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PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=520>. Diazepam, acepromazina e quetamina nas afecções periodontais de cães (Canis familiares, Lin.). Ruth Helena Falesi Palha de Moraes Bittencourt 1, Moacir Cerqueira Silva 1, Vania Maria Trajano da Silva Moreira 1, Fernando Elias Rodrigues Silva 1, Paulo Henrique Sá Maia 2, Ingride de Sousa Costa 3 1 Professores na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) Belém Pará. 2 Médico Veterinário Clínica Veterinária OdontoPet 3 Acadêmica de Medicina Veterinária - UFRA RESUMO A doença periodontal acomete cães e gatos, sendo necessária a utilização de anestesia para que o tratamento desta afecção seja realizado. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia da utilização do diazepam na dose de 0,5 mg/kg, precedendo a associação de maleato de acepromazina na dose de 1mg/kg e quetamina na dose de 10mg/kg em 49 cães de várias raças e com idade variando entre 12 e 180 meses submetidos a tratamentos de afecções periodontal. A anestesia em dois animais foi complementada com a anestesia do

nervo infraorbitário e do mentoniano. A anestesia com diazepam, acepromazina e quetamina, nas doses utilizadas, promoveu anestesia eficaz para a realização de intervenções dentárias em cães, por aproximadamente 42,78 ± 15,36 minutos, sem que tenha sido observada alterações significativas sobre a freqüência cardíaca, entretanto deve-se considerar o aparecimento de tremores, vocalização e deambulação durante o período de recuperação dos animais. A associação não promove analgesia suficiente para extrações dentárias, devendo ser empregada anestesia regional complementar. Palavras-chave: diazepam+acepromazina+quetamina; afecções periodontais; cães. Diazepam, acepromazine and ketamine in the periodontal disease of dogs (Canis familiares, Lin.). ABSTRACT The disease periodontal attacks dogs and cats and so that the treatment of this disease is accomplished becomes necessary the anesthesia use. The present work had as objective evaluates the effectiveness of the use of the diazepam in the dose of 0,5 mg/kg, preceding the association of acepromazine maleato in the dose of 1mg/kg and ketamine in the dose of 10mg/kg in 49 dogs of several races and with age varying between 12 and 180 months submitted to treatments of periodontal disease. The anesthesia in two animals was complemented with the anesthesia of the nerve infraorbitario and of the mentoniano. The anesthesia with diazepam, acepromazine and ketamine, in the used doses, promoted effective anesthesia for the accomplishment of dental interventions in dogs, for approximately 42,78 ± 15,36 minutes, without it has been observed significant alterations on the heart frequency, however he/she should be considered the

emergence of tremors, vocalization and to have been staggering during the period of recovery of the animals. The association does not promote enough analgesia for dental extractions, should be used complemental regional anesthesia. Keyword: diazepam+acepromazine+ketamine; periodontal disease; dogs. 1 INTRODUÇÃO Procedimentos odontológicos em cães e gatos tornaram-se rotina na clínica-cirúrgica de pequenos animais, entretanto, o tratamento das periodontites ou doenças periodontais como endodontia e exodontia requer analgesia, sendo o uso de agentes com ação analgésica requisitado, associado ou não a anestesia regional. Para que o médico veterinário possa intervir na cavidade oral dos animais domésticos, se faz necessário que os pacientes estejam anestesiados, possibilitando uma ação segura do profissional, que para isso, devem utilizar protocolos anestésicos que permitam a manipulação da cavidade bucal dos cães sem que eles manifestem reações ao estímulo doloroso. A anestesiologia veterinária desde o fim do século passado se desenvolveu de forma célere, tanto na utilização de anestesia geral quanto dissociativa em suas diversas associações, tornando essas anestesias mais técnicas e éticas e ainda uma opção à anestesia geral. O emprego de associações anestésicas visa acentuar os efeitos favoráveis, abolindo ou atenuando os desfavoráveis produzidos por seus componentes isoladamente, resultando em recurso anestésico seguro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização da associação do maleato de acepromazina e quetamina em cães pré-anestesiados com o diazepam, complementada ou não por técnicas anestésicas regionais do nervo

infra-orbitário e mentoniano nos tratamentos de afecções periodontais que acometem cães, considerando tempo hábil anestésico, comportamento da freqüência cardíaca e aparecimento de efeitos adversos promovidos pelos fármacos utilizados. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 DOENÇAS PERIODONTAIS Alterações mórbidas da cavidade oral dos animais têm sido abordadas visando à melhoria da qualidade e aumento da expectativa de vida dos animais de companhia e trabalho, bem como a eliminação do incômodo que tais patologias ocasionam a eles e seus proprietários 38. O tratamento da doença periodontal (tartarectomia) seguro e bem feito necessita de apoio anestésico, mesmo os cães acometidos de problemas cardíacos têm sido submetidos a esta remoção mediante anestesia volátil, após serem devidamente medicados por seus veterinários cardiologistas, pois o risco de ficarem à mercê das bactérias orais é maior do que se submeterem a anestesia 42. A doença periodontal se caracteriza pela destruição do sistema de sustentação do dente levando à perda do mesmo, infecção local ou ainda à lesões de órgãos internos, onde bactérias presentes em lesões na cavidade oral podem penetrar à corrente sangüínea e se acumular em outros órgãos, principalmente nos rins, fígado e coração, causando lesões (anacorese Figura 1) 12; 27. Como síndrome clínica, a doença periodontal parece ser uma progressão dos processos denominados gengivite (processo inflamatório que acomete a gengiva) e periodontite (quando envolve a unidade gengival e se estende, após

invadir a junção dento gengival, os ligamentos periodontais, osso alveolar e cemento) (Figura 2) 3; 5; 9; 10; 14; 16; 27. Fig. 2 Evolução da doença periodontal Fonte: Ramos 28 Fig. 1 Anacorese Fonte: Odontologia 42 2.2 ANESTESIA Os procedimentos dentários somente serão seguros se realizados sob anestesia geral, uma vez que na utilização dessa técnica os movimentos voluntários ou involuntários da mandíbula serão abolidos 13. Desde os primórdios da anestesiologia, tem-se tentado associar diversos fármacos para se obter anestesia adequada ao procedimento cirúrgico proposto, aliada à segurança e praticidade em seu emprego. Com o advento de novas técnicas e a introdução de agentes anestésicos dotados de diferentes características, o arsenal de que o profissional dispõe oferece ao anestesista uma ampla gama de opções 25.

2.2.1 Diazepam O diazepam é o benzodiazepínico mais amplamente utilizado na medicina canina, que abranda o medo e a ansiedade sem causar sedação 15. Esse agente pouco altera os parâmetros, sendo indicado por agir no sistema límbico, causando miorrelaxamento e discreta analgesia 21. Apresenta efeitos aditivos ou sinérgicos com outros fármacos usados para produzir anestesia geral 24. De acordo com Roza 31 os benzodiazepínicos podem ser usados para reduzir os efeitos psicodislépticos produzidos pela quetamina. O diazepam é considerado como um sedativo pré-operatório relativamente seguro em pacientes com comprometimentos cardíacos ou doenças metabólicas devido seus efeitos cardiopulmonares mínimos 8. Thurmon, Tranquilli e Benson 40, recomendaram, para cães sadios, doses de diazepam, como medicação pré-anestésica entre 0,1 e 0,5mg/kg, já Muir e Hubbell 24 e Greene 13 indicaram doses variando de 0,2mg/kg a 0,4mg/kg, enquanto Massone 21 indicou doses de 1 a 2mg/kg. Roza 31 relatou doses de diazepam variando de 0,2 a 1mg/kg para minimizar os efeitos indesejáveis da quetamina. 2.2.2 Acepromazina O maleato de acepromazina é o agente fenotiazínico mais comumente utilizado na medicação pré-anestésica Veterinária, promovendo tranquilização leve, sem que ocorra desligamento do meio ambiente 7, produz sonolência e hipotonia muscular com diminuição dos reflexos motores 30, além de potencializar a ação de agentes anestésicos dentre os quais os dissociativos 33. Sobre a atividade cardiovascular, os agentes fenotiazínicos determinam bloqueio α-adrenérgico, dependente da dose, com diminuição da regulação

vasomotora, levando a hipotensão 26 e taquicardia reflexa, possuindo, entretanto, características arrítmicas 33. Segundo Gleed 11, o débito e a freqüência cardíaca não se alteram significativamente após doses clínicas do maleato de acepromazina, entretanto, Stepiens et al. 37, observaram redução no débito cardíaco e volume sistólico sem alteração da freqüência cardíaca em cães. Archibald 1 citou doses de 0,10 mg/kg a 0,25 mg/kg IM, até a dose total de 7,5 mg/kg para utilização em cães, enquanto que Short 32 recomendou doses de 0,5 mg/kg IV e de 1,0 mg/kg pela via IM, já Soma 34 referiu que para cães, doses do maleato de acepromazina de 0,05 mg/kg quando administrado através da via venosa (IV). Hall 15 citou a dose de 0,025 a 0,1 mg/kg de acepromazina como sendo adequada para a pré-medicação além de ressaltar que uma dose de 0,05 mg/kg é adequada para todos os propósitos práticos. Segundo Fantoni e Cortopassi 7 a dose de acepromazina normalmente empregada em pequenos animais, varia de 0,05 a 0,1 mg/kg quando administrada pela via IV, não sendo recomendado ultrapassar a dose total de 3 mg nos cães. Thibaut, Rivera e Ahumada 39 referiram doses de acepromazina variando entre 0,5 e 1,5 mg/kg para serem administradas tanto pela via intravenosa como intramuscular e oral. Massone 21 recomendou a utilização de acepromazina na concentração de 0,2% para cães nas doses de 0,1 a 0,2 mg/kg administradas pelas vias IV, IM e SC, já Roza 31 referiu doses desse fármaco, nesta espécie, variando de 0,03 a 0,1 mg/kg, sendo a dose máxima de 3 mg independente do peso do paciente e Greene 13 recomendou doses de 0,02 a 0,1 mg/kg IM para serem utilizadas em cães.

2.2.3 Quetamina O cloridrato de quetamina é um derivado do cloridrato de fenciclidina (phencyclidine hydrochloride PCP) 22, sintetizado por Stevens em 1965, tendo como principal uso a anestesia em humanos e animais 40. É referido na literatura como anestésico dissociativo, devido à perda sensorial marcante e analgesia, assim como amnésia e paralisia do movimento, sem perda real da consciência, ocorrendo intensa sensação de dissociação do meio 23; 29. Fantoni e Cortopassi 7 relataram a duração da anestesia com quetamina administrada através da via intravenosa sendo de aproximadamente 30 a 40 minutos, dependendo do tipo de medicação pré-anestésica empregada. Massone 21 referiu o tempo hábil anestésico promovido pela quetamina, por injeção intravenosa, entre 30 a 45 minutos e Thurmon, Tranquilli e Benson 40 referiram a anestesia perdurando entre 10 a 20 minutos após administração do agente por essa via de administração. De acordo com Beck 4 a quetamina produz anestesia cataleptóide, de efeito rápido e profunda analgesia. De acordo com Souza et al. 35, a quetamina é o agente dissociativo mais comumente usado para anestesia em cães. No contexto geral, tem-se que a quetamina eleva a freqüência cardíaca, aumenta a pressão arterial, e a pressão na artéria pulmonar, da mesma forma que aumenta a resistência vascular periférica e as pressões intracraniana e intraocular 6; 17; 18; 19; 36. Em relação ao sistema cardiovascular, a quetamina provoca elevação na pressão arterial, freqüência cardíaca e débito cardíaco 6; 35. A principal desvantagem desse agente é a ocorrência de delírios e comportamentos irracionais durante a recuperação, por isso seu uso é indicado em conjunção com um benzodiazepínico 2. Thurmon, Tranquilli e Benson 40 indicaram doses de quetamina variando entre 2mg/kg a 10mg/kg IV ou IM para uso em cães, entretanto, ressaltaram,

que o agente não deve ser utilizado isoladamente nessa espécie e sugeriram associações com diazepam na dose de 0,28 mg/kg IV com 5,5 mg/kg IV de quetamina ou de acepromazina na dose de 0,2 mg/kg com 10 mg/kg de quetamina IV. Muir e Hubbell 24 sugeriram a associação 0,2 mg/kg IV de diazepam com 5 mg/kg IV de quetamina para anestesiar cães. Fantoni e Cortopassi 7 citaram, para utilização em cães, associações de acepromazina na dose de 0,5 mg/kg IM e 10 mg/kg IV de quetamina ou 0,25 a 0,75 mg/kg IV de diazepam com 2,5 a 7,5 mg/kg IV de quetamina para indução da anestesia e Massone 21 recomendou para utilização em cães, doses de 10 a 15mg/kg administradas através da via intramuscular e de 2 a 6mg/kg quando administrada por via intravenosa. 3 METODOLOGIA Quarenta e nove cães (Canis familiaris), de raças, idades variadas e ambos os sexos, foram anestesiados no setor cirúrgico da Clínica Veterinária Odonto Pet para tratamento de doenças periodontais. Os animais foram anestesiados com a associação de acepromazina e cloridrato de quetamina precedido pelo diazepam. Nos casos em que maior analgesia foi requerida, anestesia regional dos nervos infra-orbitário e mentoniano foi realizada. Os animais após anamnese, avaliação clínica e restrição hídrica e alimentar de 6 horas, foram pesados e pré-anestesiados com diazepam nas doses de 0,5 mg/kg, após aproximadamente um minuto receberam o maleato de acepromazina nas doses de 0,1 mg/kg associado ao cloridrato de quetamina na dose de 10 mg/kg. Os medicamentos foram administrados através da via venosa, na veia cefálica, a qual foi mantida com solução salina de cloreto de sódio a 0,9% na dose de 4 ml/kg/h. Quando se fez necessário aprofundar o plano anestésico

administrou-se cloridrato de quetamina associado ao maleato de acepromazina nas doses de 5 mg/kg e 0,05 mg/kg, respectivamente. Para promoção dos bloqueios anestésicos regionais dos nervos infraorbitário e mentoniano, utilizou-se o cloridrato de lidocaína a 2% na dose de 0,5mL. O nervo infraorbitário foi bloqueado, conforme descrito por Fantoni e Cortopassi 7, enquanto que o nervo mentoniano foi anestesiado através da técnica do botão anestésico, onde o anestésico era depositado sobre o nervo, rostralmente ao meio do forame mentoniano ao nível do segundo dente prémolar. As freqüências cardíacas (FC) dos animais foram aferidas antes da administração dos fármacos (tempo zero) e a cada 10 minutos após a anestesia. O período hábil anestésico foi avaliado como iniciando no momento em que os animais apresentaram relaxamento mandibular e muscular e desligamento e encerrado no momento em que os animais manifestavam resposta ao reflexo interdigital em um dos membros posteriores. Os resultados foram analisados estatisticamente através da Análise Descritiva, considerando o nível de confiabilidade para a média de 95%. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO As médias das FCs avaliadas no tempo zero (0), sem medicação, e a cada 10 minutos da administração do Diazepam+Acepromazina+Quetamina, encontram-se referidas na Tabela 1.

Tabela 1 Apresentação das médias e desvios-padrão (DP) das freqüências cardíacas (FCs) nos tempos avaliados. TEMPOS AVALIADOS NÚMERO DE ANIMAIS MÉDIAS ± DP FCs (bpm) Tempo Zero (sem medicação) 49 126 ± 21 Durante os 10 minutos 49 141 ± 20 iniciais Aos 20 minutos 49 132 ± 20 Aos 30 minutos 47 131 ± 19 Aos 40 minutos 40 132 ± 19 Aos 50 minutos 32 129 ± 16 Aos 60 minutos 23 127 ± 31 Aos 70 minutos 19 133 ± 18 Aos 80 minutos 9 122 ± 16 Aos 90 minutos 6 118 ± 14 Aos 100 minutos 4 126 ± 25 Aos 110 minutos 1 128 Aos 120 minutos 1 132 Pode-se observar na Tabela 1 que após 10 minutos da anestesia, a FC se mostrou elevada quando comparada aquela no tempo zero onde os animais ainda não tinham sido submetidos a qualquer procedimento anestésico, mantendo-se elevada até, aproximadamente, 40 minutos de anestesia. Doenicke, Kugler e Mayer 6 e Souza 35, referiram a quetamina promovendo elevação na FC e, considerando que a duração da anestesia com quetamina é de aproximadamente 30 a 40 minutos, dependendo do tipo de medicação pré-anestésica utilizada, como referido por Fantoni e Cortopassi 7, pode-se inferir à quetamina o aumento na FC.

A Tabela 2 mostra os períodos anestésicos hábeis obtidos com a associação anestésica utilizada, considerando que doses complementares foram realizadas em alguns casos. O período hábil anestésico avaliado foi aquele iniciado com a observação de relaxamento mandibular e muscular e o desligamento dos animais, e encerrando-se no momento em que os pacientes apresentavam resposta ao reflexo interdigital em um dos membros posteriores. Tabela 2 Demonstrativo das médias e respectivos desvios-padrão do período anestésico Período Período Período Período Anestésico Anestésico Anestésico anestésico Após a 3ª dose Sem reforço Após a 1ª dose Após a 2ª dose de reforço (minutos) de reforço de reforço (minutos) Média ± DP (minutos) (minutos) Média ± DP Média ± DP Média ± DP 42,78 ± 15,36 24,56 ± 9,55 46,82 ± 14,71 75,0 ± 42,43 Como pode ser observado na Tabela 2, o período hábil anestésico, sem doses complementares, foi em média de 42,78 ± 15,36 minutos, período anestésico semelhante aqueles descritos por Fantoni e Cortopassi 7 que relataram que a anestesia com quetamina pode perdurar por aproximadamente 30 a 40 minutos dependendo do tipo de medicação pré-anestésica empregada, e Massone 21 que referiu o tempo hábil anestésico promovido pela quetamina atingindo de 30 a 45 minutos. Sendo contrário, entretanto ao aludido por Thurmon, Tranquilli e Benson 40 que referiram a duração da anestesia promovida

pela quetamina entre 10 e 20 minutos após administração do agente através da via intravenosa. Anestesias regionais no nervo infraorbitário e no nervo mentoniano, complementaram a anestesia com quetamina+acepromazina e diazepam em dois animais, visto que extrações dentárias se fizeram necessárias e por ora da tentativa do procedimento, verificou-se que os animais sentiam dor. Tremores musculares, deambulação e vocalização foram observados durante o período de recuperação dos animais, o que pode ser explicado pela ativação simpática causada pela quetamina, conforme referiram Luna et al. 20 ao observarem animais anestesiados com esse agente anestésico que apresentaram as mesmas manifestações. 5 CONCLUSÕES A utilização de 0,5mg/kg de diazepam com 0,1 mg/kg de acepromazina e 10mg/kg de quetamina promovem anestesia eficaz para a realização de intervenções para o tratamento de doenças periodontais em cães, por aproximadamente 42,78 ± 15,36 minutos, sem que seja observada alterações significativas sobre a freqüência cardíaca, entretanto deve-se considerar o aparecimento de tremores, vocalização e deambulação durante o período de recuperação dos animais; A associação não promove analgesia suficiente para extrações dentárias, devendo ser empregado anestesia regional complementar.

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