Seção de varejo de estabelecimento industrial é a dependência interna destinada a vendas ao consumidor, isolada da seção de fabricação, com perfeita

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Transcrição:

Boletim Manual de Procedimentos Federal IPI - Venda a varejo no estabelecimento industrial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor 3. Cupom Fiscal 4. Nota Fiscal - Movimento Diário 5. Base de cálculo 6. Escrituração fiscal 7. Estabelecimentos equiparados a industrial 8. Modelo de nota fiscal 1. INTRODUÇÃO No presente texto, focalizaremos os procedimentos fiscais a serem observados pelos estabelecimentos industriais que mantêm em suas próprias dependências (internas) seção exclusivamente destinada à realização de vendas a consumidor, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto n o 4.544/2002, no Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970, no Convênio ECF n o 1/1998 e no Convênio ICMS n o 156/1994. (RIPI/2002; Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970; Convênio ECF n o 1/1998; Convênio ICMS n o 156/1994) 1.1 Seção de varejo Seção de varejo de estabelecimento industrial é a dependência interna destinada a vendas ao consumidor, isolada da seção de fabricação, com perfeita distinção e controle dos produtos saídos de cada setor de fabricação. (RIPI/2002, art. 334 e art. 518, VI) 1.2 Funcionamento Seção de varejo de estabelecimento industrial é a dependência interna destinada a vendas ao consumidor, isolada da seção de fabricação, com perfeita distinção e controle dos produtos saídos de cada setor de fabricação Sob o ponto de vista fiscal, o funcionamento da seção de varejo resume-se no seguinte: a) no ato da operação de venda, o contribuinte deverá emitir Nota Fiscal de Venda a Consumidor, de subsérie especial, ou Cupom Fiscal, mediante utilização de equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) para acobertar a saída da mercadoria; b) no final de cada dia, emitirá uma única Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para o registro do movimento diário das vendas, cujo documento dará ensejo a lançamento do IPI no livro Registro de Saídas. A adoção desse sistema inclui somente as operações de venda a consumidor cujas mercadorias são por ele próprio retiradas. Caso elas sejam entregues aos consumidores fora do estabelecimento, não se aplicará esse sistema, hipótese em que a operação deverá ser acobertada por Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A. (RIPI/2002, arts. 323, I, 334, 339 e 341, IX) 2. NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR Nos termos do caput do art. 50 do Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970, nas operações em que o adquirente seja pessoa natural ou jurídica não contribuinte do ICMS, será emitido Cupom Fiscal ou, em vez deste, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em ambos os casos, emitidos por equipamento ECF. Observe-se, ainda, que no preço de venda a consumidor já deverá estar incluído o valor do IPI, visto que na Nota Fiscal de Venda a Consumidor não há lançamento desse tributo. Relativamente ao ICMS, não há possibilidade de destacá-lo no documento fiscal, cujo modelo, Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 SE 1

aliás, nem contém espaço próprio para isso, precisamente por se tratar de venda a consumidor. (Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970, art. 50) 3. CUPOM FISCAL O Convênio ECF n o 1/1998 dispõe sobre a obrigatoriedade de uso de equipamento ECF por estabelecimento que promova venda a varejo e prestação de serviço. Assim, os estabelecimentos que exerçam a atividade de venda ou de revenda de mercadorias ou bens, ou de prestação de serviços em que o adquirente ou tomador seja pessoa física ou jurídica não contribuinte do ICMS, estão obrigados ao uso de ECF. Somente será permitida a emissão de documento fiscal por qualquer outro meio, inclusive o manual, por razões de força maior ou caso fortuito, tais como falta de energia elétrica, quebra ou furto do equipamento, e nas condições previstas no Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970, devendo o usuário anotar o motivo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6. A critério de cada Unidade da Federação e na forma que dispuser sua legislação, poderá ser autorizada a utilização de Cupom Fiscal emitido por equipamento ECF nas vendas a prazo e para entrega de mercadoria em domicílio, em seu território, hipótese em que devem ser impressas, pelo próprio equipamento, no respectivo Cupom Fiscal ou Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, sem prejuízo dos demais requisitos, as seguintes informações: a) a identificação do adquirente, por meio do número de inscrição no cadastro de contribuintes do Ministério da Fazenda; b) o código previsto na cláusula quadragésima quinta do Convênio ICMS n o 156/1994 e a descrição das mercadorias objeto da operação, ainda que resumida. No Cupom Fiscal também deverá constar, ainda que no verso, o nome e o endereço do adquirente, a data e a hora de saída, e, tratando-se de venda a prazo, as indicações pertinentes a essa operação. (Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970, art. 6 o, III, 2 o, e art. 50, 2 o, 5 o e 6 o ; Convênio ECF n o 1/1998, cláusula primeira; Convênio ICMS n o 156/1994, cláusula quadragésima quinta) 4. NOTA FISCAL - MOVIMENTO DIÁRIO No final de cada dia, o estabelecimento industrial deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para cada tipo de produto vendido, segundo a sua classificação fiscal. A Nota Fiscal - Movimento Diário deverá conter todos os requisitos normalmente exigidos e, em especial, as seguintes indicações: a) a natureza da operação: Uso interno ; b) como destinatário: Resumo do dia ; c) o Código Fiscal de Operações ou Prestações (CFOP): 5.949; d) o Código de Situação Tributária (CST): 090 - Outras; e) a discriminação do produto e a quantidade total vendida no dia; f) a classificação fiscal do produto; g) o valor total do produto e o valor total da nota; h) a alíquota e a importância do ICMS devido sobre a operação; i) a alíquota e o valor do IPI; j) a declaração, no campo Informações Complementares : Nota fiscal emitida exclusivamente para uso interno. (RIPI/2002, art. 320, I, 323, I, 333, I, art. 334, 339, I, i e j, e VII, a, e art. 341, IX) 5. BASE DE CÁLCULO O valor tributável do IPI pelas vendas efetuadas na seção de varejo é o valor total da operação de que decorrer a saída do produto do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. (RIPI/2002, art. 131, II) 6. ESCRITURAÇÃO FISCAL 6.1 Cupom Fiscal O Cupom Fiscal deve, conforme dispuser a legislação de cada Unidade da Federação, ser escriturado 2 SE Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

nas colunas próprias do livro Registro de Saídas, observando-se, quanto à coluna sob o título Documento Fiscal, o seguinte: a) como espécie, a sigla CF ; b) como série e subsérie, a sigla ECF ; c) como números inicial e final do documento fiscal, o número do Mapa-Resumo ECF emitido no dia; d) como data, aquela indicada no respectivo Mapa-Resumo ECF. O estabelecimento que for dispensado da emissão do Mapa-Resumo ECF deve, conforme dispuser a legislação da respectiva Unidade da Federação, escriturar o livro Registro de Saídas, consignando as seguintes indicações: a) na coluna Documento Fiscal : a.1) como espécie, a sigla CF ; a.2) como série e subsérie, o número do ECF atribuído pelo estabelecimento; a.3) como números inicial e final do documento, os números de ordem inicial e final das operações do dia; b) nas colunas Valor Contábil e Base de Cálculo de Operações com Débito do Imposto, o montante das operações realizadas no dia, que deve ser igual à diferença entre o valor acumulado no final do dia e o acumulado no final do dia anterior, no Grande Total; c) na coluna Observações, o valor do Totalizador Geral e o número do Contador de Reduções. Na hipótese de utilização de Cupom Fiscal pelo contribuinte, o lançamento dos valores relativos ao IPI no livro Registro de Saídas será efetuado com base nos dados da Nota Fiscal - Movimento Diário (veja subitem 6.3). (Convênio ICMS n o 156/1994, cláusulas vigésima quinta e vigésima sexta) 6.2 Nota Fiscal de Venda a Consumidor Este documento fiscal será lançado no livro Registro de Saídas nas colunas ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto e IPI - Valores Fiscais - Operações sem Débito do Imposto. O débito do IPI lançado na Nota Fiscal - Resumo Diário (veja subitem 6.3) será registrado na coluna IPI - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto. (RIPI/2002, art. 381) 6.3 Nota Fiscal - Movimento Diário Este documento fiscal será escriturado no livro Registro de Saídas, observando-se o seguinte: a) na coluna ICMS - Valores Fiscais - Operações sem Débito do Imposto - Outras, será lançado o valor constante na Nota Fiscal - Resumo Diário; b) na coluna IPI - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto, será escriturado o valor tributável do IPI (veja subitem 6.2). (RIPI/2002, art. 381) 7. ESTABELECIMENTOS EQUIPARADOS A INDUSTRIAL Os procedimentos mencionados nos itens anteriores são inteiramente aplicáveis aos estabelecimentos equiparados a industrial perante a legislação do IPI, conforme já se manifestou a Coordenação do Sistema de Tributação pelo Parecer Normativo CST n o 30/1970 e Parecer Normativo CST n o 158/1971. (Parecer Normativo CST n o 30/1970; Parecer Normativo CST n o 158/1971) 7.1 Importadores A adoção do procedimento descrito nos itens anteriores aplica-se também aos estabelecimentos varejistas do importador que receberem os produtos diretamente da repartição que os liberou. (RIPI/2002, art. 334) 8. MODELO DE NOTA FISCAL Admitindo-se que o estabelecimento industrial tenha emitido 10 Notas Fiscais de Venda a Consumidor durante o dia, as quais se referem à saída de 12 tapetes de veludo vendidos pelo valor de R$ 440,00 (R$ 400,00 + R$ 40,00 de IPI), a Nota Fiscal - Movimento Diário será emitida conforme modelo a seguir reproduzido: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 SE 3

EMITENTE Nome: Indústria de Tapates ITL Ltda. UF SP NOTA FISCAL Nº 001.710 x SAÍDA ENTRADA LOGOTIPO ENDEREÇO: Rua Brusque, 200 CEP 00000-000 BAIRRO/DISTRITO: Vila Industrial 1ª VIA CNPJ 11.111.111/0001-11 DESTINATÁRIO/ REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Uso interno CFOP 5.949 INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL 100.200.300.001 DATA-LIMITE PARA EMISSÃO 08.03.2009 DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL Resumo do dia CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO 12.05.2010 ENDEREÇO BAIRRO/DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA/ENTRADA MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA FATURA DADOS DO PRODUTO CÓDIGO PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO FISCAL SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL ALÍQUOTAS ICMS IPI VALOR DO IPI 0445-2 Tapetes de veludo 5702.49.00 090 peças 12 400,00 4.800,00 10% 480,00 CÁLCULO DO IMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS 4.800,00 VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA 480,00 5.280,00 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE 2. DESTINATÁRIO ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Nota fiscal emitida exclusivamente para uso interno (Notas Fiscais de Venda a Consumidor nºs 051 a 060). RESERVADO AO FISCO N DE CONTROLE DO FORMULÁRIO 001.710 DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR NOTA FISCAL Nº 001.710 4 SE Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Estadual ICMS - Isenções por prazo indeterminado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Concessão e revogação 4. Condições 5. Vigência 6. Obrigações acessórias 7. Quadro sinótico 8. Emissão e escrituração de nota fiscal 9. Consulta tributária 10. Infrações e penalidades 11. Ementas do Conselho de Contribuintes do Estado de Sergipe 1. INTRODUÇÃO As isenções são concedidas por prazo indeterminado e por prazo determinado. Apresentaremos neste texto as disposições que tratam da isenção do imposto por prazo indeterminado, com base no RICMS- SE/2002, aprovado pelo Decreto n o 21.400/2002, e na Lei Complementar n o 24/1975. 2. CONCEITO Isenção é uma forma de desoneração tributária, por força de regra jurídica excepcional. Na isenção, em consequência desse princípio, o tributo é devido com base em obrigação, mas a lei especial ou de exceção dispensa o contribuinte do seu pagamento. (CTN, art. 175, I) 5. VIGÊNCIA As isenções podem ser concedidas por prazo certo, ou determinado, e também por prazo indeterminado, conforme já mencionado. Aquelas concedidas por prazo determinado não podem ser revogadas unilateralmente pelo Estado antes da expiração do prazo previsto em ato concessivo. Portanto, além das condições a serem observadas pelo contribuinte para a fruição do benefício fiscal, deverão ser respeitados os prazos indicados no dispositivo legal ou regulamentar que concede a isenção. Periodicamente, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) celebra convênio que prorroga disposições de convênios que concedem benefícios fiscais. As disposições de convênio autorizativo somente integrarão a legislação tributária do Estado de Sergipe após sua regulamentação, mediante decreto específico. No caso de convênio destinado a prorrogar o prazo de vigência de benefício fiscal já concedido, uma vez publicada a sua ratificação no Diário Oficial da União, sua aplicação será automática, mesmo em se tratando de benefício fiscal contemplado em convênio autorizativo. (RICMS-SE/2002, art. 8 o ; Lei Complementar n o 24/1975) 3. CONCESSÃO E REVOGAÇÃO As isenções são concedidas ou revogadas por meio de convênios celebrados pelos Estados e pelo Distrito Federal, nos termos de lei complementar. (RICMS-SE/2002, art. 5 o ) 4. CONDIÇÕES Quando o reconhecimento da isenção, incentivo ou do benefício do imposto depender de condição, não sendo esta satisfeita, o imposto será considerado devido no momento em que ocorreu a operação ou prestação. (RICMS-SE/2002, art. 5 o ) 6. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS A concessão de qualquer benefício não dispensa o contribuinte do cumprimento de obrigações acessórias, salvo as exceções previstas no RICMS- SE/2002. (RICMS-SE/2002, art. 7 o ) 7. QUADRO SINÓTICO Reproduzimos, a seguir, um quadro prático com as principais operações e prestações beneficiadas com a isenção por prazo indeterminado, de acordo com o RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 SE 5

OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES BENEFICIADAS FUNDAMENTO LEGAL Acesso à Internet e conectividade em banda larga no âmbito do Programa Governo Eletrônico de Serviço de Atendimento do Cidadão (Gesac), instituído pelo Governo federal. Anexo I, Tabela I, item 75 Água natural canalizada fornecida por órgãos, empresas públicas ou sociedades de economia mista nas quais o Estado seja o sócio majoritário controlador. Anexo I, Tabela I, item 30 Água natural canalizada: - em ligações com consumo medido de até 10 metros cúbicos mensais, por consumo; Anexo I, Tabela I, item 52 - em ligações não medidas, para consumo residencial; - ligações para consumo, de órgãos públicos federais, estaduais e municipais; - através de carro pipa. Acondicionamento e embalagem. Anexo I, Tabela I, item 2 Algodão em caroço, em capulho e em pluma destinados a estabelecimento industrial. Anexo I, Tabela I, item 63 Alimentos considerados perdas, com destino aos estabelecimentos de Banco de Alimentos (Food Bank) e do Instituto de Integração e de Promoção da Cidadania (Integra). Anexo I, Tabela I, item 35 Amostra grátis. Anexo I, Tabela I, item 1 Aves abatidas neste Estado de Sergipe, e produtos de sua matança, em estado natural, congelados, ou simplesmente temperados. Anexo I, Tabela I, item 23 Bens e mercadorias ou serviços adquiridos por órgãos da Administração Pública Estadual Direta e suas Fundações e Autarquias. Anexo I, Tabela I, item 60 Artesanato regional, proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural. Anexo I, Tabela I, item 26 Bens do Ativo Imobilizado saídas para estabelecimento da mesma empresa ou para fornecimento de serviços fora do estabelecimento. Anexo I, Tabela I, item 32 Bens saídos de concessionária de energia elétrica destinados à utilização em suas próprias instalações ou de seus estabelecimentos. Anexo I, Tabela I, item 27 Cadeira de rodas e outros veículos para deficientes físicos. Anexo I, Tabela I, item 46 Cana-de-açúcar. Anexo I, Tabela I, item 36 Caprino e produtos comestíveis resultantes de sua matança. Anexo I, Tabela I, item 23 Carne e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, defumados, salgados, secos ou temperados, resultantes do abate de gado bovino, bufalino, ovino e suínos saídas internas. Anexo I, Tabela I, item 78 Carne e demais produtos comestíveis frescos, resfriados, congelados, ou temperados, resultantes do abate aves - saídas interestaduais. Anexo I, Tabela I, item 70 Desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importado sob o amparo do Regime Especial Aduaneiro de Admissão Temporária previsto na legislação federal específica. Anexo I, Tabela I, item 58 Combustível e lubrificante para o abastecimento de embarcações e aeronaves nacionais com destino ao exterior. Anexo I, Tabela I, item 25 Doação à entidade governamental, para assistência a vítimas de calamidade pública. Anexo I, Tabela I, item 28 Doação de microcomputadores usados (semi-novos) para escolas públicas especiais e profissionalizantes, associações destinadas a portadores de deficiência e comunidades carentes. Anexo I. Tabela I, item 50 Doação de produtos importados do exterior, diretamente por órgãos ou entidades da Administração Pública, Direta ou Indireta, bem como fundações ou entidades beneficentes ou de assistência social. Anexo I, Tabela I, item 47 Doação pela empresa Cimento Sergipe S.A (Cimesa) de 4.099 toneladas, ocorridas a partir de 03.11.03, e de 3.500 toneladas ocorridas a partir de 22.07.2005, de cimento do tipo portland, ao Departamento Anexo I, Tabela I, item 59 de Estradas de Rodagem (DER/SE), para a construção de trecho, com extensão de 4.439,10 metros, da Rodovia SE-432. Doação de geladeiras de uma porta e lâmpadas fluorescentes compactas de até 14 W, pela Companhia Sul Sergipana de Eletricidade(Sulgipe), a pessoas físicas consideradas de baixa renda, no âmbito do projeto Geladeiras e lâmpadas para População de Baixa Renda em Sergipe. Anexo I, Tabela I, item 72 Drawback. Anexo I, Tabela I, item 24 Embalagem e acondicionamento. Anexo I, Tabela I, item 2 Embalagens vazias de agrotóxicos e respectivas tampas. Anexo I, Tabela I, item 37 Embalagens vazias de agrotóxicos e respectivas tampas, realizadas sem ônus Devolução impositiva. Anexo I, Tabela I, item 54 Embarcações construídas no País, bem como a aplicação, pela indústria naval, de peças, partes e componentes utilizados no reparo, conserto ou restauração de embarcações, exceto as com menos de 3 toneladas de registro, salvo as de madeira, utilizadas na pesca artesanal, as recreativas e esportivas de qualquer porte, e as classificadas na posição 8905.10.0000 da NBM/SH. Anexo I, Tabela I, item 44 Embrião ou sêmen bovino, congelado ou resfriado. Anexo I, Tabela I, item 14 6 SE Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES BENEFICIADAS FUNDAMENTO LEGAL Embrapa - importação. Anexo I, Tabela I, item Empresa Brasileira de Telecomunicações S/A (Embratel) saídas e retornos interestaduais de equipamentos de sua propriedade destinados à prestação de seus serviços, junto a seus usuários, desde que Anexo I, Tabela I, item 39 estes bens retornem ao estabelecimento remetente ou a outro da mesma empresa. Energia elétrica fornecimento a consumidores que possuam consumo mensal até 80 kwh, enquadrados na subclasse residencial de baixa renda, de acordo com as condições fixadas em Resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica. Energia elétrica - fornecimento para consumo em estabelecimento de produtor rural, até a faixa de consumo de 1.000 kwh, bem como no consumo para irrigação. Energia elétrica destinada ao consumo dos órgãos da Administração Direta e das Fundações e Autarquias da Administração Pública Estadual. Entrada decorrente de importação e respectiva saída, de mercadorias doadas por organizações internacionais ou estrangeiras ou países estrangeiros, para distribuição gratuita em programas implementados por instituição educacional ou de assistência social relacionados com suas finalidades essenciais. Equipamentos médico-hospitalares ao Estado de Sergipe, para atender ao Programa de Modernização Gerencial e Reequipamento da Rede Hospitalar. Fornecimento de alimentos pelos hospitais e casas de saúde, sanatórios e casas de recuperação ou repouso sob orientação médica, e orfanatos. Fornecimento de alimentação pelo Restaurante/Escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Conselhos Regionais dos respectivos Estados, sem fins lucrativos, embora com cobrança do serviço. Anexo I, Tabela I, item 79 Anexo I, Tabela I, item 10 Anexo I, Tabela I, item 42 Anexo I, Tabela I, item 6 Anexo I, Tabela I, item 57 Anexo I, Tabela I, item 3 Anexo I, Tabela I, item 76 Gasoduto Brasil - Bolívia. Anexo I, Tabela I, item 49 Equipamento gráfico importado do exterior, destinado à impressão de livros, jornais e periódicos vinculados a projetos aprovados, até 31.03.1989, pela Secretaria Especial de Desenvolvimento Industrial. Anexo I, Tabela I, item 5 Hortifrutícolas em estado natural saídas internas: - abacate, abacaxi, acerola, araçá, abóbora, abobrinha, acelga, açafrão, agrião, aipim, aipo, alface, Anexo I, Tabela I, item 23 almeirão, alcachofra, araruta, alecrim, arruda, alfavaca, alfazema, aneto, anis, azedim; - banana, batata, batata-doce, berinjela, bertalha, beterraba, brócolis; - cajá, caju, cajarana, carambola, camomila, cará, cardo, catalanha, cebola, cebolinha, cenoura, chicória, chuchu, coco verde, coentro, couve, couve-flor, cogumelo; - erva-cidreira, erva-doce, erva-de-santa-maria, espinafre, escarola, endívia, espargo; - goiaba, graviola, inhame, hortelã, jaca, jaboticaba, jamelão, jenipapo, jiló, laranja, limão, losna; - manga, melancia, mamão, melão, manjelão, maracujá, mangaba, mandioca, milho verde, manjericão, manjerona, maxixe, macaxeira; - nabo, nabiça; - pinha, pitanga, palmito, pepino, pimentão, pimenta; - repolho, rabanete, rúcula, raiz-forte, ruibarbo, repolho chinês, sapoti, sapota, salsa, segurelha; - tamarindo, tangerina, taioba, tampala, tomate, tomilho, vagem, umbu. Hotifrutícolas em estado natural saídas interestaduais: - abacate, abacaxi, acerola, araçá, abóbora, abobrinha, acelga, açafrão, agrião, aipim, aipo, alface, almeirão, alcachofra, araruta, alecrim, arruda, alfavaca, alfazema, aneto, anis, atemóia, azedim; - banana, batata, batata-doce, berinjela, bertalha, beterraba, brócolis; - cajá, caju, cajarana, carambola, camomila, cará, cardo, catalanha, cebola, cebolinha, cenoura, chicória, chuchu, coco verde, coentro, couve, couve-flor, cogumelo; - erva-cidreira, erva-doce, erva-de-santa-maria, espinafre, escarola, endívia, espargo; - goiaba, graviola, inhame, hortelã, jaca, jaboticaba, jamelão, jenipapo, jiló, laranja, limão, losna, lima-da-pérsia; - manga, melancia, mamão, melão, manjelão, maracujá, mangaba, mandioca, milho verde, manjericão, manjerona, maxixe, macaxeira; - nabo, nabiça; - pinha, pitanga, palmito, pepino, pimentão, pimenta, repolho, rabanete, rúcula, raiz-forte, ruibarbo, repolho chinês, sapoti, sapota, salsa, segurelha; - tamarindo, tangerina, taioba, tampala, tomate, tomilho, vagem, umbu. Importação de aparelhos, máquinas e equipamentos, instrumentos técnico-científicos laboratoriais, partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, destinados à pesquisa científica e tecnológica, realizada diretamente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Importação de aparelhos, máquinas, equipamentos e instrumentos, suas partes e peças de reposição e acessórios, e de matérias-primas e produtos intermediários, em que a importação seja beneficiada com as isenções previstas na Lei (Federal) n o 8.010/1999, por institutos de pesquisa federais ou estaduais, institutos de pesquisa sem fins lucrativos instituídos por leis federais ou estaduais, universidades federais ou estaduais, organizações sociais com contrato de gestão com o Ministério da Ciência e Tecnologia, fundações sem fins lucrativos, pesquisadores e cientistas credenciados e no âmbito de projeto aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Importação, do exterior, das mercadorias abaixo arroladas e nas quantidades indicadas, destinadas a integrar o Ativo Fixo do importador: - sistema modular para aplicação de emulsão foto sensível sobre lâminas de silício no processo de difusão de semicondutores, modelo SVG8126PCRD/ 8136HPO (8479.80.9900); Anexo I, Tabela I, item 51 Anexo I, Tabela I, item 3 Anexo I, item 69 Anexo I, Tabela I, item 17 Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 SE 7

OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES BENEFICIADAS FUNDAMENTO LEGAL - conjunto de peça de reposição para o sistema modular, modelo SVG 8126PSRD/8136HPO (8479.89.9900); Anexo I, Tabela I, item 17 - molde de quatro conjuntos cavidades, universal de rápido intercâmbio para encapsulamento plástico de circuitos integrados de 20 pinos na configuração SOJ, com acessórios (8480.71.0000); - unidade básica do simulador de interferência para eletrônica automotiva, para operação em 220 v, 60 HZ e acessórios (8543.20.9900); - gerador auxiliar de pulso de carga e descarga para uso com a unidade básica NSG500C01 - P/N NSG506C (8543.90.9900); - módulo temporizador - P/N 402658 (8543.90.9900); - gerador de impulsos - P/N4020333 (8543.90.9900); - módulo de comutação eletrônica - P/N402659 (8543.90.9900); - módulo de SCR - P/N 402366 (8543.90.9900); - módulo de comutação - P/N 402343 (8543.90.9900); - fonte de alimentação - P/N 402422 (8543.90.9900); - manipulador automático para alimentação, teste e seleção de circuitos integrados, encapsulamento SOJ, com cabos e acessórios para instalação - P/N 3J2808 (9030.81.0000); - manipulador automático para alimentação, teste e seleção de transistores encapsulamento TO-92, modelo TESEC 7708HT, acompanhado de acessórios de interligação (9030.81.0000). Importação e a respectiva saída, de mercadorias doadas por organizações internacionais ou estrangeiras ou países estrangeiros, para distribuição gratuita em programas implementados por instituição Anexo I, Tabela I, item 6 educacional ou de assistência social. Instituição de assistência social e educação, sem finalidade lucrativa saídas de mercadorias por ela produzida. Anexo I, Tabela I, item 38 Itaipu Binacional. Anexo I, Tabela I, item 48 Leite in natura valor cobrado pelo beneficiamento efetuado pela indústria de laticínio sob encomenda de associação ou cooperativa de produtores de leite, vinculado ao Programa de Aquisição de Alimentos Anexo I, Tabela I, item 74 (PAA), coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e executado pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social. Leite pasteurizado tipo C especial, com até 3,2% de gordura, e de leite pasteurizado magro, com 2% de gordura, de estabelecimento varejista para consumidor final. Anexo I, Tabela I, item 22 Leite pasteurizado tipo C especial, com até 3,2% de gordura, e de leite pasteurizado magro, com 2% de gordura: - promovido por estabelecimento industrial, cooperativa ou associação de produtores, destinada ao Poder Público Estadual; - destinado à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar para distribuição no âmbito do Programa intitulado Fome Zero. Medicamentos e fraldas geriátricas promovidas pelas farmácias que façam parte do Programa Popular do Brasil. Medicamentos operações realizadas entre órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal, direta ou indireta, inclusive fundações, bem como as saídas realizadas pelos referidos órgãos ou entidades, para consumidores finais, desde que efetuadas por preço não superior ao custo dos produtos. Anexo I, Tabela I, item 55 Anexo I, Tabela I, item 77 Anexo I, Tabela I, item 29 Medicamentos quimioterápicos destinados ao tratamento do câncer. Anexo I, Tabela I, item 64 Medidores de vazão e condutivímetros, bem assim de aparelhos para o controle, registro e gravação dos quantitativos medidos, que atendam às especificações fixadas pela Secretaria da Receita Federal, Anexo I, Tabela I, item 68 quando adquiridos por estabelecimentos industriais fabricantes dos produtos classificados nas posições 2202 e 2203 da TIPI. Melaço e mel rico, destinados a fabricação de álcool etílico hidratado combustível (AEHC). Anexo I, Tabela I, item 36 Mercadoria produzida por instituição de assistência social e educação, sem finalidade lucrativa, cujas vendas líquidas sejam inteiramente aplicadas na manutenção de sua finalidade assistencial ou educacional no País, sem distribuição de qualquer parcela a título de lucro ou participação. Mercadoria saída de órgão da administração pública, empresa pública, sociedade de economia mista e empresa concessionária de serviço público, para fins de industrialização, desde que os produtos industrializados retornem ao órgão ou empresa remetente. Medidores de vazão e condutivímetros, bem assim de aparelhos para o controle, registro e gravação dos quantitativos medidos, que atendam às especificações fixadas pela Secretaria da Receita Federal, quando adquiridos por estabelecimentos industriais fabricantes dos produtos classificados nas posições 2202 e 2203 da TIPI. Anexo I, Tabela I, item 38 Anexo I, Tabela I, item 33 Anexo I, Tabela I, item 68 Mercadorias destinadas à ampliação do Sistema de Informática da Secretaria de Estado da Fazenda. Anexo I, Tabela I, item 12 Mudas de laranja produzidas no Estado de Sergipe. Anexo I, Tabela I, item 18 Óleo diesel a ser consumido por embarcações pesqueiras nacionais que estejam registradas no órgão controlador ou responsável pelo setor. Anexo I, Tabela I, item 43 8 SE Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES BENEFICIADAS FUNDAMENTO LEGAL Ovos. Anexo I, Tabela I, item 23 Papel-moeda, moeda metálica e cupons de distribuição do leite, promovida pela Casa da Moeda do Brasil. Anexo I, Tabela I, item 15 Peça defeituosa para o fabricante enviada pelo concessionário ou pela oficina autorizada, desde que a remessa ocorra até trinta dias depois do prazo de vencimento da garantia. Anexo I, Tabela I, item 71 Peça defeituosa para o fabricante promovida pelo estabelecimento ou pela oficina autorizada, desde que a remessa ocorra até trinta dias depois do prazo de vencimento da garantia. Anexo I, Tabela I, item 73 Pescado, exceto crustáceo, molusco, adoque, bacalhau, merluza, pirarucu, salmão e rã. Anexo I, Tabela I, item 56 Pilhas e baterias usadas, após seu esgotamento energético, que contenham em sua composição chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos e que tenham como objetivo sua reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. Anexo I, Tabela I, item 65 Pinto de um dia. Anexo I, Tabela I, item 23 Produtos destinados à fabricação de determinados medicamentos. Anexo I, Tabela I, item 34 Produtos manufaturados de fabricação nacional, promovida pelo respectivo fabricante, quando destinados a empresa nacional exportadora de serviço. Anexo I, Tabela I, item 21 Produtos ortopédicos. Anexo I, Tabela I, item 46 Produtos vegetais destinados à produção de biodiesel. Anexo I, Tabela I, item 61 Próteses articulares e outros aparelhos de ortopedia ou para fraturas. Anexo I, Tabela I, item 46 Quiabo. Anexo I, Tabela I, item 40 Refeições fornecidas pelos hospitais e casas de saúde, sanatórios e casas de recuperação ou repouso sob orientação médica, e orfanatos. Anexo I, Tabela I, item 31 Refeições fornecidas pelo Restaurante/Escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Conselhos Regionais dos respectivos Estados, sem fins lucrativos, embora com cobrança do serviço. Reprodutores e matrizes de animais vacuns, ovinos, suínos e bufalinos, puros de origem, puros por cruza ou de livro aberto de vacuns. Retorno, em vários situações, de mercadorias exportadas, bem como recebimento do exterior de amostras, de remessas postais, de medicamentos, de bagagem de viajantes etc.. Anexo I, Tabela I, item 76 Anexo I, Tabela I, item 20 Anexo I, Tabela I, item 11 Saída de bens de estabelecimento de operadora de serviço de telecomunicações. RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I, item 4 Selos destinados ao controle fiscal federal. RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I, item 66 Serviços de telecomunicações efetuados a partir de equipamentos terminais instalados em dependência de operadora inclusive da Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebras), na condição de usuários finais. Transferência de bens do Ativo Imobilizado e de uso e consumo realizadas pelas empresas prestadoras de serviços de transporte aéreo. RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I, item 3 RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I, item 45 Transferência interna de bens do Ativo Imobilizado. RICMS-SE/2002, Anexo I, Transporte de feirantes produtores, quando acompanhando as mercadorias por eles produzidas, entre o local da produção e o da comercialização, localizado no Estado de Sergipe. Tabela I, item 32 RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I, item 19 Transporte ferroviário de cargas, vinculadas à operação de exportação e importação de países signatários do Acordo sobre o Transporte Internacional. Tabela I, item 41 RICMS-SE/2002, Anexo I, Transporte rodoviário de passageiros, realizada por veículo registrados na categoria de aluguel (táxi). RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I, item 8 Vegetais destinados à produção de biodiesel. Anexo I, Tabela I, item 61 Veículos adquiridos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, vinculada ao Programa de Reequipamento Policial da Polícia Militar, e ainda pela Secretaria de Estado da Fazenda, para Reequipamento da Fiscalização Estadual. Anexo I, Tabela I, item 13 Veículos adquiridos pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal. RICMS-SE/2002, Anexo I, Tabela I, item 62 Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio no Amapá, no Amazonas, em Rondônia e em Roraima. Tabela I, item RICMS-SE/2002, Anexo I, 7 Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 SE 9

8. EMISSÃO E ESCRITURAÇÃO DE NOTA FISCAL Apresentamos a seguir a emissão e escrituração de nota fiscal com isenção do ICMS. 8.1 Emissão de nota fiscal NOTA FISCAL Nº 343 Indústria de Móveis Alfa Ltda. Rua do Livramento, 220 Aracaju - SE X SAÍDA ENTRADA NATUREZA DA OPERAÇÃO Transferência de bens do Ativo Imobilizado CFOP 5.552 INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO CNPJ 22.000.000/0001-01. INSCRIÇÃO ESTADUAL 123437 1ª VIA DESTINATÁRIO/ REMETENTE DATA-LIMITE PARA EMISSÃO 00.00.00 DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO Indústria de Móveis Alfa Ltda.. ENDEREÇO Rua Santarém, 200 MUNICÍPIO Aracaju FONE/FAX BAIRRO/DISTRITO Aracaju UF SE 40.200.000/0001-01 CEP 49.000-000 INSCRIÇÃO ESTADUAL 124219 20.05.2010 DATA DA SAÍDA/ENTRADA 20.05.2010 HORA DA SAÍDA 9h FATURA DADOS DO PRODUTO CÓDIGO PRODUTO SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS QUANTIDADE VALOR TOTAL TRIBUTÁRIA UNITÁRIO ICMS Computador marca X 040 1 2.000,00 2.000,00 - CÁLCULO DO IMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS - - 2.000,00 VALOR DO FRETE - VALOR DO SEGURO - OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA 2.000,00 TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF Transportadora Mercúrio Ltda.. 1 EMITENTE 2 DESTINATÁRIO x MPA-9802 BA 05.210.430/0001-01 ENDEREÇO Rua São Cristóvão, 55 MUNICÍPIO Salvador UF BA INSCRIÇÃO ESTADUAL 417890 QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS Isenção do ICMS RICMS-SE/2002, art. 8º, Anexo I, Tabela I, item 32. N DE CONTROLE DO FORMULÁRIO RESERVADO AO FISCO DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N 343 Nota Todos os demais campos da nota fiscal devem ser preenchidos de acordo com a legislação em vigor, pois o modelo apresentado é apenas ilustrativo. 10 SE Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

8.2 Escrituração de nota fiscal Espécie Série e subsérie DOCUMENTO FISCAL Números Dia Data 2010 Mês VALOR CONTÁBIL REGISTRO CODIFICAÇÃO Contábil NF 040 20 05 2 000 00 5.552 Fiscal DE SAÍDAS Operações com débito do imposto Base de cálculo Alíquot a ICMS VALORES FISCAIS Imposto debitado Operações sem débito do imposto Isentas ou não tributadas Outras OBSERVAÇÕES 2 000 00 Isenção (RICMS-SE/2002, art. 341) 9. CONSULTA TRIBUTÁRIA Caso o contribuinte tenha dúvida sobre questões tributárias, é assegurado a ele o direito de efetuar consulta à Sefaz/SE. Essa consulta será formulada por escrito e dirigida à Gerência Geral de Tributação Estadual (Gertrib), da Superintendência Geral de Gestão Tributária e Não Tributária (Supergest), devendo conter: a) nome ou razão social do consulente; b) número de inscrição estadual, se for o caso; c) endereço do consulente, assim como telefone e/ou fax e e-mail, se for o caso; d) matéria de direito e/ou de fato objeto da consulta; e) informação se já ocorreu ou não o fato gerador da obrigação tributária; f) entendimento do consulente sobre a matéria e, se for o caso, os procedimentos que adotou; g) declaração de que o consulente não se enquadra em nenhuma das hipóteses previstas no art. 113 do RPAF-SE/2007. Não atendidos os requisitos dispostos neste tópico, a Gertrib deve solicitar a complementação dos documentos, hipótese em que o consulente terá o prazo de 10 dias para atender ao pedido, sob pena de seu arquivamento. (RPAF-SE/2007, art. 105, parágrafo único, e art. 106, 1 o e 2 o ) 10. INFRAÇÕES E PENALIDADES O contribuinte estará sujeito, entre outras, à multa de: a) 50% do valor da operação ou prestação, se entregar, remeter, transportar, receber, estocar ou depositar mercadoria, prestar ou utilizar serviço sem documentação fiscal ou sendo esta inidônea; b) 20% do valor da operação ou da prestação, se deixar de emitir documento fiscal; c) 15% do valor da operação, se emitir documento fiscal com destaque do imposto em operação ou prestação isenta ou não tributada, ou naquela em que seja vedado o destaque do imposto. (RICMS-SE/2002, art. 831, III, a, b, e IV, a ) 11. EMENTAS DO CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE SERGIPE Apresentamos a seguir ementas de acórdãos do Conselho de Contribuintes do Estado de Sergipe. ACÓRDÃO N o 200910023 RELATOR:Antônio Carlos Francisco Araújo Júnior EMENTA: ICMS - Utilização indevida de crédito fiscal do ICMS referente à aquisição de mercadorias com saídas subseqüentes não tributadas ou beneficiadas com isenção de imposto / Comprovação do ilícito. Infração à legislação vigente, artigos 48, inciso III c/c art. 49 inciso I e seu parágrafo 18, todos do RICMS. DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos, acordam os membros da Primeira Câmara de Recursos Fiscais do CONTRIB/SE, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Voluntário, para negar-lhe provimento, mantendo a decisão de primeira instância, julgar Procedente o Auto de Infração n. o 200703577. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 SE 11

ACÓRDÃO N o 200920209 RELATOR: Luis Carlos Cervino Cruz EMENTA: ICMS OBRIGAÇÃO PRINCIPAL FALTA DE RECOLHIMENTO Sujeito passivo transfere, de uma filial para outra no mesmo Estado, bens do Ativo Não Circulante, no seu subgrupo denominado imobilizado, sem recolher o tributo. Legislação Estadual concede isenção fiscal neste tipo de operação. Lançamento do crédito tributário sem sustentação legal. Improcedência julgamento singular. Improcedência. DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos, acordam os membros da Segunda Câmara de Recursos Fiscais do Conselho de Contribuintes do Estado de Sergipe, em comum acordo de votos, em conhecer do Reexame Necessário para negar-lhe provimento e decidir pela Improcedência do Auto de Infração n o. 200804406, concordando com a decisão do julgador singular. ACÓRDÃO N o 200920294 RELATOR: Marta Eugênia Serrano Arce EMENTA: ICMS OBRIGAÇÃO PRINCIPAL - MER- CADORIA TRIBUTADA TIDA COMO ISENTA DE ICMS - Falta de recolhimento do imposto referente à venda de mercadorias tributadas como se isentas de ICMS fossem. Notas fiscais emitidas em desacordo com a legislação. Provas suficientes para a configuração plena do ilícito tributário. Julgamento de 1 a Instância pela procedência. Procedência da ação fiscal. DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos, acordam os membros da Segunda Câmara de Recursos Fiscais do Conselho de Contribuintes do Estado de Sergipe, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Voluntário para negar-lhe provimento e decidir pela Procedência do Auto de Infração n 94423, ratificando o julgamento singular. ACÓRDÃO N o 200920399 RELATOR: Luiz Henrique Barreto Vieira EMENTA: ICMS NOTA FISCAL INIDÔNEA Documento fiscal sem destaque do ICMS e sem a citação do dispositivo legal que garanta a isenção. Inidoneidade não configurada. Julgamento singular pela Improcedência. Improcedência da ação fiscal. DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos, acordam os membros da Segunda Câmara de Recursos Fiscais do Conselho de Contribuintes do Estado de Sergipe, por unanimidade de votos, em conhecer do Reexame Necessário para negar-lhe provimento e decidir pela Improcedência do Auto de Infração n o 200900321, confirmando o julgamento singular. IOB Entende FEDERAL Simples Nacional - ICMS - Crédito fiscal - Requisitos Consideram-se microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP), para efeitos legais, a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406/2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: a) no caso das ME, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00; b) no caso das EPP, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00. A receita bruta, para fins de enquadramento, é o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) foi instituído pelo art. 12 da Lei Complementar n o 123/2006, o qual implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, de vários impostos e contribuições, dentre os quais o IPI e o ICMS. Relativamente ao crédito fiscal, as empresas optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos por esse regime simplificado. No entanto, as pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo mencionado regime terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas a comercialização ou industrialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a essas aquisições. A alíquota aplicável ao cálculo do crédito deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá ao percentual de ICMS previsto nos Anexos I ou II da Lei Complementar n o 123/2006 para a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês anterior ao da operação. 12 SE Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Na hipótese de a operação ocorrer no mês de início de atividades da ME ou da EPP, a alíquota aplicável ao cálculo do crédito corresponderá ao percentual de ICMS referente à menor alíquota prevista nos referidos anexos. O crédito fiscal atribuído ao adquirente na forma antes mencionada não se aplica quando: a) a ME ou a EPP estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais; b) a ME ou a EPP não informar a respectiva alíquota no documento fiscal; c) houver isenção estabelecida pelo Estado ou pelo Distrito Federal que abranja a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês da operação; d) o remetente da operação ou da prestação considerar, por opção, que a alíquota deva incidir sobre a receita recebida no mês (regime de caixa). Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do Distrito Federal, poderá ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples Nacional crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos utilizados nas mercadorias adquiridas de indústria optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento de diferenciação no valor do crédito em razão da procedência dessas mercadorias. As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional utilizarão, conforme as operações e prestações que realizarem, os documentos fiscais, inclusive os emitidos por meio eletrônico, autorizados pelos entes federativos onde possuírem estabelecimento. A utilização dos documentos fiscais fica condicionada à inutilização dos campos destinados à base de cálculo e ao imposto destacado, de obrigação própria, constando, no campo destinado às informações complementares ou, em sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio gráfico indelével, as observações: a) Documento emitido por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional ; e b) Não gera direito a crédito fiscal de IPI. Quando a ME ou a EPP revestir-se da condição de responsável, inclusive de substituto tributário, fará a indicação alusiva à base de cálculo e ao imposto retido no campo próprio ou, em sua falta, no corpo do documento fiscal utilizado na operação ou na prestação. A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional que emitir nota fiscal com direito ao crédito estabelecido no 1 o do art. 23 da Lei Complementar n o 123/2006 consignará, no campo destinado às informações complementares ou excepcionalmente, em caso de insuficiência de espaço, no quadro Dados do Produto, a observação: Permite o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$..., correspondente à alíquota de...%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar n o 123/2006. Essa observação não poderá ser consignada no documento fiscal, ou, caso já o tenha sido, deverá ser inutilizada quando: a) a ME ou EPP estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais; b) tratar-se de operação de venda ou de revenda de mercadoria em que o ICMS não é devido pelo Simples Nacional; c) houver isenção estabelecida pelo Estado ou pelo Distrito Federal nos termos do 20 do art. 18 da Lei Complementar n o 123/2006, que abranja a faixa de receita bruta a que a ME ou EPP estiver sujeita no mês da operação; d) a operação for imune ao ICMS; e) a ME ou EPP considerar, por opção, que a base de cálculo sobre a qual serão calculados os valores devidos no Simples Nacional será representada pela receita recebida no mês, na forma da Resolução CGSN n o 38/2008 (regime de caixa); e f) tratar-se de prestação de serviço de comunicação, de transporte interestadual ou de transporte intermunicipal. É importante destacar que o adquirente da mercadoria não poderá se creditar do ICMS consignado em nota fiscal emitida por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, quando: a) a alíquota não for informada na nota fiscal; b) a mercadoria adquirida não se destinar a comercialização ou industrialização; e c) a operação enquadrar-se nas situações descritas nas letras a a f anteriores. Na hipótese de utilização de crédito de forma indevida ou a maior, o destinatário da operação estornará o crédito respectivo em conformidade com o estabelecido na legislação de cada ente tributante, sem prejuízo de eventuais sanções ao emitente nos termos da legislação do Simples Nacional. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 SE 13

Após as considerações sobre a vedação e permissão do crédito fiscal pelo destinatário de mercadoria procedente de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, surge a questão a respeito da legitimidade da apropriação de crédito por contribuinte adquirente de produtos destinados a utilização como insumo em processo industrial, caso em que não se aplica o regime de substituição tributária pela inexistência de operações subsequentes alcançadas por esse regime e que, por desencontro de informações, o remetente, além de reter o imposto (indevidamente), ainda não informa a alíquota e o valor do ICMS no campo próprio da nota fiscal por ele emitida, conforme o disposto no art. 2 o -A da Resolução CGSN n o 10/2007. Nessa hipótese, o imposto retido indevidamente pelo remetente optante pelo Simples Nacional deverá, a nosso ver, ser recolhido na forma da legislação da Unidade da Federação de sua localização, cabendo às partes o acerto relativo à parte financeira envolvida na respectiva operação. No que tange ao crédito, pelo destinatário, este não poderá apropriá-lo por não satisfazer à exigência prevista na legislação, qual seja, a consignação pelo remetente no campo próprio do documento fiscal da observação Permite o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$..., correspondente à alíquota de...%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar n o 123/2006. (Lei n o 10.406/2002, art. 966; Lei Complementar n o 123/2006, art. 3 o, caput, 1 o, art. 12, art. 13, caput, art. 18, 20, art. 23, caput, 1 o a 5 o, Anexos I e II; Resolução CGSN n o 10/2007, art. 2 o, 2 o e 4 o, art. 2 o -A, art. 2 o -B, art. 2 o -C; Resolução CGSN n o 38/2008) IOB Perguntas e Respostas SE/ICMS - Débitos vencidos até dezembro/2008 - Redução de acréscimos e parcelamento 1) Como podem ser pagos os débitos tributários de ICMS apurados em Auto de Infração lavrado até 31 de dezembro de 2008? Poderão ser pagos à vista ou parcelados, em até 120 meses, os débitos tributários de ICMS apurados em Auto de Infração lavrado até 31 de dezembro de 2008, constituídos ou não, inclusive os espontaneamente denunciados pelo contribuinte, inscritos ou não em Dívida Ativa, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada. (Lei n o 6.900/2010, art. 1 o ) SE/ICMS - Débito tributário para efeito de redução de acréscimos e parcelamento - Conceito 2) O que é considerado débito tributário para efeito de acréscimos e parcelamento do imposto? Considera-se débito tributário, para efeito de redução de acréscimos e parcelamento, a soma do imposto das multas, da atualização monetária, dos juros de mora e dos acréscimos previstos na legislação estadual. (Lei n o 6.900/2010, art. 1 o, 3 o ) SE/ICMS - Débitos tributários consolidados - Forma de pagamento 3) De que forma podem ser pagos os débitos tributários consolidados? Os débitos tributários consolidados podem ser pagos da seguinte forma: a) à vista, com redução de 95% das multas, punitivas e moratórias, e de 80% dos juros de mora; b) parcelados em 2 ou até 12 prestações mensais e sucessivas, com redução de 80% das multas, punitivas e moratórias, e de 60% dos juros de mora; c) parcelados em 13 ou até 36 prestações mensais e sucessivas, com redução de 75% das multas, punitivas e moratórias, e de 55% dos juros de mora; d) parcelados em 37 ou até 60 prestações mensais e sucessivas, com redução de 70% das multas, punitivas e moratórias, e de 55% dos juros de mora; e) parcelados em 61 ou até 72 prestações mensais e sucessivas, com redução de 65% das multas, punitivas e moratórias, e de 50% dos juros de mora; f) parcelados em 73 ou até 96 prestações mensais e sucessivas, com redução de 60% das multas, punitivas e moratórias, e de 45% dos juros de mora; g) parcelados em 97 ou até 120 prestações mensais e sucessivas, com redução de 50% das multas, punitivas e moratórias, e de 40% dos juros de mora. (Lei n o 6.900/2010, art. 1 o, 4 o ) 14 SE Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB