GRELHA DE ANÁLISE DA ENTREVISTA EFETUADA À FUNCIONÁRIA B. A entrevistada tem 52 anos e é casada. 9º ano.



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Transcrição:

GRELHA DE ANÁLISE DA ENTREVISTA EFETUADA À FUNCIONÁRIA B CATEGORIAS DE ANÁLISE SÍNTESE EXCERTOS DAS ENTREVISTAS Caracterização sociodemográfica Idade Sexo Estado civil Grau de escolaridade / habilitações Experiência profissional Função desempenhada Formações sobre a realidade em análise Tempo de experiência A entrevistada tem 52 anos e é casada. Tem o 9º ano de escolaridade. A entrevistada é assistente operacional. Tem uma formação na área. E 10 anos de experiência com os alunos com NEE. 52. ( ) Casada. 9º ano. Assistente operacional. ( ) Tenho uma formação. ( ) Há 10 anos.

Tarefas desempenhadas pelos funcionários Perceção das necessidades dos alunos com NEE A entrevistada presta todo o apoio necessário aos alunos com NEE (exemplo: acompanhamento durante o transporte de casa da criança à escola, a higiene, alimentação, etc.). Transmite e dialoga tudo o que é preciso com os professores acerca dos alunos. Também relata aos pais destes alunos o dia a dia do filho. São duas funcionárias que fazem a higiene. O tempo da higiene depende das necessidades de cada aluno. Uns demoram 20 minutos, outros 10. No almoço, a entrevistada leva os alunos que necessitam de cadeiras de rodas e auxilia-os durante a refeição que demora aproximadamente meia hora. Estas crianças às vezes almoçam com as crianças do ensino regular, mas maioritariamente estão com as funcionárias que os acompanham. Por vezes, os meninos ditos normais também se sentam com os da educação especial porque gostam de estar com os outros alunos. Com isto, importa destacar que a Presto-lhe todo o apoio que é necessário. Vou busca-los de manhã com o senhor da carrinha da Câmara, a casa dos pais, e depois chego aqui à escola e fazemos o que é necessário. Desde a higiene, a alimentação, levá-los á piscina, levá-los a educação física. ( ) Transmito tudo que precisam acerca dos alunos. Conversamos sobre os meninos, o que é preciso, se se portaram bem, se se portaram mal. ( ) Conversamos se se portaram bem, se comeram bem, se fizeram as suas necessidades como deve ser, são essas coisas ( ) somos 2 funcionárias que fazemos a higiene. ( ) Chegamos no transporte, vamos à casinha de banho e tiramoslhe a roupinha para baixo, se tiver xixi a gente troca de fralda ( ). Depende de cada necessidade de cada menino. É 20 minutos, outros 10, depende. ( ) Temos que levar os meninos por cadeira de rodas e ajudar a por o tabuleirinho dos meninos para ter a comidinha, ajudar a dar à boca quando é preciso. ( ) Para aí meia hora. ( ) Depende, às vezes estão com as crianças ditas normais, mas muitas vezes, estão com funcionários e estamos só nós a dar-lhe a comida, mas às vezes são os meninos também normais, eles sentam-se com os outros e gostam de apreciar e ver. ( ) Em equipa, sempre em equipa. É muito importante trabalhar em equipa É vantajoso ( ) ajudamo-nos uma à outra e é muito melhor trabalhar em equipa, partilhamos tudo uma com a outra e é importante.

Apreciação sobre Educação especial Descrição de criança com NEE Dificuldades sentidas pelos funcionários na interação com os alunos com NEE entrevistada refere a relevância do trabalho em equipa. Considera-o vantajoso, pois ajudam-se umas às outras e partilham tudo. Para a entrevistada trabalhar com estes alunos é gratificante. Educação especial, tal como refere, é educação especial, visto que são meninos que de alguma forma a marcam muito, pois precisam de atenção redobrada e, por isso, gosta de dar o seu melhor. Uma criança com NEE é como uma criança normal. No entanto, refere que também se torna complicado porque são crianças totalmente dependentes de outros. A comunicação é o principal medo da entrevistada, pois tem receio de não conseguir ajudar algum aluno no momento em que está a precisar de apoio. Para além da comunicação o que se torna difícil é o peso que já é muito de alguns alunos e em termos físicos para a entrevistada torna-se complicado transportalos. Para tentar superar estes receios É muito bom, muito gratificante, muito interessante, há coisas que nos mexem muito no coração. São meninos que nos tocam muito e gostamos de dar o nosso melhor porque são meninos que precisam e nós gostamos muito. Eu gosto muito de estar com estas crianças. ( ) É mesmo educação especial." Para mim era como um menino perfeito e normal. Era como se fosse uma criança normal. Mas é complicado porque estão sempre dependentes de outra pessoa para ajudar e isso tudo. Às vezes são os meninos que começam a conversar e eu não percebo muito bem o que eles querem dizer e eu fico um bocadinho embaraçada porque queria ajudar e não sei e também noutros casos também é complicado fisicamente que também a gente quer fazer o melhor e eles pesam tanto que às vezes a gente nem consegue ( ) eles pesam muito. ( ) A comunicação, porque a gente não percebe muito bem o que eles querem dizer e ficamos embaraçadas. ( ) Mas tenho que conversar mais devagarinho ( ) para ver se consigo perceber. ( ) E às vezes até chego lá e outras vezes tenho que pedir ajuda a um professor, para me explicar melhor o que é que os meninos

Atividades destinadas aos alunos com NEE promovidas pela escola Barreiras arquitetónicas existentes na escola Relação entre os profissionais e os pais procura acalmar o aluno e pede para que ele fale pausadamente. Ou pede a um professor para que a ajude a perceber melhor a necessidade da criança. Alguns alunos participam nas atividades, outros não. São os professores que mais incentivam estas crianças a participarem. A entrevistada considera importante a participação destas crianças com os do ensino regular porque não devem ser discriminados. Na escola existem barreiras. E uma das barreiras é a falta de elevadores. Como facilidades, a entrevistada expõe que a escola deve ter funcionários à altura para prestarem auxílio a todas as crianças com NEE. Há um relacionamento direto e próximo dos pais com a escola. É uma relação muito bonita. Os pais dirigem-se muitas vezes à escola para falar com os professores. Eles demonstram interesse ao percurso escolar do seu filho. A escola incentiva a participação querem dizer Algumas sim, outras não participam, depende de cada atividade. ( ) O professor que colabora mais para participar, pois geralmente são os professores que têm essas iniciativas. ( ) Acho muito bem, porque não devem ser discriminados. Aqui tem muitas barreiras. Porque não tem aquelas rampinhas para as cadeiras de rodas, por exemplo. Temos que os subir manualmente. ( ) Não há elevadores na escola. ( ) Deve ter funcionários à altura para ajudar estes meninos. ( ) Funcionárias como devem de ser para colaborarem com estas criancinhas. Sim, há. Vêm muitas vezes falar com os professores, com os funcionários. Colaboram bastante os pais. ( ) Sim, existe, demonstram muito interesse por isso, pelos filhos. ( ) Põe. ( ) Muito bonito com os pais e a escola.

Tipo de relacionamento entre profissionais e alunos com NEE Relação entre alunos com NEE e os do ensino regular Perspetiva acerca do progresso e emancipação dos alunos com NEE dos pais nas atividades desenvolvidas. A escola/profissionais põe os pais sempre a par das atividades que vão desenvolver com o seu filho. Existe muita afetividade entre os profissionais os alunos com NEE. Eles vêm a entrevistada como uma mãe. Muitos alunos estão muitas vezes mais à vontade com os profissionais do que com os pais. A relação entre os alunos com NEE e os do ensino regular também é boa. Às vezes podem existir algumas divergências, mas num modo geral dão-se bem. O contributo da educação especial é muito importante, pois se não existisse as crianças com NEE eram discriminadas. E assim, esta escola, por exemplo, é uma forma de colaborar e ajudar estas crianças. Eles vêm quase como a mãe. Estes meninos vêm-nos como uma mãe. Como uma mãe mesmo ( ). Têm estado, muitas vezes, mais à vontade com os funcionários do que com os pais lá em casa... Numa forma geral, há, depende. Às vezes eles chocam um bocadinho uns com os outros, mas geralmente sim. É muito importante, se não houvesse estas coisas assim os meninos ficavam de fora e eram discriminados e convém ter esta escola, colaborar e ajudar estas crianças que precisam.