SÃO PAULO, 14 DE MARÇO DE 2013
Juiz proíbe protestos até em rede social contra prédio na Vila Mariana O engenheiro agrônomo e advogado Ricardo Fraga Oliveira, 49, foi proibido pela Justiça de São Paulo de protestar contra a construção de um condomínio na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. De acordo com a decisão, Oliveira está impedido de fazer qualquer manifestação, "discursos com megafones, ou em carros de som, afixação de cartazes e faixas", em um raio de 1 km ao redor do do empreendimento, que ele alega estar sendo erguido em área de proteção ambiental. O engenheiro também não pode publicar qualquer comentário na internet contestando a criação das três torres com 162 apartamento na rua Conselheiro Rodrigues Alves. Os imóveis estão à venda. Oliveira é fundador do movimento "O outro lado do muro -intervenção coletiva", responsável por protestos nos muros da construção. O movimento tem uma página no Facebook com 1.241 seguidores. Desde junho de 2011, ele e a Mofarrej Empreendimentos, responsável pelo futuro condomínio, estão em guerra por causa do projeto. A briga foi parar nos tribunais, quando a construtora pediu uma indenização por dano moral. De acordo com a Mofarrej, as manifestações "passaram do limite". "Ele está lá praticamente todo sábado, já contratou escola de samba e interceptava compradores, dizendo 'não compre'", diz Daniel Sanfins, advogado da Mofarrej. ESTARDALHAÇO Na decisão, o juiz Adilson Aparecido Rodrigues Cruz, da 34ª Vara Cível, diz que o ativista provoca "estardalhaço" e atrapalha a comercialização de empreendimento cuja obra está autorizada. O movimento e a construtora discutem a existência de um córrego no terreno, o que impediria a construção. No ano passado, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, na qual Oliveira trabalha, suspendeu a autorização da obra após pedido de moradores da região. Em fevereiro, porém, a empresa conseguiu uma liminar para voltar a construir. A decisão foi baseada em um parecer da Cetesb (agência de preservação ambiental do Estado), que constatou a inexistência do córrego. Oliveira diz que vai recorrer. "Fui alijado do direito de me manifestar."
Você faz a encomenda e a loja manda entregar os grãos de bike A loja da Santo Grão da Jerônimo da Veiga começou nesta semana um sistema de delivery pelo bairro do Itaim que bem podia virar moda. A entregadora - é essa moça da foto ao lado mesmo, o nome dela é Bruna - leva as encomendas de bike. Uma ideia simpática e ambientalmente impecável. O cliente escolhe os grãos ou até a bebida pronta - gelada, além de café há smoothies e shakes e uma série de comidas para acompanhar. Os pedidos são feitos pelo telefone 3071-1769, das 11h às 23h, de segunda a sexta-feira. A taxa de entrega é de 10%. O Santo Grão Delivery atende a região do Itaim.
Após seis anos, morte de ciclistas volta a crescer em SP Em todo o Estado, ao menos uma pessoa morre a cada dois dias vítima de acidentes envolvendo bicicletas JULIA BOARINI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Após quedas nos últimos seis anos (entre 2005 e 2011), o número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito aumentou na cidade de São Paulo no ano passado. Em 2012, 52 pessoas morreram, uma alta de 6,1% em comparação com as 49 mortes verificadas em 2011. Os dados são da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). No Estado, segundo pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde, a cada dois dias morre um ciclista internado na rede pública. No ano passado, 3.200 ciclistas foram internados em hospitais estaduais -182 morreram. A pasta não soube dizer o total de ciclistas mortos no Estado. Nenhum órgão municipal soube dizer quantos ciclistas pedalam diariamente pelas ruas de São Paulo. MOTOS Ainda segundo o balanço da CET, o número de motociclistas mortos caiu 14,5% no ano passado, mas a morte de passageiros de motos subiu 7,5% -foram 201 vítimas em 2012 contra 187 em 2011. De acordo com o diretor de planejamento da CET, Tadeu Leite Duarte, os aumentos de mortes de ciclistas e de passageiros de motos ocorreram apesar das ações desenvolvidas pelo órgão de trânsito. "Aumentou um pouco, mas não deveria ter aumentado nada. Provavelmente, são fatores humanos, como o da avenida Paulista [quando um jovem teve o braço decepado ao ser atropelado]." Por outro lado, o número de pedestres mortos caiu 14,3% desde 2010, quando começou o Programa de Proteção ao Pedestre. A meta da prefeitura de reduzir as mortes de 40% a 50% no período, porém, não foi atingida. TOTAL DE MORTES A queda na mortalidade de pedestres e de motociclistas puxou para baixo o total de vítimas em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo. Ao todo, 1.231 pessoas perderam a vida no ano passado -9,8% menos do que no ano anterior. O índice de mortes passou de 12 vítimas por 100 mil habitantes para 10,79. Além da campanha de proteção ao pedestre, a CET disse que a queda no total de mortes se deveu à restrição à circulação de motos e caminhões na marginal Tietê. "As restrições a caminhões e motos diminuíram as zonas de conflito entre veículos e tornaram o trânsito mais seguro", afirma Duarte.