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Transcrição:

SERVIÇO DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA HOSPITALAR HU/CAS-UFJF COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR CCIH SCIH ROTINA DE HIGIENE E LIMPEZA DO AMBIENTE HOSPITALAR ENFERMEIRA: MARIA LUCIA MORCERF BOUZADA MERCIA GUADALUPE RAMOS COLABORADORES: ENCARREGADO DO SERVIÇO DE HIGIENE E LIMPEZA, WELERSON OLIVEIRA CLEMENTE ROBISON LEOPOLDINO BARBOSA Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 1 de 31

JANEIRO 2010 INTRODUÇÃO A limpeza hospitalar é uma das medidas eficazes de prevenção e controle para romper a cadeia epidemiológica das infecções. A disseminação de vírus, de bactérias e de diversos fungos se dá através do ar, da água e das superfícies inanimadas. A limpeza e a desinfecção com um desinfetante são eficazes em reduzir a infecção cruzada, veiculada pelo ambiente. A água por si só, não faz a limpeza de forma eficiente, ela não é bem absorvida pela superfície onde é aplicada (formação de gotas). Para melhorar a eficiência da água na remoção da sujeira adicionam-se a ela substâncias, como o sabão ou detergente, de tal modo que ela se espalhe, promovendo o contato mais íntimo com a superfície a ser limpa. As paredes, janelas, portas e tetos têm pouca relação com a transmissão de infecção hospitalar. A limpeza de rotina é necessária, mas não exige uma freqüência tão grande como o piso, o mobiliário e os equipamentos. Deve ser estabelecida uma rotina de limpeza periódica, de acordo com a área hospitalar em que se encontram e sempre que houver sujidade visível. FINALIDADES DO SERVIÇO DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA A principal finalidade do Serviço de Higienização e Limpeza é preparar o ambiente, manter a ordem, proporcionando maior segurança favorecendo o bom desempenho das ações a serem desenvolvidas, melhorando assim, a qualidade dos serviços. O Serviço de Higiene e Limpeza tem como principais finalidades: Manter o ambiente limpo; Prevenir infecções hospitalares; Conservar equipamentos; Prevenir acidentes de trabalho. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A LIMPEZA: De cima para baixo; Do mais distante para o mais próximo; De dentro para fora; da enfermaria; De trás para frente, sentido único. II. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES: Para tirar a duvida entre a necessidade de limpeza ou desinfecção, o ambiente hospitalar foi classificado de acordo com o risco de contaminação em áreas: Críticas, Semicríticas e Não-Críticas. Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 2 de 31

1. Áreas Críticas: UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA São aquelas onde há maior reunião de pacientes graves (baixa resistência), maior número de procedimentos invasivos e, portanto, maior número de infecções: Centro Cirúrgico; Unidade de Tratamento Intensivo (UTI); Quartos de isolamento; Salas de pequenas cirurgias; Unidade de Transplante;TMO Berçário; Hemodiálise; Laboratórios; Banco de Sangue; Lavanderia (área suja). Cozinha 2. Áreas Semicríticas: São aquelas onde os pacientes se encontram internados, mas com risco de transmissão de infecção menor: Enfermarias em geral; Ambulatórios; Pronto Atendimento; Banheiros. Rx 3. Áreas não Críticas: São todas as áreas hospitalares onde não há risco de transmissão de infecção, não ocupadas por pacientes, ou destinadas a exames clínicos: Almoxarifado; Diretoria; Coordenação de Ensino e Pesquisa; Departamento Pessoal; Recepções; Salas de aula; Serviços de apoio, CCIH, Comissão de Prontuário, etc; Setores Administrativos em geral. Freqüência da Limpeza: Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 3 de 31

Em áreas críticas, duas vezes ao dia (ao iniciar os plantões) e quando necessário; Em áreas semicríticas uma vez ao dia e quando necessário; Em áreas não-críticas uma vez ao dia e quando necessário; LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE AMBIENTE: Independente da área a ser higienizada, é fundamental que haja remoção mecânica da sujidade ou da matéria orgânica. É importante diferenciar os termos limpeza e desinfecção, para evitar confusões que possam comprometer o processo de desinfecção. Limpeza/lavagem: é a remoção de sujidade do piso, de paredes, teto, mobiliário e equipamentos, utilizandose água e detergente. Esse processo é fundamental para que a desinfecção se processe adequadamente. Desinfecção: é o processo de destruição de microrganismos patogênicos na forma vegetativa existente em superfícies inertes, mediante a aplicação de agentes químicos ou físicos. 1. Tipos de Limpeza: Limpeza Concorrente: é realizada diariamente, ou quando necessário, em todas as unidades, inclusive na presença de pacientes. Material: água com detergente, desinfetante álcool 70%, hipoclorito 1%, quaternário de amônia Limpeza Terminal: é realizada após alta, óbito ou transferência do paciente. Tem por finalidade a redução da contaminação do ambiente, bem como a preparação segura e adequada para receber um novo paciente. Material: água com detergente, desinfetante álcool 70%, hipoclorito 1%, quaternário de amônia. Desinfecção Concorrente: é realizada após contaminação com material orgânico (fezes, urina, vômito, sangue, secreções). Retirar o material orgânico, passar hipoclorito 1% deixar agir por 10 minutos, enxaguar, lavar com água e sabão, enxaguar, repetir o processo com hipoclorito 1%. Material: água com detergente, desinfetante álcool 70%, hipoclorito 1%, quaternário de amônia. Desinfecção Terminal: é realizada após limpeza terminal quando da alta, óbito ou transferência do paciente. Material: água com detergente, desinfetante álcool 70%, hipoclorito 1%, quaternário de amônia 2. Procedimento da Limpeza A limpeza é feita apenas com água e sabão usando-se, inicialmente, o pano úmido (varredura úmida), para recolhimento de resíduos, seguindo de limpeza com água e sabão, retirando toda a sujidade, e enxágüe. Utilizar sempre dois baldes, de cores diferentes. Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 4 de 31

2.1. Regras Básicas: UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Paredes: de cima para baixo; Tetos: utilizar uma direção única, iniciando do fundo da sala para a saída; Piso de enfermarias, quartos e salas: limpar em sentido único, evitando o vaivém, iniciando do fundo para a porta de saída; Piso de corredores, escadas e hall: sinalizar a área, dividindo-a em 2 faixas, possibilitando o trânsito em uma delas; Usar sempre dois baldes: um com água, outro com água e sabão líquido; Ao proceder a limpeza evitar derramar água no chão; Usar sempre panos limpos; Usar sempre panos diferenciados para móveis, paredes, chão, pias e vasos sanitários; Manter os equipamentos de limpeza limpos e secos; Comunicar a chefia imediata sempre que houver estragos nos móveis e equipamentos; Zelar pela manutenção dos móveis e equipamentos; Usar Equipamentos de Proteção Individual: luvas de borracha grossas e longas, botas de borracha, avental impermeável, quando necessário; Nunca varrer superfícies a seco, evitando assim a dispersão de microorganismos e partículas de pó; Utilizar luvas de borracha de cores diferenciadas para a limpeza, por exemplo, de pisos e banheiros / camas, berços e bancadas; Não colocar panos e ou tapetes nas portas dos ambientes do hospital. 2.2. Técnicas de Limpeza com Água e Sabão Utilizando dois Baldes: A técnica de limpeza utilizando dois baldes tem por objetivo estender o tempo de vida útil do detergente, diminuindo o custo e a carga de trabalho. A. Limpeza com pano úmido Utilizado na limpeza de superfícies impermeabilizadas (mobiliário, pisos, vidros, paredes, tetos, luminárias, equipamentos). Procedimento Preparar dois baldes, um com água e detergente e outro apenas com água; Mergulhar o pano no balde com água e detergente, torcendo-o bem para retirar o máximo possível de água (substitui a operação de remover o pó seco, e ao mesmo tempo promover a limpeza); Abrir o pano umedecido, dobrando-o em 2 ou 4; Limpar as superfícies, desdobrando o pano para utilizar todas as dobras limpas; Limpar em faixas paralelas, com movimentos ritmados, longos e retos; (nunca usar o pano fazendo vai e vem); Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 5 de 31

Lavar o pano no balde que contém apenas a água, após utilizar todas as dobras; Voltar a mergulhar o pano no balde com água e sabão, para se necessário, reiniciar o procedimento de limpeza; Repetir a operação quantas vezes necessárias para promover a limpeza; Trocar a água dos baldes sempre que visivelmente sujas, quantas vezes forem necessárias; Jogar a água suja no expurgo, nunca nos vasos sanitárias ou pias; Limpar e guardar todo o material após o uso; Lavar as mãos antes de seguir para outra enfermaria. 2.3. Limpeza Concorrente É a limpeza feita nas dependências hospitalares enquanto ocupadas por pacientes, ao iniciar a jornada de trabalho, ao término de procedimentos. Deve ser seguida pela Limpeza de manutenção sempre que necessária.( voltar ao quarto para reposição de apapel higiênico, papel toalha e sabonete) Procedimento Recolher das mesas, bancadas, etc., todo material a ser desprezado; Preparar dois baldes, um com água e sabão, outro apenas com água; Limpar as mesas, bancadas, etc., umedecendo o pano com água e sabão detergente ou sapólio, utilizando a técnica do pano úmido; Passar pano úmido embebido em água pura duas vezes ou mais se necessário para retirar todo o sabão; Não misturar os panos de limpeza de bancadas com os de limpeza do chão; Retirar as luvas de limpeza de bancadas e lavar as mãos; Colocar as luvas destinadas à limpeza do chão; Proceder à limpeza do chão com água e sabão usando a técnica do pano úmido; Utilizar movimentos retos e paralelos, obedecendo ao sentido do interior para a porta de saída dos ambientes; Lavar o pano no balde com água pura; Passar o pano úmido com água pura para retirar todo o sabão quantas vezes for necessário. 2.4. Limpeza Terminal É a limpeza feita após alta, óbito ou transferência do paciente, ou a cada 15 dias quando da internação prolongada. Procedimento Proceder como indicada na Limpeza Concorrente acrescentando a limpeza do piso com máquina; Incluir a limpeza criteriosa da unidade do paciente. A. Limpeza da Unidade do Paciente com Água e Sabão Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 6 de 31

No que diz respeito à limpeza da unidade do paciente estão incluídos: a cama, o suporte de soro, a escadinha, a mesinha de cabeceira, a mesa de refeição, o cesto de lixo e demais mobiliários utilizados durante a assistência ao paciente. Procedimento Preparar dois baldes, um com água e sabão e outro apenas com água; Colocar o material sobre a mesinha ou cadeira; Calçar luvas; Embeber o pano em água e sabão e fazer a limpeza de toda a superfície do colchão, Cabeceira, bordas, estrados e pés da cama, repetindo a operação tantas vezes quantas necessárias; Utilizar um sentido único na limpeza, evitando o movimento de vaivém; Dobrar o colchão fazendo a sua limpeza e da parte interna do estrado, procedendo da mesma forma com o outro lado da cama e do colchão; Manter o colchão dobrado como indicação de que a unidade do paciente passou por limpeza terminal; Elevar os pés e cabeceira da cama fazendo a limpeza da parte que fica sob o estrado; Lavar o pano no balde com água limpa sempre que sujo; Trocar a água dos baldes quantas vezes forem necessárias; Incluir na limpeza os suportes de soro, mesa de cabeceira, cadeiras, escadinhas e mesas de alimentação; Limpar criados e móveis permeáveis com pano úmido; Comunicar a Equipe de enfermagem ao termino da limpeza da unidade do paciente para que a mesma proceda a desinfecção com álcool a 70%. Observação: A enfermagem deverá desocupar o leito e solicitar a limpeza do mesmo nos casos de internação prolongada (15/15 dias), ou em menos tempo se achar necessário. B. Limpeza Semanal É a chamada faxina, que deve ser realizada criteriosamente 1 vez por semana, nas áreas críticas e semicríticas. Procedimento: Proceder como indicada na Limpeza Terminal incluindo a limpeza criteriosa de: teto, paredes, canalização e tubulação exposta, portas, mesas, bancadas, chão, ralos, baldes de lixos, material permanente (geladeiras, carrinhos de anestesia, de curativos, etc.). 2.5. Desinfecção Concorrente: A desinfecção de superfície está indicada quando em presença de matéria orgânica (fezes, urina, sangue, vômitos e secreções), antecedendo a limpeza das superfícies. Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 7 de 31

A. Soluções para Desinfecção de Superfície Álcool etílico a 70%; Hipoclorito de sódio a 1%; Nipo Bac (Glutaraldeído + quarternário e amônia). Procedimento Álcool a 70% Na desinfecção terminal da unidade do paciente o álcool a 70% deverá ser usado após limpeza terminal realizada pelos funcionários do SHL; O álcool a 70% é utilizado para desinfecção de equipamentos, bancadas, macas, superfícies metálicas e etc; Retirar o excesso da carga contaminante (matéria orgânica), se houver, com papéis absorventes ou panos velhos, sempre utilizando luvas; Proceder à limpeza com água e sabão em toda superfície, usando as técnicas de pano úmido; Embeber o pano no álcool e fazer 03 fricções locais por 30 segundos, deixando a superfície secar espontaneamente; Manter o frasco rotulado com nome da solução, validade, data da abertura e assinatura; O prazo máximo para uso da solução, após a abertura do frasco, é de 07 dias; Hipoclorito de sódio a 1% É utilizado na desinfecção terminal e Concorrente de pisos, paredes e banheiros, não devendo ser utilizado em artigos metálicos; É utilizado na desinfecção terminal após a limpeza terminal; Retirar o excesso da carga contaminante (matéria orgânica) com papéis absorventes ou panos velhos, sempre utilizando luvas; Desprezar o papel ou pano em saco plástico de lixo branco leitoso ou fazer desinfecção do pano em caso de necessidade de reutilizá-lo (neste caso encaminhar para a lavanderia); Aplicar a solução desinfetante por 10 minutos; Remover o desinfetante com pano úmido em água pura; Proceder à limpeza com água e sabão em toda superfície, usando as técnicas do pano úmido; Usar os EPIs necessários a este procedimento (avental impermeável, luvas de borracha com cano longo, botas, óculos e máscara); Lavar as mãos após a tarefa; Manter o frasco rotulado com nome da solução, validade, data da abertura e assinatura. Deve-se atentar para o prazo de validade da solução, determinado pelo Serviço de Farmácia; O Hipoclorito é utilizado na Desinfecção Concorrente ou Terminal das Áreas Críticas e Semicríticas, devendo ser realizada pelo pessoal do SHL após limpeza; Proceder à limpeza terminal da enfermaria (individual ou coletiva) e da unidade do paciente conforme descrito, não sendo necessário a etapa de Desinfecção com álcool a 70% e /ou Hipoclorito a 1%; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 8 de 31

2.6. Desinfecção Terminal UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Será feita após a limpeza, em situações de altas, óbitos, transferência, suspensão de medidas de isolamento e semanalmente: Procedimento Utilizar uniforme completo e EPI. Usar a técnica de Desinfecção Concorrente, quando na presença de matéria orgânica, seguida de limpeza semanal; Passar pano úmido com solução desinfetante (hipoclorito de sódio à 1%), em paredes, pisos, tetos, portas, janelas, etc., após a limpeza; Equipe de enfermagem: Passar pano úmido com solução desinfetante (álcool 70%), fricção por 03 vezes em mesas, bancadas, carrinhos de anestesia, unidade do pacientes, etc, após a limpeza terminal; Lavar as mãos ao término da tarefa; ROTINAS DE TRABALHO DO SERVIÇO DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA: 1. Materiais Utilizados na Limpeza 1.1. Espécie (Materiais de uso Exclusivo do Setor) Baldes (de cores diferentes); Carro: para transporte e guarda do material de limpeza; Desentupidor de pia e ralos; Escadas: diversos tamanhos; Enceradeiras; Latões de lixo (15, 35 e 100 litros); Palha de aço; Panos para limpeza (de mesa, pia, etc.); Pá de lixo (cabo longo e curto); Rodos de borracha (diversos tamanhos); Saco de plástico (cor branco leitoso para resíduo infectante, saco azul para o resíduo comum e saco vermelho para resíduo infectante de hemoderivados); Vassourinha (de piaçava para banheiros); Vassoura de piaçava (diversos tamanhos). 1.2. Uso e Reconhecimento do Material de Limpeza Baldes: De plástico, em cores diferentes. Ex: Azul para soluções detergente ou desinfetante e branco para água. Escadas: Do tipo doméstica, antiderrapante com degraus de borracha corrugado, com plataforma superior e dispositivo para colocar utensílios de limpeza. Panos-Esfregão: Pequenos sem fiapos de tecido, resistentes para limpeza manual (pano de saco fechado). Panos de Chão: De tecido forte e frouxo de tamanho suficiente para envolver o rodo ou a vassoura. Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 9 de 31

1.3. Agentes de Limpeza Água Veja Multiuso Lustra móvel Detergentes Desinfetantes Sabão Impermeabilizante UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Fixador do impermeabilizante Cera para móveis Polidor de metais Purificador de ar Água Sanitária Limpa Vidros Removedor Água: É utilizada para diluição do desinfetante e também para remover as sujeiras, resíduos de detergentes e sabões usados na limpeza. Sabões: Sua capacidade de limpeza varia em função da matéria-prima usada para sua fabricação. Os mais indicados são os sabões que contêm cloro, por seu alto poder de limpeza e desinfecção e desodorização de áreas. Ex: sabão em pó. Detergentes: Substâncias que facilitam a limpeza e eliminam as gorduras dos artigos e áreas. Desinfetantes: São usados para limpeza e desinfecção das áreas e artigos críticos e semicríticos. Ex: hipoclorito de sódio à 1% e álcool etílico à 70%. Impermeabilizante: O hospital só poderá ser impermeabilizado com impermeabilizante líquido e próprio. O hospital ou qualquer setor deverá ser encerado para fazer o tratamento de piso (evitar desgaste do piso); O piso só poderá será impermeabilizado após fazer a limpeza adequada; Dar brilho após 30 minutos; Nunca impermeabilizar com o piso sujo, pois poderá impregnar sujidade, tornando mais difícil a retirada da sujidade. Removedor: Utilizado na limpeza terminal, para remoção de impermeabilizante e sujidades impregnadas, diluído conforme orientação do fabricante. 2. Higiene Pessoal e Equipamentos de Proteção Individual EPI s: Uniforme: limpo e passado (Unisex oferecido pelo Hospital); Bota de borracha: usar para todos os procedimentos e mantê-la sempre limpa e seca /guardar no armário; Luvas de borracha grossa e longa (02 pares com cores diferenciadas): Mantê-la limpa, observar furos, lavar no final do plantão / não pegar na maçaneta, telefone ou qualquer objeto com luva; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 10 de 31

Avental impermeável; Gorros; Óculos de acrílico; UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Cuidado ao recolher lixo e em caso de acidente notificar a chefia imediata; Manter vestiário (armário) sempre limpo; Não trazer criança para o hospital (a mesma pode adquirir doenças). 3. Guarda de Material Depósito de Materiais e Limpeza DML: Local para guarda e limpeza do material com: Pia: para lavagem das mãos; Tanque: para limpeza do material; Dispositivo: para pendurar vassouras, rodos e pás; Prateleiras: para baldes, bacias, pequenos utensílios, produtos de limpeza; Desinfetantes: devidamente rotulados e tampados; o rótulo deve incluir data de início do uso e nome da substância. 4. Limpeza do Material em Uso Todo o material de limpeza e o local de guarda devem ser lavados e desinfetados e secos após o uso; Pá de lixo: Após o uso, lavar com sabão e deixá-la guardada apoiada na parede (pendurada pelo cabo); Balde: Após o uso, lavar com sabão e guarda-lo com boca para baixo; Enceradeiras: Devem ser limpos com pano úmido e guardados em local próprio; Rodo: Limpar a borracha e guarda-lo em local fresco fora da água. Não deixar produtos e materiais de limpeza nos quartos ou banheiros dos pacientes. Estes materiais devem ser guardados, depois de lavados, na sala específica para a guarda dos mesmos; Panos: Deverão ser encaminhados à lavanderia após o uso, não devem ser deixados de molho de um dia para o outro, evitando assim a proliferação de microorganismos; O local de guarda do material não deverá ser utilizado para outros fins como, por exemplo, para alimentação; Lavar as mãos após cada limpeza; CONDUTAS ROTINEIRAS: a) Os materiais, equipamentos e utensílios de limpeza, como carrinhos, baldes, recipientes plásticos, rodos, escovas, pás de lixo, vassouras de nylon e escadas utilizadas nas lavagens dos ambientes, etc. devem ser lavados com água e sabão ao final de cada turno de trabalho e postos para secar. As escovas e vassouras devem ser dependuradas pelo cabo, ou seja, com as cerdas para baixo; b) Os panos de chão além de lavados devem ser desinfetados com hipoclorito em tanque específico, localizado no DML (Depósito de Material de Limpeza). c) Utilizar somente soluções químicas padronizadas e que tenham sido registradas ou notificadas no Ministério da Saúde. Estas soluções devem ser guardadas em local arejado, protegidos do calor e da luz solar; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 11 de 31

d) As soluções químicas que requeiram diluição devem ser preparadas nas quantidades necessárias à realização do serviço e a cada início de jornada de trabalho, conforme padronização estabelecida. Atentar para o fato de que o hipoclorito a 1% e o álcool a 70% já são fornecidos nessa concentração; e) Os recipientes utilizados pelos funcionários do Serviço de Higienização, contendo soluções químicas fracionadas, ou seja, fora dos recipientes originais, devem ser rotulados com etiqueta especificando o conteúdo, mantidos fechados (sendo abertos apenas no momento de uso) e devem estar sempre limpos. Antes de se fazer nova reposição das soluções, estes recipientes devem ser previamente lavados internamente e externamente; f) O Depósito de Material de Limpeza (DML), que é o local de apoio ao Serviço de Higienização, deve ser mantido sempre limpo e organizado. As vassouras para as lavagens, bem como os rodos e as pás devem ficar pendurados em suportes. Os baldes, soluções químicas, materiais de uso diário e EPI S devem ficar guardados em prateleiras ou armários. Os EPI s devem estar devidamente identificados com os nomes dos funcionários e acondicionados secos em sacos plásticos ou recipientes plásticos com tampas. O tanque para lavagem dos panos de chão deve ser rigorosamente lavado ao final de cada turno de trabalho e sempre que necessário. O suporte com papel-toalha e o dispensador com sabão líquido devem estar sempre limpos e abastecidos para que as mãos sejam lavadas ao final dos procedimentos; g) A copa deve ser mantida limpa e organizada, com todos os recipientes higienizados e dessa forma ser passada ao final de cada turno de trabalho. Todos devem colaborar com a higienização e organização desse local; h) A área externa deve ser limpa rotineiramente, lavando os pátios pelo menos uma vez por semana A. Cuidado com Enceradeira: Ao usar as mesmas limpar; Não jogar água em cima; Não bater na enceradeira; Não deixar o fio esticado; Não deixar o disco por baixo; Não passar enceradeira quando estiver dando brilho com chão molhado; Enxugar o fio da mesma; Não colocar o plugue na tomada com as mãos molhadas; Não poderá jogar água em alta distância, ou seja, com o corpo reto (inclinar-se); As enceradeiras não poderão ser entregues sujas. 5. Revisão no Final de Tarde: Usar um pano com rodo; Usar saco; Usar papel higiênico; Usar balde com água; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 12 de 31

Recolher todos os lixos dos cestos; Passar um pano úmido na enfermaria; Conforme a situação do banheiro, lavar o mesmo com água e sabão; Não deixar faltar papel higiênico nos banheiros; Não deixar o ambiente sujo ou passar o serviço desorganizado; As enfermarias terão que estar limpas para funcionário do noturno. 6. Orientações Gerais: 6.1. Pedido de Materiais: A solicitação de materiais é feita à coordenação de limpeza, que libera atendendo necessidades. 6.2. Solicitação de Serviços de Manutenção: Os serviços de manutenção observados pelo funcionário devem ser comunicados à coordenação que tomara as devidas providências. Quando necessária manutenção fará o recolhimento do equipamento estragado ou inutilizado. 6.3. Relação entre os Diversos Setores: A limpeza, recepção, enfermagem, manutenção e outros setores que, dependendo da sua interligação e trabalho em equipe, são responsáveis pelo sucesso ou fracasso dos serviços prestados pelo hospital. A recepção depende de apartamentos limpos e em ordem para fazer a internação, a enfermagem só pode liberar apartamentos quando estes estiverem em condições de serem ocupados necessitando da limpeza e manutenção dos mesmos. Deve haver comunicação clara entre os diversos setores para evitar constrangimentos que venham deixar clientes insatisfeitos. 6.4. Circulação e Roteiro do Funcionário no Hospital: A definição de um roteiro e uma rotina de trabalho para o funcionário da limpeza economiza tempo e materiais. Padronizando assim o trabalho, de maneira a obter melhor qualidade. 6.5. Etiqueta / O Que Evitar: Gestos, palavras, modos que denotam descuido, desleixo pessoal, como: coçar o nariz, vestir roupa mal cuidada etc. Reclamações e descontentamentos freqüentes com coisas de pequena importância; Snobismo, presunção e arrogância; Fofocas e maledicências; Indiferenças e negativismo; 6.6. O Que Ressaltar: Cooperação; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 13 de 31

Interesse pelo o que faz; UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Cuidado pessoal e disciplina; Consciência das próprias limitações; Otimismo e alto confiança; Ética profissional. 6.7. Dever do Funcionário: Chegar às 6:00 horas;6:15 o funcionário já terá que ter iniciado o trabalho O mesmo terá até :15 MINUTOS para o lanche; 6.8. Obrigação do Funcionário: Chegar e receber o serviço; O plantão terá que ser passado detalhadamente; Se for necessário passar enfermaria por enfermaria; Não deixar o lixo no corredor; 6.9. Materiais que Serão de Uso Obrigatório (fornecidos pela empresa): Uniforme: Unisex; Equipamentos de Proteção Individual: Luvas, botas, máscaras, gorro, capote sempre que for solicitado pelo setor, etc; Materiais de Trabalho: Pano, balde, rodo, etc. 7. Princípios Básicos para a Limpeza: 7.1. Cuidado com Clientes e Funcionários: Sempre retirar as luvas quando for abrir ou fechar as portas; Quando for remover os móveis para limpeza fazê-lo sem luvas; Nunca colocar a mão no paciente estando com luvas; Não tocar no suporte do paciente com luvas; Evitar encostar-se ao paciente ao fazer a limpeza, principalmente quando estiver no pós-operatório. 7.2. O Que Não Devemos Fazer no Hospital no Sistema de Limpeza: Não usar vassoura para varrer o piso; Não jogar água em todo o piso; Não arrastar o lixo com o rodo; Não arrastar o lixo para o ralo; Não recolher o lixo com as mãos; Não arrastar o saco de lixo nos corredores; Não arrastar o lixo para o banheiro; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 14 de 31

Não pegar lixo de outra enfermaria e levar para a que vai ser limpa; Não esquecer de limpar todos os cantos; Não levar o material de limpeza do seu setor para outro; Não usar luvas cirúrgicas no local de trabalho, a não ser que haja uma necessidade; Não comer alimentos no período que estiver trabalhando; Não usar o seu horário de trabalho para fazer qualquer outro tipo de serviço que não seja o trabalho. Aos componentes do serviço de limpeza: É Proibido Prestar cuidados aos pacientes; Auxiliar em procedimentos próprios da equipe de enfermagem; Manusear medicamentos; Ajudar na alimentação dos pacientes; Controlar materiais pertinentes às atividades de enfermagem; Escrever ou anotar em impressos próprios de enfermagem; Levar e/ou buscar material de almoxarifado, farmácia, laboratório, banco de sangue, que não sejam para utilização de seu serviço específico; Atender telefone ou anotar recados que não sejam de seu serviço específico; Ausentar-se do local de trabalho para atender solicitação de terceiros, não pertinentes às suas funções. Cuidados importantes: Retirar jóias e adornos. O relógio não deverá ser usado nas áreas críticas e semicríticas; Ao entrar e sair da unidade do paciente (enfermaria, apartamentos ou suítes) lavar as mãos; Mantenha as unhas sempre aparadas e limpas, sem esmalte, cabelos curtos ou bem amarrados; USAR TOUCA Utilizar luvas de borrachas durante todas as tarefas; MAPEAMENTO DE LIMPEZA: É a divisão do hospital em áreas e a distribuição de funcionários observando necessidades, urgências e situações específicas: Ambulatório SUS; Centro de Diagnose e Imagem Posto de Enfermagem; Banheiros Públicos; Farmácia / Almoxarifado / Arsenal A; Isolamento; Berçário; Lavanderia - Serviço de Processamento de Roupa; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 15 de 31

Hemodiálise; Centro Cirúrgico; Serviço de Nutrição; UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Unidade de Terapia Intensiva - UTI; Central de Materiais e Esterilização - CME; Hemodinâmica; Raio X; Laboratório e Banco de Sangue; Administração; Limpeza dos Elevadores; Vestiários; Necrotério; Enfermarias; Abrigo de Resíduos; Recolhimento Lixo Geral do hospital; Limpeza do Abrigo de Lixo Limpeza Externa. * Setores que terão Materiais de Limpeza de uso Exclusivo no local: Unidade de Terapia Intensiva - UTI; Hemodinâmica; Hemodiálise; Elevador; Isolamento; Hemodiálise; Administração; Central de Materiais e Esterilização - CME; Capela da Hematologia (Farmácia); Centro Cirúrgico - CC; Setor de Radiologia - RX; Centro Médico - Consultórios; Laboratório; Banco e refeitório; Áreas contaminadas. 1. Recomendações Especiais de Limpeza e Desinfecção: Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 16 de 31

1.1. Banheiro: Limpeza e desinfecção diária UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Utilizar uniforme completo e EPI; Usar técnica do pano úmido com dois baldes em: portais, portas, vidraças e visores; Utilizar a técnica com água abundante, quando em presença de saída de água (ralos); Lavar as paredes do banheiro com água e sabão fazendo o uso do hipoclorito 1%; Usar escova para esfregar as partes de azulejos; Esfregar o piso com vassoura, principalmente os cantos; Jogar água com abundância; Lavar os materiais e as mãos no final da tarefa; Usar desinfetante todos os dias (hipoclorito a 1%). A. Pia: Lavar a pia com água e sabão; Usar sapólio depois de esfregar, fazendo uma fricção mecânica; Enxaguar. B. Vaso Sanitário: Lavar a parte externa dos vasos; Lavar a tampa; Enxaguar com água; Usar o hipoclorito em todas as limpezas dos banheiros. As buchas dupla face de limpeza dos vasos sanitários e pias devem de diferentes para evitar contaminação 1.2. Banheiros Públicos: de fora das enfermarias usados por pacientes e acompanhantes Lavar os banheiros públicos diariamente e todas as vezes que houver necessidade (conforme técnica descrita); Os mesmos não poderão ficar molhados; Usar a técnica que já foi citado para lavagem dos banheiros; Usar hipoclorito 1%. 1.3. Vestiários: Limpeza diária com água e sabão e desinfecção com hipoclorito 1% Limpeza semanal semanalmente. Fazer uma limpeza pesada a cada 15 dias; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 17 de 31

Lavar paredes, pias e vasos todos os dias; Recolher o lixo todo final de tarde. 1.4. Limpeza Geral dos Ralos: Duas vezes por semana lavar os ralos, ou seja, o esgoto; Usar vassoura de vaso para esfregar a parte interna e as bordas; Depois enxaguar com água até ficar branco; Jogar hipoclorito 1% todas às vezes da lavagem; Usar hipoclorito todos os dias ao fazer a limpeza. Observação: Ao fazer a limpeza não esquecer de recolher o lixo não deixando ir para os ralos. 1.5. Venezianas, Persianas, Vidraças, Cortinas e Carpetes: A. Venezianas e Persianas: Limpeza semanal com técnica do pano úmido; Limpar as esquadrias e vidros; Limpar as lâminas, uma a uma de cima para baixo, limpando bem os cantos, as partes externas e internas. 1.6. Portas, Telefones e Fios: A. Portas, Portais, Utilizar a técnica da limpeza semanal com pano úmido (na parte interna e externa, utilizar esponja de aço se necessário); B. Maçanetas e Puxadores: Fazer a desinfecção das maçanetas e puxadores friccionando álcool 70%; Lavar as mãos ao término da tarefa. C. Telefones e Fios: Limpar diariamente com pano úmido com água e sabão. Fazer a desinfecção friccionando álcool 70% (equipe de enfermagem). Geladeira: Limpeza semanal; Descongelar a geladeira; 15 em 15 dias Usar a técnica do pano úmido com água e sabão; Realizar após a limpeza a desinfecção com álcool 70% Limpeza interna e externa; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 18 de 31

Solicitar a Equipe de Enfermagem para esvaziar a geladeira, antes de desligá-la; Nas áreas administrativas solicitar a secretária que esvazie a geladeira. 1.8. Macas e Suportes de soro: Usar a técnica de limpeza diária com pano úmido com água e sabão; Efetuar a desinfecção diária, entre uso e semanal; Lavar as mãos ao término da tarefa. 1.9. Paredes: As paredes não há necessidade de lavar com grande quantidade de água; Usar uma bucha com sabão e água e esfregar depois enxaguar com um pano limpo; Fazer secagem; Não fazer estas limpezas com água suja, a água terá que ser sempre limpa. 1.10. Rodapé: Usar esponja de aço ou bucha especial; Esfregar todo o roda pé, com o removedor; Lavar o rodapé todas às vezes que realizar faxina semanal; Enxaguar e secar. 1.11. Piso: Recolher todo o lixo com varredura úmida, retirando todo lixo; Utilizar técnica do pano úmido e dois baldes para a limpeza; Jogar o removedor no piso e usar enceradeira para esfregar o piso (limpeza semanal); Enxaguar com água até ficar limpo; Secar e encerar; Dar brilho depois de 30 minutos. 1.12. Ventiladores, Lâmpadas e Extintores: Desligar o ventilador; Sempre que necessário procurar a manutenção; Retirar as poeiras dos extintores todos os dias; Os ventiladores serão limpos com pano úmido e escova, não deixando molhar; É obrigatória a limpeza diária dos ventiladores.para evitar dispersão de poeira contaminada 1.13. Saída de Ar de arcondicnado: Usar pano úmido para retirar as poeiras; Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 19 de 31

Não deixar o pano muito úmido. 1.14. Televisão: Usar um pano umido para fazer as limpezas das TV; Fazer este serviço todos os dias; Fazer o uso da escada; Se necessário tirar a mesma da tomada. 1.15. Sala de Curativo e Sala de Exame: Efetuar limpeza diária e desinfecção concorrente usando técnica do pano úmido, sempre que necessário; Efetuar limpeza terminal e desinfecção ao término da jornada de trabalho, usando a técnica do pano úmido; Lavar os materiais e as mãos ao término da tarefa. 1.16. Escadas, Corredores e Hall Área de Circulação Contínua (Trânsito): Utilizar a técnica de limpeza diária com pano úmido; Iniciar a limpeza de cima para baixo (escadas), usando barreira (linha imaginária) para isolar a parte a limpar, deixando a outra parte para circulação; mudar a barreira e efetuar a limpeza das outras partes. 1.17. Teias de Aranha Geral: Retirar telhas de aranha todos os finais de semana; Passar a vassoura retirando os insetos; Pedir licença para as pessoas que estiverem circulando na unidade. 2. Enfermarias: 2.1. Limpeza Diária: Começar do limpo para o mais sujo; Realizar a limpeza da enfermaria dividido em 2 partes iguais usando água e sabão; Lavar o banheiro por último, conforme técnica descrita; Todos os dias olhar as paredes e portas, se houver necessidade fazer limpeza; Em enfermarias coletivas: Realizar limpeza e desinfecção terminal 01 vez por semana; Em enfermarias individuais realizar desinfecção terminal sempre que alta, transferência ou óbito; 2.2. Limpeza Semanal (mesmo com paciente): Lavar toda a parede com água e sabão; Lavar todas as janelas na parte interna e externa; Nunca esquecer das portas; Lavar o piso com máquina, sempre que necessário, no período da tarde; Usando removedor, água, sabão e hipoclorito1% Versão 00 Serviço de Controle de Infecção Hospitalar HU-CAS/UFJF Página 20 de 31