A Estrutura Social e as Desigualdades



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Transcrição:

A Estrutura Social e as Desigualdades III.1 Estrutura e Estratificação Social Estrutura social é a relação entre os vários fatores econômicos, políticos, históricos, sociais, religiosos, culturais que dão feição a uma dada sociedade. Uma das características da estrutura de uma sociedade é sua estratificação. Estratificação social é a maneira como os diferentes indivíduos e grupos são classificados em estratos (camadas) ou classes sociais e o modo como ocorre a mobilidade de um nível para o outro. A estratificação social é produzida historicamente e se expressa na organização da sociedade em sistemas de estamentos, castas ou classes. As sociedades organizadas em castas O sistema de castas é uma configuração social cuja hierarquização está baseada em religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação. No mundo antigo há vários exemplos como na Grécia e na China, mas ainda vigora na Índia, por força da tradição, pois foi proibida por lei desde 1950. Trata-se de uma camada social fechada, pois não permite mobilidade social. Brâmanes (sacerdotes e mestres da erudição sacra) Xátrias (guerreiros responsáveis pelo governo e administração) Vaixás (comerciantes, artesãos e camponeses) Sudras (trabalhos manuais e servis) * Párias * Os párias, também chamados de intocáveis, são completamente marginalizados e estão fora da pirâmide social indiana. Considerados impuros, inspiram repugnância e desprezo às demais castas. 1

O sistema de castas pode ser definido por três características: repulsão (com a proibição do contato físico entre membros de castas inferiores e superiores), hierarquia (direitos desigualmente repartidos e privilégios) e especialização hereditária (só o filho por continuar a profissão do pai). No entanto, algumas regras vem sendo relativizadas como casamentos entre membros de castas diferentes. Sociedades organizadas por estamentos Na sociedade estamental a divisão se dá através de direitos e deveres, privilégios e obrigações que são aceitos como naturais e publicamente reconhecidos. A sociedade feudal foi um exemplo típico, em que havia remotas possibilidades de mobilidade social. Nobreza e alto clero Comerciantes Artesãos, camponeses livres e baixo clero Servos O que explica a relação entre os estamentos é a reciprocidade, observando-se uma hierarquia em cujo topo estavam os que dispunham de mais terras e homens armados e que, portanto, deveriam proteger os servos, em torça de trabalho para com os senhores. Sociedade organizadas em Classes sociais Modalidade de estratificação social típica do capitalismo. As estruturas de apropriação econômica e dominação política definem a estratificação social. As classes sociais 2

expressam a forma como as desigualdades se estruturam na sociedade (pela propriedade e renda, pela participação nas decisões políticas e apropriação de bens simbólicos, como acesso à educação) e variam conforme a posição dos indivíduos e grupos no processo de produção (proprietários de terra, burguesia industrial ou financeira, pequena burguesia ou média, trabalhadores e operários) ou a capacidade de consumo (classe A, B, C, D, E). Camada social aberta, pois permite mobilidade social, ainda que difícil. Classe alta: dirigentes e pessoas com situação econômica privilegiada Classe média: pessoas com situação econômica intermediária (médicos, advogados, professores) Classe baixa: pessoas de nível econômico baixo Dentro de cada classe há diversas camadas, além de grupos intermediários entre uma classe e outra. A desigualdade é constitutiva da sociedade capitalista. Para Marx, é preciso analisar historicamente cada sociedade e perceber como as classes se constituíram no processo de produção da vida social material e espiritual. Na sociedade capitalista existem duas classes fundamentais: a burguesia que personifica o capital, e o proletariado que vive do trabalho assalariado. No entanto, uma classe não se define apenas pelo seu lugar na produção, mas como se enfrentam politicamente, em interesses de classe. Weber, ao analisar a estratificação social em uma sociedade, parte de três dimensões: - - econômica: quantidade de riqueza (posses e renda) - - social: status ou prestígio seja na profissão ou estilo de vida; - - política: quantidade de poder que as pessoas ou grupos tem nas relações de dominação. Para Weber, as hierarquias sociais são baseadas em fatores econômicos (classes), prestígio e honra (grupos de status) e em poder político (grupos de poder). 3

Pobreza e Desigualdade Social A pobreza é a expressão mais visível das desigualdades em nosso cotidiano. No período medieval o pobre era um personagem complementar ao rico. Não eram os critérios econômicos ou sociais que definiam a pobreza, mas a condição de nascença, como afirmava a Igreja Católica. Havia uma visão positiva da pobreza, pois esta despertava a caridade e a compaixão. De acordo com essa visão cristã de mundo, os ricos tinham a obrigação moral de ajudar os pobres. Outra explicação, corrente no mesmo período, atribuía à pobreza a uma desgraça decorrente das guerras ou de adversidades como doenças e deformidades físicas. A partir do século XVI, quando o indivíduo se tornou o centro das atenções, a pobreza se tornou um perigo para a sociedade. Sendo uma ameaça social, era preciso disciplina e enquadramento. O Estado herdou a função de cuidar dos pobres, antes atribuída aos ricos. Com o crescimento da produção e do comércio, e a necessidade de mão de obra, a pobreza e a miséria foram interpretadas como resultado de preguiça e indolência dos indivíduos que não queriam trabalhar, uma vez que haviam muitas oportunidades de emprego. Na sociedade moderna, a desigualdade assume o caráter de privilégio de alguns e injustiça para com outros. A diferenciação, oposição e concorrência entre grupos sociais acabou criando mecanismos de apropriação e monopólio dos bens econômicos e sociais, gerando concentração de renda. É em meio à sociedade da abundância que a pobreza adquire um caráter contraditório e até paradoxal. No entanto, a pobreza tem um caráter relativo e passa a existir por outros processos societários. John Friedmann e Leonie Sandercock, em Os desvalidos, identificam três formas de pobreza, além da clássica carência de bens materiais e de recursos à sobrevivência: Despossessão psicológica: sentimento de autodesvalorização das populações pobres em relação às ricas; Despossessão social: impossibilidade de ter acesso aos mecanismos de êxito social, de atingir prestígio e manter relações sociais estruturadas e permanentes; 4

Despossessão política: incapacidade de certos grupos ter qualquer participação efetiva na vida pública ou acesso aos mecanismos de interferência e ação política. Atualmente aparece mais um tipo de pobreza, a tecnológica, uma vez que pessoas não possuem alfabetização digital, estão excluídas dos diferentes espaços e da comunicação globalizada. Desigualdades Sociais no Brasil Analisando historicamente a questão das desigualdades no Brasil, percebe-se que com a chegada dos portugueses, os povos indígenas que habitavam o continente foram vistos como seres exóticos, não dotados de alma. Posteriormente, houve a introdução do escravo negro, que teve que enfrentar condições terríveis de trabalho e vida no Brasil. Até hoje seus descendentes sofrem discriminação e preconceito pelo fato de serem negros. De meados do século XIX, até o início do século XX, incentivou-se a vinda de imigrantes europeus, que encontraram condições semiservis nas lavouras do café. Com a industrialização e a urbanização da sociedade brasileira, criou-se um proletariado industrial e diversos outros trabalhadores foram surgindo: pequenos comerciantes, trabalhadores da construção civil, empregados domésticos, vendedores ambulantes. Como nem toda força de trabalho foi absorvida, constitui-se uma massa de desempregados e semiocupados que viviam à margem do sistema produtivo capitalista. Além das desigualdades entre as classes sociais, há outras diferenças, entre homens e mulheres e entre negros e brancos, por exemplo. Indicadores sociais Como o próprio nome sugere, indicadores são uma espécie de sinalizadores que buscam expressar algum aspecto da realidade sob uma forma que se possa observar e mensurar. Os indicadores descrevem a realidade em números e gráficos para orientar políticas públicas e investimentos nesta ou naquela área. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão oficial responsável pela produção das estatísticas que compõem o sistema de Indicadores Sociais. A seguir, alguns exemplos: 5

a) Índice de Gini: Também conhecido como Coeficiente de Gini, mede a desigualdade de renda da população. Varia entre 0 (quando não há desigualdade) e 1 (desigualdade máxima). BRASIL Ano Índice de Gini 1960 0,543 1970 0,582 1979 0,590 1990 0,609 2001 0,595 2008 0,544 b) Proporção de pobres na população: Expressa a quantidade relativa de pessoas pobres numa determinada população. BRASIL Ano Pobres (%) 1970 68,4% (61 milhões de pobres) 1980 35,3% 1990 30,6% 1995 20,6% 2001 21,7% 2007 14,1% (25,5 milhões de pobres) Causas para o declínio da proporção de pobres no Brasil: 6

- Política da valorização do salário-mínimo: atualmente o valor do salário-mínimo é de R$ 465,00. Em 2010, chega a R$ 506,00; - Programas de transferência de renda (por exemplo: Bolsa-família) 1 ; O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades 2, que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 70). O valor do benefício varia de R$ 22,00 a R$ 200,00. - Controle da inflação: especialmente após o Plano Real (1995). c) Taxa de analfabetismo: Percentual de pessoas com 15 e mais anos de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. BRASIL Ano Analfabetos (%) 1970 33,6% 1980 25,5% 1991 20,1% 2000 13,6% 2007 10,0% d) Indicador de analfabetismo funcional (INAF): Mede os níveis de analfabetismo funcional da população brasileira adulta, oferecendo informações sobre as habilidades e práticas de leitura, escrita e matemática dos brasileiros entre 15 e 64 anos de idade. Em 2007, 68% da população brasileira era alfabetizada funcionalmente. 1 Mais informações no site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (http://www.mds.gov.br/). 2 As condicionalidades são os compromissos nas áreas da Educação, da Saúde e Assistência Social assumidos pelas famílias e que precisam ser cumpridos para que elas continuem a receber o benefício do Bolsa Família. 7

* Alfabetismo funcional: É considerada alfabetizada funcional a pessoa capaz de utilizar a leitura e escrita e habilidades matemáticas para fazer frente às demandas de seu contexto social e utiliza-las para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida. e) Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Envolve as médias das metas alcançadas num país em três dimensões básicas de desenvolvimento humano: Vida longa e saudável (longevidade): expectativa de vida ao nascer; Acesso à educação; Rendimento: produto interno bruto (PIB) per capita em poder de paridade de compra (em dólares). OBS: Muito elevado desenvolvimento humano: 0,900 a 1. Elevado desenvolvimento humano: 0,800 a 0,900. Médio desenvolvimento humano: 0,500 a 0,800. Baixo desenvolvimento humano: até 0,500. Ranking do IDH (com base em dados de 2007) Posição País IDH 1º Noruega 0,971 2º Austrália 0,970 3º Islândia 0,969 4º Canadá 0,966 5º Irlanda 0,965 6º Holanda 0,964 7º Suécia 0,963 8º França 0,961 9º Suíça 0,960 10º Japão 0,960 75º Brasil 0,813 8