DEFINIÇÃO. Gregos é a palavra latina usada para designar os habitantes da Hélade, que se autodenominavam helenos.



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Transcrição:

DEFINIÇÃO Gregos é a palavra latina usada para designar os habitantes da Hélade, que se autodenominavam helenos.

DEFINIÇÃO Hélade é o nome pelo qual se designava quase toda parte continental da Grécia.

LOCALIZAÇÃO Localizada na Península Balcânica (Mediterrâneo Oriental), a Grécia serviu com elo entre a Europa e o Oriente Próximo.

O território grego apresenta duas características marcantes: as montanhas (80%) e o mar.

As montanhas férteis favoreceram o agrupamento humano e o mar beneficiou o desenvolvimento da navegação.

Atenção! Nunca houve um estado grego unificado na Antiguidade. O que chamamos de Grécia Antiga não foi nada além de pólis, isto é, cidades independentes e, muitas vezes, rivais umas das outras.

Período Micênico Entre 1650 e 1150 a. C. Caracteriza-se pela migração e assentamento de povos, como os aqueus, que fundam a cidade de Micenas; edificação de palácios, templos e fortalezas; utilização da escrita.

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Por volta de 2000 a. C., a Península Balcânica, que já era habitada por pastores seminômades, começou a ser ocupada por povos indoeuropeus, provenientes das planícies euro-asiáticas: os aqueus, os eólios, os jônios e os dórios

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Os aqueus concentraram-se no Peloponeso e fundaram cidades como Micenas.

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Por volta do século XV a. C. eles invadiram a ilha de Creta e originaram a civilização creto-micênica.

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Os eólios atingiram várias regiões, entre elas a Tessália.

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Os jônios estabeleceram-se na Ática e fundaram a cidade de Atenas.

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Os dórios chegaram na região por volta de 1200 a. C., destruíram a civilização creto-micênica, provocando dispersão para o interior, para as ilhas do Mar Egeu e para a costa da Ásia Menor (Primeira Diáspora).

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Creta: uma civilização pré-helênica. Há quase 5 mil anos, desenvolveu-se na Ilha de Creta a civilização cretense. Creta tornou-se ponto de encontro entre a Grécia e as civilizações do Crescente Fértil.

FORMAÇÃO DO POVO GREGO Uma poderosa monarquia instalouse em Cnossos, entre 1700 e 1450 a. C., período em que a cidade deteve a supremacia de toda ilha. Essa monarquia criou um império marítimo-comercial que refletia uma talassocracia.

FORMAÇÃO DO POVO GREGO O rei dessa monarquia era chamado de Minos, palavra que deu origem a expressão minóica, também utilizada para designar a civilização cretense.

PERÍODO HOMÉRICO Entre 1150 e 800 a. C. Novas populações invadem a Grécia; destruição do mundo micênico; desaparecimento do uso da escrita; transmissão oral da cultura; formação de novas comunidades.

PERÍODO HOMÉRICO A palavra homérico, utilizada para designar um período da história grega, diz respeito a Homero, um poeta grego que viveu no século VI a. C., a quem se atribui a autoria de dois poemas épicos: a Ilíada e a Odisséia.

PERÍODO ARCAICO Entre 800 e 500 a. C. Formação da pólis; colonização grega de outras regiões, com a fundação de cidades como Bizâncio, Marselha, Siracusa e Nápoles; realização dos primeiros Jogos Olímpicos; introdução do alfabeto fenício adaptado pelos gregos; difusão da escrita for a dos escribas profissionais.

A partir de 776 a. C., de quatro em quatro anos, os gregos das mais diversas cidades reuniam-se em Olímpia para a realização de um festival de competições que ficou conhecido como Jogos Olímpicos.

Os jogos eram realizados em honra a Zeus e incluía provas como corrida, salto, arremesso de disco, lutas, além de competi ções musicais e poéticas.

PERÍODO CLÁSSICO Entre 500 e 338 a. C. Consolidação da pólis cidade-estado; guerras greco-persas; apogeu de cidades como Atenas e Esparta; guerras entre cidades gregas.

PERÍODO HELENÍSTICO Entre 338 e 146 a. C. Crise da pólis grega; invasão e domínio da Grécia pelos macedônios; expansão militar e cultural macedônica.

Exercícios

Quais os mares que banham o território grego?

Mar Egeu

Mar Mediterrâneo

Mar Jônico

Qual a maior ilha grega?

Creta, com 8.336 km2

A Grécia dividia-se em: continental, situada na região meridional da Península Balcânica; Peninsular, separada da Grécia Continental pelo Golfo de Corinto; Insular, formada pelas ilhas dos mares Egeu e Mediterrâneo; e asiática, formada após a colonização da Ásia Menor.

Identifique a Grécia Continental, a Grécia Peninsular e a Grécia Insular

Qual país que atualmente corresponde ao território da Hélade (Grécia Antiga)?

Como surgiu a civilização cretense e como ela se desenvolveu?

Creta se trata de uma civilização que surgiu há quase 5000 anos. Devido a sua localização, Creta tornou-se ponto de encontro entre a Grécia e as civilizações do Crescente Fértil. Isso contribuiu para o desenvolvimento de suas atividades marítimas e comerciais.

Uma poderosa monarquia instalou-se em Cnossos, entre 1700 e 1450 a. C., período em que essa cidade deteve a supremacia de toda a ilha. Apoiada no poderio da marinha e na aliança com os comerciantes, essa monarquia possivelmente expandiu a dominação cretense, criando um verdadeiro império marítimo-comercial, que refletia uma talassocracia.

Como se formou o povo heleno (grego)?

A partir de 2000 a. C., diversos povos começaram a se estabelecer nas áreas que ficariam conhecidas como Hélade, Grécia ou mundo grego. Eram aqueus, jônios, eólios e dórios. Dominando as populações já existentes nessas regiões, esses povos deram origem a uma mescla de etnias e culturas que, ao longo do tempo, por intercâmbios socioculturais, adquiriu certa unidade e constituiu os helenos.

Genos O Período Homérico se caracterizava pela organização em genos, ou seja, famílias coletivas que reuniam descendentes de um antepassado comum;

Genos Cada geno era chefiado pelo membro mais velho, o pater, com autoridade militar, religiosa e política;

Genos A economia era sustentada na agricultura e no pastoreio; A terra era propriedade coletiva; A produção destinava-se a subsistência da família; O comércio era pouco desenvolvido e feito com base nas trocas diretas.

A desintegração do genos Por volta do século VIII a. C., iniciou-se o processo de desintegração das comunidades gentílicas; O crescimento populacional foi maior que o da produção; As terras para cultivo também eram poucas para tantas pessoas;

A desintegração do genos O pater passou a dividir as terras, beneficiando seus parentes mais próximos, dando-lhes os melhores lotes; Esses lotes foram transformados em propriedades privadas;

Genos Alguns membros do genos ficaram com terras menos férteis, e outros passaram a se dedicar ao artesanato ou ao comércio; A maioria da população ficou sem terra e começou a abandonar o território;

Genos Passa a existir acentuada desigualdade social e formase a aristocracia (aristoi); As tensões sociais e as crises levaram alguns genos a se unir, formando uma fátria ; Certo número de fátrias reunidas formava uma tribo;

Genos Aos poucos, as tribos de dada região passaram a se agrupar, formando a pólis, a cidade-estado grega.

Pólis A partir do século VIII a. C., formaram-se na região da Grécia Antiga diversas cidades independentes, cada qual com seu próprio governo, leis, calendário, moedas;

Pólis Numa visão geral, podemos dizer que a pólis reunia agrupamentos humanos que habitavam um território cuja área variava entre 1000 e 3000 km2;

Pólis A área urbana frequentemente se estabelecia em torno de um centro (terreno elevado), com praças, edifícios públicos, templos, casas oficinas, etc;

Pólis Na área urbana se concentrava o núcleo político e religioso, além da atividade artesanal e comercial de alimentos e de produtos como tecidos, roupas, sandálias, armas, artigos em cerâmica e vidro;

Pólis Na área rural a população se dedicava a atividades agropastoris, como o cultivo de oliveiras, videiras, trigo e cevada e a criação de cabras, ovelhas, porcos e cavalos.

Pólis Inicialmente, a pólis possuía economia auto suficiente e a forma de governo adotada era a monarquia; Cada cidade-estado era governada por um rei, o basileus, assessorado por um conselho formado por representantes da aristocracia;

Pólis Havia também uma assembléia popular composta pelos cidadãos, aqueles que tinham direitos políticos.

Esparta

Esparta nunca teve uma área urbana importante. Era uma cidade de caráter militarista e oligárquico.

Oligárquico: referente à oligarquia, tipo de governo em que um grupo reduzido de pessoas poderosas domina de acordo com seus próprios interesses.

O governo de Esparta tinha como um dos seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades a fim de enganjá-los no exército e manter o modelo de Estado espartano.

A sociedade espartana dividia-se em três categorias principais: esparciatas, periecos e hilotas.

Esparciatas cidadãos espartanos, homens livres que permaneciam à disposição do exército ou dos negócios públicos, podendo participar do governo da cidade.

Os esparciatas eram proprietários das terras nos arredores da cidade, no entanto, cada lote de terra (kléros) era mais uma propriedade da família do que do indivíduo.

Os esparciatas não podiam exercer o comércio nem dedicar parte do seu tempo à agricultura. Cumpriam uma série de deveres junto ao Estado espartano.

Os esparciatas eram descendentes dos dórios e essencialmente guerreiros. Eram a camada dominante, detentora de terras férteis, que possuía direitos políticos.

Os periecos se tratavam dos aqueus que não resistiram aos invasores. Eram homens livres, mas sem direitos políticos. Atuavam como camponeses, artesãos e comerciantes.

Em tempos de guerra, os periecos eram convocados para o serviço militar. Eram obrigados a pagar impostos ao Estado.

Os hilotas se tratavam dos aqueus que resistiram aos invasores dórios. Compunham a maior parte da população. Eram servos do Estado e trabalhavam nas terras dos esparciatas.

Os hilotas promoviam frequentes revoltas contra os grupos dominantes.

O Governo em Esparta

Os principais órgãos políticos de Esparta eram: Diarquia, Gerúsia, Ápela e Eforato.

O termo Diarquia se refere ao governo de dois reis, um pertencente tradicionalmente à família dos Ágidas e outro à família dos Euripôntides. Os reis tinham autoridade militar e religiosa.

O Gerúsia, também conhecido como Conselho dos Anciãos, era vitalício e composto de 28 esparciatas com mais de 60 anos que fiscalizavam a administração e decidiam sobre a maior parte dos assuntos do governo.

O Gerúsia exercia funções administrativa, legislativa e judiciária.

A Ápela se tratava de uma Assembléia Popular, formada pelos cidadãos com mais de 30 anos. Sua principal função era eleger os éforos, os membros do Gerúsia e aprovar ou rejeitar as leis encaminhadas por ele.

O Eforato ou Conselho dos Éforos era formado por cinco membros eleitos anualmente pela Ápela e eram os verdadeiros chefes de governo.

O Eforato ou Conselho dos Éforos coordenava as reuniões do Gerúsia e da Ápela e controlavam a vida econômica e social da cidade, podendo vetar projetos de lei e fiscalizar atividades dos reis.

Atenas

Da monarquia à democracia Fundada pelos Jônios, Atenas situase no centro da Planície da Ática, a 5km do Mar Egeu. O centro original da cidade localizava-se numa colina alta, a acrópole, tendo assim uma proteção natural contra ataques.

Da monarquia à democracia Devido a pouca fertilidade do solo e a proximidade do litoral, os atenienses desenvolveram a navegação marítima, chegando a dominar grande parte do comércio Mediterrâneo

Da monarquia à democracia Até meados do século VIII a. C., Atenas era governada por um rei que acumulava as funções de juiz, sacerdote e chefe militar.

Da monarquia à democracia Posteriormente, o poder do rei foi passando para as mãos de representantes da aristocracia os arcontes, que comandavam o governo da cidade.

Aristocracia Classe formada por um grupo de pessoas que detêm o poder econômico ou político.

Reformas de Drácon e Sólon Diante dos abusos e da concentração de poder da aristocracia, grande parte dos atenienses (comerciantes, artesãos, camponeses) começou a exigir reformas políticas e sociais.

Drácon Impôs leis escritas para acabar com as vendetas, ou seja, guerra entre famílias por vingança.

Drácon O código de leis instituído por Drácon teve o mérito de ser o primeiro passo para diminuir os privilégios da aristocracia.

Drácon Entretanto, o código ficou mais conhecido pela severidade excessiva de suas penas, consideradas sanguinárias por muitos, pois punia com a morte delitos triviais, como o furto.

Sólon Libertou os cidadãos transformados em escravos.

De Clístenes a Péricles Um dos principais responsáveis pela instituição da democracia em Atenas foi Clístenes, que ficou no poder de 510 a 507 a. C.

De Clístenes a Péricles Clístenes criou a Lei do Ostracismo, que era a condenação ao exílio de Atenas, por 10 anos, às pessoas consideradas perigosas pelo Estado democrático.

De Clístenes a Péricles Clístenes aprofundou reformas já efetuadas e introduziu o regime democrático, cujo o princípio básico dizia que:

Princípio da Isonomia Todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis

Atenção!!! É preciso entender que na democracia ateniense eram considerados cidadãos apenas uma pequena parcela da população masculina adulta.

Atenção!!! Os estrangeiros residentes em Atenas (metecos), os escravos, as mulheres e os jovens menores que 21 anos não tinham direitos políticos, sendo, assim, excluídos da vida democrática.

De Clístenes a Péricles A democracia ateniense era elitista, patriarcal e escravista. Um grupo restrito de cidadãos participava da Assembléia (Eclésia) e aprovava ou rejeitava projetos para a cidade.

De Clístenes a Péricles O órgão que elaborava os projetos para a cidade era o Conselho dos Quinhentos, formado por 500 cidadãos sorteados anualmente.

De Clístenes a Péricles Os projetos aprovados pela eclésia eram executados pelos estrategos, espécie de chefes do governo em tempos de paz.

De Clístenes a Péricles Em tempos de guerra, os estrategos eram os responsáveis pelo comando dos exércitos e dos serviços relacionados as ações militares.

A democracia de Péricles No século V a. C., os atenienses introduziram novas mudanças na vida democrática da cidade, sob a liderança de Péricles (499-429 a. C.).

A democracia de Péricles De 445 a 431 a. C., Péricles foi sucessivamente reeleito para o cargo de estratego, período em que Atenas atingiu grande explendor.

Nossa forma de governo não se baseia nas instituições dos povos vizinhos. Não imitamos os outros. Servimos de modelo para eles. Somos uma democracia porque a administração pública depende da maioria, e não de poucos. Nessa democracia, todos os cidadãos são iguais perante as leis para resolver os conflitos particulares. Mas quando se trata de escolher um cidadão para a vida pública, o talento e o mérito reconhecidos em cada um dão acesso aos postos mais honrosos. [...] Usamos a riqueza como um instrumento para agir, e não como motivo de orgulho e ostentação. Entre nós, a pobreza não é causa de vergonha. Vergonhoso é não fazer o possível para evitá-la. Todo o cidadão tem o direito de cuidar de sua vida particular e de seus negócios privados. Mas aquele que não manifestar interesse pela política, pela vida pública, é considerado um inútil. Em resumo, digo que nossa cidade é uma escola para toda Hélade, e cada cidadão ateniense, por suas características, mostra-se capaz de realizar as mais variadas formas de atividade. TUCÍDEDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília/São Paulo: UnB/Hucitec, 1986, cap. 37-41, Livro II.

A sociedade ateniense A sociedade ateniense era formada pelas seguintes camadas sociais:

Cidadãos Homens adultos, maiores de 21 anos, filhos de pai e mãe atenienses. Eram pessoas de diferentes condições econômicas. Tinham direitos políticos.

Eupátridas Os bem-nascidos, camada aristocrática que detinha os privilégios, constituída pelos grandes proprietários de terras.

Georghois Pequenos proprietários de terras em regiões pouco férteis.

Thetas Não possuíam terras. Eram trabalhadores assalariados.

Demiurgos Artesãos e comerciantes concentrados no litoral.

Metecos Pessoas que viviam em Atenas, mas não haviam nascido na cidade. Não tinham direitos políticos e eram proibidos de comprar terras, mas podiam trabalhar no comércio e no artesanato.

Escravos Geralmente prisioneiros de guerra, comprados de estrangeiros nos mercados de escravos, ou filhos de escravos que já viviam na cidade.

Escravos Viviam em Atenas, milhares de escravos. A família que não tivesse pelo menos um escravo demonstrava levar vida de pobreza.

Lutas pela hegemonia grega

A ascensão econômica e cultural da Grécia provocou disputas por rotas comerciais, mercados e matérias primas entre gregos e persas.

Guerras-Pérsicas ou Guerras Médicas (499-475 a. C.) - Sob o reinado de Dario e Xerxes, os persas expandiramse sobre cidades gregas da Ásia Menor e Jônia e, depois, na Península Balcânica.

Resultados das lutas pela hegemonia Organização da Liga de Delos e hegemonia ateniense; Organização da Liga do Peloponeso e hegemonia espartana (Guerras do Peloponeso: de 431 a 404 a. C.); Hegemonia tebana; Domínio macedônico (Felipe II e Alexandre Magno).