TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR



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TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR Até recentemente o Transtorno Bipolar era conhecido como psicose ou doença maníaco-depressiva. É um transtorno no qual ocorrem alternâncias do humor, caracterizando-se por períodos de quadros depressivos, quase sempre graves, que se alternam com períodos de quadros de euforia (mania), durante o qual pode ocorrer irritabilidade, agressividade e incapacidade de controle dos impulsos. Para muitos pacientes, podem aparecer fases longas de depressão, diagnosticadas como depressão, e, após longo tempo, desenvolver uma fase de mania, e, só então, o paciente ser diagnosticado como bipolar. O Transtorno Bipolar pode trazer a seus portadores graves prejuízos pessoais, profissionais, financeiros, afetivos e familiares. Os períodos de depressão e de mania podem durar semanas, meses ou até mesmo anos. O portador do Transtorno Bipolar passa de um estado de tristeza, choro e desesperança, em poucas horas, para um estado alegre, eufórico, poderoso, autoconfiante, irritado, tagarela e mesmo agressivo. Taxa de incidência: o Transtorno Bipolar é relativamente comum e tratável, atinge de igual maneira homens e mulheres em torno de 1% a 4,9% da população, se considerarmos também a hipomania. Caso esta não seja considerada, a incidência do Transtorno Bipolar cai para 1 a 2% da população, e, geralmente, se inicia entre os 20 e 30 anos de idade. Homens e mulheres são afetados pelo Transtorno Bipolar quase da mesma maneira. Há poucos casos do transtorno afetando crianças e pessoas mais idosas. Duração: as crises de depressão e de mania variam muito quanto ao tempo de duração. Para alguns portadores, podem durar alguns dias ou mesmo vários meses, já os períodos de estabilidade do paciente, ou seja, entre uma crise e outra, podem se passar vários meses ou até anos. 1 / 8

Etiologia: os conhecimentos das reais causas do Transtorno Bipolares ainda são incertos, mas como para todos os transtornos, suas possíveis causas seriam de fundo biopsicossocial, ou seja, biológicas, psicológicas e sociais. - Causas Biológicas Problemas de neurotransmissores, principalmente nos sistemas noradrenérgico, serotonérgico e dopaminérgico. - Causas Genéticas e hereditárias Quando um dos pais apresenta Transtorno Bipolar, existe uma possibilidade de 25 a 50% dos filhos sofrerem do Transtorno Bipolar. Quando maior for a distância de parentesco, menores as possibilidades do Transtorno Bipolar aparecer. - Causas Psicossociais Os acontecimentos vitais estressores podem preceder os primeiros episódios de Transtorno do Humor e podem provocar alterações nos estados funcionais dos vários sistemas neurotransmissores. Assim sendo, dificuldades financeiras, doença na família, perda de uma pessoa importante, desestruturação familiar, internações psiquiátricas, entre outros, poderiam contribuir para o desencadeamento da doença. - Uso de drogas e de substâncias psicoativas: drogas estimulantes como a cocaína, as metanfetaminas e anfetaminas podem precipitar o aparecimento do transtorno bipolar em pacientes mais sujeitos e sensíveis ao transtorno. Outras possíveis causas do transtorno bipolar - Doenças diversas, doenças e transtornos psiquiátricos: Distúrbios metabólicos (exemplo: tireóide e hipertiroidismo). Doenças neurológicas (exemplo: esclerose múltipla). Doenças infecciosas (exemplo: HIV, sífilis). Neoplasias (exemplo: tumores, metástases). 2 / 8

Esquizofrenia e psicoses. TDAH, delírio, demência, alucinações, transtornos de personalidade, transtorno do pânico. Transtornos do sono. Traumatismos cranianos, que são comumente presentes em portadores do Transtorno Bipolar. Transtorno Bipolar e o uso de drogas Pacientes portadores do Transtorno Bipolar são 7,9 vezes mais sujeitos a uso, abuso e dependência de álcool e drogas que pacientes normais. Aproximadamente 41% do total dos pacientes que sofrem do Transtorno Bipolar abusam e são dependentes de drogas, sendo que 46% abusam e são dependentes de álcool e 61% abusam e são dependentes de outras drogas. Ao inverso, 60% dos pacientes alcoolistas, sofrem de Transtorno Bipolar. Tipos de Transtorno Bipolar: mais recentemente, passou-se a classificar o Transtorno Bipolar em quatro tipos diferentes. No passado, havia apenas dois tipos: O Tipo I com 3 / 8

predominância de estado depressivo e o Tipo II com predominância do estado de mania. A classificação atual é a seguinte: - Transtorno Bipolar Tipo I: Períodos de mania, com humor maníaco, ou seja, elevado e expansivo, que podem causar ao portador prejuízos no trabalho, na família e nas relações sociais, seguidos por períodos de humor deprimido, com sentimentos de baixa auto-estima, desprazer, desmotivação, alterações do sono e da fome. Comumente, o estado maníaco pode durar vários dias ou pelo menos uma semana, e os períodos de depressão duram de algumas semanas a vários meses. - Transtorno Bipolar Tipo II: Com períodos de hipomania, com estados de humor elevado e às vezes até agressivo, mas bem mais leves, sem prejuízos familiares, sociais e no trabalho. - Transtorno Bipolar Misto: Períodos mistos, nos quais, num mesmo dia se alternam depressão e mania. Em poucas horas a pessoa pode chorar, ficar triste, com sentimentos de desvalia e desprazer e, no momento seguinte, estar eufórica, sentindo-se capaz de tudo. Fica muito falante, impulsivo e agressiva verbalmente, mas sem agredir fisicamente. - Transtornos Ciclotímicos: Períodos nos quais há uma alteração crônica e flutuante do humor, marcada por vários períodos de sintomas maníacos e vários sintomas depressivos, que se alternam. Contudo, não se mostram suficientemente graves, nem ocorrem em quantidade suficiente para se afirmar que se trata de depressão e de mania. Este tipo de transtorno pode ser confundido com pessoa, de lua. Principais características das fases do transtorno bipolar: A) Mania: - Auto-estima inflada, com humor estimulado, exaltação, alegria exagerada. - Incapacidade de aceitar e de reconhecer a doença - Irritação, irritabilidade, impaciência, pavio curto, agressividade física e/ou verbal. - Agitação psicomotora, inquietação física e mental. - Aumento da energia, da produtividade; começa muitas coisas e não termina nada. - Pensamentos acelerados, tagarelice, fuga de idéias. 4 / 8

- Otimismo e autoconfiança exagerados. - Aumento dos gastos, endividamentos, gastos com coisas inúteis. - Distração, falta de concentração. - Contato social inflado, desinibição, comportamento inadequado e provocativo, não reconhece chefias nem posições sociais. - Erotização, aumento da libido e das atividades e necessidades sexuais, indiscrições sexuais, sexo inseguro. - Insônia, redução das necessidades de sono. - Abuso de álcool e de drogas B) Depressão: seus sintomas são parecidos com os sintomas do transtorno depressivo maior, através de um estado de humor de tristeza e de desespero. - Humor deprimido ou perda de interesse e prazer por quase todas as atividades. - Interesse ou prazer diminuídos por todas ou quase todas as atividades. - Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, ou alterações do apetite. - Insônia ou hipersonia. - Agitação ou atraso psicomotor. - fadiga ou perda de energia. - Sentimentos de desvalia, inutilidade ou culpa excessiva. - Dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões. - Pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida recorrente. - Baixa auto-estima com humor depressivo, tristeza, angústia ou sensação de vazio. - Irritabilidade, irritação,.perda de controle. - falta de concentração, lentidão do raciocínio, memória ruim. - Pessimismo, idéias de culpa, fracasso, inutilidade, falta de sentido na vida, medo de doenças. - Redução da libido e da vontade de fazer sexo. - Dores ou sintomas físicos difusos, sofridos, que não se explicam pela presença de outras doenças. - Uso e abuso de álcool ou substâncias psicoativas. 5 / 8

Tratamento do Transtorno Bipolar: para que o tratamento do transtorno Bipolar tenha sucesso, é preciso estabelecer-se uma aliança terapêutica entre o paciente, sua família, psiquiatra e terapeuta, com a finalidade de permitir ao paciente sua plena adesão ao tratamento e assim, conseguir recuperar sua sanidade psicológica. - O tratamento medicamentoso A) Quadros agudos de mania: obrigam contenção imediata dos sintomas através da farmacologia com uso de estabilizadores do humor, antidepressivos (se necessário), antipsicóticos (se necessário) e, muitas vezes internação hospitalar para proteção do paciente. As fases maníacas podem ser bem controladas com Carbonato de Lítio, Ácido Valpróico, Divalproex (que é uma mistura a 50% de Ácido Valpróico e Valproato de Sódio), Carbamazepina, e mais recentemente com Topiramato. B) Quadro de mania clássico (mania simples sem agressividade): uso de estabilizadores de humor, com preferência para os sais de lítio. C) Os episódios de depressão aguda são tratados, preferencialmente, com antidepressivos IRSS, de preferência os tricíclicos. Deve-se tomar cuidado ao administrar o antidepressivo, para não ocorrer a mudança rápida do humor do paciente, de depressivo para eufórico. D) Caso haja sintomas psicóticos associados ao Transtorno Bipolar, é necessário o uso de antipsicóticos com o uso conjuntamente de benzodiazepínicos. - N.B. Nunca tome remédios para o Transtorno Bipolar sem um rigoroso acompanhamento 6 / 8

médico, pois o psiquiatra é o único profissional que receita, acompanha, substitui os medicamentos para portadores de bipolaridade. - O tratamento psicoterapêutico: sabe-se que a terapia cognitiva e a terapia motivacional podem contribuir na adesão do tratamento e na prevenção das recaídas, tornando-se um valioso acessório para o tratamento farmacológico, pois o Transtorno Bipolar não se limita somente a um problema bioquímico, mas, também, psicológico e social, envolvendo dificuldades pessoais, familiares e sociais. Fases do tratamento psicológico: - Diminuição da negação da doença com a aceitação do problema. - Proporcionar aos pacientes conhecimentos sobre a doença. - Aumentar a aderência ao tratamento (clínico e psicológico). - Ajudar o paciente a se adaptar ao seu tratamento farmacológico. - Diminuir a freqüência das crises. - Melhorar as relações familiares. - Melhorar as possibilidades sociais do paciente, após as crises que sofre ao longo do tratamento. - Tentar manter um bom ritmo biológico, não trocando o dia pela noite. - Diminuir traumas emocionais e o estigma que a doença causa ao portador, principalmente quanto à sua auto-estima. Internação hospitalar: é somente indicada para pacientes que correm riscos de morte, ou que 7 / 8

possuem potencial para causar riscos para familiares ou mesmo para a sociedade em geral. 8 / 8