Objetivo da aula: Negócios jurídicos. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO



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Transcrição:

AULA 06 PONTO: 07/08 Objetivo da aula: Negócios jurídicos. Tópico do plano de Ensino: Defeitos dos negócios jurídicos (vícios do negócio): erro ou ignorância, dolo, coação. Estado de perigo e lesão de direito. Roteiro de aula DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO A declaração de vontade do agente em conformidade com a norma legal e visando a produção de efeitos jurídicos é o pressuposto básico de qualquer negócio jurídico. Assim, os defeitos do negócio jurídico, referem-se a algum vício na manifestação da vontade das partes na realização do ato negocial. Existem, ainda, alguns vícios que afetam o negócio jurídico pela afronta deliberada à ordem jurídica, prejudicando terceiros. No primeiro caso, temos os denominados vícios de consentimento (erro, dolo, coação, lesão e estado de perigo); no segundo, os denominados vícios sociais (simulação e fraude contra credores). - ERRO art. 138; - DOLO art. 145; VÍCIOS DO CONSENTIMENTO - COAÇÃO art. 151; - ESTADO DE PERIGO art. 156; - LESÃO art. 157. VÍCIOS SOCIAIS - FRAUDE CONTRA CREDORES art. 158 - SIMULAÇÃO art. 167

Passemos ao exame dos vícios de consentimento: 1) Erro (arts. 138 a 144 CC): é uma falsa representação da realidade, de modo que se o agente soubesse a verdade talvez não manifestasse a mesma vontade. Só acarreta a nulidade do ato negocial, o erro substancial, escusável e real. CLASSIFICAÇÃO - error in negotio - error in substantia - error in corpore - error in personae O erro apresenta-se nas seguintes modalidades: a) erro substancial/essencial/relevante: recai sobre a natureza do ato (ex: o agente faz uma doação pensando estar realizando uma venda); atinge a obrigação principal (comprar o quadro de Portinari pensando ser de Picasso); incide sobre as qualidades essenciais do objeto ou da pessoa (ex: comprar uma máquina nova e receber uma usada ou pensar que estou contratando um advogado e o sujeito ainda é estudante de direito). Essa modalidade é a única que acarreta a nulidade do ato. b) erro acidental ou secundário: refere-se às qualidades secundárias ou acessórias da pessoa ou do objeto do ato negocial, mas não induz anulação deste por ser o motivo relevante da manifestação da vontade do agente (exceto nas relações de consumo). Ex: error in qualitate, como comprar um imóvel que acreditamos ter rede de esgoto, mas esse fato não foi decisivo para sua compra; error in quantitate, diz respeito ao peso, quantidade ou medida do objeto.

c) erro de direito: refere-se à falta de conhecimento ou conhecimento equivocado de uma norma jurídica, como acreditar que o CC de 1916 ainda esteja em vigor. O Código de 1916 não previa esta modalidade de vício, porém no atual CC, ela está prevista no art. 139, III e só anula o negócio se for o único motivo determinante da declaração de vontade. d) falso motivo ou falsa causa: é o erro quanto ao fim colimado, que não vicia o negócio jurídico exceto ser constar expressamente no contrato, integrando a razão essencial da declaração de vontade. Ex: Comprar um estabelecimento comercial prevendo expressamente (condição) um movimento mensal que, posteriormente, não se verifica; neste caso o negócio torna-se anulável. 2) Dolo (arts. 145 a 150 CC): é o artifício usado para enganar alguém, induzindo-o à prática de um ato que o prejudica e beneficia o autor do dolo ou terceiro. É, portanto, alteração intencional e proposital da verdade para obtenção de vantagem indevida. Clóvis Beviláqua: é o emprego de um artifício ou expediente astucioso, usado para induzir alguém à prática de um ato que prejudica o agente e aproveita ao autor do dolo ou à terceiro. São espécies de dolo: a) dolus bonus ou dolus malus: o dolo bom é apenas um exagero das qualidades do bem ou da pessoa ou amenização dos defeitos, de modo que, não induz anulabilidade do ato. O dolo mau ou principal, ao contrário, pressupõe a intenção de prejudicar do agente que age com astúcia, ludibriando pessoas sensatas e atentas e por isso gera a anulação do ato. b) dolus causam ou principal e dolus incidens ou acidental: o primeiro refere-se ao próprio motivo do negócio, sendo capaz de causar anulabilidade. Ex: o proprietário de uma pedra preciosa é induzido a vendê-la como uma pedra comum, porque o avaliador mentiu propositalmente. O dolo acidental não afeta a declaração de vontade, de modo que o ato se realizaria de qualquer forma e por

isso não acarreta anulabilidade, mas gera perdas e danos, como por exemplo, Silvio Rodrigues, cita o caso de uma credora hipotecária de uma massa falida que levou o síndico a promover nova avaliação do prédio hipotecado sob a alegação de um novo negócio; porém a nova avaliação reduziu o valor atribuído ao imóvel e a credora adjudicou o imóvel; o STF entendeu doloso o comportamento da credora, mas não anulou o ato por considerá-lo acidental, condenando-a, porém, a pagar a diferença entre o preço pago e o valor que ele havia sido avaliado (RT, 148:379). c) dolo negativo ou positivo: o dolo negativo é o omissivo, ou seja, o agente suprimi a verdade (ex: fazer seguro de vida e não mencionar doença grave). O dolo positivo é decorrente de uma ação (postura comissiva do agente) que sugere o falso (Ex: captação de testamento). d) dolo bilateral: existência de dolo recíproco, ou seja, torpeza de ambas as partes, não podendo nenhuma delas pleitear anulação do ato ou indenização. e) dolo de terceiro: para acarretar a anulabilidade do negócio, um dos contratantes deve conhecer a verdade. É preciso provar o conhecimento do dolo de terceiro por uma das partes. A parte prejudicada deve mover ação de anulação se provar o conhecimento da outra parte; caso contrário deverá pedir indenização ao terceiro (autor do engano intencional). f) dolo do representante legal de uma das partes: não pode ser considerado dolo de terceiro porque neste caso o representante age como se fosse a própria parte. Nesse caso, a parte mal representada deverá indenizar a vítima (outra parte) no montante do proveito que usufruiu e poderá promover ação regressiva contra o representante legal, exceto se estavam de comum acordo. Se o representante da parte for convencional e não legal, ambos (representante e representado) responderão, solidariamente, por perdas e danos.

3) Coação (art. 151 a 155 CC): violência ou pressão física ou moral (sobre a pessoa, bens ou honra) que impede a pessoa de agir livremente. A doutrina entende que a coação física sequer permite manifestação de vontade e, portanto, o ato assim praticado é nulo e não anulável. Já a coação moral é passível de anulabilidade desde que: a ameaça seja a causa do ato praticado pela vítima, que ela seja grave (que cause temor justificado), que ela seja injusta (a ameaça do exercício de um direito não, como por exemplo, o credor ameaçar ingressar com processo de execução, não torna o ato do pagamento anulável), a ameaça do dano deve ser atual e iminente, o dano da vítima da coação deve ser ao menos igual ao prejuízo a que está sendo obrigado, e, deve recair sobre a própria vítima, sua família ou seus bens. Ressalte-se que o simples temor reverencial (respeito e obediência aos pais) e a ameaça do exercício de um direito não configuram coação. Critérios Subjetivos - Contra si; - Contra família; - Bens Obs: vis absoluta e vis compulsiva Requisitos, art.151/152 CC - causa determinante do negócio jurídico; - temor justificável; - dano iminente; - dano considerável. Coação exercida por terceiro art. 154 (solidariedade)

4) Estado de perigo (art. 156 CC): esta modalidade de vício de consentimento não estava prevista no CC de 1916 e ocorre quando uma parte assume obrigações excessivamente onerosas para salvar-se ou à alguém de sua família, de grave dano moral ou material que a outra parte conhece. Em não sendo o dano à pessoa ou à sua família, caberá ao juiz decidir sobre a validade do ato. (ex: pai que tem o filho seqüestrado, vendo seus bens a preço vil, sendo que a outra parte sabe do fato que está levando o pai a isso). Nesses casos, os negócios poderão ser anulados. Requisitos - temor de grave dano (físico); - dano contra si ou família; - dano conhecido pela parte contrária DOLO DE APROVEITAMENTO; - obrigação excessivamente onerosa; - em outra circunstância não celebraria o NJ. 5) Lesão (art. 157 CC): também é novidade do novo CC. Na lesão o contratante realizará negócio que só lhe trará desvantagens, em razão de uma necessidade econômica ou por inexperiência, obrigando-se ao pagamento de prestações muito maiores do que os valores de mercado (ex: contrato de locação). Requisitos - premente necessidade ou inexperiência (econômica); - prejuízo pela desproporção das prestações (apreciada pelos valores vigentes); - sem dolo de aproveitamento. Obs: Não anula o NJ se oferecido suplemento ou reduzido o proveito.