A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ALIMENTO



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Transcrição:

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ALIMENTO SILVA, Cármen Cássia Velloso eprofessora do Departamento de Geociências/ UNIMONTES. Mestre em Educação. Integrante da equipe técnica do Projeto de Extensão Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em Geografia na UNIMONTES, vinculado ao Laboratório de Educação Geográfica. carmem.velloso@ig.com.br LEITE, Romana de Fátima Cordeiro Professora do Departamento de Geociências/ UNIMONTES. Mestre em Geografia. Coordenadora do Projeto de Extensão Práticas Pedagógicas: Reflexão e Ação da Licenciatura em Geografia na UNIMONTES, vinculado ao Laboratório de Educação Geográfica. romanafl@hotmail.com Resumo: A crise mundial na produção e distribuição de alimentos nos leva a refletir sobre alternativas viáveis que possam sensibilizar o cidadão a aproveitar melhor o que lhe é oferecido. Se por um lado o Brasil é grande produtor de alimentos, o desperdício destes também é muito elevado. Neste sentido propomos uma educação ambiental que poderá despertar uma maneira para resgatar e criar novos valores para reeducar e pensar hábitos de consumo em especial na alimentação. Como resultado de uma das ações do projeto de Extensão Práticas Pedagógicas : Reflexão e Ação da Licenciatura em Geografia na Unimontes, este trabalho tem por objetivo divulgar resultados de uma mostra de Educação Ambiental realizada com a comunidade no Bairro Delfino Magalhães cidade de Montes Claros; por ocasião da festa da paróquia de Nossa Senhora de Fátima no ano de 2012, onde a Unimontes teve participação em razão da comemoração dos seus 50 anos. As atividades fizeram parte do projeto UNIRMONTES que visava levar ações de educação, lazer, esporte, saúde para as comunidades com a participação de acadêmicos voluntários da universidade. Os visitantes foram sensibilizados por meio uma pesquisa semi-estruturada sobre a educação ambiental por intermédio do uso das cascas de frutas, folhas e talos de hortaliças, na confecção de sucos,doces, bolos e caldos. É importante salientar que a referida prática além de garantir mais nutrientes na confecção dos alimentos, pois é sabido que nas cascas, talos e folhas poderemos encontrar a mesma quantidade de nutrientes que nas polpas. Essa prática também irá proporcionar maior quantidade do alimento produzido. Diante dos resultados obtidos na pesquisa foi possível depreender que o trabalho teve resultados positivos; pois muitos dos participantes da atividade apreciaram e se propuseram a adotar a prática. Palavras Chaves: Geografia. Educação Ambiental. Segurança alimentar.

Introdução O aproveitamento correto dos alimentos é um importante exemplo de como utilizar racionalmente nossos recursos e garantir a segurança alimentar para toda a população. O Brasil coloca-se como um dos maiores produtores de alimentos do mundo e apresenta um alto índice de desperdício e má distribuição, com uma parcela considerável de brasileiros sem acesso a alimentação de qualidade ou mesmo em situação de fome. Para tanto, a Geografia seja no âmbito acadêmico como escolar é uma disciplina capaz de empreender uma Educação Ambiental eficaz, pois, constrói o elo entre sociedade e espaço natural com reflexões críticas a partir de diversos olhares. Nesse sentido este trabalho apresenta os resultados de uma Mostra de Educação Ambiental e Práticas Alimentares Promotoras de Saúde, realizada durante os festejos da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em conjunto com a comemoração dos 50 anos da Universidade Estadual de Montes Claros-Unimontes. A geografia e seu compromisso com o meio ambiente As aulas de Geografia têm se tornado um campo fértil para as discussões ambientais e sensibilização dos alunos quanto essa problemática. A disciplina oferece recursos metodológicos capazes de analisar o aumento da produção de lixo, consumo de energia, o uso de agrotóxicos na produção agrícola, exploração de recursos minerais, poluição atmosférica, uso e qualidade da água, mudanças climática, efeito estufa etc. Permite também avaliar como os maus hábitos alimentares a luz da economia e da sociedade oferecendo soluções lógicas e lançando reflexões sobre situações cotidianas vivenciadas pelos alunos que irão refletir no modo de vida geral da população e das questões ambientais. Neste contexto Guimarães (2004, p.91) assevera: Com o passar do tempo, a Geografia adquire novas formas de pensar as relações sociais, passando a perceber o ambiente como homem/sociedade e todas as ações e objetos que os envolvem, numa integração que que se torna conflitiva e contraditória, promovendo múltiplas visões sobre a questão ambiental impulsionando a Geografia a reavaliar-se, fazer sua própria crítica e rever concepções. A concentração de poder nas mãos de uma elite política e econômica e a submissão sociocultural a que os demais brasileiros se encontra corroboram para o

quadro de desigualdade social atual apesar das políticas públicas sociais implantadas nos últimos governos. A desigual distribuição dos alimentos no Brasil é reflexo da má distribuição de renda dos brasileiros, um dos mais sérios problemas de ordem socioeconômica o que impulsiona também o desencadear dos problemas ambientais. A não utilização correta dos alimentos coloca em evidência um paradoxo existente que é o desperdício de alimentos versus a carência alimentar e a fome com que considerável parcela da sociedade brasileira convive. Segundo Castro (2001) essa situação de fome no Brasil não pode ser desassociada dos contextos históricos e estruturais da sociedade. Conversa afinada com a comunidade sobre preservação ambiental A Mostra de Educação Ambiental e Práticas Alimentares Promotoras de Saúde foi organizada por duas professoras do Curso de Geografia da Unimontes e a participação de um acadêmico e quatro acadêmicas voluntárias do Curso de Geografia, sendo que a mesma foi organizada dentro do Projeto UNIRMONTES no dia 12 de maio de 2012 na Paroquia Nossa Senhora de Fátima no Bairro Delfino Magalhães na cidade de Montes Claros. Durante a ação aproximadamente 150 visitantes responderam 10 questões de um questionário, e foram sensibilizados a aproveitar melhor os alimentos. Ocorreu a distribuição de folder com textos informativos e receitas que utilizam partes de alimentos que comumente são descartados a exemplo as cascas de frutas como banana, abacaxi e maçã, entrecasca da melancia, folhas e talos de hortaliças como de couve, espinafre, agrião etc. As ações de sensibilização para as questões ambientais foram desenvolvidas com os participantes das atividades dos Festejos da Paróquia por ocasião da Festa da Padroeira Nossa Senhora de Fátima,cujo dia 13 de maio é dedicado a ela e em comemoração ao aniversário de 50 anos da Unimontes. Foram entrevistadas crianças, adolescentes, jovens e adultos até com mais de 30 anos, em alguns casos, componentes de uma mesma família como pais e filhos. As perguntas elaboradas para entrevista visavam pesquisar os hábitos e conhecimento da comunidade a cerca do tema abordado e conscientizá-los mostrando as alternativas para promoção de um consumo racional dos alimentos.

Considerações Finais A Geografia é uma disciplina que nas suas análises e leituras às questões ambientais são de grande relevância; sejam elas associadas com o uso dos recursos naturais, produção de lixo, poluição atmosférica e hídrica bem como outros temas favorecendo assim privilegiar a educação ambiental. A produção excessiva de lixo bem como o despreparo dos gestores urbanos para a destinação dos resíduos sólidos tem preocupado a comunidade científica e a sociedade civil. O meio ambiente urbano está cada vez mais entulhado de lixo comprometendo a saúde e qualidade de vida dos brasileiros. Nesse sentido foi uma preocupação da Mostra de Educação Ambiental e Práticas Alimentares Promotoras de Saúde proposta dentro de uma ação de extensão saber o que a comunidade estudada pensa sobre esse assunto, se consegue fazer essa reflexão e relação entre as práticas alimentares propostas e a preservação do meio ambiente. Conclui-se que a referida mostra atingiu os objetivos propostos atendo aproximadamente 150 pessoas numa faixa etária de menos de 10 anos a mais de 30 anos, reforçando assim a importância da universidade desenvolver ações extensionistas. Notou-se também que a comunidade envolvida considera importante a sensibilização da população para a minimização dos problemas ambientais com destaque aos associados a geração de lixo. No contexto de gestão do lixo, o aproveitamento total dos alimentos orgânicos figura como uma atitude ambientalmente correta, pois, evita a produção desnecessária de lixo educando assim a população para um consumo consciente dos alimentos. Dessa maneira as bases para uma seguridade alimentar é disseminada promovendo uma nova modelagem para os hábitos alimentares dos brasileiros que garantirá níveis satisfatórios de saúde para essa população. Embora os governos e as indústrias sejam os sujeitos com maior capacidade de reverter o quadro de degradação em que o planeta se encontra; a sociedade civil tem se mostrado consciente de seu papel nas pequenas ações cotidianas que garantem a boa utilização dos recursos naturais.

Referências GUIMARÃES, Jussara Maria de Carvalho. A perspectiva ambiental sustentada por saberes geográficos. Revista Cerrados. Montes Claros (MG): Editora Unimontes,2003-2004. NOGUEIRA, Maria das Dores Pimentel. (Org). Extensão Universitária: diretrizes conceituais e políticas. Belo Horizonte: PROEX-UFMG, 2000. AULA, João Antonio de e MONT-MOR, Roberto Luís de. Biodiversidade, população e economia: uma experiência interdisciplinar.(in).torres, Haroldo e COSTA, Heloísa(Orgs.).POPULAÇÃO E MEIO AMBIENTE:DEBATES E DESAFIOS. São Paulo: Editora Senac, 2006.