Marinha chinesa e norteamericana realizam exercícios conjuntos para combater piratas Forças de infliltração americanas e chinesas discutem táticas a bordo do Destróier Harbin (DDG 112) A 14ª frota de escolta da China e o navio USS Mason dos Estados Unidos, que está em missão no Golfo de Aden, realizaram entre os dias 24 e 25 deste mês exercícios conjuntos para combater piratas Pelo lado chinês, o Contratorpedeiro Harbin, o Navio de reabastecimento Weishanhu, um helicóptero, quatro barcos de
batalha e vários soldados participaram dos exercícios. Já pelo lado dos EUA, estiveram presentes o MSS Mason, um helicóptero e vários soldados. Os exercícios incluíram transferência de pessoal entre os navios, movimentos em formação, tiros de armas ligeiras, tiros de canhão principal ao mar, aterrissagem de helicópteros, rastreamento e monitoramento de alvo pelos helicópteros durante a noite e resgate conjunto das embarcações comerciais. Os exercícios foram comandados de pelos dois lados de forma alternada. Desde o início da missão no Golfo de Aden e nos mares de Somália, essa foi a segunda participação da frota chinesa num exercício conjunto para combater as ações de piratas. MH-60 Sea Hawk pousando no Harbin FONTE: CBS News/CRI Online
Fragata Stealth chinesa 'Bengbu' realiza certificação para pouso a bordo No último dia 06 de agosto, um helicóptero Harbin Z-9 pousou no convés de vôo da novíssima fragata stealth chinesa Bengbu, completou com sucesso sua certificação operacional com helicópteros.
Pousar a bordo de um navio com um helicóptero é uma tarefa muito complexa, onde é preciso superar os efeitos climáticos. O navio deve trabalhar com o helicóptero com precisão, o que coloca maiores exigências para o comandante. O Capitão Huang Xuxian disse que todos os oficiais e soldados a bordo do navio de guerra tinham realizado estudos especiais para desenvolver vários planos de segurança para as operações no convoo do navio e planos de contingência para lidar com a situação de pouso, e rapidamente dominaram os procedimentos de treinamento de pouso a bordo com o helicóptero. Guiados pela torre e orientado pelo OLP, o helicóptero pousou no convés de vôo. Além disso, o navio organizou diversos treinamentos, incluindo reabastecimento, movimentação da aeronave no convoo, coordenação de salvamento do navio e da aeronave sob ataques de mísseis, com a orientação do helicóptero. Fonte: Peopledaily.com TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
Rússia e China realizam exercícios marítimos conjuntos As manobras marítimas russo-chinesas Cooperação Marítima 2013 terminaram esta quarta-feira com tiros de artilharia contra alvos de superfície e aéreos e uma operação de socorro a um navio em acidente condicional. Os exercícios duraram três dias no mar do Japão, no Golfo de Pedro o Grande, com a participação de cerca de 20 contratorpedeiros oceânicos, cruzadores lança-mísseis, navios de luta antissubmarina e de apoio, bem como mais de 10 caças e helicópteros. Trata-se do segundo evento antiterrorista desse porte levado a cabo pelos dois países. Os primeiros exercícios decorreram no verão do ano passado no mar Amarelo. Ambas as manobras causaram interesse e apreensão na Ásia e no Ocidente.
Entretanto, as manobras não encerram qualquer perigo para terceiros países, anunciou à Voz da Rússia o redator-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko. As manobras mostraram a aproximação entre os dois países e servem de elemento da estabilidade na região da Ásia-Pacífico, sem exercer qualquer pressão sobre os outros países. É um fator digno de nota por existirem muitas especulações sobre esta temática. Os dirigentes dos exercícios também se pronunciaram sobre este fato para evitar eventuais insinuações. Entretanto, as forças nipônicas de autodefesa e o contingente militar dos EUA no Japão procederam também a manobras conjuntas na região da ilha Hokkaido. Nesse âmbito, 16 aviões japoneses e norte-americanos, juntamente com navios de patrulha, começaram, a partir de 4 de julho, a efetuar a observação diária dos exercícios russo-chineses que decorreram a 300 km de Hokkaido. O vice-diretor do Instituto de Análise Política e Militar, Alexander Khramchikhin, declarou a esse respeito o seguinte: As manobras russo-chinesas tomam em linha de conta a atenção dispensada por outros Estados, nomeadamente pelos EUA e pelo Japão. A Rússia e a China demonstram poder haver entre elas uma aliança militar embora, na realidade, tal aliança não exista. A direção chinesa tem realçado que as relações com a Rússia não podem ser qualificadas como uma aliança. As manobras refletem, contudo, um crescimento da confiança entre a Rússia e a China na área militar e o seu interesse comum em criação de garantias para a sua segurança. O fato foi destacado ainda por Leonid Ivashov, presidente da Academia de Problemas Geopolíticos. Os exercícios vieram demonstrar a intenção dos dois países de defender em conjunto os seus interesses nacionais. Assiste-se
a uma pressão sobre a política russa no Extremo Oriente da parte do Japão, que não deixa de ser aliado dos EUA, visto que, no seu território, se encontra um contingente militar dos EUA. Verifica-se ainda um reforço do contingente aéreo e das tropas de mísseis dos EUA nesta região, também com a ajuda do Japão. A China se sente pressionada pelo EUA e pelo Japão, ficando apreensiva com a disputa das ilhas nos mares da China Oriental e da China Meridional, bem como no estreito de Malaca, através do qual se efetua o fornecimento de hidrocarbonetos à China. No período de 27 de julho a 15 de agosto, na região de Chelyabinsk, estão agendados ainda os exercícios russochineses terrestres antiterroristas Missão Pacífica 2013. FONTE: Voz da Rússia TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval Rússia e China aprendem a combater juntas
Joint Sea 2013 Foto EPA As novas manobras russo-chinesas, a serem realizadas no mar do Japão e no polígono de Chebarkul (Sul dos Urais), se tornarão mais um passo nos preparativos das Forças Armadas da Rússia e da China para interagirem em combates reais. Ao longo dos exercícios russo-chineses de 2012 no mar Amarelo, já foram treinadas ações como combate conjunto a submarinos e defesa conjunta contra ataques aéreos. A China enviará para as manobras Joint Sea 2013 seis navios de guerra, nomeadamente 4 contratorpedeiros e 2 fragatas, e uma embarcação auxiliar. Do grupo chinês farão parte, em particular, o contratorpedeiro Shenyang do Tipo 051S, dotado de um potente sistema de mísseis antiaéreos S-300FM de fabrico russo, e fragatas do Projeto 054А. No decorrer das novas manobras deverá ser prestada atenção especial às modalidades altamente tecnológicas da guerra no mar, tais como a defesa antiaérea e a defesa contra submarinos. Os exercícios conjuntos serão especialmente úteis para a Marinha chinesa que apenas há poucos anos obteve acesso a modernos equipamentos, como estações de radar navais, sistemas de defesa antiaérea e alguns outros tipos de armamento. No entanto, é pouco provável
que num futuro próximo possam acontecer ações militares conjuntas no mar. Por outro lado, os exercícios terrestres Missão de Paz, realizados anualmente no âmbito da Organização para Cooperação de Xangai, visam a preparação para ações conjuntas em caso de desestabilização da situação na região da Ásia Central. Agora a preparação para semelhante cenário apresenta-se especialmente atual. Está se aproximando o ano de 2014, altura em que os EUA e a OTAN reduzirão drasticamente a presença no Afeganistão. Independentemente da evolução da situação afegã, existe um grande risco de desestabilização da situação no Quirguistão, o qual já está à beira da separação entre o norte e o sul. O Uzbequistão também poderá se encontrar no limiar de uma crise caso o presidente Islam Karimov comece a perder o controle da situação. Destroyer Chines Wuhan a frente de uma frota de navios de guerra, rumo um exercício conjunto com a Rússia no Mar do Japão Foto: AP Durante as manobras de Chebarkul, são treinadas geralmente ações conjuntas dos exércitos e das forças aéreas dos países-
participantes com vista à destruição de grandes contingentes inimigos convencionais. Contudo, se repararmos na composição dos armamentos envolvidos nessas manobras, pode-se concluir que lidamos com preparativos para uma iminente guerra local terrestre. Na década em curso, uma desestabilização de grandes proporções na Ásia Central é praticamente inevitável. Entre os países da região, apenas o Cazaquistão está demonstrando estabilidade e um desenvolvimento bem-sucedido, mas seu exército conta com menos de 50 mil efetivos enquanto a superfície e a extensão das fronteiras do país são enormes. Em caso de um cenário de conflito, a realização de uma operação militar conjunta russochinesa na Ásia Central poderá vir a ser a única saída. A Rússia e a China não conseguiram ter um papel de destaque na solução da situação na cidade quirguize de Osh, onde em 2010 tiveram lugar sangrentos confrontos inter-étnicos. A tomada de decisão sobre uma operação militar conjunta marcará um ponto de viragem na história política tanto da Rússia como da China. Para os líderes que se verão obrigados a tomar esta decisão, ela representará uma grande responsabilidade e enormes riscos políticos. Os receios de tomar tal decisão política irreversível constituirão, talvez, o maior obstáculo no caminho de ações conjuntas do que quaisquer dificuldades técnico-militares. FONTE: Voz da Rússia Vídeo: J-15 operando a partir
do Liaoning Vídeo do J-15 operando no porta-aviões chinês Liaoning, durante testes de mar na semana passada. FONTE: Youtube A China em busca de um Momento Nimitz Porta aviões chinês Liaoning no mar 1 de maio de 2013: Na China, a mídia controlada pelo governo
recentemente transcreveu comentários de um almirante sênior de que a construção de um segundo Porta-Aviões (PA),(rumores diziam que em um estaleiro perto de Xangai), não foi autorizado, mas confirmou que um segundo e maior PA estava em fase de planejamento. Isto faz sentido, adquirir o máximo de experiência possível a partir do primeiro meio (o Liaoning) antes de finalizar o projeto de um segundo. Liaoning Aircraft Carrier at sea O Liaoning é um navio de 65.000 toneladas e 305 metros (999 pés) de comprimento, que passou mais de um ano em testes de mar. Durante esse período, o Liaoning navegou cerca de quatro meses. Isso tudo foi em preparação para operações de voo, que começaram há seis meses e foram um sucesso, embora a aeronave chinesa J15 (uma variante do Su-27) ainda esteja sendo aperfeiçoada enquanto participa destas operações a bordo.
Caça J-15 operando a bordo do Liaoning No ano passado, a China confirmou que o Liaoning será essencialmente um PA de treinamento. Os chineses, aparentemente, pretendem dotar o navio com até 24 caças a jato e 26 helicópteros e usar o meio para treinar pilotos e outros especialistas para tripularem quatro ou mais PAs adicionais que devem ser construídos. Enquanto isso, o Liaoning também será tripulado e equipado como um navio de combate. Um novo e maior PA chinês significa algo como o recém descomissionado USS Enterprise (CVN 65). Este foi o primeiro PA de propulsão nuclear e serviu como protótipo para a subsequente classe Nimitz. O Enterprise era um projeto caro e apenas um foi construído (em vez de uma classe de seis). Embora um pouco maior que a classe Nimitz ele deslocava menos tonelagem (92.000 toneladas de deslocamento, contra 100.000 toneladas). O Enterprise foi comissionado em 1961, quase 40 anos depois que o USS Langley entrou em serviço (1923). Nas duas décadas após o Langley, o primeiro PA dos EUA a entrar em serviço, ocorreram grandes mudanças na aviação embarcada. Enquanto as inovações diminuíram de intensidade após a Segunda
Guerra Mundial, grandes mudanças aconteceram em 1950 (aeronaves a jato, PA com propulsão nuclear, SAMs). Mas na metade seguinte do século não ocorreu nenhuma grande inovação no projeto básico de PA. USS_Langley_CV-1_with_battlesips_1923 Isto não tem sido um problema, porque os PAs se mostraram úteis, pelo menos para a Marinha os EUA (a única esquadra a usar esses grandes PAs) e ninguém mais tem mantido uma força desses grandes navios. Apenas os EUA têm uma necessidade constante de projetar seu poder aéreo para qualquer canto do planeta em pouco tempo. O mais importante, nenhuma marinha tem sido capaz de dar batalha contra a força de PAs dos EUA desde 1945. Os soviéticos construíram novas armas anti-pa e fizeram planos para usá-las, mas esta guerra nunca ocorreu. A China está construindo PAs, mas não tem o compromisso de ter uma grande quantidade dos mesmos contra os EUA, mas sim para intimidar seus vizinhos.
USS_Nimitz_(CVN-68) De todas as maneiras, muitos planejadores navais temem que a próxima guerra vá encontrar PAs sendo o segundo melhor meio, perdendo para os submarinos nucleares e seus mísseis. Como no passado, nós nunca saberemos a menos que haja uma guerra para testar qualquer nova teoria sobre como lutar contra PAs. Assim, faz sentido para os chineses a seguir o exemplo americano e construir clones de PAs americanos. No último meio século, tem havido uma grande quantidade de literatura sobre PAs e os navios da classe Nimitz, juntamente com muitas fotos e vídeos. Faria sentido para os chineses construir um Nimitz atualizado para sua primeira classe de PAs, porque muito se sabe sobre os mesmos. Enquanto isso, a China montou um programa de treinamento para pilotos de PA, juntamente com escolas para os muitos outros especialistas necessários para fazer um PA funcionar. Foi bastante surpreendente para os ocidentais que a China tenha conseguido operar aviões a jato em seu novo PA (Liaoning) apenas dois meses depois que o navio ter sido comissionado (em 25 de setembro).
Em grande parte, isso foi porque os chineses dispenderam um grande esforço nesta preparação. A formação de pilotos de PA começou quase uma década antes, mas talvez o movimento mais inteligente que os chineses fizeram foi conseguir com o Brasil que seus marinheiros mostrassem como um PA é operado. Isto foi particularmente importante no caso de como os marinheiros no convés de um PA agem para conseguirem aviões prontos para decolar e como os especialistas em controle de operações aéreas localizados na ilha manejam os lançamentos. Enquanto a perícia russa em PAs estava à venda, os chineses queriam aprender como as marinhas ocidentais fazem isso, já que as operações de PAs foram inventadas no ocidente há um século. Se a próxima classe de PA chinês for baseada em desenhos ocidentais, este seria o caminho a percorrer. NAe-São Paulo - foto Patrick Aviation Quatro anos atrás o Brasil aceitou esse acordo, para que marinheiros chineses pudessem aprender habilidades operacionais no PA da Marinha do Brasil, o São Paulo. Foi a
13 anos que o Brasil comprou o PA Francês Foch, de 32.000 ton, (que ainda estava em serviço) por US $ 12 milhões, atualizadoo e rebatizando-o como São Paulo. A Marinha não foi capaz de obter recursos do orçamento governamental para renovar ainda mais o São Paulo, de 51 anos e, aparentemente, o negócio chinês vai mudar tal situação. AF-1 no NAe São Paulo - Foto MB O Foch havia sido indicado para baixa e estava sendo utilizado principalmente para treinar pilotos de PA quando Brasil o adquiriu. O São Paulo entrou em serviço em 2000, e os brasileiros deram baixa no Minas Gerais, um PA de 20.000 ton a II Guerra Mundial (britânico) da Classe Colossus, um ano mais tarde (após 40 anos de serviço). Desta maneira, os brasileiros possuem uma longa tradição de operar PAs, e marinheiros experientes para ensinar aos chineses algumas coisas úteis. O Brasil tem sido o único país sul-americano a operar um PA. O São Paulo tem uma tripulação de 1900 homens e foi projetado para transportar 35 aeronaves (modelos menores, mais antigos, como o A-4) e quatro
helicópteros. Esta carga pode variar dependendo do tipo de aeronave. Seis anos atrás, a Força Aérea da Marinha chinesa começou a treinar pilotos de caça de PAs (ou aviadores, como são conhecidos na Marinha). No passado, pilotos da marinha chinesa iam para as escolas de formação de combate da força aérea e, em seguida, eram transferidos para as escolas de treinamento de vôo da marinha a fim de aprenderem a executar suas missões especializadas (em mar aberto). Agora, operar a partir de PAs e realizar pousos e descolagens no mar, foi adicionado ao currículo dos pilotos de caça da Marinha. A primeira classe de aviadores de PA terminou o curso de formação de quatro anos na Academia Naval Dalian. Isto incluiu aprender a operar em um PA, usando um mock-up de convoo de PA em terra. Pousar com um navio em movimento no mar é outra questão. Caça J-15 decolando do porta aviões Liaoning Os russos advertiram a China que pode levar uma década ou mais para desenvolver os conhecimentos e habilidades necessárias
para operar com eficiência um porta-aviões. O primeiro pouso e decolagem foi aparentemente realizado em mares calmos. Isto é muito mais difícil em mau tempo (quando o PA está se movendo muito para cima e para baixo e para os lados) e à noite. Depois, os pousos noturnos, são considerados a mais difícil tarefa que qualquer piloto pode realizar, especialmente em condições de mau tempo. NOTA DO EDITOR: O único intercâmbio ocorrido, foi a visita do Comandante da Marinha chinesa ao navio, e o artigo é o reconhecimento da capacidade da MB em operar este meio, o que pouquíssimos fazem! FONTE: Noticiário Naval TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval