Diagnóstico Registro Mensal de Atendimento RMA CRAS e CREAS
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- Raquel Pacheco Eger
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1 Diagnóstico Registro Mensal de Atendimento RMA CRAS e CREAS Gerência de Monitoramento e Avaliação GMA Vigilância Socioassistencial
2 Balanço do Preenchimento dos formulários do Sistema de Registro Mensal de Atendimentos em 2013 O Registro Mensal de Atendimentos - RMA é uma importante ferramenta informatizada que contribui para a qualificação das informações no âmbito do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, uma vez que serve para contabilizar os atendimentos realizados e o perfil da população usuária e os serviços mais demandados nos CRAS, CREAS e Centro POP. A resolução CIT n. 04, de 24 de maio de 2011 e alterado pela Resolução N. 20/2013 instituiu parâmetros nacionais para o registro destas informações e definiu o conjunto de dados que devem ser coletados, organizados e armazenados pelas referidas unidades em todo o território nacional. Conforme foi estabelecido pela Resolução CIT 04/2011, todos os municípios do país são obrigados desde 2012 a preencher o RMA dos CRAS, CREAS e Centro POP. A alimentação do referido sistema reflete as atividades desenvolvidas pelas unidades e demonstram o funcionamento. É fundamental estar atento aos prazos de preenchimento de tais informações. Com base no que foi preenchido pelos municípios pernambucanos, reunimos os dados em relação ao perfil das famílias que buscam atendimento. A seguir, as informações referentes às famílias que buscaram em 2013 atendimentos nas unidades do CRAS. Perfil de famílias inseridas em acompanhamento no PAIF no ano de 2013 INDICADORES TOTAL % Famílias em situação de extrema pobreza ,6 Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família ,25 Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, em descumprimento de ,35 condicionalidades Famílias com membros beneficiários do BPC ,19 Famílias com crianças/adolescentes no PETI ,69 Famílias PROJOVEM adolescente ,89 Total Fonte: RMA/MDS 2013 Elaboração: GMA2014.
3 De acordo com os dados levantados, a maioria das famílias acompanhadas pelo PAIF é beneficiária do Programa Bolsa Família, o que corresponde a 38,25% do total de famílias acompanhadas no ano de Em seguida, 26,6% das famílias acompanhadas estão em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda mensal inferior a R$70,00 per capita. No ano de 2013, famílias estavam em descumprimento de condicionalidades, que ocorre quando qualquer membro da família deixa de cumprir as condicionalidades previstas, seja na área da saúde, ou na área da educação, no período de apuração. De acordo com a Portaria Nº 251, de 12/12/2012, as famílias em descumprimento podem sofrer penalidades, que vão desde uma advertência até o cancelamento do referido benefício. Ao agruparmos os dados por porte do município, podemos compreender que o número de famílias em situação de extrema pobreza é maior nos municípios de grande porte, atingindo um número de famílias, conforme verificamos no gráfico a seguir: Famílias em situação de extrema pobreza acompanhadas pelo CRAS famílias em situação de extrema pobreza Fonte: RMA/MDS 2013 Elaboração: Vigilância Socioassistencial GMA/2014. Em relação ao registro de acompanhamento de famílias beneficiárias do programa bolsa família, existe um maior número nos municípios de grande porte e pequeno porte II. Consequentemente, esse perfil de municípios são os que dispõem de
4 famílias em descumprimento de condicionalidades, os municípios de pequeno porte II lideram com 597 famílias, seguidos dos municípios de pequeno porte I. Comparando o número de famílias que recebem o beneficio e as famílias que estão em descumprimento, percebe-se que é apenas uma pequena parcela (24,45% do total de beneficiários) que se encontra nesta situação. Destaca-se que a lista de descumprimento de condicionalidades do município pode ser encontrada no SICON por meio da pesquisa descumprimento avançada. Através dessa pesquisa é possível identificar os descumprimentos por mês de repercussão, tipo de benefício (BFA ou BVJ) e tipo de efeito (advertência, bloqueio, suspensão e cancelamento). Comparativo entre famílias beneficiárias do Programa bolsa família x famílias beneficiarias em descumprimento de condicionalidades famílias beneficiárias do bolsa família x famílias beneficiarias em descumprimento de condicionalidades PP1 PP2 MP GP Metropole familias beneficiárias do Bolsa Familia Familias beneficiárias do Bolsa familia em descumprimento de condicionalidades Fonte: RMA/MDS 2013 Elaboração: GMA2014. Na questão referente à quantidade de beneficiários do BPC, é notório que a maior concentração (29%) dos acompanhamentos estão nos municípios de pequeno porte II, em seguida os municípios de grande porte e os de pequeno porte I, com 25% e 24% respectivamente. Em menor número, a metrópole corresponde a 1% dos acompanhamentos dos beneficiários do BPC em Pernambuco.
5 Acompanhamento de Beneficiários do BPC no CRAS 21% 25% 1% 24% 29% Pequeno porte I Pequeno porte II Medio porte grande porte metropole Fonte: RMA/MDS 2013 Elaboração: Vigilância Socioassistencial GMA/2014. Antes da resolução CIT 20/2013, era contabilizado nos formulário da RMA o número de famílias com crianças/adolescentes no PETI, após essa normativa, algumas questões sofreram alterações, sendo esta pergunta trocada pela seguinte: Famílias com crianças ou adolescentes em situação de trabalho infantil. Mesmo assim, pudemos aferir durante o período em que esta pergunta permaneceu no RMA, que o maior contingente de famílias com a inserção de crianças e adolescentes no PETI está nos municípios de pequeno porte II e nos municípios de pequeno porte I, segue um gráfico com essas informações. Acompanhamento de Famílias com Crianças/ Adolescentes no PETI nos CRAS 0% 13% 22% 35% 30% PPI PPII MP GP Metropole Fonte: RMA/MDS 2013 Elaboração: GMA2014
6 O dado acima evidenciado merece atenção aos municípios de maiores portes (Médio e Grande Porte) uma vez que os diagnósticos de quantitativo de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil (IBGE) destacam maiores evidencias nessas regiões. Em relação ao PROJOVEM adolescente, esta questão também foi suprimida com a resolução CIT 20/2013 e em seu lugar, foi colocada a questão referente à identificação de Famílias com crianças ou adolescentes em Serviço de Acolhimento. De toda forma, como em 2013 foi registrado o número de famílias com participantes do PROJOVEM adolescente, nota-se um maior número de famílias nos municípios de pequeno porte II, seguido por municípios de pequeno porte I e da metrópole, sendo esta ultima uma razão maior se considerarmos que tais dados referem-se somente ao Município de Recife. Acompanhamento de Famílias PROJOVEM Adolescente no CRAS Pequeno porte I Pequeno porte II Médio porte Grande Porte Metropole 0% 25% 25% 17% 33% Fonte: RMA/2013 elaboração: vigilância Socioassistencial GMA/2014 Em relação aos dados referentes ao registro no RMA dos CREAS, podemos perceber que existe um considerável número de famílias atendidas no CREAS dos municípios de pequeno porte I e que são beneficiárias do Programa Bolsa Família. No ano de 2013, do total de famílias atendidas pelo CREAS e que são beneficiarias do bolsa família, 53% correspondem a famílias residentes nos municípios de pequeno porte I. Em segundo lugar estão as famílias de pequeno porte II e em menor número as famílias da metrópole, conforme podemos verificar no gráfico abaixo:
7 Acompanhamento de Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família nos CREAS Pequeno Porte I Pequeno Porte II Médio Porte Grande Porte Metrópole 5% 4% 15% 23% 53% Fonte: RMA/2013 Elaboração: Vigilância Socioassistencial GMA/2014 Em relação às famílias que foram atendidas no ano de 2013 pelo CREAS e que possuem beneficiários do BPC, mais uma vez há a predominância das famílias que moram nos municípios de pequeno porte I, com 52%, seguidos dos municípios de pequeno porte II com 22%, e em último lugar a metrópole. Note-se que quanto menor o porte do município, maior a inserção de famílias com membros beneficiários do BPC. Famílias com membros beneficiários do BPC em acompanhamento pelo CREAS Pequeno Porte I Pequeno Porte II Médio Porte Grande Porte Metrópole 7% 5% 14% 22% 52% Fonte: RMA/2013 Elaboração: Vigilância Socioassistencial GMA/2014
8 De acordo com as informações publicadas no RMA, até 2013, antes da Resolução 20/2013 da CIT, era perguntado sobre o número de famílias com crianças e adolescentes no PETI e sobre o número de famílias com crianças e adolescentes inseridas nos serviços de acolhimento. Após as mudanças trazidas pela resolução, passou-se a questionar sobre as Famílias com crianças ou adolescentes em situação de trabalho infantil; Famílias com crianças ou adolescentes em Serviços de Acolhimento e Famílias cuja situação de violência/ violação esteja associada ao uso abusivo de substâncias psicoativas. No que tange a questão referente às famílias com crianças ou adolescentes no PETI, a metade corresponde aos municípios de pequeno porte I, seguidos dos municípios de pequeno porte II, e com nenhum caso registrado no RMA acerca do Número de Famílias com crianças ou adolescentes no PETI na cidade de Recife. Famílias com crianças ou adolescentes no PETI atendidos pelo CREAS 0% 12% 11% 50% Pequeno porte I pequeno porte II 27% médio porte grande porte metrópole Fonte: RMA/2013 Elaboração: Vigilância Socioassistencial GMA/2014 Em relação à questão referente às famílias com crianças ou adolescentes nos serviços de acolhimento, tem-se em sua maioria famílias residentes em municípios de pequeno porte I (52%), seguidos dos municípios de grande porte com 23%, em terceiro lugar os municípios de pequeno porte II. Destaca-se que, mais uma vez, não houve o registro de famílias com crianças e adolescentes no PETI na metrópole (Recife) no RMA no ano de
9 Famílias com crianças ou adolescentes nos serviços de acolhimento atendidas pelo CREAS 0% 6% 19% 23% 52% pequeno porte I Pequeno porte II Médio porte Grande Porte Metrópole Fonte: RMA/2013 Elaboração: Vigilância Socioassistencial GMA/2014 Os dados obtidos através do RMA em Pernambuco evidenciam os volumes de atendimentos e de acompanhamentos ao longo do ano de 2013 e através desses dados poderemos ver as potencialidades e os limites identificados. Nesse sentido, reforça-se a necessidade dos municípios de debruçarem-se sobre os dados, pesquisando na base de dados do RMA sobre o perfil dos usuários atendidos, quais as demandas mais recorrentes e buscarem estratégias para a superação das dificuldades encontradas. De acordo com as orientações do MDS compete a cada município lançar as suas informações e sugere-se que a inserção dos dados no sistema eletrônico seja realizado pelo órgão gestor, dando ênfase ao setor de vigilância Socioassistencial nos municípios. Para que os dados contidos no RMA traduzam a realidade vivenciada pelos equipamentos da Assistência Social, torna-se inerente um registro cotidiano das informações, facilitando assim o preenchimento mensal das ações realizadas e o devido preenchimento do RMA, uma vez que a não declaração das informações, assim como a declaração de dados falaciosos não colabora com o mapeamento da oferta dos serviços e, posteriormente, no planejamento e na tomada de decisões no campo das políticas públicas de assistência social. 9
10 Faz-se também imprescindível a discussão sobre as demandas evidenciadas nos seus respectivos municípios, a necessidade de referencia e contra referencia com CRAS e CREAS e ao mesmo tempo a reflexão sobre esses atendimentos e se os mesmo estão consoante com as competências de suas respectivas proteções de Básica e Especial. Para informações mais detalhadas dos dados do seu município acessem o link: Dúvidas e esclarecimentos, a Vigilância Socioassistencial do Estado de Pernambuco se coloca a disposição. 10
11 Equipe Ingrid Vier Gerente de Monitoramento e Avaliação Shirley Samico Coordenadora da Vigilância Socioassistencial Bruno Albuquerque - Técnico de TI Flávio Santos - Estatístico Vinícius Souto Maior - Estatístico Técnicos de Vigilância Socioassistencial Francisco Godoy Juliana C.L Silva Kássia Barbosa Thiago Moreira Contatos: Telefones: / vigilanciasocioassistencialpe@gmail.com vigilanciasocioassistencial@sedsdh.pe.gov.br 11
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