Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde ISSN: 1415-6938 editora@uniderp.br Universidade Anhanguera Brasil

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Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde ISSN: 1415-6938 editora@uniderp.br Universidade Anhanguera Brasil Bassan Franco, Jose; Lucheta, Paulo Adolfo; dos Santos Teixeira, Leandro Projeto para prevenção de lesões do ombro em atletas de voleibol Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, vol. 15, núm. 1, 2011, pp. 33-44 Universidade Anhanguera Campo Grande, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=26019329003 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

Ensaios e Ciência Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde PROJETO PARA PREVENÇÃO DE LESÕES DO OMBRO EM ATLETAS DE VOLEIBOL Vol. 15, Nº. 1, Ano 2011 Jose Bassan Franco Faculdade Anhanguera de Bauru zebassan@yahoo.com.br Paulo Adolfo Lucheta Faculdade Anhanguera de Bauru paulolucheta@bol.com.br Leandro dos Santos Teixeira Faculdade Anhanguera de Bauru leandro.fisio@hotmail.com RESUMO Na prática esportiva, os atletas estão sujeitos a diversas lesões, sendo o ombro um local frequente dessas lesões. Este estudo teve como objetivo investigar o índice de lesões do ombro se houve relação entre disfunção do ombro e desvio postural de abdução escapular, e desenvolver um projeto para prevenção de lesões desta articulação. Foram avaliadas 12 atletas com idades entre 13 e 16 anos por meio de um questionário e uma avaliação postural, sendo que 33,4% das atletas relataram já ter sofrido algum tipo de lesão e 66,6% responderam não ter sofrido nenhuma lesão. Foi evidenciado um alto índice de lesões e desvios posturais, não havendo um número significativo entre disfunção do ombro e desvio postural de abdução escapular. Foi concluído que as atletas estão sujeitas a desenvolver lesões, desvios posturais, e dores músculo esqueléticas e mediante a isso foi desenvolvido uma cartilha com alguns exercícios a serem utilizados na prevenção primária. Palavras-Chave: fisioterapia preventiva; desvios posturais; voleibol; lesões. ABSTRACT In sports, athletes are subject to various injuries, the shoulder is a frequent location of these lesions. This study aimed to investigate the rate of injuries of the shoulder if there was a relationship between dysfunction of the shoulder and scapular abduction postural deviation, and develop a project for prevention of injury to this joint. We evaluated 12 athletes aged between 13 and 16 years old through a questionnaire and a postural assessment, with 33.4% of athletes reported some kind of injury and 66.6% answered have never suffered any injury. It was shown a high rate of injuries and postural deviations, without a significant number of shoulder dysfunction and postural deviation of scapular abduction. It was concluded that the athletes are subject to develop lesions, postural deviations, and musculoskeletal pain and it was developed by a booklet with some exercises to be used to primary prevention. Keywords: preventive physiotherapy; postural deviations; volleyball; injuries. Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP 13.278-181 rc.ipade@aesapar.com Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE

34 Projeto para prevenção de lesões do ombro em atletas de voleibol 1. INTRODUÇÃO O voleibol é o segundo esporte mais popular do Brasil, sendo que sua prática ocorre na forma recreativa e também na profissional. Com as conquistas que o voleibol brasileiro vem buscando para o país muitas crianças são estimuladas a iniciarem o treinamento desportivo precocemente. Nas modalidades coletivas de quadra, como o basquetebol, futsal e o voleibol, o treinamento específico inicia-se por volta dos 10 anos de idade e se intensifica a partir dos 12-13 anos quando algumas equipes participam de competições em categorias menores, e permanecem competindo por vários anos, sendo a criança exposta há um tempo prolongado de treinamento e, em conseqüência disso, as lesões esportivas são inevitáveis (ARENA; CARAZZATO, 2007). Durante a prática do esporte, os atletas estão sujeitos a diversas lesões esportivas, sendo que o ombro é um local frequente dessas lesões, com uma incidência de 8 a 13%, sendo a dor o principal sintoma relatado pelos atletas (CANGUSSU et al., 2007). Além disso, a dor pode levar à queda do rendimento físico, e até ao afastamento dos atletas. Nos esportes de arremesso, 66,2% das lesões ocorre devido sobrecarga mecânica na articulação do ombro (EJNISMAN et al., 2001). A articulação do ombro tem uma grande liberdade de movimentação e é classificada pelos autores como uma articulação esferóide, isso nos permite levar o membro nos três planos do espaço, sagital com os movimentos de flexão e extensão do ombro, frontal com os movimentos de abdução e adução do ombro, e transversal com os movimentos de rotação interna e rotação externa, isso proporciona ao ombro uma grande mobilidade e amplitude de movimento (FAGGIONI; LUCAS; AL GAZI, 2005). Grande parte da estabilidade do ombro se deve aos músculos do manguito rotador, que é composto pelos músculos supra-espinhoso, infra-espinhoso, redondo menor e subescapular e são responsáveis pelos movimentos de rotação interna, rotação externa, e abdução do ombro (VOLPON; MUNIZ, 1997). As lesões do ombro do atleta de voleibol podem ocorrer por dois mecanismos, atraumático e traumático. Os movimentos repetitivos, dos atletas arremessadores praticantes de esporte de não contato como o voleibol, são responsáveis por um número elevado de lesões atraumáticas. A proporção de casos de lesão atraumática nos atletas que praticam esporte de arremesso (66,2%) mostrou-se significantemente maior do que a encontrada entre os atletas de esportes de não-arremesso (39,6%). O conhecimento da biomecânica justifica

Jose Bassan Franco, Paulo Adolfo Lucheta, Leandro dos Santos Teixeira 35 cortada no vôlei. Os esportes mais afetados no estudo estavam relacionados ao movimento de arremesso: vôlei com 14 casos, e natação com 13 casos. Sendo assim os atletas arremessadores de esportes de não contato são os mais afetados pelas lesões atraumáticas (EJNISMAN et al., 2001). No saque e ataque os atletas de voleibol realizam os movimentos de flexão e abdução acima de um ângulo de 90, e rotação externa máxima do complexo do ombro que acontece durante a aceleração do gesto de arremesso. Durante a carreira esportiva dos atletas esses movimentos são realizados exaustivamente em treinos e competições durante anos, podendo gerar microtraumas articulares no complexo do ombro (CANGUSSU et al., 2007). No treinamento desportivo sistemático e constante, os atletas realizam diversas repetições do gesto esportivo, para aperfeiçoar sua técnica, e isso pode gerar alterações no formato da coluna vertebral. Essas repetições de movimentos produzem um reflexo de adaptação morfológica e funcional. É muito importante que se tenha um acompanhamento especial de atletas juvenis, em relação à prática do esporte e os efeitos proporcionados por ela, visto que a ossificação humana completa-se por volta dos 21 anos no sexo masculino e aos 18 no sexo feminino (OLIVEIRA; DEPRÁ, 2005). Alterações na precisão do gesto esportivo geram movimentos compensatórios e podem ser prejudiciais ocorrendo devido às alterações no comprimento na força, na tensão, e na ativação muscular que são meros dependentes das atividades realizadas pelos atletas. Isso acontece devido à capacidade da musculatura esquelética em adaptar se as demandas funcionais devido às alterações fisiológicas metabólicas e estruturais. Essa propriedade de adaptação muscular ao treinamento esportivo é utilizada para facilitar o desempenho motor ou podem ocorrer também como conseqüência de gestos ou posturas habituais (CANGUSSU et al., 2007). É possível observar diferença no padrão da movimentação escapular quando observado lado-dominante e lado não-dominante e entre os atletas e praticantes de voleibol. Alguns autores demonstraram em estudos que ouve relação entre dor e padrão de abdução escapular do lado do membro dominante dos atletas de voleibol (CANGUSSU et al., 2007). O bom alinhamento da cintura escapular em repouso proporciona à articulação um bom posicionamento e os comprimentos em repouso dos músculos. O comprimento ideal de um músculo em repouso é um fator importante na sua participação nas duplas de força ativas. O mau posicionamento da cabeça, cabeça para frente da coluna vertebral,

36 Projeto para prevenção de lesões do ombro em atletas de voleibol cintura escapular fazendo com que as escápulas entrem em uma posição de abdução e rodem para baixo. Para que haja um bom alinhamento da cintura escapular e necessário que o terapeuta observe com atenção as regiões cervical, torácica e também a região lombar e pélvica (HALL; BRODY, 2008). Kendall (2007) cita em sua obra a importância de um bom alinhamento dos pés que estabelecem a base de suporte para um bom alinhamento corporal e da cintura pélvica como ponto chave para o alinhamento postural bom ou defeituoso. Os músculos que determinam o bom alinhamento anterior, posterior e lateral da cintura pélvica são de extrema importância para o alinhamento global do corpo, o desequilíbrio desses músculos que se opõem altera o alinhamento da pelve e gera alterações posturais tanto acima quanto abaixo. A posição do membro superior e do ombro é afetada pelos desvios da região torácica e das escápulas, gerando um mau alinhamento da articulação glenoumeral que pode levar a lesão e a dor crônica. A região torácica é alterada pelo mau alinhamento da região pélvica e lombar. Quando a cintura pélvica e a região lombar estão em bom posicionamento, a coluna torácica também assume um alinhamento adequado. Portanto os desvios da cintura pélvica alteram toda uma biomecânica corporal adequada gerando desvios posturais em todo o corpo predispondo as atletas de voleibol a sobrecargas articulares e dores (KENDALL, 2007). 2. OBJETIVO Investigar o índice de lesões das atletas da equipe infantil de voleibol da ASSOCIAÇÃO LUSO BRASILEIRA DE BAURU (ALBB). Elaborar um programa de intervenção para a prevenção de acordo com o índice de lesões encontradas. Investigar a relação entre disfunção do ombro e desvio postural de abdução da escápula por meio da avaliação postural. 3. MÉTODOS 3.1. Indivíduos Foram incluídas nesse estudo, 12 atletas da equipe infantil da ALBB com idades entre 13 e 16 anos.

Jose Bassan Franco, Paulo Adolfo Lucheta, Leandro dos Santos Teixeira 37 3.2. Critérios de inclusão Foram incluídas atletas, estáveis clinicamente, e que foram autorizadas pelos pais ou responsável em participar do estudo assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. 3.3. Critérios de exclusão Foram excluídas desse estudo as atletas que não se adequaram às condições citadas nos critérios de inclusão. 3.4. Procedimentos As atletas foram submetidas aos seguintes procedimentos: Questionário contendo duas perguntas sobre a incidência de lesões durante a prática do esporte e outra indicando a região onde foi acometida a lesão, criado pelos próprios autores do trabalho. Avaliação Postural com auxílio de simetrógrafo, realizada na Clínica de Fisioterapia da ALBB (ASSOCIAÇÃO LUSO BRASILEIRA DE BAURU), onde foi verificado se havia desvios posturais na vista anterior, lateral e posterior, nas regiões de cintura escapular, cintura pélvica, membros inferiores, membros superiores e coluna vertebral. 4. RESULTADOS Foram avaliadas 12 atletas da equipe infantil de voleibol, e por meio de um questionário foi possível observar que 33,4% das atletas já sofreram lesões durante a prática do voleibol, enquanto 66,6% negaram ter sofrido algum tipo de lesão devido à prática do voleibol (Tabela 1). Tabela 1. Você já teve alguma lesão ocasionada pela prática do voleibol? Variáveis % Sim 33,4 Não 66,6

38 Projeto para prevenção de lesões do ombro em atletas de voleibol 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Ombro Joelho Tornozelo e Pé Mão e Punho Gráfico 1. Índice de lesões apresentadas por regiões. O Gráfico 1 mostra o índice de lesões apresentadas por regiões acometidas, as regiões que obtiveram os maiores índices de lesões foram ombro com 16,6% e joelho também com 16,6%, seguidas de tornozelo e pé e mão e punho com 8,3% cada uma. Tabela 2. Relação entre disfunção do ombro e abdução escapular. Variáveis % Disfunção do ombro 16,6 Disfunção do ombro e abdução escapular 8,3 A Tabela 2 mostra a relação encontrada entre desvio de abdução escapular e lesão do ombro, das 16,6% das atletas que relataram através do questionário já ter sofrido algum tipo de disfunção do ombro 8,3% apresentaram desvio de abdução escapular. Na Tabela 3, desvios posturais mais observados nas atletas de voleibol o aumento da cifose torácica foi observado em metade das atletas 50%, região que influência diretamente a cintura escapular e ombro, o desvio mais observado foi a escoliose torácica com 75%. Tabela 3. Desvios posturais observados nas atletas. Variáveis % Arco longitudinal medial plano 58,3 Crista ilíaca mais alta 66,6 Ombro mais alto 66,6 Aumento da lordose lombar 58,3 Aumento da cifose torácica 50,0 Ombros com protração 33,4 Ombros com rotação medial 33,4 Aumento da lordose cervical 41,6

Jose Bassan Franco, Paulo Adolfo Lucheta, Leandro dos Santos Teixeira 39 Continuação Tabela 3 Variáveis % Protração da cabeça 41,6 Articulações dos tornozelos com valgo 58,3 Retropé tendão de Aquiles desalinhado 50,0 Articulações do joelho com valgo 16,6 Articulações do joelho com varo 16,6 Coluna lombar (Convexidade) 16,6 Coluna torácica (Convexidade) 75,0 Ângulos inferiores da escápula mais alto 41,6 Abdução escapular 41,6 Anteversão pélvica 41,6 5. DISCUSSÃO No presente estudo pode-se observar que 33,4% das atletas relaram já ter sofrido algum tipo de lesão ocasionada pela prática do voleibol, destas, 8,3% relataram ter sofrido algum tipo de lesão na região de punho e mão, 8,3% na região de tornozelo e pé, 16,6% na região de joelho e 16,6% na região do ombro. Foi observado também se houve relação entre disfunção do ombro e desvio postural de abdução escapular. Das 16,6% das atletas que relataram já ter sofrido algum tipo de lesão do ombro apenas 8,3% apresentaram desvio de abdução escapular, isso pode ser explicado pelo limitado número de atletas avaliadas no estudo. Os desvios posturais mais observados nas atletas foram escoliose torácica com 75%, crista ilíaca mais alta com 66,6%, ombro mais alto com 66,6%, aumento da lordose lombar com 58,3%, arco longitudinal medial plano com 58,3%, e aumento da cifose torácica com 50%. Oliveira e Deprá (2005) afirmam em seus estudos que os atletas de voleibol realizam muitos movimentos rápidos de flexão seguidos de uma hiperextensão, o que poderia justificar o alto índice de hipercifose torácica encontrada nessas atletas, ou ainda acentuar uma hipercifose já existente, alterando um bom posicionamento dos membros superiores e ombro. Essas regiões são influenciadas pelos desvios das escápulas e da coluna torácica gerando alterações no posicionamento da articulação glenoumeral podendo levar essas atletas a lesões e dores crônicas (KENDALL, 2007). Foi observado que o pé obteve um alto índice de desvios do arco longitudinal plano e articulações dos tornozelos com valgo com 58,3%. Durante o estudo, essas atletas

40 Projeto para prevenção de lesões do ombro em atletas de voleibol bom alinhamento corporal estabelecendo uma base de suporte (KENDALL, 2007). A coluna lombar e a pelve, seguimentos que influenciam diretamente a coluna torácica, também obtiveram altos índices de desvio, 41,6% das atletas apresentaram anteversão pélvica e 58,3% apresentaram aumento da lordose lombar. A proposta de prevenção para os desvios posturais que geram desarranjos osteomúsculo-ligamentares na região do ombro será feita no nível primário de prevenção, que segundo Deliberato (2002), é realizado quando o organismo ainda se encontra em um estado de equilíbrio, quando o estado de saúde é ótimo ou no mínimo sub-ótimo visando manter o estado de equilíbrio do organismo. Foi observado um alto índice de ombros protraídos e rotação medial dos ombros 33,4%, os músculos peitoral maior e peitoral menor, atuam estabilizando esse tipo de desvio a contração do músculo peitoral menor pode futuramente levar a entorpecimento do membro superior uma vez que todo o plexo braquial e a artéria braquial passam logo abaixo da fixação desse músculo, abaixo do processo coracóide podendo comprimir essas estruturas (CLAY; POUNDS, 2008). O músculo peitoral maior também deve ser alongado manualmente pelo terapeuta conseguindo se assim um alongamento mais efetivo alongando todas as suas fibras, claviculares, esternocostais e abdominais. A coluna cervical obteve um alto índice de desvios, aumento da lordose e protração da cabeça com 41,6% cada. Esses desvios associados à contração dos músculos posteriores da cabeça, músculo trapézio fibras superiores, músculo esplênio da cabeça e o músculo semi-espinal da cabeça podem gerar dores no pescoço e dores de cabeça (CLAY; POUNDS, 2008). Foram desenvolvidos alguns exercícios simples para a região da cintura escapular, coluna torácica, e citadas algumas regiões que deverão ser melhor observadas. Esses exercícios deverão ser supervisionados por um fisioterapeuta que deverá examinar melhor essas atletas por meio de exames de comprimento e força muscular desenvolvendo exercícios específicos para cada atleta. Esse tipo de postura ativa os pontos-gatilho miofasciais (PGMs) causando uma contração crônica sem o seu devido período de relaxamento e enfatiza que além do tratamento dos PGMs cervicais posteriores deve se eliminar as causas do desalinhamento postural para se obter os resultados satisfatórios e alívio das dores a longo prazo (CLAY; POUNDS, 2008). Nesse tipo de postura os músculos elevadores da escápula e esternocleidomastóideo também se encontram encurtados e devem ser alongados. Foram

Jose Bassan Franco, Paulo Adolfo Lucheta, Leandro dos Santos Teixeira 41 atua estabilizando a escápula, que além de boa mobilidade deve apresentar uma boa estabilidade. E o fortalecimento dos músculos trapézio médio e inferior que se encontram alongados e fracos no tipo de postura apresentado pelas atletas (HALL; BRODY, 2008). Foi observado nas atletas de voleibol avaliadas um alto índice de desvios da região pélvica, região que deve ser cuidadosamente observada, pois seus desvios geram alterações na coluna torácica que influencia diretamente as escápulas, membros superiores e ombro, 41,6% das atletas apresentaram anteversão pélvica, esse tipo de postura estira as fibras laterais do músculo oblíquo externo, sendo fundamental um trabalho de fortalecimento dessa musculatura. Outro músculo extremamente importante nos programas de prevenção é o músculo transverso do abdome devido à função que exerce estabilizando o complexo lombo-pelve-quadril. Em estudos realizados com eletromiografia (EMG), foi observado que esse músculo é o primeiro a ser ativado em relação ao músculo sinergista do movimento se antecipando em relação aos outros músculos abdominais e estabilizando o tronco, esse fato é denominado feedforward. O músculo transverso do abdome entra em ação na coluna quando são executados movimentos rápidos de pequenas amplitudes do tronco e quando há movimentos dos membros atuando na estabilização dinâmica (LEMOS; FEIJÓ, 2005). Por isso os autores entendem que exercícios de fortalecimento dessa musculatura são de extrema importância para essas atletas devido ao constante e repetitivo treino de ataque, onde são realizados movimentos rápidos de flexão, seguidos de uma hiperextensão do tronco classificados como arqueadores do dorso (OLIVEIRA; DEPRÁ, 2005). Na região pélvica devem ser observados todos os músculos que se opõem entre si, o alinhamento dessa região é de extrema importância para o alinhamento geral do corpo (KENDALL, 2007). O fortalecimento dos multífidos também é de total importância. Dentre as suas características anatômicas mais importantes, está a de estabilizar os seguimentos vertebrais ajudando no controle da movimentação de toda coluna vertebral (BOJADSEN et al., 2001), seu fortalecimento é muito empregado nos tratamentos da lombalgia. Outro problema que as atletas podem vir a desenvolver futuramente devido ao alto índice de desvios observados nessa região é o aumento da lordose lombar 58,3%, anteversão pélvica 41,6%, convexidade da coluna lombar 16,6%. Devido ao número elevado de movimentos do ombro que as atletas realizavam durante os treinos e os desvios posturais que as mesmas apresentavam, surgiu o interesse

42 Projeto para prevenção de lesões do ombro em atletas de voleibol cheguem futuramente ao nível profissional, com um número mínimo de lesões prolongando uma carreira esportiva e melhorando a saúde, minimizando o stress fisiológico associado aos desvios cinesiológicos que a prática do esporte sistematizado causa. CARTILHA PROGRAMA PARA PREVENÇÃO DE LESÕES DO OMBRO EM ATLETAS DE VOLEIBOL EXERCÍCIOS ELABORADOS EXERCÍCIO DE RETIFICAÇÃO E FORTALECIMENTO DOS PARAVERTEBRAIS TORÁCICOS Usando bola e bastão, a atleta é posicionada na posição sentada sobre a bola e é instruída a realizar uma flexão dos ombros acima de 90º três séries com 10 repetições. ALONGAMENTO DOS MÚSCULOS PEITORAL MAIOR E MENOR Para o músculo peitoral menor, o alongamento assistido foi o escolhido, com o individuo em decúbito dorsal sobre uma maca, joelhos flexionados e pés apoiados sobre a maca o terapeuta pressiona o ombro para trás e para baixo a posição deve ser mantida por 60 segundos. O músculo peitoral maior também deve ser alongado manualmente pelo terapeuta conseguindo se assim um alongamento mais efetivo, alongando todas as suas fibras, claviculares, esternocostais, e abdominais. O terapeuta deve manter o alongamento por 20 segundos em cada região. ALONGAMENTO DO MÚSCULO TRAPÉZIO FIBRAS SUPERIORES A atleta senta se na maca com o corpo ereto com os ombros em bom alinhamento, em seguida a atleta faz uma pressão com as mãos sobre a maca estendendo os cotovelos e eleva as nádegas da maca para cima e retorna lentamente à posição inicial, três séries e manter por 20 segundos. ALONGAMENTO DOS MÚSCULOS POSTERIORES DA CABEÇA E RETIFICAÇÃO DA COLUNA CERVICAL A atleta é posicionada em decúbito dorsal com as mãos para cima ao lado da cabeça e a região lombar retificada, em seguida a mesma pressiona a cabeça para trás e o queixo para baixo com os músculos anteriores retificando o pescoço, três séries manter por 20 segundos. ALONGAMENTO DO MÚSCULO ELEVADOR DA ESCÁPULA O músculo elevador da escápula deve ser alongado manualmente pelo terapeuta. A atleta é posicionada em decúbito lateral na maca com o cotovelo posicionado no abdome do terapeuta, que coloca suas mãos espalmadas sobre a escápula e aplica uma força rotacional para cima. Nesse tipo de alongamento o músculo rombóide também é alongado, três séries manter por 20 segundos. ALONGAMENTO DO MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO Para o músculo esternocleidomastóideo a atleta deve sentar-se em uma cadeira com as mãos segurando o assento, em seguida a atleta deve virar a cabeça para ambos os lados utilizando os rotadores do pescoço opostos, três vezes cada lado mantendo por 20 segundos. FORTALECIMENTO DO MÚSCULO SERRÁTIL ANTERIOR O fortalecimento do músculo serrátil anterior deverá ser feito em decúbito dorsal com deslizamento dinâmico do braço. A atleta é posicionada em decúbito lateral com dois a três travesseiros adiante da cabeça e dos ombros, flexionar os quadris e joelhos, apoiar o braço sobre os travesseiros com o cotovelo flexionado segurar uma faixa elástica em sua mão e prender a outra extremidade ao pé de cima, em seguida a atleta deve deslizar o braço para cima em direção a cabeça e abaixar lentamente, três séries com 10 repetições. FORTALECIMENTO DO MÚSCULO TRAPÉZIO MÉDIO E INFERIOR Para o fortalecimento dos músculos trapézio médio e inferior, a atleta é posicionada em decúbito ventral com os cotovelos levantados, em seguida deve levantar minimamente os cotovelos relaxando os músculos posteriores do pescoço e contraindo a região entre as escápulas (trapézio médio e inferior), manter a contração por cinco segundos, retornar e repetir o movimento, três séries com cinco repetições.

Jose Bassan Franco, Paulo Adolfo Lucheta, Leandro dos Santos Teixeira 43 6. CONCLUSÃO Foi concluída nesse estudo, que devido à biomecânica do voleibol as atletas estão sujeitas a desenvolver lesões, desvios posturais, e dores músculo esqueléticas. Não foi encontrada relação entre disfunção do ombro e desvio postural de abdução escapular. Foi desenvolvida uma cartilha com alguns exercícios como forma de prevenção primária que podem amenizar esses desvios, mas uma avaliação mais completa e detalhada deverá ser feita por um fisioterapeuta. Os programas de prevenção com exercícios corretivos são extremamente importantes, esse acompanhamento deve começar ainda nas categorias infantis para que essas atletas não sofram de problemas gerados pelo esporte sistematizado e não venham a encurtar uma carreira esportiva devido às lesões. REFERÊNCIAS ARENA, S.S.; CARAZZATO, G.J. A relação entre o acompanhamento médico e a incidência de lesões em atletas jovens de São Paulo. Rev. Bras. Med. Esporte., v.13, n.4, p.217-221, 2007. MOCHIZUKI; MOTA; SERRÃO; AMADIO. Estudo eletromiográfico dos mm. Multífidos na coluna lombar e torácica durante a fase de apoio da marcha. Rev. Bras. Biomecânica., v.2, n.2, p.53-60, 2001. RODRIGUES, D.C.M.; VENTURINI, C. Estudo da associação entre dor e desempenho funcional do membro superior de jogadores de vôlei. Rev. Bras. Cie Mov., v.15, n.4, p.15-20, 2007. CLAY, H.J.; POUNDS, D.M. Cabeça, Face e Pescoço. In: CLAY, H.J.; POUNDS, M. David. Massoterapia Clínica: Integrando Anatomia e Tratamento. 2.ed. Barueri: Manole, 2008. n.3. p.61-114. DELIBERATO, P.C.P. Níveis de prevenção. In: DELIBERATO, P.C.P. Fisioterapia Preventiva: Fundamentos e Aplicações. 1.ed. Barueri: Manole, 2002. n.1. p.3-6. EJNISMAN, Benno; ANDREOLI, Carlos V.; CARRERA, Eduardo F.; ABDALLA, Rene J.; COHEN, Moisés. Lesões músculo-esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de lesão, diagnóstico e retorno à prática esportiva. Rev. Bras. Ortop., v.36, n.10, p.389-393, 2001. FAGGIONI, I.R.; LUCAS, D.R.; AL GAZI, F.D. Síndrome do pinçamento no ombro, decorrente da prática esportiva: uma revisão bibliográfica. Rev. Ed. Fis. UNESP., v.11, n.3, p.211-215, 2005. HALL, M.C.; BRODY, T.L. Deficiência da postura e do movimento. In: HALL, M.C. Exercício Terapêutico: Na Busca da Função. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. n.9. p.170-185. KENDALL, P.F.; Postura. In: KENDALL, P.F. et al. Músculos Provas e Funções: com postura e dor. 5.ed. Barueri: Manole, 2007. n.2. p.49-118. LEMOS, A.M.; FEIJÓ, L.A.A. Biomecânica do transverso abdominal e suas múltiplas funções. Fisioterapia Brasil., v.6, n.1, p.66-70, 2005. OLIVEIRA, M.S.; DEPRÁ, P.P. Análise Postural: Um estudo em atletas juvenis. Rev. Ed. Fis. UEM., v.16, n.2, p.163-170, 2005. VOLPON, J.B.; MUNIZ, A.A.S. Resultado do tratamento cirúrgico do pinçamento do manguito rotador do ombro pela descompressão subacromial. Rev. Bras. Ortopedia., v.32, n.1, p.65-69, 1997.

44 Projeto para prevenção de lesões do ombro em atletas de voleibol Jose Bassan Franco Graduação em Fisioterapia pela Universidade do Sagrado Coração (2000) e Especialização nível Lato Sensu em Fisioterapia Desportiva pela Universidade Metodista de Piracicaba (2001). Atualmente é professor da disciplina de Ortopedia e Traumatologia e supervisor de Estágio em Fisioterapia Desportiva da Faculdade Anhanguera de Bauru, fisioterapeuta e responsável técnico da clínica Reability-Centro de Reabilitação Esportiva e Fisioterápica de Bauru. Paulo Adolfo Lucheta Fisioterapeuta, professor da Faculdade Anhanguera de Bauru, graduação pela Universidade do Sagrado Coração (2003). Doutorando em Fisiopatologia em Clínica Médica na Área de ciências da Saúde pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp - Botucatu. Mestre em Fisiopatologia em Clínica Médica na Área de ciências da Saúde pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp - Botucatu. Especialista em fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Centro Brasileiro de Estudos Sistêmicos. Fisioterapeuta do Hospital Estadual Manoel de Abreu de Bauru. Leandro dos Santos Teixeira Acadêmico do quarto ano do curso de fisioterapia da Faculdade Anhanguera de Bauru/SP.