a) MATERIAL - que é o uso, podendo se dar por ação ou omissão ;

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1 DIREITOS HUMANOS - Prof.ª Camila Gil Marquez Bresolin Bressanelli FONTES DOS DIREITOS HUMANOS: COSTUMES 1. CONCEITO COSTUME É A PRÁTICA GERAL ACEITA COMO SENDO UM NOVO DIREITO (CELSO D. DE ALBUQUERQUE MELLO) COSTUME É UMA PRÁTICA GERAL ACEITA COMO SENDO DE DIREITO (ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA CIJ ART. 38) 2. ELEMENTOS : a) MATERIAL - que é o uso, podendo se dar por ação ou omissão ; b) SUBJETIVO - a aceitação do uso como sendo o novo direito ; 3. DESNÍVEL HIERÁRQUICO 4. O COSTUME TERMINA: a) por um TRATADO MAIS RECENTE que o codifica ou revoga; b) pelo DESUSO quando ele deixa de ser aplicado; c) por um NOVO COSTUME; FONTES DOS DIREITOS HUMANOS: TRATADOS 1. CONCEITO: ACORDOS INTERNACIONAIS JURIDICAMENTE OBRIGATÓRIOS E VINCULANTES. OS TRATADOS, ACORDOS OU AJUSTES INTERNACIONAIS SÃO ATOS JURÍDICOS POR MEIO DOS QUAIS SE MANIFESTA O ACORDO DE VONTADES ENTRE DUAS OU MAIS PESSOAS INTERNACIONAIS (ACCIOLY, HILDEBRANDO. MANUAL DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. 9 A. ED. SÃO PAULO: SARAIVA, 1991) TRATADO SIGNIFICA UM ACORDO INTERNACIONAL CONCLUÍDO ENTRE ESTADOS EM FORMA ESCRITA E REGULADO PELO DIREITO INTERNACIONAL, CONSUBSTANCIADO EM UM ÚNICO INSTRUMENTO OU EM DOIS OU MAIS INSTRUMENTOS CONEXOS QUALQUER QUE SEJA A SUA DESIGNAÇÃO ESPECÍFICA (CONVENÇÃO DE VIENA 1969)

2 2. TERMINOLOGIA IMPRECISA : TRATADOS (acordos solenes); CONVENÇÃO (cria normas gerais); DECLARAÇÃO (afirma atitudes políticas); ATO (estabelece regras de direito); PACTO (tratado solene); PROTOCOLO (suplemento de um acordo já existente ou ata de uma conferência); ACORDO (acertos de cunho econômico, financeiro, comercial e cultural); MODUS VIVENDI (acordo temporário); CARTA (forma solene de estabelecer direitos e deveres), etc. 3. CLASSIFICAÇÃO DOS TRATADOS : a) SOB O ASPECTO FORMAL - bilaterais e multilaterais; b) SOB O ASPECTO MATERIAL - Tratados-Lei e Tratados-Contrato; c) OUTRAS CLASSIFICAÇÕES - Tratado aberto e fechado, solene e simples; 4. CONDIÇÃO DE VALIDADE DOS TRATADOS INTERNACIONAIS: a) CAPACIDADE DAS PARTES CONTRATANTES - Estados, Organizações Internacionais, beligerantes ou insurgentes, Santa Sé, Territórios sob Tutela internacional; b) HABILITAÇÃO DOS AGENTES SIGNATÁRIOS - Assinada pelo Chefe de Estado ou Governo e recebida pelo Plenipotenciário (destinatário dos poderes conferidos); c) OBJETO LÍCITO POSSÍVEL- É nulo tratado que violar uma norma imperativa de DI; d) CONSENTIMENTO MÚTUO - O acordo de vontade não deve sofrer nenhum vício;

3 5. FORMA OU COMPOSIÇÃO DOS TRATADOS : a) PREÂMBULO b) PARTE DISPOSITIVA c) LOCAL (DE SUA CONCLUSÃO), DATA E ASSINATURA DOS PLENIPOTENCIÁRIOS Obs. - idioma (bilíngüe / vários idiomas / idioma oficial). 6. FASES DE CONCLUSÃO DE UM TRATADO : a) NEGOCIAÇÃO - Fase inicial (discussão e redação do texto pelos plenipotenciários); b) ASSINATURA - Atesta que o texto está aprovado; c) RATIFICAÇÃO - É a aprovação dada pelo poder competente do Estado que participou da negociação e assinatura do tratado, e só a partir daí é que ele se torna obrigatório para o signatário; d) PROMULGAÇÃO - É o ato jurídico que incorpora o texto de um tratado ao ordenamento jurídico nacional do signatário; e) REGISTRO E PUBLICAÇÃO EXTERNA - O tratado é registrado na Secretaria Geral da ONU, para fins do Art. 102 da Carta de Há o fornecimento de um certificado de registro e publicação na United Nations Treaty Series ; 7. RESERVAS E DERROGAÇÕES : a) CLÁUSULAS DE DERROGAÇÃO: Visam suspender a aplicação de um Tratado em situações de emergência;

4 b) RESERVAS: São declarações unilaterais. Forma utilizada pelo Estado quando da ratificação, para não assumir uma ou mais obrigações do Tratado; Não podem ser formuladas: a) quando são proibidas, b) quando são incompatíveis com a finalidade e objeto do tratado, c) quando o tratado só admite algumas reservas e não a reserva formulada. 8. EFEITOS DOS TRATADOS : a) AS PARTES DE UM TRATADO DEVEM CUMPRI-LO (Pacta sunt servanda); b) O QUE FOI CONVENCIONADO SÓ SE LIMITA ÀS PARTES CONTRATANTES (Pacta tertiis nec nocent nec prosunt); Exceção: os tratadosdispositivos ( situações reais objetivas ) e a Carta da ONU (paz e segurança internacionais); c) O TRATADO PODE SER REVISTO OU ENCERRADO, CASO AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE LHE DERAM ORIGEM FOREM SUBSTANCIALMENTE MODIFICADAS DE MODO IMPREVISÍVEL (rebus sic stantibus); d) A REVOGAÇÃO DE UM TRATADO SÓ É POSSÍVEL POR PROCESSO IGUAL AO DA ELABORAÇÃO; e) UM TRATADO NÃO TEM EFEITO RETROATIVO; 9. FIM DOS TRATADOS a) EXECUÇÃO INTEGRAL DO TRATADO b) CONSENTIMENTO MÚTUO c) TERMO d) CONDIÇÃO RESOLUTÓRIA e) CADUCIDADE f) GUERRA g) IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO (FÍSICA OU JURÍDICA) h) INEXECUÇÃO DOS TRATADOS POR UMA DAS PARTES CONTRATANTES

5 i) DENÚNCIA UNILATERAL (QUANDO É PREVISTA ESTA REGRA) 10. INTERPRETAÇÃO DOS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS : - CARÁTER OBJETIVO DAS OBRIGAÇÕES E AUTO-APLICABILIDADE DAS NORMAS; - INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA DAS RESTRIÇÕES PERMITIDAS; - INTERPRETAÇÃO DE UM TRATADO AUXILIA NA INTERPRETAÇÃO DE OUTRO; - NÃO EXISTE RECIPROCIDADE; - PRIMAZIA DA NORMA MAIS FAVORÁVEL A VÍTIMA; 11. TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO: CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA: ART. 4 O, II - PREVALÊNCIA DOS DIREITOS HUMANOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA CELEBRA O TRATADO (ART. 84, VIII CF) CONGRESSO NACIONAL APROVA (ART. 49, I CF) ATRAVÉS DE DECRETO LEGISLATIVO PROMULGADO PELO PRESIDENTE DO SENADO) PRESIDENTE DA REPÚBLICA PROMULGA DECRETO (TEXTO É PUBLICADO EM PORTUGUÊS DOU) PROF. ANTÔNIO AUGUSTO CANÇADO TRINDADE E PROF.ª FLÁVIA PIOVESAN INCORPORAÇÃO AUTOMÁTICA (art. 5 o. 1 o. CF) em relação aos tratados de Direitos Humanos STATUS CONSTITUCIONAL. (art. 5 o. 2 o. CF) Não é a posição do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: PARIDADE HIERÁRQUICA entre o tratado e a lei federal;

6 OUTRAS FONTES DE DIREITOS HUMANOS PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO NORMAS DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS (EXTERNA E INTERNA) REGRAS DE DIREITO INTERNO DOUTRINA