qual era o telefone da moça.

b) Objetiva Direta A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal. Todos querem sua aprovação no vestibular. Objeto Direto Todos querem Oração Principal que você seja aprovado. (Todos querem isso) Objetiva Direta c) Objetiva Indireta A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição. Meu pai insiste em meu estudo. Objeto Indireto Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) Objetiva Indireta Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração. Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Objetiva Indireta d) Completiva Nominal A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição. Sentimos orgulho de seu comportamento. Complemento Nominal Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.) Completiva Nominal

e) Predicativa A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser. Nosso desejo era sua desistência. Predicativo do Sujeito Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) Predicativa Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova. f) Apositiva A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal. Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento. Aposto (Fernanda tinha um grande sonho: isso.) Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. Apositiva Exercícios: Classifique as orações abaixo, de acordo com a classificação das Orações Subordinadas Substantivas: a) Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular. b) Toda criança tem necessidade de que alguém a ame. c) Mariana lembrou-se de que Manoel chegaria mais tarde. d) Faço apenas um pedido: que você nunca abandone os seus princípios. e) Eu sabia que Paula compraria bolo de chocolate.

Parte II Textos Já não se fazem pais como antigamente - Lourenço Diaféria A grande caixa foi descarregada do caminhão com cuidado. De um lado estava escrito assim: "Frágil". Do outro lado estava escrito: "Este lado para cima". Parecia embalagem de geladeira, e o garoto pensou que fosse mesmo uma geladeira. Foi colocada na sala, onde permaneceu o dia inteiro. À noitinha a mãe chegou, viu a caixa, mostrou-se satisfeita, dando a impressão de que já esperava a entrega do volume. O menino quis saber o que era, se podia abrir. A mãe pediu paciência. No dia seguinte viriam os técnicos para instalar o aparelho. - O equipamento, corrigiu ela, meio sem graça. Era um equipamento. Não fosse tão largo e alto, podia-se imaginar um conjunto de som, talvez um sintetizador. A curiosidade aumentava. À noite o menino sonhou com a caixa fechada. Os técnicos chegaram cedo, de macacão. Eram dois. Desparafusaram as madeiras, juntaram as peças brilhantes umas às outras, em meia hora instalaram o boneco, que não era maior do que um homem de mediana estatura. O filho espiava pela fresta da porta, tenso. A mãe o chamou: - Filhinho, vem ver o papai que a mamãe trouxe. O filho entrou na sala, acanhado diante do artefato estranho: era um boneco, perfeitamente igual a um homem adulto. Tinha cabelos encaracolados, encanecidos nas têmporas, usava trim, desodorante, fazia a barba com gilete ou aparelho elétrico, sorria, fumava cigarros king-size, bebia uísque, roncava, assobiava, tossia, piscava os olhos - às vezes um de cada vez assoava o nariz, abotoava o paletó, jogava tênis, dirigia carro, lavava pratos, limpava a casa, tirava o pó dos móveis, fazia estrogonofe, acendia a churrasqueira, lavava o quintal, estendia roupa, passava a ferro, engomava camisas, e dentro do peito tinha um disco que repetia: Já fez a lição?. Como vai, meu bem? Ah, estou tão cansado!. Puxa, hoje tive um trabalhão dos diabos!. Acho que vou ficar até mais tarde no escritório. Você precisava ver o bode que deu hoje lá na firma!. Serviço de dona-de-casa nunca é reconhecido!. Meu bem, hoje não!.... O menino estava boquiaberto. Fazia tempo que sentia falta do pai, o qual havia dado no pé. Nunca se queixara, porém percebia que a mãe também necessitava de um companheiro. E ali estava agora o boneco, com botões, painéis embutidos, registros, totalmente transistorizado. O menino entendia agora por que a mãe trabalhara o tempo todo, muitas vezes chegando bem tarde. Juntara economias, sabe lá com que sacrifícios, para comprar aquele paizão. - Ele conta histórias, mãe? Os técnicos olharam o garoto com indiferença. - Esse é o modelo ZYR-14, mais indicado para atividades domésticas. Não conta histórias. Mas assiste televisão. E pode ser acoplado a um dispositivo opcional, que permite longas caminhadas a campos de futebol. Sabendo manejá-lo, sem forçar, tem garantia para suportar crianças até seis anos. Porém não conta histórias, e não convém insistir, pode desgastar o circuito do monitor. O garoto se decepcionou um pouco, sem demonstrar isso à mãe, que parecia encantada. O equipamento paterno, ligado à tomada elétrica (funcionava também com bateria), já havia colocado os chinelos e, sem dizer uma palavra, foi até à mesa e apanhou o jornal. A mãe puxou o filho pelo braço: - Agora vem, filhinho. Vamos lá para dentro, deixa teu pai descansar.

Atividades sobre o texto: 1. O que tinha na caixa? Explique. 2. Fale pelo menos três coisas que o boneco/pai fazia. 3. Você acha que no futuro é possível que haja uma máquina como a descrita no texto? Se existisse você acharia bom ou ruim, por quê? (Mínimo de linhas: seis).