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Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 18ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.470324/2015-48 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SÃO LEOPOLDO Benefício: 42/169.223.909-8 Espécie: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Recorrente: JOAO CLAUDIO DA SILVA - Procurador Recorrente: CARLOS ALBERTO BOROSKI GOULART Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: REVISÃO Relator: Relatório CARLOS ALBERTO BOROSKI GOULART, por sua procuradora constituída nos autos, recorre a esta Junta de Recursos, inconformado com o indeferimento do seu pedido de Revisão da aposentadoria por tempo de contribuição n 42/169.223.909-8, requerida em 02.10. 2014. Registros no CNIS constando relação de vínculos do requerente, fls. 11/12. Apresentou CTPS nº 41569/367, fls. 14 a 30. Extrato de tempo, fls. 34 a 36, onde em 31.07.2014 somou: 36 anos,06 meses, com 440 meses de carência. Em 02.10.2014 requereu revisão do benefício 169.223.909-8, pois não foi incluído as contribuições do período 09/2003 até 01/2004 e as contribuições de 04/2005 até 09/2007. A APS analisa o pedido e às fls. 252 e se manifesta no seguinte sentido: " 1. Trata o presente de Aposentadoria por tempo de contribuição em manutenção, com DER em 31.07.2014 para a qual é agendado pedido de Revisão; 2. Nas razões do pedido solicita inclusão das competências 09/03 a 01/04 e 04/05 a 09/07, POIS não foram computadas na concessão do presente. 3. Acontece que não houve por parte do requerente o comprovante destes recolhimentos, e os mesmos não foram computados no TC, pois não havia recolhimentos contemporâneo-extemporâneos nos nossos sistemas; 4. Em 11.12.2014 protocola pedido de revisão apresentando as GFIPS dos períodos em questão. 5. Acontece que até a presente data, cfe. extrato do CNIS, não houve a informação das GFIPS não migraram para nossos sistemas, tendo estas, quando devidamente efetuadas/informadas, obrigatoriedade de constar em nossos sistemas, mesmo que apareça com marca de extemporaneidade; 6. Assim, permanece a situação do requerente tal qual estava na concessão, motivo pelo qual indeferimos o presente pedido; 7. Assim, caso seja de seu interesse, deverá REINFORMAR as GFIPS dos períodos alegados, e após constarem em nossos sistemas, a documentação que o requerente terá de apresentar será: COMPROVANTES DE RETIRADA DE PRÓ-LABORE DO PERÍODO, IRPF PARA OS ANOS EM QUESTÃO, cfe. art. 33 da IN 77 de 2015; 8. Lembramos que apresentar as GFIPS dos períodos não constitui prova de atividade do mês, e assim, com esta documentação somente não há como fazermos o reconhecimento do período.

Ciência dada a parte em 17.04.2015. Assim o pedido de revisão foi indeferido pois a inclusões pedidas não constavam registradas no sistema corporativos do INSS. Recorreu da decisão em 24.04.2015, agendado para 24.06.2015, protocolo nº 44232.470324/2015-48, assinado por procurador devidamente constituído no autos, sendo dito que as GFIPS referente as competências 09/2003 a 01/2004 e de 04/2005 a 09/2007, foram devidamente reinformadas, conforme determina o despacho de indeferimento. Assim reitera o pedido para que as GFIPS migrem para os sistemas da previdência e se efetue a revisão da aposentadoria. Em contrarrazões o INSS assim se pronuncia: 1 - Trata-se de revisão indeferida conforme Despacho de fls. 252; 2 - Irresignado com o indeferimento, o procurador protocola recurso alegando o reenvio das GFips, conforme razões; 3 - Os recolhimentos constam como extemporâneos, conforme CNIS que segue; 4 - Assim, mantemos o indeferimento de acordo com o contido no item 7 e 8 do Despacho referido; Com base nestas informações analisamos o processo e atraves do Decisório nº 2514 / 2015 foi o processo devolvido para a origem com a seguinte solicitação: (...)informar se já houve a inclusão nos sistemas corporativos do INSS as GFIPS reinformadas e se o requerente apresentou COMPROVANTES DE RETIRADA DE PRÓ-LABORE DO PERÍODO, IRPF PARA OS ANOS EM QUESTÃO, cfe. art. 33 da IN 77 de 20157. Caso tenham sido concluídas as medidas requeridas pelo INSS que se promova a respectiva análise e validação das competência solicitadas em sede de revisão, se for o caso. " Retorna com diligência atendida. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 01/12/2015 para sessão nº 0657/2015, de 08/12/2015. Voto FUNDAMENTAÇÃO: EMENTA: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.RECURSO ORDINÁRIO. PEDIDO DE REVISÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃOA PARA COMPUTAR TEMPO COMO EMPRESARIO. NÃO COMPROVA RETIRADA DE PRO-LABORE. INDEFERIDA NA AGÊNCIA DO INSS DE ORIGEM. BASE LEGAL: EC Nº 20/98; LEI 8.213/91, ART. 55; DECRETO 3.048/99 ART. 19, 5º. ELEMENTOS DO PROCESSO NÃO COMPROVAM O DIREITO AO QUE REQUER. MANTIDO INDEFERIMENTO RECURSO CONHECIDO E NEGADO RECURSO CONHECIDO E NEGADO Trata-se de recurso tempestivo contra a decisão de indeferimento da contribuição. Revisão de aposentadoria por tempo de - Art. 1º da Emenda Constitucional nº 20, de 1998,que dá nova redação dada ao 7º do Art. 201 da Constituição Federal onde se exige para a aposentadoria por tempo de contribuição trinta anos de contribuição, se mulher, e trinta e cinco, se homem; - Art. 55. da Lei 8.213/91, que assim estabelece: O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: - Art. 19. do Decreto 3.048/99 Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à previdência social, tempo de contribuição e salários-de-contribuição. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).

5o Não constando do CNIS informações sobre contribuições ou remunerações, ou havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo, motivada por divergências ou insuficiências de dados relativos ao empregador, ao segurado, à natureza do vínculo, ou a procedência da informação, esse período respectivo somente será confirmado mediante a apresentação pelo segurado da documentação comprobatória solicitada pelo INSS. (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de 2008). Para um melhor esclarecimento e compreensão do assunto, antes de tudo, é necessário esclarecer o conceito do termo pro labore extraido do Vocabulario Jurídico - Editora Forense, 1989 - Volumes II e III, página 470: Pro labore. - locução latina que se traduz: pelo trabalho, usada para indicar a remuneração ou ganho que se percebe como compensação do trabalho realizado, ou da incumbência que é cometida à pessoa. Nos contratos comerciais, serve para distinguir as verbas destinadas aos sócios, como paga de seu trabalho, e que se computam como despesas gerais do estabelecimento, sem atenção aos lucros que lhes possam competir. Os sócios, de modo geral, empreendem um trabalho, intelectual ou físico, para a consecução do objeto social da empresa. Reside neste tipo pessoal de trabalho, desenvolvido pelos sócios, o direito de ter o seu trabalho remunerado. Assim, havendo o trabalho, a contraprestação por ele é conhecida pela expressão pro labore, que é o quantum pago ao sócio da empresa em retribuição ao seu trabalho. O sócio que tem retirada de pro labore, de acordo com a legislação previdenciária, faz parte do rol dos contribuintes individuais. ("caput" e alínea "f" do inciso V do art. 11 da Lei nº 8.213/1991; "caput", alíneas "e" a "h" do inciso V do art. 9º do Decreto nº 3.048/1999). A legislação previdenciária não impõe ao segurado contribuinte individual, na qualidade de empresário, a obrigatoriedade de retirada de pro labore. Ela simplesmente estabelece que a contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de vinte por cento (20%) sobre o total das remunerações ou retribuições pagas ou creditadas, no decorrer do mês ao segurado contribuinte individual. Apenas o sócio com efetiva atuação na sociedade, ou seja, aquele que exerce atividade laborativa, terá o direito ao pro labore. Assim, a fixação do pro labore depende, exclusivamente, da vontade dos sócios. Portanto, nada impede que uns recebem mais que os outros, independentemente do percentual de participação de cada um no capital social da empresa.("caput" e inciso III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991). Considera-se remuneração do segurado contribuinte individual, as importâncias pagas ou creditadas pela empresa, a qualquer título, inclusive os ganhos habituais sob a forma de utilidade, exceto o lucro distribuído. Integram a remuneração, todas as retribuições ou benefícios em decorrência do exercício do cargo ou função, tais como: a) retirada de pro labore; b) gratificação a qualquer título; c) outras vantagens acordadas entre as partes (contratante e contratado), tais como: pagamento de mensalidade escolar, concessão de veículo não destinado à atividade laborativa, concessão de moradia etc. Inexiste concessão de 13º (décimo terceiro) salário ao sócio de empresa, visto que tal verba é paga somente aos empregados e trabalhadores avulsos. ( art. 3º da CLT; art. 1º da Lei nº 5.859/1972; "caput", incisos I, II, VI do art. 12 da Lei nº 8.212/1991; art. 2º da Lei nº 9.719/1998; "caput" e 4º do art. 57 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009) Desde abril de 2003, a empresa, inclusive a optante pelo Simples Nacional, que utilizar os serviços de contribuinte individual, seja ele autônomo ou empresário, fica obrigada a arrecadar a contribuição previdenciária desse segurado

mediante desconto a ser efetuado na remuneração correspondente aos serviços prestados, devendo recolher o valor arrecadado juntamente com as contribuições a seu cargo, quando houver. Assim, por ocasião do pagamento a ser efetuado ao contribuinte individual, a empresa tomadora do serviço deverá descontar do valor a ser pago ou creditado, a título de contribuição previdenciária, a quantia equivalente à aplicação da alíquota de 11%, observado o limite máximo do salário de contribuição. Deverá ainda, fornecer ao trabalhador o comprovante de pagamento pelo serviço prestado consignando, além dos valores da remuneração e do desconto feito a titulo de contribuição previdenciária, a sua identificação completa, inclusive com o número no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e o numero de inscrição do contribuinte individual no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), bem como, manter arquivados, por 05 (cinco) anos, as cópias dos comprovantes de pagamento. Caso o contribuinte individual não tenha inscrição junto ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), caberá a empresa efetuar a citada inscrição em nome dele. [ art. 173 da Lei nº 5.172/1966; art. 4º da Lei nº 10.666/2003; "caput" e inciso V do art. 47, "caput" e inciso II do art. 65, "caput" e inciso I do art. 72, "caput" e inciso III do art. 78; "caput" e inciso II do art. 190 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009; com redação dada pelas Instruções Normativas RFB 1.027/2010, 1.071/2010 e 1.080/2010; Súmula Vinculante nº 8 do Supremo Tribunal Federal (STF).] Visto que após diligencia efetivada por esta 18ª JRPS buscando comprovação acerca de inclusão nos sistemas corporativos do INSS das GFIPS reinformadas e se o requerente apresentou COMPROVANTES DE RETIRADA DE PRÓ-LABORE DO PERÍODO, IRPF PARA OS ANOS EM QUESTÃO (09/2003 a 01/2004 e de 04/2005 a 09/2007), cfe. art. 33 da IN 77 de 20157. Caso tenham sido concluídas as medidas requeridas pelo INSS que se promova a respectiva análise e validação das competência solicitadas em sede de revisão, se for o caso. Responde a APS nos seguintes termos:" NB: 42/169.223.909-8 Assunto: Aposentadoria por tempo de contribuição Considerando Diligências da JR, informamos, conforme o já exposto nas Contrarrazões e demonstrativos CNIS, juntados ao Evento 5, que as coontribuições referidas constam no CNIS de forma extemporânea. No entanto, o recorrente não juntou comprovantes de retirada de pró-labore." Sendo assim, não houve a validação dos periodos requeridos em recurso, não podendo os mesmos serem agregados ao tempo de contribuição do requerente e, portanto, não cabendo a Revisão pretendida. VOTO no sentido de conhecer o recurso interposto para negar-lhe provimento, mantendo a decisão recorrida. Relator(a) Declaração de Voto Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). FRANCISCO LAZARO PEIXOTO DA SILVA Conselheiro(a) Suplente Representante dos Trabalhadores Declaração de Voto Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). NAIR GAMBIM SCHILLING Conselheiro(a) Suplente Representante das Empresas

Declaração de Voto Presidente concorda com voto do relator(a). MARLI BRANDINA FOLCHINI Presidente Decisório Nº Acórdão: 11922 / 2015 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 18ª Junta de Recursos do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros FRANCISCO LAZARO PEIXOTO DA SILVA e NAIR GAMBIM SCHILLING. Relator(a) MARLI BRANDINA FOLCHINI Presidente