1-8 CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORTE GOIANO (CESNG) FACULDADE DO NORTE GOIANO (FNG) III PROJETO INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA E NA FALA DA FACULDADE DO NORTE GOIANO Porangatu/GO 2016
2-8 ADMINISTRAÇÃO INSTITUCIONAL Diretora Acadêmica Prof.ª Dr.ª MARIA LUIZA GOMES VASCONCELOS Vice-Diretor e Coordenador do Curso de Graduação em Enfermagem Prof.º Esp.º LAIRTON RODRIGUES BRAZ Coordenadora do Curso de Graduação em Administração Prof.ª Ma. CYNTHIA HELBER URIAS RODRIGUES CAMPOS Coordenadora do Curso de Graduação em Farmácia Prof.ª Esp.ª FERNANDA CORREIA MEDEIROS Coordenadora de Estágio Supervisionado e Laboratórios Prof.ª Esp.ª XÊNIA FREIRE FERREIRA DA SILVA Secretária Acadêmica LAIS BREITENBACH SIMÃO Coordenador Administrativo-Financeiro Prof.º Me. EDUARDO MOREIRA MARQUES Coordenadora do Núcleo de Extensão e Iniciação Científica (NEIC) Prof.ª Dr.ª EDNA LEMES MARTINS PEREIRA Coordenador do Núcleo de Apoio ao Aluno (NUAL) Prof.ª Ma. CACILDA FERNANDES ABREU AFONSO CUNHA JUNIA Diretor Presidente CESNG Prof.º CELMAR LAURINDO DE FREITAS Porangatu/GO 2016
3-8 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 4 1 JUSTIFICATIVA... 5 2 OBJETIVOS... 6 2.1 Objetivo Geral... 6 2.2 Objetivos Específicos... 6 3 METODOLOGIA DE TRABALHO... 7 REFERÊNCIAS... 8
4-8 APRESENTAÇÃO O debate acerca do acesso e permanência de estudantes deficientes auditivos e na fala no ensino superior no contexto da política de inclusão, instaurada no cenário nacional a partir dos anos 1990, demanda, necessariamente, a contextualização e análise das variáveis que intervém na delimitação de políticas bilíngues para deficientes auditivos e na fala nesse nível de ensino. O bilinguismo para deficientes auditivos e na fala, e seus desdobramentos político-pedagógicos, é um fato novo no cenário educacional para todos os educadores. Ele passa a fazer parte das políticas educacionais brasileiras apenas na última década, decorrente da pressão dos movimentos sociais, das contribuições de pesquisas nas áreas da Linguística e Educação e da incorporação desses novos conhecimentos e tendências às agendas governamentais. Com a oficialização da Língua Brasileira de Sinais Libras, fato ocorrido em abril de 2002, pela Lei Federal 10.436, os deficientes auditivos e na fala passam a ser legalmente reconhecidos em território nacional como um grupo cultural que utiliza uma língua minoritária a língua brasileira de sinais. Essa constatação se faz em relação à língua oficial e majoritária do país a língua portuguesa. Vivencia-se um momento de transição, em que os projetos de educação bilíngue ainda não se consolidaram nos sistemas de ensino e a geração de estudantes deficientes auditivos e na fala que chega ao ensino superior, mais notadamente a partir da década de 1990 (justamente pelo reconhecimento legal de sua diferença linguística) assume características específicas. Esse fato, é notório, tem suas raízes ideológicas na educação clínico-terapêutico dispensada, fortemente marcada pelo monolinguismo em português, que os subjugou a uma condição deficiente, imobilizando suas possibilidades de interlocução social significativas e acesso ao conhecimento historicamente produzido pela humanidade e disseminado pela educação escolar.
5-8 1 JUSTIFICATIVA Justifica-se a execução do presente projeto como forma de adequação aos parâmetros definidos pela Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Lembra-se também que o redimensionamento do projeto político-pedagógico das instituições se constituem em longo prazo e as práticas adaptativas adotadas não deveriam ser fruto de uma aligeirada discussão que vise, tão somente, ao atendimento de indicativos legais, sem a necessária radical reflexão acerca da práxis envolvida nesse contexto. Uma educação com atitude inclusiva é, antes de tudo, uma questão de direitos humanos, que se insere na perspectiva de assegurar o direito à educação de todos, independentemente de suas características ou dificuldades. Importa não perder de vista que assegurar o direito à educação é ir além do acesso: é prever e redefinir ações efetivamente destinadas aos alunos, em função das suas necessidades/ou especificidades. O concurso vestibular, ao longo de sua história, tem sido alvo de muitas críticas, pois é um mecanismo que seleciona, exclui e, supostamente, reproduz as desigualdades socioeducacionais. É sabido que a relação entre inscritos e possibilidades de acesso ao ensino superior público é altamente desigual. Neste contexto, as bancas especiais têm representado um mecanismo capaz de adequar às dificuldades e especificidades dos candidatos que possuem necessidades educacionais especiais. De certa forma, representa um caminho menos excludente, pois diminuí as dificuldades dos mesmos, ao oferecer os apoios didáticopedagógicos necessários para realização das provas.
6-8 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Garantir oportunidades sócio-educacionais ao acadêmico ingressante deficiente auditivo e na fala, promovendo o seu desenvolvimento e aprendizagem, ampliando dessa forma, suas experiências, conhecimento e participação social. 2.2 Objetivos Específicos a) Garantir a avaliação, como conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem do acadêmico ingressante com deficiente auditivo e na fala, podendo modificar a sua prática conforme necessidades apresentadas pelos indivíduos. Modelos qualitativos e contínuos possibilitam organizar e interpretar as informações, obtidas através dos registros informais do processo de ensino, evidenciando as potencialidades e habilidades do aluno e apontando suas necessidades específicas e seus progressos frente às situações educacionais; b) Proporcionar a formação de equipe de profissionais das áreas de educação, saúde e assistência social para atuarem de forma transdisciplinar no processo de avaliação e para colaborar na elaboração de projetos, programas e planejamentos educacionais; c) Garantir o direito da família de ter acesso à informação, ao apoio e à orientação sobre seu filho, participando do processo de desenvolvimento e aprendizagem e da tomada de decisões quanto aos programas e planejamentos educacionais.
7-8 3 METODOLOGIA DE TRABALHO Conforme parâmetros legais de ingresso nas Instituições de Ensino Superior, o candidato com deficiência auditiva e na fala deverá realizar o Processo Seletivo (vestibular) com autorização dos progenitores e/ou responsável legal, porém antes da realização da referida avaliação o pertenço discente ao ensino superior deverá ser avaliado pela Psicóloga atuante no Núcleo de Apoio ao Aluno (NUAL) que deverá classificar a forma de avaliação a ser ministrada ao candidato. Após parecer expedido pela Psicóloga do NUAL, a Secretaria Acadêmica em conjunto com a Professora Especialista Xênia Freire Ferreira da Silva, Pedagoga, deverão elaborar a avaliação do processo seletivo em compatibilidade do nível de défice intelectual do candidato, sem prejuízo aos demais candidatos participantes do processo de seleção de discentes. Caso o candidato, seja aprovado no processo seletivo, o mesmo deverá ingressar no curso preiteado, porém acompanhado diariamente pela Psicóloga do NUAL, com expedição de relatórios mensais acerca do desenvolvimento acadêmico do referido discente, e reuniões mensais com os progenitores e/ou responsáveis legais, a fim de apresentar os relatórios gerais do acompanhamento do discente. Todos os docentes serão devidamente capacitados pela Psicóloga do NUAL e a Professora Especialista Xênia Freire Ferreira da Silva, acerca da melhor forma de disponibilizar os conteúdos ao discente portador de deficiência auditiva e na fala, bem como todos colaboradores atuantes na Instituição de Ensino Superior. Propõe-se a criação do NAPNE (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais da FNG), com o objetivo de organização do processo de ingresso de discentes com necessidades especiais, porém à criação do referido núcleo deverá ser submetido ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) e o Conselho Superior de Administração (CONSU).
8-8 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades de comunicação e sinalização: surdez. 3. ed. Brasília: MEC, 2005. LACERDA, Cristina Broglia F. de; GÓES, Maria Cecília R. de (Orgs.). Surdez: processos educativos e subjetividade. São Paulo: Lovise, 2000. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Língua brasileira de sinais. Brasília: MEC, 1997. SKLIAR, Carlos (org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005. HONORA, Márcia; FRIZANCO. Mary Lopes Esteves. Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultura, 2009. Vol. 01. HONORA, Márcia; FRIZANCO. Mary Lopes Esteves. Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultura, 2009. Vol. 02. HONORA, Márcia; FRIZANCO. Mary Lopes Esteves. Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultura, 2009. Vol. 03.