ANÁLISE DOS PROGRAMAS E AÇÕES DOS MOVIMENTOS E GRUPOS DE MULHERES VOLTADAS PARA JUVENTUDE EM CAMPINA GRANDE E JOÃO PESSOA-PB Franciele da Silva Santos( UEPB) Francielesilvasantos22@gmail.com Larissa Martins de Almeida (UEPB) larissa_uepb@yahoo.com.br. Idalina Maria Freitas Lima Santiago (UEPB) imfls@uol.com.br A presença de movimentos sociais e grupos, no cenário nacional tem se constituído como atores importantes no processo de organização da sociedade civil. Esses atores vem desenvolvendo ações sócio educativas junto a sociedade a fim de provocar a sua participação política e seu empoderamento. O presente trabalho apresenta parte do resultado final do Projeto de pesquisa Participação Política e Novas Sociabilidades das Mulheres Jovens no Poder Local e tem por objetivo identificar plataformas e/ou linhas de atuação junto à juventude, em especial jovens mulheres entre 15 e 29 anos, assim como a inserção das mesmas no quadro funcional. Para tanto, realizou-se um mapeamento dos projetos sociais desenvolvidos pelos movimentos de mulheres e feministas e grupos de mulheres direcionados/as à esses/as jovens. Os campos empíricos foram os municípios de Campina Grande e João Pessoa tendo sido aplicado formulários e entrevistas semi-estruturadas com os/as dirigentes dos movimentos e grupos de mulheres além da pesquisa documental. Os dados encontrados apresentam incipiente presença de programas executados especificadamente para juventude, principalmente no tocante as jovens mulheres, apesar da maciça inserção deste segmento geracional nos programas oferecidos pelos movimentos e grupos. PALAVRAS-CHAVE: Participação política, mulheres, juventude, movimentos sociais.
2 1 INTRODUÇÃO A presença de movimentos sociais e grupos, no cenário nacional tem se constituído como fator importante no processo de organização da sociedade civil. Surgem novos atores sociais que vêm desenvolvendo ações sócio-educativas junto à sociedade a fim de provocar a sua participação política e seu empoderamento. Dentre esses grupos podemos destacar os movimentos de mulheres e feministas e os grupos de mulheres, que em uma perspectiva de transformação da sociedade, em especial, da posição ocupada pelas mesmas, vêm desenvolvendo ações que contribuem para exercício da autonomia frente aos desafios colocados pela sociedade. Nosso objetivo neste artigo é identificar e analisar nos movimentos de mulheres e feministas e grupos de mulheres de Campina Grande e João Pessoa-PB, plataformas e/ou linhas de atuação identificando ações e projetos voltados para a juventude, em especial, para jovens mulheres entre 15 e 29 anos. Para tanto, fizemos um breve resgate histórico sobre movimentos sociais focando no feminismo e nas novas formas de associativismo presentes na sociedade, entre os quais, incluem-se os grupos de base local. A pesquisa que embasou o presente artigo teve como eixo metodológico a abordagem descritivo-analítica, a partir da coleta de dados quantitativos e qualitativos. O universo envolveu coordenadoras e jovens mulheres dos movimentos e grupos de mulheres no nosso campo empírico acima citado. Para garantir legalidade das informações coletadas apresentamos aos/as entrevistados/as o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual da Paraíba-UEPB. As coordenadoras e jovens mulheres entrevistadas foram escolhidas de acordo com a atuação exercida no grupo e/ou movimento, as segundas de acordo com sua categoria geracional e participação e/ou função exercida em ambos, formando uma amostra de 13 grupos de base local. Para a coleta de dados utilizamos questionários e gravações de falas das mesmas. Partindo da análise referida, pudemos constatar que são infimas as ações voltadas para a categoria geracional de grupo de mulheres jovens, seja como
3 participantes no caso dos movimentos seja no quadro funcional no caso de grupos que tenham trabalho remunerado. 2 Movimento feminista e os novos atores da sociedade civil Historicamente a sociedade tem se organizado em busca de atender as suas demandas, fruto das desigualdades e questões que não eram solucionadas pelo Estado, fazendo surgir as organizações de bairros e os movimentos sociais, os quais, dispõe de um poder de luta frente as condições postas tanto a nível rural como no meio urbano, visando a conquista de direitos sociais, econômicos e políticos. Cabe aqui, trazer a definição de movimentos sociais e quais as estratégias adotadas em sua atuação: São ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam distintas formas da população se organizar e expressar suas demandas. Na ação concreta, essas formas adotam diferentes estratégias, que variam da simples denúncia, passando pela pressão direta (mobilizações, marchas, concentrações, passeatas, distúrbios à ordem constituída, atos de desobediência civil, negociações etc.), até as pressões indiretas. (GONH, 2004, p.141) Partindo da definição acima, podemos ressaltar a ascensão de vários movimentos no Brasil, que desempenharam um papel relevante para a conquista de direitos, como também, para redemocratização do país em pleno período autocrático, de cerceamento da liberdade de expressão. Dentre estes, destaca-se o movimento feminista, que segundo Castells (1999), com o caráter de movimento social transformador veio desafiar o patriarcalismo, dar visibilidade as sujeições das mulheres e reivindicar independência politica, econômica e social. O movimento feminista presente no Brasil a partir da década de 1970, em plena Ditadura Militar, obteve contato com a experiência feminista de outros países em especial, na Europa, para onde muitas foram exiladas. Na década de 90 muitos grupos de mulheres foram organizados em função de sua atuação na política, criando redes de conscientização de seus direitos, e frentes de luta contra as discriminações sofridas pelas mesmas (GONH, 2004), entrando em pauta novas questões e bandeiras de luta. Na atualidade, o movimento feminista, assim como os movimentos sociais em geral, depara-se com uma conjuntura política e econômica desfavorável, de retrocesso e desmobilização das reivindicações da sociedade civil, resultantes da ofensiva neoliberal.
4 Diante disso, são colocadas novas estratégias, como a interligação através das redes e fóruns e a ligação outras organizações da sociedade. Nessas novas formas de organização da sociedade civil ainda podemos demarcar a questão do associativismo, o qual segundo Gohn (2003) deriva de processos de mobilizações pontuais, ou seja, que se faz a partir de uma proposição de uma entidade plural. No entanto, segundo a autora, mesmo que essa entidade seja internacional ou nacional é no local que se desenvolvem as formas de mobilização e sociabilidade (GOHN, 2003, p.18.), focalizadas numa atuação mais estratégica, que aborde a Participação Cidadã, fundada em uma concepção de democracia radical na busca de fortalecimento da sociedade civil e com a presunção de construir uma nova realidade social sem desigualdades ou exclusão ( GOHN, 2003). Colocando o associativismo enquanto categoria essencial e como experiência de organização da sociedade civil, Scherer-Warren, vem incluir como organizações de base ou associativismo localizado ONGs, terceiro setor, associações civis/comunitárias, ações coletivas de base local (empírica e popularmente denominadas de movimentos populares ) e grupos de cidadãos envolvidos com as causas sociais. Essas forças associativistas são expressões locais e/ou comunitárias da sociedade civil organizada. Para citar apenas alguns exemplos dessas organizações localizadas: [...] empreendimentos solidários, associações de bairro, etc. (SCHERER-WARREN, 2006, p.5). Compreendendo o que acima foi citado sobre as novas formas de organização da sociedade, percebemos a presença de grupos e associações de diversos segmentos, em especial de mulheres, que possuem por objetivos a busca por autonomia política e econômica, a reivindicação por direitos sociais, associado à articulação com outras entidades. E utilizam os espaços mencionados, procurando uma forma de fortalecer e dar visibilidade as questões demandadas pelas mulheres, bem como, pela própria comunidade e/ou sociedade. 3 Ações desenvolvidas pelos grupos e movimentos de mulheres Apreendemos como conveniente analisar no presente artigo, os programas e ações dos grupos e movimentos de base local encontrados na pesquisa, direcionadas a juventude, bem como, identificar a presença de jovens mulheres no quadro funcional dos mesmos.
5 Inicialmente foi realizado um mapeamento nas cidades João Pessoa e Campina Grande-PB em busca dos grupos e movimentos de mulheres, e encontramos 13 grupos de base local, sendo 11 em João Pessoa e 2 em campina Grande, dentre os quais, localizamos apenas dois desenvolvem ações direcionadas apenas a jovens de ambos os sexo: a Casa de Ação Comunitária e O Centro Popular de Cultura e Comunicação (CPCC). A Casa de Ação comunitária, fundada em 2002, no bairro João Paulo II em João Pessoa, dispõe de um grupo de jovens, e um grupo de mulheres Grupo de Mulheres Recriando a Vida, entre alguns grupos criados no espaço. O grupo de jovens é composto majoritariamente por jovens mulheres e se reúne mensalmente para discussão de temas que são relacionados à suas vivências na comunidade, como por exemplo, drogas, violência, sexualidade, dentre outros temas. O Grupo de Mulheres Recriando a Vida também realizam discussões quinzenalmente sobre temáticas vivenciadas no cotidiano violência intra-familiar, direitos das mulheres, drogas, saúde, entre outros O mesmo é composto por mulheres adultas e por jovens. O CPCC, localizado na Comunidade São Rafael, no bairro Castelo Branco em João Pessoa, desenvolve atualmente algumas atividades com a comunidade: a Rádio Comunitária, atividades com o Grupo de Economia Solidária (panificação) e ações comunitárias, de mobilização, articulação e desenvolvimento da comunidade, além de uma atividade voltada restritamente às mulheres jovens, que é o Grupo de Produção de Pães Caseiros, no qual o resultante das vendas é divido entre as participantes. Os outros grupos encontrados, embora não desenvolvam ações especificas para a juventude, acabam articulando atividades que englobam esse grupo geracional, em especial, jovens mulheres. Em meio aos 13 grupos encontrados, podemos notar que 8 dispõem em seu quadro funcional de jovens mulheres que desenvolvem atividades. São eles: O Grupo de Mulheres da Beira da Linha, O Grupo de Mulheres Arte e Produção, O Grupo de Mulheres Lésbicas Maria Quitéria, A Casa de Ação Comunitária, O Centro Popular de Cultura e Comunicação (CPCC), A Kizomba, O Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores Domésticos e Associação das Trabalhadoras Domésticas. Analisando as ações desenvolvidas pelos grupos, verificamos alguns aspectos semelhantes que são importantes salientar. A metade desenvolve atividades focalizadas
6 nas comunidades, que auxiliam na renda familiar, principalmente, dos/as jovens e mulheres adultas. Podemos ressaltar seis deles: o Grupo de Mulheres da Beira da Linha, o Grupo de Mulheres Arte e Produção, o Centro Popular de Cultura e Comunicação, o Grupo Produtivo do Timbó, a Associação de Mulheres Raio de Luz, o Grupo de Mulheres do Bairro do Cristo Unidas por um fio. Promovem atividades e produções artesanais que servem como complemento a renda de integrantes da comunidade, principalmente jovens e mulheres; buscam resgatar aspectos culturais; desenvolvem atividades de economia solidária; promovem debates de assuntos pertinentes a realidade da comunidade e, ainda procuram interagir com outras organizações sociais, bem como, com os movimentos de mulheres da cidade de João Pessoa e da Paraíba. Dentre esses grupos e associações, podemos ressaltar a Associação de Mulheres Raio de Luz, fundada em 2004, que tem por objetivo a luta por melhores condições de vida para as mulheres da Comunidade do Taipa, situada no Bairro Costa e Silva. Desenvolve iniciativas voltadas à geração de renda, através do Projeto Cozinha Comunitária e do Grupo de Artesanato. Podemos citar também, o Grupo Produtivo do Timbó, localizado no bairro dos Bancários, João Pessoa PB que promove algumas atividades sociais no interior da comunidade do Timbó, como o festival da cultura negra, e ações em datas comemorativas. Realiza a economia solidária através da fabricação e venda de produtos de limpeza que contribuem para a promoção de renda aos participantes. Outro grupo importante a ser mencionado, é o Grupo de Mulheres da Beira da Linha, fundado em 2002, que atua no bairro Alto do Mateus na cidade de João Pessoa e tem por objetivo lutar por políticas públicas pra mulheres e promover geração de renda com o intuito de estimular a independência financeira das mesmas com a fabricação de artesanatos. Realiza ainda ações que abordam temas pertinentes aos problemas que afetam as participantes. Encontramos seis grupos que abordam em comum a luta pela efetivação de direitos de categorias, seja da juventude, de mulheres, ou de segmentos de trabalhadores. São eles: o Coletivo Feminino Santo Dias, o Grupo Mãos Estendidas, Grupo de Mulheres Lésbicas Maria Quitéria, a Kizomba, o Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores Domésticos e a Associação das Trabalhadoras Domésticas.
7 O Coletivo Feminino Santo Dias e o Grupo Mãos Estendidas funcionam em João Pessoa trabalham na perspectiva de disseminar e efetivar os direitos humanos, em especial os direitos das mulheres, buscando construindo novas formas de relações entre homens e mulheres. Para isso promovem eventos, cursos e oficinas abordando temáticas importantes para as mulheres. Procuram ainda, a articulação com outros grupos de mulheres, como redes e fórum temáticos, para fortalecer e ampliar as ações. O Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores Domésticos tem como objetivo primordial a defesa dos direitos da categoria das trabalhadoras e trabalhadores domésticos da cidade de João Pessoa. No mesmo princípio adéqua-se a Associação das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande que luta para a difusão desses direitos e a formação política entre as trabalhadoras da cidade, realizando oficinas baseadas na perspectiva de gênero. O Grupo Kizomba é um grupo pautado nacionalmente no movimento estudantil que busca a construção de uma nova forma de fazer política, abordando as lutas dos movimentos sociais, bem como, as lutas identitárias de segmentos minoritários da sociedade. Em Campina Grande, dispõe de representantes desde 2010, que desenvolvem atividades direcionadas a construção de um movimento estudantil independente dentro e fora da universidade. Ainda busca pautar ações que abordem os direitos da juventude e das mulheres na sociedade articulando-se a organizações do movimento feminista da cidade. Por fim, o Grupo de Mulheres Lésbicas Maria Quitéria uma associação da sociedade civil, fundada em 2002, que realiza um trabalho de equidade de gênero e cidadania com foco nas mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais. Desenvolve ações com intuito de conscientizar a sociedade do direito a liberdade de exercício da sexualidade, o respeito à diversidade, a visibilidade lésbica e contra a heterossexualidade obrigatória. Analisando os grupos pesquisados identificamos um traço em comum em três deles, que é articulação com a Organização Não governamental Amazona - Associação de Prevenção à AIDS que: [...] Desenvolve ações em parceria com organizações sociais populares na certeza de que as pessoas unidas, de forma coletiva, podem juntas contribuir
8 com a conquista da tão desejada cidadania plena. Ao perseguir essa possibilidade, em suas pisaduras por diversos caminhos já trilhados, tem semeado a maior humanização das relações tendo como base a eqüidade, responsabilidade e justiça social. Sementes que vêm sendo plantadas, cuidadosamente, no terreno fértil da força juvenil, nas comunidades de baixa renda, com adolescentes, jovens, lideranças comunitárias, mulheres e homens. Nesse fazer compartilhado almeja o desenvolvimento humano e social focado na prevenção às DST/HIV/AIDS, democratização dos meios de comunicação, fortalecimento comunitário e elevação da auto-estima através de formação e capacitação para o primeiro emprego. (<< http://www.amazona.org.br/ppal.htm,>> acesso em 20 de setembro de 2011) Essa organização atua nas comunidades e grupos contribuindo para formação, bem como, o empoderamento nesses espaços. Podemos citar o CPCC aonde foi desenvolvida junto a ONG, entre os anos de 2000 e 2007, uma Formação de Grupos de Jovens e em seguida o Projeto Fala Garotada que englobava um Curso Profissionalizante de Panificação e a Rádio Comunitária. A partir desse projeto foram adquiridos instrumentos e equipamentos para a instalação de um Grupo de Produção e funcionamento de uma Rádio FM. A Amazona contribuiu para a criação do Grupo Produtivo do Timbó, a partir de uma formação oferecida a algumas mulheres jovens da comunidade. Após pesquisas exploratórias realizadas em vários locais de João Pessoa, a ONG escolheu cinco comunidades para desenvolver a economia solidária, dentre elas o Timbó, São Rafael, Ilha do Bispo, Conde, João Paulo II. A Casa de Ação Comunitária também tece parcerias com a ONG Amazona que desenvolve no local o projeto Arco Íris voltado para jovens da comunidade, tratando sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Diante disso, é notável o papel que a Amazona desenvolve em articulação com os grupos dessas comunidades, através de ações que contribuem para a sua constituição ou de projetos que incentivam a participação dos jovens nesses espaços, trabalhando assuntos pertinentes a este segmento geracional. 4 Aproximações conclusivas Dentro das novas demandas assumidas pela sociedade civil organizada em movimentos e entidades, associações e grupos, podemos enfatizar, partindo dos grupos e movimentos pesquisados e perante os dados mencionados anteriormente a ínfima presença de projetos e ações voltados para juventude, em especial, jovens mulheres, principalmente os grupos e
9 movimentos de mulheres, que levantam como propósito a autonomia e participação social das mesmas. Notamos que há uma participação significativa das novas formas de associativismo, que vêm a contribuir para o desenvolvimento de ações voltadas a segmentos sociais excluídos da sociedade, em especial, ações que englobam mulheres e jovens. Ações geralmente voltadas para comunidades carentes, e que promovendo discussões pertinentes à realidade social vivenciada, bem como, atividades que auxiliam para a complementação da renda familiar. As ações de maiores destaque desenvolvidas pelos grupos para as /os jovens, são de caráter formativo, com estudo de temáticas como sexualidade, saúde com o foco nas DSTs/AIDS, gênero, violência intra-familiar, dentre outros temas, que nem sempre são abordados na escola formal, mas que são recorrentes a realidade das comunidades. Além de projetos de incentivo profissional como os abordados em parceria com a ONG Amazona de João Pessoa PB. Embora tenhamos encontrado algumas ações voltadas para a juventude, ainda é muito tímida a iniciativa da sociedade civil, em propor projetos direcionados a esse segmento. Geralmente, são envolvidos em outros projetos construídos pelas entidades, mas de forma majoritária, não há ações destinadas somente para as/os jovens. São ínfimas as ações desenvolvidas que culminam no empoderamento e autonomia de tal segmento geracional, pensando juventude enquanto etapa da vida que constitui um processo de formação de opiniões e conceitos. Diante disso, coloca-se a importância da jovem mulher ocupar esses espaços, visando à desconstrução de relações construídas tradicionalmente pela definição dos papéis sexuais e a formulação de novas formas de relacionamento entre homens e mulheres, mulheres e mulheres, homens e homens na sociedade. REFERÊNCIAS
10 GOHN, Maria da Glória Sociedade civil no Brasil: Movimentos sociais e ONGs. Nomadas (col), num. 20,p.140-150, 2004. GOHN, Maria da Glória.Movimentos sociais na atualidade: manifestações e categorias analíticas. In: (org). Movimentos sociais no inicio do século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis,RJ,:Vozes,2003. SARTI, Cynthia Andersen. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Estudos Feministas, Florianópolis, 12(2): 264, maio-agosto/2004. SCHERER-WARREN, Ilse. Das ações coletivas às redes de movimentos sociais. Sociedade e Estado, Brasília. V.21, 2006.