LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ÀS PARCERIAS PÚBLICO- PRIVADAS
Segundo a Lei Federal 11.079/04, a Parceria Público-Privada é um contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa: Patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8987/95 quando envolver, adicionalmente, tarifa cobrada dos usuários e contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Administrativaé o contrato de prestação de serviços em que a administração pública é usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. A PPP resulta das mudanças do papel do Estado, que deixa de ser produtor/planejador central e torna-se, cada vez mais, um agente indutor, articulador, regulador e fiscalizador.
O Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas do Estado do Amazonas foi instituído pela Lei n. 3.363/2008; a Lei n. 3.322/2008 cria o Fundo de Parcerias Público-Privadas do Estado do Amazonas.
Existem duas modalidades de concessão consignadas na Lei Federal n. 11.079/04: Concessão administrativa: serviço público prestado à Administração Pública de forma direta ou indireta em que não há cobrança de tarifa dos usuários. Concessão patrocinada: serviços de utilidade pública aos usuários, que pagam tarifa, sendo parceiro público obrigado a uma prestação pecuniária a ser paga ao parceiro privado para complementar a receita a ser por este último recebida.
Trata-se da Lei 11.079/04, publicado no DOU em 31/12/2004, que institui NORMAS GERAIS PARA LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO DE PARCERIAS PÚBLICO- PRIVADAS, no âmbito da Administração Pública.
Não há pontos de incompatibilidade entre as leis. A Lei Federal n. 11.079/2004 possui critérios mais amplos para celebração dos contratos, enquanto que a Lei Estadual n. 3.363/2008 possui critérios mais específicos, que são definidos em função das demandas regionais de desenvolvimento.
Há total harmonia entre as leis. A responsabilidade fiscal e a estabilidade monetária são marcos fundamentais do arcabouço das PPPs. Todos os projetos celebrados dentro do arcabouço das PPPs devem estar contemplados na LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias, LOA Lei Orçamentária Anual e PPA - Plano Plunianual.
Está prevista uma instância colegiada de coordenação, avaliação e fiscalização de todo o programa, representada pelo Conselho Gestor de PPP. Diretamente subordinado ao Gabinete do Governador e é composto pelo: Secretário-Chefe da Casa Civil, Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Secretário da Fazenda, Secretário da Ciência e Tecnologia, Procurador Geral do Estado e até 3 (três) membros de livre escolha do Governador do Estado.
Conforme disposto na Lei n. 3.363/2008, caberá à SEPLAN, por meio da UGP (Unidade Gestora de Parcerias Público- Privadas),que terá, em sua estrutura, 1(um) Diretor, 1(um) Gerente e 3(três) técnicos o exercício das seguintes atribuições: Execução das atividades operacionais; Coordenação de parcerias público-privadas; Assessoramento do Conselho Gestor da PPP; Divulgação dos critérios e metodologias próprios dos contratos de parcerias, mediante estudo e apoio de uma equipe técnica.
Definição dos Projetos Prioritários Manifestação de Interesse Apresentação de Projeto Unidade PPP Consulta Pública Preparação do Edital e Contrato Análise Técnica/Modelagem Comitê Gestor Aprovação do Projeto e da Consulta Pública Licitação Recurso Administrativo Estabelecimento da SPE PROJETOS Oportunidade de Financiamento Contrato de PPP
Elaborar o PLANO ESTADUAL DE PARCERIAS PÚBLICOS-PRIVADAS; Executar as atividades operacionais e de coordenação das parcerias público-privadas; Aprovar os editais, contratos, seus aditamentos e prorrogações; Assessorar o Conselho Gestor do PPP.
Aprovar projetos de parceria público-privadas, observadas as condições estabelecidas no art. 4º a Lei n. 3.363/2008; Recomendar ao Governador do Estado a inclusão do PEPPP de projeto aprovado; Fiscalizar a execução das parcerias público-privadas; Opinar sobre alteração, rescisão, prorrogação ou renovação dos contratos de parceria públicoprivadas; Fixar diretrizes para atuação dos representantes do Estado.
Legislação Ambiental Lei Federal da PPP (Lei n.11.079/2004 REFERÊNCIA Lei de Licitação (Lei n.11.079/2004 Lei de Concessões e Permissões (Lei n.8.987/95) Investidores Atendimento das Demandas Sociais AgentesFinanciadores ( Bancos, Fundo de pensão, Mercado de Capital) Consumidores, Fornecedores e Operadores PARCEIROS PROJETO ESTADUAL DE PARCERIA PÚBLICO PRIVADA Marco Regulatório SOCIEDADE Aumento da eficiência do Gasto Público Melhoria na Infraestrutura Melhor controle da qualidade dos serviços públicos Lei Estadual de Criação do Programa do PPP Implantação do órgão Gestor/ Manifestação de Interesse Unidade Operacional de Coordenação de PPP Lei de Definição de Projetos Prioritários (Plano Plurianual)
Os projetos precisam apresentar elementos de PPP. Dentre os critérios de análise, podemos elencar: Compatibilidade com as prioridades do Governo; Compatibilidade com as prioridades do Governo; Relevância do projeto; Distribuição adequada de riscos; Equilíbrio econômico-financeiro impossibilitado sem a contraprestação do poder público contratante; Compatibilidade com as condições orçamentárias e financeiras do Governo; Vantagens em relação a outras formas de contratação.
Nas concessões patrocinadas, as contraprestações do setor público não poderão exceder 70% (setenta por cento) da remuneração do parceiro privado, salvo autorização legislativa específica.
O regime de PPP permite que sejam realizados investimentos privados em setores tradicionalmente operados pelo Estado. Além disso, dispõe: De instrumentos para compartilhamento de riscos/benefícios com o setor público; Contraprestação do Estado para atingir remuneração razoável do seu capital em prazos compatíveis; Maior segurança aos contratos uma vez que podem ser realizados com a prestação de garantias, entre outras exigências.
Permitirão implementar investimentos em projetos de interesse do cidadão; Não onerar, demasiadamente, em termos fiscais, o Estado; Vincula a remuneração do parceiro às metas de desempenho acordadas no edital de licitação, o que induz um correto incentivo à prestação de serviço com qualidade.
As propostas preliminares poderão ser submetidas pelo setor público e privado. Na proposta preliminar deve constar: Dados genéricos do projeto; Expectativa de demanda e geração de benefícios econômicos e sociais e suas respectivas premissas; Fluxo financeiro ao longo de construção e operação; Elementos que, de acordo com a lei vigente, indiquem a possibilidade de execução de uma PPP.
É vedada a celebração de contratos: quando se tratar de mera terceirização de mão-de- obra e de prestações singelas ou isoladas; cujovalordocontratosejainferiorar$20milhões; cujoperíododeprestaçãodosserviçossejainferiora5 (cinco) anos; que tenha como objeto único o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Trata-sedeumaentidadededireitoprivadoa ser criada em atendimento à legislação de PPP, com controle privado do capital votante para desenvolver projeto de Parcerias Público-Privada.
A modelagem de projetos de PPP se faz com a observância dos seguintes diplomas legais: Lei Federal n. 11.079/04 Lei Federal n. 8.987/95 LeiFederaln.9.074/95 s Lei Federal n. 8.666/93 Lei Complementar n. 101/00 Leis e Decretos que regulam as PPP nos respectivos Estados ou Municípios. No Estado do Amazonas a Lei Ordinária n. 3322/2008, que Cria o Fundo de Parcerias Público-Privadas e a Lei Ordinária n. 3363/2008, que dispõe sobre o Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas e dá outras providências
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