DIVIDIR UM JANTAR NUNCA FOI TÃO SIMPLES.



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Transcrição:

Caixa plim DIVIDIR UM JANTAR NUNCA FOI TÃO SIMPLES. Caixa plim conta com amigos. Faz download do Caixa plim. A nova App para pequenos pagamentos entre amigos. Sabe mais em caixaplim.pt Android Windows Phone iphone A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt 707 24 24 24 24h todos os dias do ano Informe-se na Caixa.

A voz de Portugal editorial e a revista da caixa Diretor Francisco Viana Editores Luís Inácio e Pedro Guilherme Lopes Arte e projeto Rui Garcia e Rui Guerra Colaboradores Ana Cátia Ferreira, Helena Estevens, José Miguel Dentinho, Leonor Sousa Bastos, Miguel Judas, Palmira Simões (texto); Anabela Trindade; Filipe Pombo, João Cupertino, Renato Cruz Santos, com agências Corbis, Getty Images e istockphoto (fotos); Marta Monteiro (ilustração); Dulce Paiva (revisão) Gestor de Produto Luís Miguel Correia Produtor Gráfico João Paulo Batlle y Font REDAÇÃO TELEFONE: 21 469 81 96 FAX: 21 469 85 00 R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos PUBLICIDADE TELEFONE: 21 454 42 28 FAX: 21 469 85 19 R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos Diretor Comercial Pedro Fernandes (pedrofernandes@sic.pt) Diretor Comercial Adjunto Miguel Simões (msimoes@impresa.pt) Diretora Coordenadora Luísa Diniz (ldiniz@impresa.pt) Responsável pela publicidade na Pedro Costa Santos (psantos@impresa.pt) Coordenador de Materiais José António Lopes (jalopes@impresa.pt) Editora Medipress - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. NPC 501 919 023 Capital Social: 74 748,90; CRC Lisboa Composição do capital da entidade proprietária Impresa Publishing, S. A. - 100% R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos Tel.: 21 469 80 00 Fax: 21 469 85 00 Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S. A. Distribuição Gratuita (a revista tem preço de capa, mantendo-se, no entanto, o seu caráter de oferta) Propriedade Caixa Geral de Depósitos Av. João XXI, 63, 1000-300 Lisboa Periodicidade Trimestral (Edição n.º 18, dezembro 2014/março 2015) Depósito Legal 314166/10 Registo ERC 125938 Tiragem 72 000 exemplares Correio do leitor cx@cgd.pt A CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS é, hoje, um Grupo verdadeiramente internacional, presente em 23 países e quatro continentes. Uma realidade que dá continuidade a uma presença sólida, já histórica, junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, assim como dos países de língua oficial portuguesa. Não podíamos, pois, escolher melhor tema para esta edição da. Assente na língua de Camões, a lusofonia une países em redor de um idioma, servindo de ponte para um mercado que cruza cultura e oportunidades de negócio. Esta marca tão nossa estende-se a todo o mundo pela voz dos milhares de portugueses que, de forma temporária ou permanente, residem no estrangeiro. E que, para lá da língua, acabam por partilhar algo mais: a sua ligação à Caixa. Filipe Alves e Frank Alvarez são dois exemplos desta importante presença da Caixa à escala global e de como essa proximidade lhes permitiu abraçarem o seu negócio. No entanto, nas páginas que se seguem não faltam outros exemplos de quem continua a ter sucesso dentro de portas e a dá-lo a conhecer ao mundo. Como Rui Paula, o consagrado chef que recuperou um dos mais emblemáticos projetos de Siza Vieira e o transformou num dos restaurantes do momento. Ou Joana da Silva e João Sousa, dois arquitetos que vão conquistado o mundo com as suas casas modulares. Impossível seria, igualmente, não frisar o mérito dos muitos estudantes envolvidos na ação Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, cujos fundos angariados possibilitaram a melhoria de condições de salas de estudo para crianças. Mas, também, do CADIn, da KidZania ou da Orquestra Filarmonia das Beiras, três entidades de características bem diferentes, mas, em comum, com um trabalho fantástico em prol das comunidades e dos mais novos, cada uma na sua área. Mas falar de lusofonia é, também, olhar ao património histórico e cultural que une vários países, a começar, e sobretudo, pelos de língua oficial portuguesa. Convidámos, por isso, um dos autores mais conhecidos no panorama lusófono, o escritor angolano José Eduardo Agualusa, para uma verdadeira conversa que aqui lhe transcrevemos. Despeço-me com os votos de um fantástico 2015, ano em que a Caixa continuará a ser a voz de Portugal. Cá dentro e lá fora. Com certeza. FRANCISCO VIANA ASSENTE NA LÍNGUA DE CAMÕES, A LUSOFONIA UNE PAÍSES EM REDOR DE UM IDIOMA, SERVINDO DE PONTE PARA UM MERCADO QUE CRUZA CULTURA E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO. CONHEÇA A APP Ilustração de capa: derrrek A é uma publicação da Divisão Novas Soluções de Media da Impresa Publishing, sob licença da Caixa Geral de Depósitos As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas. Esta revista está escrita nos termos do novo acordo ortográfico As características dos produtos e serviços apresentados nesta edição remetem para o mês constante na capa. Confirme a atualidade das mesmas em www.cgd.pt ou numa Agência da Caixa. a revista da caixa 3

i interior 06 Pormenor Notícias breves PESSOAS 10 Histórias de sucesso Rui Paula, o chef empreendedor 12 Talento Filipe Alves e Frank Alvarez ESTILO 16 Design & arquitetura Casas modulares amigas do ambiente e a Wicla, a tricicleta de madeira 20 Automóveis O novo smart fortwo 22 Culto + Soluções Produtos e vantagens para clientes da Caixa 24 Gourmet + Prazeres O pecado da gula alimenta-se nestas páginas 39 Observatório João Nuno Palma, administrador com o pelouro do Negócio Internacional da CGD DESTINOS 52 Fugas Casas do Moinho Novo, um paraíso às portas de Lisboa VIVER 56 Finanças Dicas para poupar nas viagens de avião 58 Sustentabilidade CADIn, uma associação de pessoas para pessoas 64 Saúde No mundo dos cereais 65 Educação As vantagens do Linkedin 66 Sustentabilidade Aprender a brincar, numa mini-cidade chamada Kidzania CULTURA 68 Descobrir a Orquestra das Beiras 70 Livros & discos 72 Agenda 73 Vintage Um biombo muito especial 74 Fecho Notícias CGD DESTAQUES 32 A vocação lusófona de Portugal Portugal tem um papel central no espaço da lusofonia e é visto por investidores internacionais como uma porta de entrada para o vasto mercado dos países onde se fala português. A língua de Camões é um património comum a mais de 240 milhões de falantes nativos e pesa 17 por cento no PIB de Portugal. 26 Entrevista José Eduardo Agualusa, o escritor angolano que, com 18 anos, veio para Lisboa estudar Agronomia, Silvicultura e, depois, Jornalismo. 40 Viagem De Elvas a Belver, é um Alentejo diferente, encavalitado em abruptas encostas, o que se apresenta por estas paragens. Um território onde natureza, história e património convivem numa simbiose perfeita. 48 Fugas «O Alentejo é um mar de planícies, mas o m ar que aqui se respira e nos hipnotiza é um m ar de céu, um m ar de estrelas, um m ar de ar.» Bem-vindo ao M AR De AR Aqueduto, em pleno centro de Évora. 54 Institucional A domicialização do vencimento na Caixa representa vantagens acrescidas. 60 Sustentabilidade Mais de duas dezenas de instituições apoiadas pela ação Dá Mais ao Mundo no Rock in Rio, levada a cabo por alunos de todo o País, numa iniciativa inserida no âmbito do programa Young VolunTeam. Foto: Peter Adams/Getty Images 4 a revista da caixa

HÁ UM MUNDO DE MOTIVOS PARA COMEMORARMOS. A Caixa é o primeiro banco português a obter o certificado ambiental ISO 14001, decorrente do seu Sistema de Gestão Ambiental, e que abrange todas as atividades no seu Edifício Sede. Na sua gestão diária, a Caixa integra boas práticas ambientais de forma a melhorar continuamente o seu desempenho e o seu impacte na comunidade. Utiliza e racionaliza os recursos naturais de forma eficiente (água, papel, energia); contabiliza e gere os impactes decorrentes, investe e promove as energias renováveis e a separação seletiva de resíduos; realiza ações de formação com colaboradores, fornecedores e parceiros; sensibiliza clientes e a sociedade civil; entre outras iniciativas que reporta voluntariamente e submete a auditorias externas. Por isso, a obtenção da certificação ambiental resulta do envolvimento e empenho de todos na adoção de procedimentos e comportamentos mais sustentáveis e responde, também, às sugestões dos nossos stakeholders. JUNTOS, INVESTINDO NO FUTURO. COM CERTEZA. http://sustentabilidade.cgd.pt

p pormenor PORTO WI-FI A revista MIT Technology Review, publicada pelo MIT Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, dedicou espaço de destaque ao inovador e gratuito serviço de Wi-Fi disponível nos autocarros e nos táxis da cidade do Porto. Criada pela start-up portuguesa Veniam, esta rede veicular estende-se a mais de 600 autocarros e táxis, permitindo servir cerca de 70 mil pessoas por mês. A rede é, igualmente, usada para recolher dados através de sensores, como, por exemplo, quais as ruas onde existem buracos. PAPEL DE NATAL Cinema ecológico Jorge Miguel Ribeiro transformou em filme de animação a questão do desperdício do papel ESPELHO MEU, HÁ ANIMAL DE ESTIMAÇÃO MAIS BELO DO QUE O MEU? Se já se sentiu tentado a fazer esta pergunta, então esta notícia é mesmo para si. Ricardo Best é um designer que decidiu trocar o emprego certo pela paixão da ilustração. Nesta mudança de rotina, a sua principal companhia era uma cadela de raça schnauzer, chamada Heidi. Ela foi o modelo dos vários testes feitos por Ricardo até surgirem desenhos que recriavam a arte japonesa do origami. Os amigos foram os primeiros a apaixonarem-se pelas ilustrações e deram o mote para a criação da The Origami Pet Collection, projeto que eterniza os animais de estimação e que, neste Natal, até fez reverter parte das verbas para a associação UPPA - União para a Protecção dos Animais. camila é uma menina de oito anos cujo pai desaparece numa floresta, sem que alguém o consiga encontrar. A pequena deita mãos à obra e contrói um boneco de cartão o Dodu, acreditando que ele trará o seu pai de volta. Depois de ser colocado no correio, o Dodu ganha vida e entra num mundo paralelo de papel, onde resgatará o pai de Camila das garras do Monstro do Desperdício. Este é o argumento de Papel de Natal, um filme português de animação criado com o objetivo de passar uma mensagem ecológica e de alertar para o desperdício. Do papel, neste caso, ou não tivesse a ideia surgido, em 2010, quando o cineasta português José Miguel Ribeiro foi levar para o lixo o papel que embrulhava as prendas de Natal. Feito através de stopmotion, o filme foi mais longe e temos um Dodu efetivamente feito de cartão e um Monstro do Desperdício feito, precisamente, de desperdícios de papel. Aliás, todas as personagens são construídas a partir de restos de papel e de cartão reciclado, sustentando as palavras do realizado, ao jornal Público: «É um alerta. Pretende chamar a atenção para um problema que toca a todos. Os problemas de sustentabilidade do planeta não são problemas que algumas pessoas possam dizer que não são delas.» Tudo sobre o enoturismo elaborado pela jornalista e crítica de vinhos Maria João de Almeida, este livro apresenta-se como o primeiro guia de enoturismo de Portugal e garante, a quem o folhear, as respostas ao «que provar?», «onde dormir» e «o que visitar?». Na apresentação, a autora sublinhou que as sugestões que aqui encontramos são fruto de «uma seleção não de todos, mas apenas daqueles que eu considerei serem os melhores enoturismos que temos no País. É uma escolha puramente editorial, baseada nos espaços que conheci ao longo da minha carreira e em novos locais que investiguei. Todos os enoturismos que estão no livro foram visitados.» Dividido por regiões e já publicado em português e inglês, este guia, com 350 páginas repletas de dicas, ganhará versões em francês e espanhol até à primavera de 2015, tornando-se uma ótima ferramenta para promover o enoturismo. 6 a revista da caixa

/ SUSTENTABILIDADE / Proteger o lince ibérico o final de 2014 ficou marcado por um acontecimento ligado à natureza: pela primeira vez, em Portugal, dois linces criados em cativeiro foram libertados na natureza, dando início a uma fase decisiva do programa de reintrodução da espécie no País. Katmandu e Jacarandá, assim se chamam os dois linces, têm nova casa no concelho de Mértola e abrem caminho à libertação de dez outros exemplares da espécie, até agosto, ao longo do vale do Guadiana. Mas esta ação contou com um importante reforço, que teve como protagonistas Azahar e Gamma, dois linces que não reuniam as condições necessárias para serem devolvidos à natureza. Assim, aquele que foi o primeiro lince ibérico a chegar ao Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro (CRNLI) de Silves, em 2009, e o outro, nascido em 2010, no Centro de Reprodução espanhol de La Olivilla, e posteriormente mudado para o CNRLI, foram transferidos para Lisboa, onde passarão a ser uma das grandes atrações do Jardim Zoológico. Na capital, Azahar e Gamma terão a importante missão de sensibilizar os visitantes para a conservação da espécie de felino mais ameaçada do mundo. Ponha aqui o seu pezinho mariana simões é licenciada em Gestão Internacional e Marketing, tem um mestrado em Gestão de Design, mas as danças latinas são a sua grande paixão. E foi por causa dessa paixão que viria a nascer a Rumbanita Dance Shoes, uma marca de calçado que permite enfrentar a pista de dança com um estilo extra. Os modelos, cujos preços variam entre 70 e 115 euros, surgem agrupados em três coleções diferentes: Rumbanita, com sapatos especialmente desenhados para as danças latinas; Kizomba Diva, criados a pensar nas amantes das danças africanas, e Basic Star, para quem se está a iniciar no mundo da dança. Pedidos para a eternidade D Évora com Amor Fotos: Patrik Bergström/Getty Images (Porto); Jochem D Wijnands/Getty Images (lince ibérico) Ao longo do nosso percurso profissional, deparamo- -nos com pedidos verdadeiramente inusitados. Foi esse o mote para a página de Facebook #palavradocliente, onde três jovens criativos recorrem a exemplos verídicos para dinamizar um espaço com cada vez mais seguidores e com frases verdadeiramente surpreendentes, como «você é que vai fazer a arte final do Word?» ou «quero um mupi maior do que os outros para sobressair». sandra é geógrafa, Luís é jornalista. E ambos são artesãos. Depois de se mudarem de Lisboa para o Alentejo, lançaram uma linha de artigos de cerâmica retratando as gentes e os lugares que, segundo eles, conseguem transmitir a essência desta região de Portugal. Batizaram estas criações de Vizinhos e o passo seguinte foi encontrar um espaço onde pudessem comercializá- -los. Nasceu, assim, a D Évora com Amor, em frente à Câmara Municipal de Évora, uma loja cooperativa onde mais de 40 artesãos contribuem para que o artesanato mais tradicional se funda com toda uma nova geração. OLHAR PELO AMBIENTE nuno pinto, Afonso Caldeira e Hugo Janes, três amigos ligados ao setor das telecomunicações, questionavam-se várias vezes sobre o porquê dos óculos de sol de qualidade serem tão caros e sobre as razões que levavam a que não fossem construídos com materiais amigos do ambiente. A determinada altura, resolveram juntar economias e lançar a marca Skog Eyewear, que, desde logo, se distingue por apresentar óculos de sol feitos de madeira ou bambu. Feitos à mão por uma equipa cem por cento portuguesa, estes óculos são extremamente resistentes, mais leves e utilizam lentes polarizadas que garantem proteção contra os raios ultravioleta. Existem 15 modelos, vendidos exclusivamente em http://skogeyewear.com. a revista da caixa 7

p a caixa ao pormenor ROADSHOW Portugal Global 2014/2015 Realizou-se em Aveiro o primeiro encontro de 2015 da iniciativa da AICEP, desta vez focando os mercados do Reino Unido e do Senegal a caixa geral de depósitos apoia o roadshow Portugal Global, uma iniciativa da AICEP iniciada em 2014 e que se propõe visitar um total de doze cidades portuguesas ao longo de doze meses. Este conjunto de eventos visa ajudar e incentivar as empresas a iniciarem ou expandirem os seus negócios internacionais, apresentando vários testemunhos sobre a melhor forma de abordar cada mercado. Para isso, a iniciativa traz a Portugal representantes da AICEP em vários pontos do mundo e conta com diversos agentes económicos de cada região que colocarão o seu conhecimento e experiência à disposição das empresas. Depois de Leiria, Braga, Coimbra e Guarda, foi a vez de Aveiro receber este roadshow, no passado dia 20 de janeiro, nas instalações da Associação Industrial do Distrito de Aveiro. Aquele que foi o primeiro encontro de 2015 abordou os mercados do Reino Unido e do Senegal, com destaque para o setor Casa, no Reino Unido, e para a Construção e Obras Públicas, Ambiente e Energia no Senegal. A Caixa marcou presença nas sessões plenárias realizadas de manhã, onde apresentou genericamente a sua oferta para a internacionalização das empresas, assim como o seu conhecimento dos mercados em causa. Além disso, o dia terminou com uma sessão de esclarecimento sobre os programas de apoio à internacionalização no âmbito do Portugal 2020, algo inédito neste ciclo de encontros. De participação gratuita e sujeita a inscrição prévia, estes encontros têm ainda passagem marcada por Faro, Viseu, Bragança, Ponta Delgada, Évora, Lisboa e Porto em datas ainda a anunciar. Para mais informações sobre a iniciativa, visite www.portugalglobal.pt. Música maestro clássica na santa casa. É este o nome do ciclo de concertos que a Orquestra Clássica do Sul está a promover, em 2014 e 2015, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Faro e o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos. No total, são onze concertos de música de câmara, que decorrem no Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia de Faro, uma vez por mês, até outubro de 2015, sempre à sexta- -feira, ao final da tarde, pelas 19 horas. A entrada paga, de cinco euros, será amplamente recompensadora a julgar pelo cartaz do programa, onde se incluem obras de Mozartz, Bethoven, Taffanel, Tshaikovsky, Hindemmith ou Britten. E, além da música, em cada concerto, haverá uma degustação de vinhos de produtores regionais, bem como a oferta de chocolates CGD. Esta é, pois, uma proposta duplamente a não perder, apelando ao ouvido e ao palato, numa prova do apoio da Caixa Geral de Depósitos à descentralização cultural e ao de melhor que se faz no País, neste caso na região algarvia. Concerto de Ano Novo Entretanto, teve lugar no dia 2 de janeiro, no Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa, o Concerto de Ano Novo da Caixa Geral de Depósitos, a cargo da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Trata-se de um concerto de música clássica, que a Caixa realiza no início de cada ano, apresentando um programa de qualidade, mas acessível e adequado à época festiva. Dirigida pelo maestro Sebastian Perłowski, a Orquestra Metropolitana de Lisboa apresentou obras de compositores incontornáveis, como Rossini, Strauss, Tchaikovsky ou Verdi. Foi, portanto, um início de ano em grande. Foto: André Nacho 8 a revista da caixa

PASSATEMPO Quem tem Caixa plim teu amigo é Os amigos ajudam a ganhar prémios. Basta pedir, pagar e receber e habilitar-se a prémios fantásticos todos os meses o caixa plim é um serviço exclusivo, único e pioneiro no mercado nacional das aplicações móveis, disponível para telemóveis inteligentes de última geração, seja iphone, Android ou Windows 8. Um serviço que permite, de uma forma simples e direta, transferir dinheiro entre contas à ordem da Caixa Geral de Depósitos e aderentes ao Caixa plim, sejam de colegas, familiares ou amigos. Depois de aderir ao serviço e instalar a aplicação no telemóvel, apenas com base no número de telemóvel e sem a necessidade de inserir o número de conta, pode receber e transferir pequenas quantias de dinheiro entre utilizadores Caixa plim. Ter o Caixa plim é, de facto, simples e direto, mas significa também ganhar prémios, muitos prémios. Só terá de o usar bastante e recomendar muito. Todos os meses, irá receber convites do Caixa plim para participar em desafios, onde basta juntar pontos, que se convertem em prémios fantásticos. Na adesão, por exemplo, recebe automaticamente 75 pontos e por cada pagamento até ao máximo de três diários são atribuídos mais 25. Além disso e porque falamos de um serviço onde os amigos contam, cada angariação vale 95 pontos e até os agradecimentos são recompensados. Por tudo isto, o Caixa plim faz já parte da vida de muitos clientes da Caixa. Porque é útil, prático, simples e direto e põe as contas em dia. Faça o download na App Store, Google Play ou na Loja da Windows, adira e comece a juntar pontos. A Nossa Caixa A CGD está nas redes sociais, junto dos seus clientes A Caixa tem uma presença pensada nas várias redes sociais, de forma a estar mais próxima dos seus Clientes e melhor responder às suas necessidades. Foi com esse intuito que, no início de 2014, a Caixa criou um novo perfil designado A Nossa Caixa, que se distingue pela sua transversalidade e imagem moderna. Ali comunica-se de forma simples, direta e útil o melhor que a Caixa tem para oferecer, sejam passatempos, eventos, dicas de literacia financeira, propostas de fim de semana e muito mais. E são já mais de 82 mil fãs, só no Facebook. Se ainda não conhece, visite em: Facebook www.facebook.com/anossacaixa Twitter www.twitter.com/anossacaixa Instagram www.instagram.com/anossacaixa Youtube www.youtube.com/user/mediacgd Google + Neste caso, pesquisando por «A Nossa Caixa». Visite e participe nas muitas iniciativas. ARREDONDE COM O SEU CARTÃO ao efetuar compras com os cartões de débito ou de crédito da Caixa (exceto Made By), pode beneficiar do mecanismo de arredondamento da Caixa, revertendo um determinado montante, automaticamente, para uma conta de poupança, PPR ou fundo de pensões, conforme o cartão utilizado. É muito simples, basta pedir em qualquer Agência da Caixa ou no serviço Caixadirecta Telefone para associar um dos três programas de arredondamento à escolha a um cartão da Caixa elegível. Saiba mais em www.cgd.pt. a revista da caixa 9

h histórias de sucesso RUI PAULA A qualidade acima de tudo Rui Paula é um dos chefs de cozinha mais conhecidos a nível nacional. Tem três restaurantes com a sua assinatura (DOC, no Douro, DOP, no Porto, e Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos), razão pela qual se define como um empreendedor, desde os tempos da primeira aventura, o Cepa Torta. A qualidade da cozinha e do serviço são as suas obsessões. O sucesso mostra que está certo Texto Miguel Ângelo Pinto Fotografia Bruno Barbosa : Entrou no mundo da restauração com o Cepa Torta. O que o motivou para esta aventura? RP: Gosto de projetos sustentados. Sou um empreendedor, mas devemos saber que terrenos estamos a pisar. Este trabalho começou no restaurante Cepa Torta. Eu não era o chef. Tive várias influências da minha família, onde se cozinhava muito bem, e aventurei-me então a abrir um restaurante pequeno. Foi aí que decidi verdadeiramente ser chef de cozinha e abraçar este mundo. O DOC foi um projeto arrojado. Não havia nada do género aqui na região e ainda hoje não há muita oferta. São sítios improváveis, onde não há um grande mercado. O DOC já tem oito anos, mas, na altura, era preciso ter a certeza de que iria resultar. Esta foi a rampa de lançamento para tudo o que conquistei mais tarde e a breve trecho. É que passados três anos já tinha o DOP e agora a Casa de Chá da Boa Nova. : Encontrou aqui, no Douro, um nicho de mercado por explorar? RP: Sim, o Douro não tinha um restaurante para servir os produtores, os enólogos, enfim, para ser a sala de visita dos seus vinhos. O espaço tornou-se conhecido rapidamente, graças a um trabalho consistente. Outro fator fundamental foi reunir uma boa equipa. Sem isso, nada se consegue. : O DOC foi uma âncora para novos projetos no Douro, em termos de restauração? RP: Claramente. E isso dá-me prazer. Como deu abrir o DOP, no Largo de S. Domingos, no Porto, onde não havia nada. Agora veja-se a quantidade de restaurantes que lá estão à volta. Há um ditado que diz que candeia que vai à frente alumia duas vezes, mas é preciso que a luz da candeia esteja sempre bem acesa e não dormir à sombra da bananeira. : Nos últimos anos a cozinha democratizou-se. Projetos como o DOC e o trabalho mediático de chefs como o Rui Paula contribuíram para esse interesse crescente pela gastronomia? RP: Claro, mas não só o meu trabalho. Há muitos outros chefs que trabalham no terreno e de forma consistente, há muito tempo, e que também contribuíram para essa democratização que refere. Foi um trabalho que ajudou a abrir novos restaurantes e a renovar o interesse das pessoas pela cozinha. : Como é que se internacionaliza uma marca como o DOC? RP: Essa é a parte mais difícil. O DOC é um restaurante do Douro, mas é internacional. Muita gente o conhece no estrangeiro. Como é que isto se consegue? Utilizando produtos locais, comida com bom sabor, boas garrafeiras de vinho, equipas que saibam comunicar com os estrangeiros, que o chef seja uma pessoa mediática. Ou seja, é um conjunto muito grande de pressupostos para se poder internacionalizar uma marca. A qualidade do produto e do serviço são as traves-mestras. Depois, há que saber vender essas características. : Os clientes que vêm ao DOC sabem que o que vão comer tem o selo de qualidade do chef Rui Paula. RP: Isso é fundamental. Se correr mal, quem sofre as consequências sou eu. Tenho vários restaurantes e há logo quem diga que não posso estar em todos. Isso é colmatado com uma coisa muito simples: aqui, no DOC, está a minha mulher, no DOP está o meu irmão e na Casa de Chá da Boa Nova estou eu. Neste momento, estamos assim distribuídos. Evidentemente que eu, como chef, tenho de ir às cozinhas todas, mas isto é uma empresa familiar, embora tenha 60 funcionários. Para ter mais do que um restaurante sem comprometer a qualidade, temos de nos rodear de boas equipas. Tenho pessoas comigo há nove anos. Isso é o segredo. Rodear-se dos melhores e motivá-los. Não posso estar na Casa de Chá 10 a revista da caixa

APAIXONADO CRIATIVO EMPREENDEDOR AMBICIOSO LÍDER Print QUEM CORRE POR GOSTO... Com três espaços de restauração associados ao seu nome, Rui Paula quase não tem tempo para respirar. A qualidade de tudo o que é servido no DOC, no DOP e na Casa de Chá da Boa Nova exige uma atenção constante. Daí que tempo livre seja quase um luxo a que não tem acesso. O ano de 2014 foi de tal forma intenso que nem um pequeno período de férias conseguiu gozar. Os poucos tempos de descanso que consegue reunir são dedicados à família, designadamente aos filhos. Por isso, pensa em abrandar, consolidar o que tem. A tudo isto junta-se a exposição mediática da televisão. Já aceitou fazer mais uma edição do Masterchef nacional, cujas gravações arrancam em janeiro de 2015. E tem gostado da experiência. da Boa Nova a pensar que aqui vai correr mal. O que me interessa é a consistência do trabalho. : Considera fácil ser empreendedor em Portugal? RP: Não. Primeiro, um empreendedor não pode pensar que vai ficar rico. Tem de pagar ordenados como deve ser, se quer ter boas equipas. Não posso ter pessoas comigo há oito anos e pagar-lhes 500 euros. Se quero marcar a diferença, o custo da manutenção dos restaurantes é caro, com louças boas, copos bons, bons produtos. É difícil... : Que conselhos dá àqueles que o abordam e manifestam o desejo de ter um restaurante? RP: Em primeiro lugar, tem de ter muito espírito de sacrifício, trabalho, amor e paixão pelo que faz. Depois, tem de ter conhecimento e, claro, algum dinheiro. No início, tive a sorte de ter ajuda, até porque é quase obrigatório ter parceiros. Que tipo de parceiros? Algum dinheiro próprio e a banca. Ainda agora, para abrir a Casa de Chá da Boa Nova, pedi 400 mil euros emprestados. Outro conselho é de que, quando alguém avança para um investimento deste tipo, saiba muito bem o que vai fazer e que tipo de conceito quer impor. Desengane-se se pensa que vai ser rico ou ter vida própria. : Também estende a sua influência a outros espaços. RP: Sim, no Recife, Brasil, e em Vidago. Mas aí funciono como consultor, também sou assalariado. : Já conta com três espaços de restauração. Este seu projeto ainda tem margem de crescimento? RP: Neste momento, vou concentrar-me nestes três restaurantes. Não vou abrir mais nenhum exclusivamente meu. O Boa Nova foi o último. Mas não digo com isto que não possa vir a ter restaurantes em todo o mundo. Se houver algum investidor que me desafie e o projeto for aliciante, nunca digo que não. Mas o meu negócio primordial são estes três. : Põe, então, a hipótese de ceder a marca, quase numa lógica de franchise? RP: Sim. Se quiserem as minhas marcas, com as minhas condições e a minha consultadoria, até posso abrir em Londres ou Nova Iorque. a revista da caixa 11

t talento FILIPE ALVES À boleia do destino Com o coração dividido entre França, Portugal e Espanha, Filipe Alves é um cidadão europeu que não conhece fronteiras e dá prioridade às boas ideias de negócio Por Ana Rita Lúcio Fotografia João Cupertino Print UM EUROPEU, PORTUGUÊS DE PARIS Com negócios entre os dois países, as viagens entre França e Portugal são constantes. A VIDA É FEITA DE CAMINHOS QUE ora se cruzam, ora se afastam. No caso de Filipe Alves, quis a sorte que, no início dos anos 70, os rumos dos pais um português de Celorico de Basto e uma espanhola de Zamora se juntassem em França. Ao percurso a dois depressa se somaram Filipe e a irmã mais velha, nascidos em Paris. Criados na encruzilhada de três culturas, o saldo não poderia ser mais positivo. «Tenho uma cultura tripla e uma tripla língua materna, já que falo fluentemente português, espanhol e francês», refere o nosso convidado. «No dia a dia, e porque estou lá [em França], é habitual falar francês, mas, uma vez aqui chegado [a Portugal], passado meio dia o português já sai mais nítido», confessa-nos, num português sem mácula, aqui e ali pontuado por laivos de sotaque nortenho. Os indícios da pronúncia não surpreendem. Em meados da década de 80, o pai construiu casa em Fafe, com o intuito de prosseguir com negócios em Portugal, e não tardou até que a família se mudasse para a pequena cidade do Vale do Ave, onde fizeram morada por uma década. Ao patriarca coube, porém, regressar a Paris e dar sequência a um projeto empresarial que, ainda hoje, conduz os destinos da família: uma empresa de táxis, atualmente com uma frota de 250 viaturas. Com o ensino secundário terminado, foi tempo de Filipe Alves voltar a França. Apesar de ter tentado a sorte em Portugal, as «melhores oportunidades» que se abriam lá fora levaram-no a ingressar numa universidade parisiense, onde se formou em Finanças, tendo, mais tarde, concluído o mestrado em Gestão. «Fui para uma escola privada, com mais ou menos 20 ou 30 alunos na minha turma, e comecei logo a fazer amigos. Integrei-me e entendi-me perfeitamente com toda a gente e, assim, criei uma nova vida lá», recorda. E foi com a mesma naturalidade que, aos 26 anos, Filipe deu os primeiros passos nos negócios, montando, com a ajuda do pai, a sua agência imobiliária. Nesse momento de grande exigência, o empresário assinala outro parceiro «muito importante»: a CGD, através da sua Sucursal em França. «O meu pai já trabalhava com a Caixa, mas foi quando montei a minha empresa que entrei também no universo CGD. A minha primeira conta da agência imobiliária foi na Caixa aliás, a primeira e a última, porque, desde 2001, continua a ser a mesma», salienta. Nesta relação, onde também cabe a empresa de táxis, Filipe Alves destaca «a relação com as pessoas. A confiança que as pessoas nos dão e as experiências que nos transmitem são FILIPE REVOLUCIONOU O MODO DE CHAMAR UM TÁXI COM A APLICAÇÃO TAXYZ muito importantes e, desde a primeira hora, houve bastante apoio, quer do Dr. Afonso Galvão, diretor da Agência, na altura, como do Dr. Hélio Pereira, diretor regional. Quando comecei, tinha pouca experiência e foram eles que me ajudaram a conhecer melhor o mercado imobiliário», ressalva. Alguns anos mais tarde, o pai desafiou-o para o auxiliar na empresa de táxis e Filipe aceitou. «Comecei por dar uma ajudinha e fui acumulando tarefas, até que, agora, faço parte «Entre o meu pai e eu, costumamos vir todos os meses a Portugal, normalmente uma semana.» Neste vaivém constante, «praticamente não dá para sentir saudades», admite Filipe. Ainda assim, faz questão de manter os laços com a comunidade portuguesa, sobretudo através da Academia do Bacalhau de Paris, uma associação com fins solidários, à qual se juntou há quatro anos. «Sinto-me tanto francês, como português, como espanhol, como alemão, porque sou europeu. Mas sei que as minhas raízes estão em Portugal.» da direção da empresa e assumo boa parte da gestão, em conjunto com a minha irmã e o meu pai», adianta. Ao volante de uma das maiores sociedades do setor, a Taxyz Compagnie, que conta com 250 táxis e uma centena de sócios, o empreendedor não desistiu de lhe apresentar novos rumos. Depois de lhe mudar o nome, deixando o batismo familiar, revolucionou o modo de chamar um táxi com a aplicação Taxyz, para Apple e Android, disponível na App Store e em Google Play. Assim, quem em Paris queira solicitar um táxi, pode fazê-lo apenas com alguns toques no ecrã de um smartphone ou tablet. E a prova de que o futuro da Taxyz Compagnie está lançado é que estão já em desenvolvimento novas e aprimoradas versões da aplicação Taxyz, sendo que a sociedade está a preparar ainda um aumento de capital e a entrada de novos investidores. 12 a revista da caixa

cgd em frança A Caixa Geral de Depósitos encontra-se presente em França através da sua Sucursal, que conta com 48 Agências e toda uma equipa dedicada para apoiar os seus Clientes e respetivos projetos. A sua sede está localizada no número 38 rue de Provence, em Paris, tendo à disposição o telefone (33) 1 56 02 56 02 e um formulário de pedido de contacto no site www.cgd.fr. a revista da caixa13

t talento FRANK ALVAREZ Mergulho de sucesso Nascido em Toronto, filho de pais portugueses, Frank Alvarez convida-nos a conhecer a Hippotrip e os seus autocarros anfíbios, que abrem caminho ora pelas ruas da capital, ora pelo Tejo Por Ana Rita Lúcio Fotografia Luís Paixão (AFFP) ANTES DE SABER para onde corre o rio, importa olhar à nascente. No caso de Frank Alvarez, falamos da atitude empreendedora que recebeu dos pais. «Nasci numa casa onde tanto a minha mãe como o meu pai eram e continuam a ser empreendedores», sublinha o luso-canadiano, recuando até aos jantares em família, onde ele e a irmã eram chamados a partilhar a sua opinião. Foi assim que o jovem viu crescer a vontade de, um dia, morar na Europa. Um desejo, porventura, acalentado nos verões passados em Portugal, País que Frank, embora natural do Canadá, também sentiu como seu. Ainda assim, confessa, estava «muito longe de imaginar» que, já em adulto, passaria a ter como morada o País dos seus pais. Na época, ser luso-descendente nem sempre foi um lugar pacífico. Em Portugal, «adorava o clima, as pessoas e o País», mas, quando regressava ao Canadá, o entusiasmo não era o mesmo: «Depois das aulas na escola normal, a canadiana, ainda tinha de estudar três horas numa escola portuguesa», recorda. Frank afirma, no entanto, nunca ter recusado as suas raízes. «Pelo contrário», esclarece categoricamente. «Identifico-me como luso- -canadiano e tenho muito orgulho em ser português e em ser canadiano.» Neste misto de culturas, o empresário cede ao pretexto para regressar ao «sonho antigo» de se mudar para o Velho Continente. «A mentalidade norte-americana, tanto no Canadá como nos Estados Unidos, passa muito por preparar a pessoa para saborear a vida depois de estar reformada, enquanto a europeia é muito mais a de viver o momento, aproveitar cada dia.» Esta diferença serve de mote para explicar o sonho antigo: «Quando tinha 16 anos, sofri uma lesão grave no pescoço e tive a sorte de não ficar numa cadeira de rodas. Desde essa altura que aprendi que cada dia é um tesouro e que temos de fazer o máximo para tirar partido dele.» Não era, porém, em tesouros que Frank pensava quando, em 2005, completou o MBA na prestigiada Universidade de Harvard antes frequentara já a Universidade de Brown, em Providence, e tinha trabalhado em Boston e Nova Iorque. Contudo, isso não o impediu de desaguar numa rica ideia, enquanto escrevia o plano de negócios necessário à conclusão do curso. Nesse momento, pensou «se voltasse a Portugal para montar um negócio, que negócio seria?» Mergulhando no turismo, o mesmo acabou por conduzi-lo por um caminho até então inexplorado. «Cada vez que vinha a Lisboa com amigos, eles queixavam-se da pouca oportunidade de conhecer a cidade a partir do rio.» Com isso em mente, Frank lembrou- -se do circuito turístico anfíbio que fazia com as suas visitas quando vivia em Boston, «CADA DIA É UM TESOURO E TEMOS DE FAZER O MÁXIMO PARA TIRAR PARTIDO DELE» reconhecendo que «Lisboa era ideal para isso». Em 2008, depois de três anos em Amsterdão, rumou à capital portuguesa. Na mala, o luso-canadiano carregava um propósito: fazer zarpar o negócio. A jornada revelou-se longa, mas isso não o demoveu. Contra ventos e marés, este «regresso à tradição da alma dos navegadores portugueses» ficou operacional em maio de 2013. Desde então, Frank Alvarez e a sua Print DE PORTUGAL PARA O MUNDO Uma ideia de sucesso e a ambição de novos voos Frank não põe de lado expandir o seu raio de ação para outras cidades e até, eventualmente, outros países. Uma rota de sucesso que Frank Alvarez espera continuar a desbravar ao lado da CGD, grupo com forte cariz internacional, presente em 23 países e quatro continentes. Um parceiro a quem a Hippotrip confia toda a sua atividade bancária, cujo acompanhamento foi excelentemente iniciado pelo Escritório de Representação do Canadá. «Ainda somos uma empresa pequena, mas temos uma grande ambição, um grande sonho e procuramos ter uma relação bancária que evidencie esse respeito e essa relação de base. E foi isso que encontrámos na Caixa.» Hippotrip guiam os turistas em possantes autocarros anfíbios ao longo de um trajeto que parte da Doca de Santo Amaro. Daí, segue pela Praça do Comércio e pelo Marquês de Pombal, passando por muitos outros lugares imperdíveis, como o Jardim da Estrela ou o Mosteiro dos Jerónimos. Chegado ao Tejo, o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém são algumas das atrações. «Motivo de orgulho» para os lisboetas, que continuam a saudar a simpática Lola assim se chama o primeiro autocarro. «Lola é o nome da minha mãe. O nosso segundo veículo chama-se Chico, em homenagem ao meu pai, e o terceiro é Alegria, o nome da minha filha e também da minha esposa Joy, em inglês.» E é precisamente a família nomeadamente o pai, a mãe e a irmã, que continuam no Canadá que mais falta faz a Frank. Mas, em Portugal, sobra-lhe a predileção pelo «clima espetacular, as pessoas muito simpáticas, a comida excelente e o bom convívio», conclui sorrindo. 14 a revista da caixa

cgd em toronto Estima-se que existam mais de 500 mil portugueses e lusodescendentes no Canadá, a grande maioria na região de Ontário, sobretudo em Toronto. E para apoiar esta comunidade, a Caixa conta com um Escritório de Representação em Toronto, na 425 University Avenue, suite 100, junto do Consulado de Portugal, disponível de segunda a sexta- -feira, das 9h00 às 14h00, exceto às quartas (9h00 às 13h00 e 14h00 às 18h00). Pode, também, contactar através do (001) 416 260 2839 e do e-mail toronto@cgd.pt. a revista da caixa15

d design & arquitetura CASAS MODULARES Construção inteligente Joana Correia da Silva e João Araújo Sousa criaram habitações pré-fabricadas que permitem mais de 130 combinações e que respeitam o ambiente Texto Pedro Guilherme Lopes Renders Joana Silva e João Sousa QUANDO PENSAMOS no termo «redux», somos transportados para o universo do cinema e da literatura, onde surge associado a novas versões, melhoradas e atualizadas, de algo que já foi feito no passado. Ora, o que a dupla de arquitetos composta por João Araújo Sousa e Joana Correia da Silva veio propor é um novo conceito de habitação, capaz de aliar as técnicas de construção mais inteligentes a um design excecional. O meio para consegui-lo é a utilização de módulos Redux, que, ao invés de outros sistemas modulares, oferecem a particularidade de poderem adaptar-se às características do terreno. «Partindo de módulos base, em conjugação com várias escolhas de revestimento, desenhamos uma casa à medida dos seus gostos e das necessidades do cliente», explica João Sousa, que garante a presença dos arquitetos na instalação da casa. Mas este projeto, vencedor de uma menção honrosa na categoria One-Many no concurso internacional Marlegno Designing the Future 2014, vai mais além e mostra uma preocupação com o ambiente. «Apresentamos um sistema de construção sustentável, com a total compreensão do que um edifício pré-fabricado deve ser no século XXI. Incluímos técnicas avançadas de construção em madeira, alta performance térmica, equilíbrio da luz e ventilação natural, energia solar fotovoltaica e aproveitamento da água da chuva», explica o arquiteto. As opções de design e acabamento são infinitas e cada edifício é o resultado de uma colaboração genuína com cada cliente, respeitando o local, especificações do projeto e o orçamento previsto. E é possível o recurso a diferentes sistemas de construção, quer seja na estrutura, nos isolamentos ou nos revestimentos. Aqui, ganha destaque a utilização de materiais como a madeira, a madeira queimada e a cortiça, a que se juntam pormenores como o facto da secção superior do telhado ser invertida, com o objetivo de direcionar a água da chuva para um recipiente que irá redistribuí-la para os serviços domésticos e irrigação do jardim. Entretanto, a dupla de arquitetos foi um dos 16 finalistas do World Bamboo Design Competition 2014, fruto do projeto Bamboo Spirit, um pequeno pavilhão que Joana e João pretendem ver construído para a feira mundial do bambu, a realizar em setembro, na Coreia do Sul. 16 a revista da caixa

AS DIVERSAS TIPOLOGIAS 1F3 Área útil = 99 m 2 3 módulos, 1 ou 2 quartos 2F4 Área útil = 118 m 2 4 módulos, 2 ou 3 quartos 2F5 Área útil = 163 m 2 5 módulos, 3 quartos 2F6 Área útil = 197 m 2 6 módulos, 4 quartos 3 COURTS Área útil = 104 m 2 3 + 1/2 módulos, 1 ou 2 quartos 4 COURTS Área útil = 134 m 2 4 +1/2 módulos, 2 ou 3 quartos JAGGED Área útil = 134 m 2 4 +1/2 módulos, 2 ou 3 quartos COMPACT Área útil = 108 m 2 3 + 1/2 módulos, 1 ou 2 quartos COMPACT 2 ANDARES Área útil = 216 m 2 6 + 2 x 1/2 módulos, 3 ou 5 quartos a revista da caixa 17

d design & arquitetura WICLA Triciclos há muitos, mas nenhum como este Um grupo de professores e de alunos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo criou um triciclo urbano feito de madeira e de cortiça e com um motor elétrico. Chama-se Wicla e abre um sem-fim de possibilidades para fins turísticos SE HÁ PROJETOS que nascem quase sem darmos por isso, a Wicla é um deles. Com a bicicleta a transformar-se, cada vez mais, numa alternativa ao automóvel, como um meio de transporte ecológico, saudável e bem mais económico, um grupo de alunos do mestrado em Design Integrado, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, foi desafiado a desenvolver um serviço de mobilidade urbana alternativa. Em resposta, criaram um imaginativo protótipo, batizado de Wicla, com motorização elétrica e construído com materiais bem portugueses, como a cortiça e a madeira. Com apenas 38 quilos de peso, a Wicla apresenta-se ao mundo como «um triciclo urbano sustentável e alternativo à clássica bicicleta». E a opção pelas três rodas tamanho 24, ao invés das duas tradicionais, também não foi obra do acaso, pois visa facilitar a condução Texto Miguel Judas Fotografia Joana Ferreira do veículo através do aumento da segurança e da estabilidade. Até mesmo quem não sabe andar de bicicleta está convidado a sentar-se na Wicla, permitindo que esta «tricicleta» seja transversal a um enorme número de grupos populacionais e de faixas etárias. Os primeiros protótipos, que já rodam por aí, foram produzidos por empresas de Viana do Castelo, que até então pouco ou nada tinham a ver com o ciclismo, e contou com o apoio do Grupo Amorim, que forneceu a cortiça para os selins. Já para a construção do quadro, o material escolhido foi a madeira. A escolha prendeu-se com questões ambientais, mas, também, com questões estéticas, uma vez que serve para ocultar os fios e baterias do motor elétrico. A colocação das baterias na zona do guiador foi, aliás, o desafio mais complicado de todo o processo de conceção e construção da Wicla devido à dimensão do motor elétrico, foram necessários alguns ajustes ao quadro, que acabaram por prolongar os trabalhos por mais algum tempo. No final, este veículo de três rodas, que complementa os materiais utilizados com uma quantidade reduzida de borracha e de alumínio, apresenta a capacidade de, em situações de dificuldade, utilizar a motorização elétrica e acionar a pedalada assistida. Para apadrinhar o projeto, que demorou seis meses a concretizar, foi convidado o ciclista Rui Sousa, profissional da equipa do Boavista, que já experimentou e aprovou o inovador triciclo. O passo seguinte passa agora por patentear a Wicla, se bem que a produção em massa e a comercialização do veículo ainda não sejam, para já, uma prioridade para este grupo de alunos e de professores. Certo é que a Wicla já despertou a atenção da comunidade ciclista internacional, merecendo, até, um artigo na prestigiada revista italiana Urbancycling. O próximo passo é trazê-la para as ruas de Portugal, concretizando assim o sonho inicial dos alunos de fazer da Wicla «um veículo para ser partilhado pelos cidadãos», num conceito de bike sharing que abre um sem-fim de possibilidades para fins turísticos. A madeira e a cortiça tornam a Wicla um projeto sustentável, movido por um motor elétrico 18 a revista da caixa

Oferta Global OFERTA JOVEM CAIXA FAMÍLIA MAIS OFERTA CAIXA ACTIVA DA PRIMEIRA MESADA À REFORMA. Consigo em todas as fases da sua vida. Qualquer altura da vida é boa para abrir uma conta na Caixa. Com a primeira conta o seu filho pode ter um cartão que o ajuda a gerir a mesada. Quando a família cresce pode melhorar o rendimento das poupanças de todos porque quando poupa em família, todos podem poupar mais. E quando chega a hora da reforma pode aproveitá-la com um cartão de crédito personalizado com a imagem dos seus netos. É por isso que, para milhões de portugueses, a Caixa é mais do que um Banco: é um Banco para a vida. A CAIXA. COM CERTEZA. www.cgd.pt 707 24 24 24 24h todos os dias do ano Informe-se na Caixa.

a automóveis SMART FORTWO EDITION#1 Pequena revolução A terceira geração do smart invadiu as cidades, com um vasto leque de novidades. Nada ficará como antes E, À TERCEIRA GERAÇÃO, a gama smart entra definitivamente num novo período, não ficando praticamente nada como antes. A génese do modelo original mantém- -se e a forma não se alterou, mas pode dizer-se que se tratou, à escala smart, de uma pequena revolução. Sendo a cidade o seu habitat natural, foi, precisamente, em ambiente citadino que percorremos a maioria dos quilómetros com o fortwo edition#1. E, se a experiência anterior já era bastante positiva, o novo smart acrescenta-lhe, por exemplo, um raio de viragem que é uma nova referência. O smart fortwo consegue, agora, virar em apenas 6,5 m de passeio a passeio, permitindo ganhos significativos em manobras de estacionamento. O seu reduzido comprimento 2,69 m faz o resto. Por outro lado, a resposta do motor consegue Por Luís Inácio também surpreender, enquanto a caixa manual de cinco velocidades em estreia ajuda a convencer alguns céticos da caixa automática. E, já que falamos nisso, vem aí, já no início de 2015, uma nova caixa automática com dupla embraiagem, que promete abolir de vez os solavancos das passagens de caixa, um dos aspetos menos positivos na transmissão automática da geração anterior. Se é daqueles que constantemente põem em causa a segurança deste pequeno automóvel, registe que a estrutura foi reforçada, contando com maiores zonas de absorção de impacto. E o novo assistente de ventos laterais é equipamento standard. Com um preço desde 12 500 euros e novos argumentos, o pequeno smart volta a reforçar a sua posição de suprassumo citadino. Continua a ser divertido de conduzir e, agora, ainda mais fácil de estacionar. CONCENTRADO DE NOVIDADES O formato mantém-se, mas não se deixe enganar. A terceira geração do smart fortwo introduz, pelo menos, três importantes alterações. Estética. Tudo é novo, 1. destacando-se uma frente com um capot mais elevado. Motor. Estarão 2. disponíveis três. Nesta primeira fase, apenas dois propulsores a gasolina de três cilindros, um com 71 cv e outro com 90 cv. Não existirá motor a diesel. Caixa. Agora há duas 3. opções de transmissão: uma delas manual, com cinco velocidades. No início de 2015, estará, também, disponível uma transmissão automática twinamic de seis velocidades, com dupla embraiagem. compacto Um pequeno grande carro, com novos argumentos Fotos: Daimler AG 20 a revista da caixa