INFORME TÉCNICO SOBRE A GRIPE CAUSADA PELO VÍRUS INFLUENZA A/H1N1



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INFORME TÉCNICO SOBRE A GRIPE CAUSADA PELO VÍRUS INFLUENZA A/H1N1 As características do vírus da influenza A (H1N1) e seu comportamento nos diversos países, o definem como de altíssima importância para a saúde publica internacional, exigindo o máximo empenho na identificação de casos e no pronto tratamento. A Secretaria de Estado da Saúde preocupada com a possibilidade de uma pandemia de gripe causada pelo vírus influenza A/H1N1, divulga à todos os profissionais de saúde este informe técnico com o intuito de fortalecer estas ações em todo o Estado. INTRODUÇÃO Consiste em uma gripe causada pelo novo vírus Influenza A/H1N1 (inicialmente chamada de gripe suína), é uma doença transmitida de pessoa a pessoa através de secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou espirro de pessoas infectadas. A transmissão pode ocorrer quando houver contato próximo (aproximadamente um metro), principalmente em locais fechados, com alguém que apresente sintomas de gripe (febre, tosse, coriza nasal, espirros, dores musculares). Caso ocorra transmissão os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após o contato. Não há registro de transmissão da Influenza A/H1N1 para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e produtos derivados. Este novo vírus não resiste a altas temperaturas (70ºC). DEFINIÇÃO DOS CASOS 1. Caso SUSPEITO Indivíduo que apresentar doença aguda de início súbito, com febre (ainda que referida), acompanhada de tosse ou dor de garganta,na ausência de outros diagnósticos, podendo ou não estar acompanhada de outros sinais e sintomas como cefaléia, mialgia, artralgia e dispnéia, vinculados ao item A e/ou B. A. Ter retornado, nos últimos 10 dias, de países com casos confirmados de infecção pelo novo vírus Influenza A (H1N1) OU, B. Ser contato próximo (1), de uma pessoa classificada como caso suspeito ou confirmado de infecção humana pelo novo vírus de influenza A (H1N1) 2. Caso CONFIRMADO Indivíduo com a infecção pelo vírus Influenza A(H1N1), confirmado pelo laboratório de referência, por meio da técnica de RT-PCR em tempo real. DEFINIÇÃO DE CONTATO PRÓXIMO DE CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO Para a caracterização de contato, inicialmente toma-se por referência em que momento ocorreu a exposição à fonte de infecção ou seja, ao caso suspeito ou confirmado. Verificar, portanto, se houve exposição durante o período de transmissibilidade da doença (dois dias antes e até sete

dias após a data de início dos sintomas do caso suspeito ou confirmado) E se esta exposição ocorreu em uma das situações abaixo: A. Durante viagem aérea Devido ao sistema de refrigeração e filtros das aeronaves, é considerado contato próximo durante o vôo, aqueles passageiros localizados na mesma fileira, nas fileiras laterais e nas duas fileiras anteriores e posteriores ao do caso suspeito ou confirmado. B. Na comunidade Pessoas que cuidam, convivem ou tiveram contato direto com secreções respiratórias de um caso suspeito ou confirmado. OBS: crianças (menores de 12 anos de idade) infectadas podem eliminar o vírus da influenza um dia antes até 14 dias após o início dos sintomas. Fique atento aos casos de doenças respiratórias agudas, bem como ao aumento do nº de casos internados por doença respiratória aguda grave com o objetivo de detectar precocemente o vírus influenza A (H1N1); Ao identificar surto de influenza sazonal em ambiente fechado ou comunidade aberta, não esqueça de verificar se não há nexo causal, ou seja, verificar se os primeiros casos não tiveram contato com pessoas vindas de regiões afetadas, ou casos confirmados. ISOLAMENTO Segregação dos casos suspeitos e confirmados no período de transmissibilidade (02 dias antes do inicio dos sintomas e até 07 dias após o inicio dos sintomas). Na atual fase o Ministério da Saúde recomenda que o isolamento de casos suspeitos, prováveis e confirmados, deve ser mantido até 10 dias após a data de inicio dos sintomas, ou até que seja descartado. NOTIFICAÇÃO Todos os serviços de saúde públicos e privados e profissionais autônomos que atenderem casos suspeitos devem notificar imediatamente por telefone, email ou outro meio rápido ao CIEVS-Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde do Estado do Paraná: Telefones: 0800-6438484 (das 08 às 18 horas) (41) 3330-4492 (24 horas) (41) 3330-4493 (das 08 às 18 horas) (41) 9117-3500 (24 horas) (41) 9117-0444 (24 horas) (41)9243-9321 (24 horas) E-mail: urr@sesa.pr.gov.br TRATAMENTO Não é recomendada a prescrição de medicamentos sintomáticos e a automedicação deve ser desencorajada. O uso de medicamentos antivirais também não é recomendado, sendo restrito para o tratamento de casos suspeitos, até 48 horas do início da sintomatologia. O uso indiscriminado de antivirais pode induzir resistência rapidamente.

DÚVIDAS MAIS FREQUENTES QUAIS OS CUIDADOS DE BIOSSEGURANÇA NA RECEPÇÃO / ATENÇÃO AO PACIENTE COM QUEIXA E SINTOMATOLOGIA DE INFLUENZA A(H1N1), NO DOMICÍLIO, NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE OU OUTRO SERVIÇO DE SAÚDE (EXCEÇÃO DO HOSPITAL DE REFERÊNCIA) Quando o paciente tiver vindo de local com caso confirmado de Influenza A(H1N1) ou ter tido contato com pessoas vindas desses locais, num período menor que 10 dias e apresentar gripe, resfriado, febre, tosse e/ou outros sintomas característicos da Influenza A(H1N1): a) No domicílio - o agente de saúde deve: Utilizar máscara cirúrgica descartável Disponibilizar máscara cirúrgica descartável e lenço descartável para o paciente Orientar o paciente e a família sobre os cuidados de higiene Avisar e encaminhar a Unidade Básica de Saúde. b) Na recepção dos serviços de saúde - os profissionais deverão: Disponibilizar máscara cirúrgica e lenço descartável para o paciente, Orientar o paciente sobre os cuidados de higiene, Avisar a equipe de atendimento e encaminhar imediatamente ao consultório restrito. c) A equipe de atendimento à saúde, no consultório restrito deve: Paramentar-se com avental de tecido - manga longa. Máscara com filtro tipo respirador N-95 ou N99, N100, PFF2 ou PFF3. Luvas de procedimento (descartáveis). d) Após avaliação médica, havendo suspeita de caso de influenza A(H1N1): Assegurar que o paciente e o(s) acompanhante(s), utilizem corretamente a máscara cirúrgica. Acionar sistema de transporte, para encaminhamento do paciente ao Hospital de Referência. Comunicar a SMS o caso e solicitar o encaminhamento do paciente a hospital de referência. Limpar e desinfetar o consultório restrito, anteriormente a outro atendimento, conforme orientação do Plano Estadual de Contingência do Paraná para o Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza. QUAIS OS CUIDADOS DE BIOSSEGURANÇA NO TRANSPORTE DO PACIENTE SUSPEITO E/OU CONFIRMADO DE INFLUENZA A(H1N1)? a) Com relação ao paciente e acompanhante, estes deverão: Estar usando máscara cirúrgica descartável Evitar tocar com as mãos as mucosas de olhos e nariz. Utilizar somente lenço de papel descartável para higiene nasal e desprezar o mesmo no recipiente de resíduo hospitalar do veículo. Após o uso de lenço descartável, higienizar as mãos com álcool a 70%. Friccionar as mãos atingindo todas as superfícies (palma, dorso, entre os dedos, unhas, extremidades dos dedos e punhos), até que estejam secas. Não utilizar papel toalha. b) Com relação ao motorista: Deverá estar com máscara cirúrgica. Utilizar luvas de procedimento descartável. Trocar as luvas imediatamente após cada transporte de paciente e antes de tocar em artigos e superfícies. Descartar as luvas usadas no recipiente de resíduo hospitalar do veículo. É imprescindível higienizar as mãos imediatamente após a retirada das luvas: Aplicar álcool a 70% nas mãos, em quantidade suficiente para atingir todas as superfícies (palma, dorso, entre os dedos, unhas, extremidades dos dedos e punhos). Friccionar as mãos com álcool a 70%, atingindo todas as superfícies das mesmas até que estejam secas. Não utilizar papel toalha. ONDE E COMO SE FAZ A LIMPEZA / DESINFECÇÃO DO VEÍCULO DE TRANSPORTE DE PACIENTE SUSPEITO E/OU CONFIRMADO DE INFLUENZA A(H1N1)?

a) Considerando que NÃO EXISTE matéria orgânica do paciente no veículo (vômito, urina, fezes, secreções, etc.), deverá ser realizada a limpeza e desinfecção da seguinte forma: 1 Em vidros, bancadas, painéis e bancos Friccionar vigorosamente toda a superfície com pano embebido em produto a base de ácido peracético ou adotar o seguinte procedimento: Lavar com água e sabão Secar Friccionar com álcool a 70% Deixar secar Repetir o processo de fricção por mais duas (02) vezes 2 Piso Lavar com água e sabão Secar O uso de equipamentos de Proteção Individual - EPI s é obrigatório para a realização da limpeza de veículos, devendo ser utilizado: Avental de Tecido impermeável (com manga longa e fechamento nas costas); Luvas de procedimento descartáveis - usar dois pares simultaneamente. Óculos de proteção Máscara com filtro tipo respirador N-95 Calçado fechado impermeável b) Considerando que EXISTE matéria orgânica do paciente no veículo (vômito, urina, fezes, secreções, etc.) deverá ser realizada a limpeza e desinfecção, podendo ser utilizado um dos produtos e métodos citados abaixo: 1 Em vidros, bancadas, painéis e bancos: Limpeza e Desinfecção com ÁLCOOL a 70% : Remover toda matéria orgânica com papel toalha ou retalhos de tecido, descartando-os no recipiente para resíduo hospitalar. Realizar a limpeza e desinfecção da superfície: a) Friccionar com esponja ou pano embebido em água e sabão, b) Remover o resíduo de sabão c) Secar a superfície d) Friccionar vigorosamente toda a superfície com pano embebido em álcool a 70% e) Deixar secar f) Repetir o processo de fricção por mais duas (2) vezes OU: Limpeza e Desinfecção com produto a base de ÁCIDO PERACÉTICO : Remover toda matéria orgânica com papel toalha ou retalhos de tecido, descartando-os no recipiente para resíduo hospitalar. Friccionar vigorosamente toda a superfície com pano embebido em ácido peracético sobre a área contaminada. É preferível em relação aos outros produtos, visto não necessitar de lavagem/enxague, gerando menos resíduo e sendo possível a realização da descontaminação em qualquer serviço de saúde. 2 Piso Remover toda matéria orgânica com papel toalha ou retalhos de tecido, descartando-os no recipiente para resíduo hospitalar. Utilizar produto a base de ácido peracético ou aplicar o hipoclorito com 1% de cloro ativo (10:000 ppm) Remover o hipoclorito, após 10 minutos, com papel toalha ou retalhos de tecido, descartando-os no recipiente para resíduo hospitalar. Lavar com água e sabão com utensílios necessários (esponja ou pano ) com rotina de desinfecção a cada uso. Secar O QUE DEVE COMPOR O KIT DE SEGURANÇA NO VEÍCULO DE TRANSPORTE?

a) Para o paciente e acompanhante Máscara cirúrgica descartável Lenços descartáveis b) EPI s para a equipe de atendimento à saúde Avental de Tecido com manga longa, com ribana ou elástico nos punhos e fechamento nas costas Óculos de proteção Máscara com filtro tipo respirador N-95 ou N99, N100, PFF2 ou PFF3 Luvas de procedimento descartáveis d) Limpeza e desinfecção do veículo Ácido Peracético ou Hipoclorito de sódio e Álcool 70% Luvas de procedimento Calçado fechado impermeável Papel toalha Fita adesiva Avental impermeável de mangas longas Sacos de lixo hospitalar (branco, com identificação de substância infectante NBR 7500/ABNT) O saco plástico poderá ser fixado nas paredes do veículo com fita adesiva, para evitar acidentes e facilitar o acondicionamento do resíduo sólido. QUAIS OS CUIDADOS DE BIOSSEGURANÇA NA RECEPÇÃO / ATENÇÃO DO PACIENTE COM QUEIXA E SINTOMATOLOGIA DE INFLUENZA A(H1N1) NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA? Quando o paciente tiver vindo de local com caso confirmado de Influenza A(H1N1) ou ter tido contato com pessoas vindas desses locais, num período menor que 10 dias e apresentar gripe, resfriado, febre, tosse e/ou outros sintomas característicos da Influenza A(H1N1): a) Na recepção do Hospital os profissionais deverão: Disponibilizar máscara cirúrgica e lenço descartável para o paciente Orientar o paciente sobre os cuidados de higiene Avisar a equipe de atendimento e encaminhar imediatamente ao consultório restrito Adotar o mesmo procedimento para paciente transferido de outro serviço de saúde b) A equipe de atendimento à saúde, no consultório restrito deve: Paramentar-se com avental de Tecido - manga longa Máscara com filtro tipo respirador N-95 ou N99, N100, PFF2 ou PFF3 Luvas de procedimento (descartáveis). c) Após avaliação médica, havendo suspeita de caso de Influenza A(H1N1). Encaminhar o paciente para unidade de isolamento respiratório Adotar procedimentos de biossegurança determinados pela CCIH do Hospital, com relação ao paciente, ao acompanhante, a equipe de saúde. Limpar e desinfetar o consultório restrito, anteriormente a outro atendimento, conforme orientação do Plano Estadual de Contingência do Paraná para o Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza. FLUXOS DE ATENDIMENTO

FLUXO DE ATENDIMENTO DE CASOS SUSPEITOS E DE INFLUENZA A (H1N1) - RESPONSABILIDADES Indivíduo com doença aguda de início súbito, com febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta, podendo ou não estar acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: cefaléia, mialgia, artralgia e dispnéia, vinculados a: historia de retorno de viagem a áreas de ocorrência de casos de influenza A (H1N1), nos últimos 10 dias ou, contato com caso suspeito ou confirmado. NÃO No presente momento epidemiológico tratar como influenza sazonal Monitoramento de doenças respiratórias; Investigação de surtos em comunidades abertas ou fechadas. SIM NO LOCAL DO 1º ATENDIMENTO (aeroporto, consultório, hospital, UBS). O serviço notifica por telefone imediatamente à SMS, que notifica o CIEVS/PR e a RS; O serviço, no contato com a SMS, verifica se o caso se enquadra, de fato, na definição de caso suspeito; Ao receber a notificação a SMS deverá entrar em contato com o CIEVS/PR e RS para notificação e classificação do caso e, após retornar ao Serviço, quanto à conduta; A SMS, para estabelecer consenso de condutas, deve definir um técnico ou equipe para avaliar e classificar o caso em conjunto com o serviço, bem como acompanhar o paciente, integralmente; Garantir EPI s aos profissionais de atendimento do caso suspeito e, cuidados de biossegurança; Para o caso suspeito Uso de máscara cirúrgica (3 camadas) e isolamento imediato em sala separada; Paciente tem indicação de internamento Paciente não tem indicação de internamento A SMS entra em contato com a Central de Leitos, viabiliza a vaga, e informa ao Hospital de Referência/Retaguarda do encaminhamento do paciente; A SMS não deve transferir o paciente do 1º atendimento, antes que as referências estejam organizadas para recebê-lo; O transporte do paciente é de responsabilidade da SMS (ambulância comum, SAMU ou UTI móvel, conforme a gravidade). É necessário o uso de máscara cirúrgica para o paciente, e EPI para o(s) profissional(is) que irão acompanhá-lo, inclusive para o motorista do veículo; Realizar a desinfecção do veiculo imediatamente após a finalização do transporte do paciente. NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA Hospitais Regionais de Retaguarda Ver próximo quadro A SMS ou serviço de atendimento deve orientar isolamento domiciliar, se o paciente tiver condições de cumprimento, até o término de período de transmissibilidade ou descarte; A Coleta de amostras de nasofaringe deve ser realizada no local do primeiro atendimento, ou no domicílio, conforme a organização proposta pelo município de atendimento do caso, dentro das normas do laboratório e de biossegurança; Realizar o preenchimento da ficha epidemiológica no serviço de atendimento ou no domicílio, com encaminhamento de uma cópia junto com a amostra e outra cópia à VE do município, que deverá encaminhar à RS e CIEVS; Orientar uso de máscara cirúrgica (3 camadas), no domicílio, para o paciente; Acompanhamento clínico do paciente por profissional capacitado e na presença de piora do quadro, providenciar internamento; Orientar:higienização das mãos com água e sabão, de forma freqüente; não tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; proteção com lenços, preferencialmente descartáveis, a boca e nariz ao tossir ou espirrar; não compartilhamento de talheres, copos, pratos, toalhas e outros objetos de uso pessoa, como descrito no Plano de Contingência; Orientar que seja evitado contato com outras pessoas suscetíveis; Orientar que sejam evitados aglomerações e ambientes fechados, os quais devem ser mantidos ventilados; Ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos; Indicar uso do antiviral e, completar o tratamento até o final, uma vez iniciado.

FLUXO DE ATENDIMENTO DE CASOS SUSPEITOS E DE INFLUENZA A (H1N1) RESPONSABILIDADES (cont.) NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA Hospitais Regionais de Retaguarda Notificação imediata para CIEVS/PR e RS. Entrada do caso suspeito por acesso restrito ao serviço porta de entrada e/ou elevador; Isolamento de preferência em ambiente com Pressão Negativa ou, isolamento respiratório; Possuir equipamento de suporte respiratório para uso na unidade de isolamento; EPI s aos profissionais de saúde e cuidados de biossegurança; Tratamento sintomático, de acordo com avaliação medica e o preconizado pelo MS; Se o caso atender aos critérios estabelecidos pelo MS, analisar e indicar o uso de antiviral. Uma vez iniciado o antiviral, completar o tratamento; Coleta de amostras através de aspirado das secreções de nasofaringe e, acondicionamento das amostras em caixa especial, segundo as normas do laboratório e de biossegurança (NB 3); Exames complementares - hemograma, RX de tórax, e outros; Preenchimento de Ficha de Investigação Epidemiológica (2 vias uma para RS e CIEVS e outra para seguir com as amostras ao LACEN); Entrar em contato com a V.E. da SMS/RS para encaminhamento das amostras de nasofaringe, junto com as cópias da Ficha de investigação epidemiológica. Manter o paciente em isolamento até o descarte ou ater o fim do período de transmissibilidade, se o caso for confirmado. CASO SUSPEITO EM ISOLAMENTO DOMICILIAR O SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO MUNICÍPIO. Ao receber a notificação a SMS deverá entrar em contato com o CIEVS/PR e RS para notificação e classificação do caso e, após retornar ao Serviço, quanto à conduta; A SMS deverá recolher as amostras de nasofaringe do paciente internado ou em isolamento domiciliar, no local onde foi realizada a coleta das amostras de nasofaringe, e encaminhá-las, de imediato, à RS que ficará responsável de enviar as mesmas ao LACEN; Realizar investigação e orientação de comunicantes/contatos; Realizar vigilância do caso suspeito isolado em domicílio e também dos comunicantes, por 10 dias a partir da data do início dos sintomas ou até o descarte da doença: Isolamento do paciente e Quarentena dos comunicantes pelo período preconizado para cada um, ou até o descarte da doença; Monitoramento do paciente (caso suspeito) e dos comunicantes Acompanhamento clínico diário do paciente; tomada de T C, 2 X/dia dos comunicantes; medidas de higiene; uso individual de utensílios e objetos pessoais; etc. (conforme as orientações do Plano de Contingência); Medidas de afastamento voluntário de ambientes; Realizar busca ativa de novos casos suspeitos, conforme as orientações do Plano de Contingência. Amostras com resultado laboratorial NEGATIVO ou comprovação de outra etiologia Amostras com resultado laboratorial POSITIVO para Influenza A/1N1 Remover paciente do isolamento e contatos/comunicantes da quarentena Contatos/Comunicantes* Se houver o aparecimento de sintomas seguir algoritmo do caso suspeito; Se não apresentar sintomas isolamento até o término do período de transmissibilidade Manter o paciente em isolamento até o término do período de transmissão da doença.

*Contato/Comunicantes: Indivíduo que em ambiente domiciliar ou qualquer outro local esteve exposto a um caso suspeito ou confirmado de Influenza A (H1N1), a uma distância menor de quatro metros, durante o período de transmissibilidade deste, ou seja: dois dias antes do início dos sintomas, mais o período da doença (cerca de 5 dias após o início dos sintomas). Como, para a Influenza A (H1N1), neste momento, ainda não se conhece o real período de transmissibilidade do vírus, a Organização Mundial da Saúde OMS vem utilizando como referência a Influenza sazonal para estabelecer estes critérios, portanto, considera um período de 10 dias após o contato com um caso suspeito ou confirmado. CIEVS: Telefones para contato: 0800 643 8484 (das 8:00 horas às 18:00 horas) (41) 3330 4492 (24 horas) (41) 3330 4493 (das 8:00 horas às 18:00 horas) (41) 9117 3500 (24 horas) (41)9117 3002 (24 horas) (41) 9117 0444 (24 horas) (41) 9243 9321 (24 horas) E mail: urr@sesa.pr.gov.br PARA MAIS INFORMAÇÕES: http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2423 www.saude.gov.br (41) 3330-4493