Uma alternativa sustentável de destinação de CDR

Documentos relacionados
Betão de baixo carbono

SEMA Workshop Avanços da tecnologia de coprocessamento

Baixo carbono por natureza

SENADO FEDERAL Audiência Pública

Coprocessamento Resíduos: Estudo de Caso

Fontes Alternativas de Energia

Sustentabilidade. Sonia Chapman. 07 de junho de Diretora-Presidente

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia PE v01-00

Pegada de Carbono da Cadeia de Valor do Alumínio

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I

Curso de Capacitação de Gestores Municipais para Inventário de GEE e Ações de Mudanças Climáticas

LEI Nº , DE 2 DE AGOSTO DE 2010.

3,8 bilhões em vendas. > empregados. 1,4 milhão de toneladas produzidas

Parceria Público Privada Serviços de Coleta e Destinação Final de Resíduos Sólidos

Capítulo 4. Materiais de Construção e o Meio Ambiente

Renata Burin. Departamento de Meio Ambiente


QUESTÕES OBJETIVAS. Fonte: PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman, p. 37.

ESCOLA SENAI CELSO CHARURI UNIDADE SUMARÉ CFP 5.12

Esse futuro é hoje com a mobilidade elétrica.

Ar de combustão. Água condensada. Balanço da energia. Câmara de mistura. Convecção. Combustível. Curva de aquecimento

Painel I A Importância das Energias Renováveis no Contexto das Mudanças Climáticas

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO FIESP

PREPARATIVOS PARA A NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE EFICIÊNCIA E ROTULAGEM ENERGÉTICAS

Coprocessamento de Resíduos em Fornos de Cimento: Resíduos Urbanos. Yushiro Kihara

GRUPO: Brinner Erikson Marcos Senise Pedro A. Maset Vitor Dayan Barboza

Conhecendo a tecnologia do coprocessamento e sua contribuição para a ecoeficiência da indústria brasileira de cimento Engº Fernando Dalbon Cardoso

Texto Base Grupo Temático 1 REDUÇÃO DAS CAUSAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Ministério do Meio Ambiente Secretaria de Qualidade do Ambiente Urbano. Nabil Bonduki

Coprocessamento de Resíduos em Fornos de Cimento: Resíduos Urbanos

PROCEDIMENTOS CO-PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS NO ESTADO DO PARANÁ. Curitiba, 30 de junho de 2009

COPROCESSAMENTO TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL

A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA NA GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Ministério de Minas e Energia

GESTÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL: UMA VISÃO GERAL. Agosto/2007

MANUFATURA REVERSA DE REFRIGERADORES

Hugo Sérgio Sousa Vieira. 1. Coordenação de Química Industrial UFPB. Campus I, João Pessoa PB.

I - Objetivos do INOVA MINERAL

Indústria do Cimento Workshop Final. Marcelo Pinho Lourenço Galvão Diniz Faria

CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS SEMA

PANORAMA ATUAL DA INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Quadro VI.1. - Que Significa o Gerenciamento do Risco?

ASPECTOS CONCEITUAIS - DIFERENÇAS

Coprocessamento de Resíduos em Fornos de Cimento: Resíduos Urbanos. Yushiro Kihara Associação Brasileira de Cimento Portland

GESTÃO DE RESÍDUOS EM CANTEIRO DE OBRAS

AGENDA DE GESTÃO AMBIENTAL URBANA

Coincineração Incineração

COPA ORGÂNICA E SUSTENTÁVEL Copa FIFA 2014 Brasil

Apresentação FOXX. Geração de Energia Elétrica e Créditos de Carbono a partir dos Resíduos Sólidos Urbanos

GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS. A Experiência da CTR MARCA em projeto de MDL

RESÍDUOS SÓLIDOS UFPR-Profª Eliane C. Gomes

Participação dos Setores Socioeconômicos nas Emissões Totais do Setor Energia

Recuperação Energética de Resíduos Sólidos na Indústria de Cimento

DECRETO Nº DE 21 DE OUTUBRO DE 2010

Dê ao Óleo Usado o destino previsto em lei. LOGÍSTICA REVERSA DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES E O RERREFINO. 25 Março de 2015

Matriz de Indicadores de Sustentabilidade proposta por Santiago e Dias, 2012

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Aula 16 assíncrona Conteúdo:

EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO CERRADO

RESUMO REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA E CARGA ORGÂNICA DOS EFLUENTES TRATADOS.

ÍNDICE P+L ÍNDICE P+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Central de Valorização dos Resíduos Urbanos, Rurais, Industriais e Hospitalares Contaminados Grupo IRS

Fontes alternativas de energia

Seminário Construções Sustentáveis

Atmosfera Terrestre. Aerossóis de origem natural: Tempestades de poeira

PERFIL DA COMPANHIA. Engenharia de minas. Hidrogeologia Geologia e geofísica aplicada. Geotermia e Hidrotermia

Workshop Sindusfarma Descarte de Resíduos Industriais 18 de agosto de 2016

POLÍTICAS AMBIENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM PALMAS

Plano de Ação para a Energia Sustentável. Go Local Por Uma Cidade Sustentável Sesimbra, 9 de maio de 2014

POLÍTICA AMBIENTAL GLOBAL E REGRAS VERDES

XIII Fórum Nacional de Energia e Meio Ambiente no Brasil. Ana Lucia Dolabella Ministério do Meio Ambiente 15/08/2012

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

Prevenção na Produção de Resíduos. Isabel Vasconcelos

FACULDADE DE ENGENHARIA

"NA NATUREZA, NADA SE CRIA, NADA SE PERDE, TUDO SE TRANSFORMA.".

Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL/PARANÁ

Estrutura do Ministério

Aplicada: Projetos de Utilização

Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) POA.

PANORAMA DO COPROCESSAMENTO DE RESÍDUOS EM FORNOS DE CIMENTO NO BRASIL

Impactos Jurídicos e Operacionais da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Mercado Segurador

Os grandes balizamentos estabelecidos para condução dos negócios estão descritos a seguir:

Curso Gerenciamento de Resíduos na área da Saúde no Estado de SP Tema: Resíduos Comuns/Orgânicos, Materiais Recicláveis e Outros

E o que estamos fazendo sobre os pneus?

CIESP Campinas SP. Processo de Transição (Up Grade) da Certificação para as Novas Versões da ISO e ISO José Roberto Veloso

Política Nacional de Resíduos Sólidos COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM

Mudanças Climáticas: Cenário e Desafios da Indústria Brasileira de Cimento

SUSTENTABILIDADE: estamos no caminho?

Diagnóstico. Parceria 21 IBAM - ISER

CURSO: Engenharia de Controle e Automação Campus Praça XI Missão

O Serviço Civil e a Construção do Futuro EVELYN LEVY. IV Fórum da Reforma do Estado - São Paulo Set. 2005

Materiais de Construção Civil. Aula 08. Cimento Portland

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE TECNOLGIA FT

REGULAMENTO NUGAI - IFSul. Dos Núcleos de Gestão Ambiental Integrada (NUGAI)

Claudia Malschitzky. Diretora executiva do Instituto HSBC Solidariedade Superintendente executiva de Sustentabilidade Corporativa

POLICROM ECO INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. Myrza de Paula Machado Bedoni

PROJETO AMBIENTAL LIXO RURAL

scolha para renovações DAIKIN ALTHERMA ALTA TEMPERATURA AQUECIMENTO E ÁGUA QUENTE SANITÁRIA

3.2 DISTRIBUIÇÃO DOS RESÍDUOS INVENTARIADOS

Transcrição:

Coprocessamento em fornos de clínquer: Uma alternativa sustentável de destinação de CDR Cristhiano Baccin de Oliveira Gerente CDR:

Votorantim Cimentos Empresa global de materiais de construção, verticalmente integrada 11% América do Norte 58% América do Sul (incluindo Brasil) Europa, África e Ásia 31% 6º maior produtor mundial de cimento (ex-china) em capacidade instalada. 54 Mt/ano Presença em 14 países

Votorantim Cimentos Líder de Mercado no Brasil com mais de 460 instalações Produtos: cimento, concreto, agregados, argamassas, cal, gesso e calcário agrícola. Presença Global Mais de 80 anos de experiência no setor Pioneiro no coprocessamento e tecnologias de pozolanas no Brasil América do Norte 1 st fase América do Sul expansão Cimpor Participação 21.2% Cimpor Aquisição 2001 2007-2009 2010-2011 2012 2001

VC Sustentabilidade ESTRATÉGIA Nosso Plano Estratégico para a Sustentabilidade é baseado em quatro componentes e composto de quatro princípios. Global Sustainability Megaforces Stakeholders Expectations Sustainability Strategy VC s Vision Segurança Compromisso com Comunidades Sempre em 1º lugar Relação próxima & Desenvolvimento Local Established Commitments Ética e Compliance Regras Verdes & Compromissos externos estabelecidos Eco-eficiência e Inovação Reduzir nossa Pegada e Servir nossos Clientes com menores impactos

Eco-eficiência e Inovação A sustentabilidade da indústria de cimento é fundamentada em 3 pilares que contribuem substancialmente para a redução de Gases do Efeito Estufa (GEE) e uma Produção mais Limpa Eficiência Energética Adições ao Cimento Combustíveis Alternativos

Indústria moderna 99% via seca, com pré-aquecedores e précalcinadores Queimadores desenvolvidos para uso de combustíveis e resíduos Monitoramento on-line das emissões Filtros de alta eficiência 1º Pilar : Eficiência Energética Moinhos verticais e separadores de alta eficiência

2º Pilar : Adições ao Cimento Diminuição das emissões específicas Aproveitamento de resíduos industriais Economia de combustíveis Fly-ash Melhoria da durabilidade Preservação de jazidas Escória Siderúrgica

3º Pilar: Recuperação Energética Coprocessamento Tecnologia de destinação final de resíduos em fornos de cimento como combustíveis alternativos que não geram novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais Queimar e Destruir Resíduos Operação Combinada Produzir Clínquer de Qualidade

Coprocessamento Tema Estratégico na Votorantim Cimentos PLANO DE EXPANSÃO COMBUSTÍVEIS NÃO FÓSSEIS PLANO PARA AUMENTO DE USO DE COMBUSTÍVEIS NÃO FÓSSEIS 17 fornos em 2010 27 fornos em 2014 26 projetos mapeados FÁBRICA USO COMB. Ñ FOSSEIS - 2010 NOVOS PROJETOS COMB. Ñ FÓSSEIS 2011 / 2014 OBJETIVO 2014 -> 2018 2,0 x VOLUMES 2,5 x ENERGIA

Produção de Cimento Calor: 1450ºC Carvão Coque Gás Resíduos Resíduos 85% 15% Gesso Escória Fly Ash Clínquer CIMENTO

Destruição do Resíduo no Forno Resíduo Componentes orgânicos Componentes inorgânicos Altas temperaturas Longo tempo de residência Alta turbulência Atmosfera oxidante Cinzas CaO SiO 2 Al 2 O 3 Fe 2 O 3 metais 99,99% de destruição Solução sólida CO 2 + H 2 O Clínquer

... Fornos de clínquer adaptados ao coprocessamento são ambientes muito adequados para queima de CDR... Coprocessamento em fornos de clínquer EQUIPAMENTOS EXISTENTES Monitoramento contínuo de chaminés Sistemas de filtração eficientes PROCESSO ADEQUADO Altas temperaturas > 1.500 C Cinzas incorporam-se ao clínquer Ambiente básico - neutralização REDUÇÃO DE RISCO Várias fábricas e instalações já coprocessam resíduos industriais Capacidade de absorver grandes volumes Regulamentado pela legislação federal Conama 264/1999 REDUZ CAPACIDADE DE PRODUÇÃO E EXIGE CONTROLES ADICIONAIS PARA O PROCESSO Fonte: Votorantim Cimentos 12

... a recuperação energética através do coprocessamento permite a redução das emissões de gases geradores do efeito estufa... Destinação de RSU em aterro & Produção de cimento Coprocessamento de RSU na produção de cimento 20x pior que o CO 2 para o efeito estufa Emissões de CO 2 podem ser reduzidas com coprocessamento CO 2 Metano CO 2 Emissões CO 2 CO 2 RSU RSU Coque Recursos de carbono RSU Coque Aterro Planta de Cimento Planta de Cimento Aterro & Chorume Cimento Produtos Cimento ONU Solução de coprocessamento de CDR em fornos de cimento é reconhecida pelo Clean Development Mechanism da ONU como um mecanismo limpo! 13

Solução para Passivos Ambientais Pneus inservíveis Plásticos Borras ácidas Resíduo Urbano Resíduos industriais Resíduos SólidosTrituráveis

Tecnologias de Recuperação de RSU s Hierarquia da gestão de RSU adotada pela PNRS Prevenção Possíveis soluções para recuperação de RSU Compostagem Reuso Reciclagem Biodigestão anaeróbica Tratamento térmico avançado pirólise e gaseificação Biogás de aterro Recuperação Destinação final Quaisquer soluções nas etapas anteriores sempre serão combinadas com destinação final em aterro para rejeitos Incineração com recuperação energética Combustível Derivado de Resíduos (CDR) + Geração de Eletricidade Combustível Derivado de Resíduos (CDR) + Produção Cimento

Potencial Mercado de Coprocessamento de CDR 30% ST 10.000.000 t de RSU ST 83,1% Fonte: Brasil 2013 Associação Brasileira de Cimento Portland União Europeia Oficemen 2012

RSU & Coprocessamento: Como a Votorantim pode ser uma Parceira nesse Processo? SUSTENTABILIDADE: Lixo Urbano Energia + Reciclagem e Menos Aterros Soluções Inovadoras & Vontade Política TECNOLOGIA: RSU Bruto x RSU Tratado/Preparado(CDR) x Especificação CDR & Impactos Cimenteiras CONFIABILIDADE: Processos com Ampla Utilização/Aplicação no Mundo Customização p/ Realidade Brasileira MODELO NEGÓCIO/PARCERIA: Governo, Cimenteiras, Operador Aterro, ONG s, MP s, Catadores e sobretudo a Sociedade & Formadores da Opinião Pública

CDR Combustível Derivado de RSU Normatização Europeia como Referência: CEN/TS 15.359/2006 / CEN TC 343 Classificação 3 parâmetros básicos: Econômico: Poder Calorifico Inferior Técnico: Teor de cloro Ambiental: Teor de Mercúrio Especificações Obrigatórias: Cinzas / umidade / PCI / PCS / Cloro Metais : Sb / As/ Cd / Co / Cu / Cr / Mn / Hg / Ni / Tl / V / Σ metais pesados Especificações Voluntárias:

Oportunidades & Desafios OPORTUNIDADES Cimenteiras como Parte da Solução para o Desafio do RSU no Brasil Aproveitamento de grandes volumes de RSU através de uma política de valorização pelo estímulo à reciclagem e a valorização energética As Fábricas da Votorantim tem Potencial Coprocessamento de adicionais 1 Milhão ton Resíduos incluindo CDR: Base 2013 DESAFIOS Elaboração de legislação específica para recuperação energética de resíduo urbano em cimenteiras Participação efetiva dos atores na estruturação do modelo socioeconômico desde seu início - municípios / MP / Agências ambientais / recicladores / catadores Equacionamento econômico dos investimentos necessários com as tecnologias existentes

Do livro COLAPSO Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Editora Record...o futuro está em nossas mãos. Não precisamos de novas tecnologias para resolver nossos problemas, embora elas possam fazer alguma diferença, em sua maior parte, só precisamos de vontade política para aplicar soluções já disponíveis... Jared Diamond

Muito obrigado!!!! Cristhiano Baccin de Oliveira Gerente CDR cristhiano.baccin@vcimentos.com.br Tel: (11) 4572-4599