Caso Clínico preparado e apresentado pelo Dr. Mauricio de Miranda Ventura na Discussão de Caso Interdisciplinar I Controle de sintomas: dispnéia, delirium e ansiedade/depressão na Comissão Permanente de Cuidados Paliativos, Sala Jardim Botânico, durante o XVIII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia
Caso Clínico História atual D0 da internação na Geriatria JAPS, masculino, 87 anos Sonolência, dor torácica, tosse produtiva com expectoração clara e febre há 20 dias. Exame físico: eupnêico, T: 36,4 C Rítmo cardíaco regular, FC: 105, MV + bilateralmente com roncos em AHT Abdomen: sem alterações MMII: sem edemas, boa perfusão
Caso Clínico antecedentes D0 da internação na Geriatria Acidente vascular encefálico em 2005 sequela: disfasia. Desde 2008 tem o diagnóstico de Alzheimer. Dependente para AIVD, independente para ABVD até há 1 mês da internação.
Caso Clínico antecedentes D0 da internação na Geriatria A partir de então, tornou-se também dependente para AVD. Passou a ficar acamado, Recusar alimentação, Apresentar um emagrecimento não quantificado.
Caso Clínico evolução D0 da internação na Geriatria Foi iniciado ceftriaxone e clindamicina. Devido a agitação psicomotora, foi iniciado quetiapina 25mg/d. Mantinha baixa aceitação alimentar.
Caso Clínico evolução D3 de internação na Geriatria 16 horas após um episódio de vomito, passou a apresentar-se dispnêico e com dessaturação à oximetria de pulso (87%), hipertensão (180x70mmHg), taquicardia (122bpm) e febre (38 C). Indicado troca de antibiótico para piperacilina-tazobactam por suspeita de broncoaspiracao.
Caso Clínico evolução D3 de internação na Geriatria Avaliação nutricional: indicado passagem de sonda naso-enteral, o que não foi possível devido a dificuldade técnica. Foi solicitado a passagem da SNE por via endoscopica, uma vez que a familia vinha pressionando demais a equipe, pois a paciente já não se alimentava bem havia quase 30 dias.
Caso Clínico evolução D6 de internação na Geriatria Nova piora clinica caractizada por febre, tremores pelo corpo, taquicardia e hipotensão.
Exames Laboratoriais Na/K D -1 D 0 D 2 D 4 D 6 D 9 Na 138 138 138 150 144 154 K 5,3 4,5 4,5 4 4,1 4,7
Exames Laboratoriais U/C D -1 D 0 D 2 D 4 D 6 D 9 U 69 80 40 46 55 123 C 1,2 1,1 0,9 0,9 1,1 3,9
Exames Laboratoriais - PCR D -1 D 2 D 4 D 9 PCR 17,06 17,05 19,27 19,2
Exames Laboratoriais - leucograma D -1 D 0 D 2 D 4 D 6 D 9 Leucócito s 17,58 15,09 16,49 20,81 19,79 20,5 neu 13,7 13 14,3 18,9 17 18 eos 0,4 0,3 0,2 0 0 0,1 bas 0,1 0 0 0 0,1 0,1 lin 2,8 1,2 1,2 1 2,1 1,8 mo 0,7 0,6 0,8 0,8 0,6 0,4
Exames laboratoriais Urina tipo I
Raio X de Tórax na entrada
Raio X de Tórax de controle
Questões a serem discutidas: 1 Durante a evolução, o paciente apresentou quadro de agitação psicomotora, sendo medicado com quetiapina. O que voce acha desse tratamento? 2 - E quanto a passagem da sonda nasoenteral: e justo a família participar de uma forma tão incisiva? Até onde ela pode participar das tomadas de decisões? 3 - A partir do momento, em que caracterizamos uma piora clínica na vigência do segundo esquema antibiótico, o paciente merece uma terapêutica mais voltada as medidas de conforto em detrimento das curativas? 4 - Os antibióticos devem ser suspensos ou trocados por outros mais potentes? 5 Por meio de quais medidas voce pode aliviar o sintoma da falta de ar que o paciente vem apresentando sistematicamente?