Reflexão acerca do conceito de metempsicose em Platão



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Transcrição:

1 Reflexão acerca do conceito de metempsicose em Platão Autor: Sávio Laet de Barros Campos. Bacharel-Licenciado e Pós-Graduando em Filosofia Pela Universidade. Federal de Mato Grosso. E-mail: saviolaet@filosofante.org Esta reflexão nasceu a partir de uma sugestiva indagação proposta pelo confrade Hélder, membro da Comunidade Filosofante do orkut. O termo reencarnação admite várias acepções. Mas foi Platão, no século IV a.c, que retirou esta concepção do trevoso universo do orfismo e dos pitagóricos. Logicamente não podemos numa breve reflexão apresentar uma síntese da filosofia platônica, sequer sobre este aspecto. Dar-nos-emos por satisfeitos se conseguirmos apresentar umas poucas ponderações sobre o assunto. 1 Na nossa exposição, não seguiremos, por razões didáticas, a clássica ordem na qual estão divididos os diálogos platônicos. Respeitaremos, antes, a articulação das ideias. A terminologia posterior cunhou o termo metempsicose para designar a doutrina platônica acerca da transmigração da alma através de diferentes corpos, mesmo não-humanos. 2 No Fedro 3, Platão explica, não sem certa complexidade, a origem das almas, a causa da sua descida aos corpos e a sua afinidade com o divino. Segundo este diálogo, originariamente, a alma vivia junto aos deuses. Ora, a vida divina consiste num movimento ascendente para o mais alto dos céus, denominado por Platão de Hiperurânio, que é o onde habitam as ideias. De resto, Platão também chama este lugar de planície da Verdade. A alma humana 1 Toda esta breve reflexão está baseada nas análises do Prof. Giovanni Reale: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994. pp. 195 a 202. 2 Segundo Reale, este termo é inadequado, pois metempsicose indica mudança de alma e não mudança de corpos. Ora, não é a alma que muda. Com efeito, ela permanece a mesma, migrando, isto sim, para outros corpos. O termo exato, ainda segundo Giovanni Reale, seria: metensomatose ou palingênese. Vide: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: V Léxico, Índices e Bibliografia. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2005. Verbete: Metempsicose. 3 As passagens do Fedro nas quais Platão aborda as colocações que passaremos a expor encontram-se: PLATÃO. Fedro. 246 a-249 d; 248 c; 248 e-249 b. In: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994.

2 também avança no séquito dos deuses para esta planície, que é onde se realiza o ápice da contemplação (theorein). Agora bem, neste momento do diálogo, Platão se vale de uma alegoria para explicar a queda da alma deste lugar arcano para onde rumava. Compara o nosso filósofo a alma a um carro alado puxado por dois cavalos. O cocheiro deste carro é a razão. Enquanto os cavalos dos deuses são bons, os cavalos da alma são de raças diversas, sendo um bom e o outro, mau. O bom corresponde à parte irascível da alma, o mau identifica-se com a parte apetitiva, sede dos desejos que empurram a alma para as vilezas. A parte irascível, ao contrário, quase sempre se põe de acordo com a razão, resistindo aos ímpetos da parte apetitiva. Esclarecida, pois, esta disposição das almas, segue-se que a sua cavalgada à planície da Verdade torna-se muito árdua e, de fato, nem todas conseguem chegar ao vértice do mundo das Ideias, o Hiperurânio. Chocam-se entre si, pisam uma nas outras, pelo que as suas asas se quebram, fazendo com que elas se precipitem na terra e unam-se aos corpos. Nesta urdidura, a vida humana apresenta-se como uma decadência, o termo de um declínio, um declive que não encontraria o seu lugar senão pelo desvio cometido pelas almas que cederam aos seus instintos aviltantes. Destarte, aqui entra o papel da filosofia. Na concepção de Platão, ela tem um aspecto soteriológico indeclinável. As almas que viverem consoantes à filosofia durante três vidas consecutivas, após três mil anos terão as suas asas restauradas e poderão voltar ao consórcio dos deuses. De uma maneira geral, todas as almas readquirirão, passados dez mil anos do ciclo de reencarnações, as suas asas e, consequentemente, o convívio dos deuses. O que acontece neste ínterim, isto é, neste interstício de milênios? Na República 4, Platão fala pela boca dos interlocutores do sublime diálogo que, quando da morte do corpo, a alma é julgada por um milênio segundo os seus atos tenham ou não sido condizentes com a virtude e é recompensada ou punida segundo as suas obras. Após mil anos, volta a reencarnar-se até completar-se o ciclo das reencarnações, dez mil anos para as almas em geral e três mil anos para aquelas que conseguirem viver três vidas consecutivas segundo a filosofia. Com 4 As passagens da República nas quais Platão aborda as colocações que passaremos a expor encontram-se: PLATÃO. República. X, 618 a; X, 617 d-c; X, 619 b; X 619 d-c; X 621 b-d. In: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994.

3 efeito, o que fica claro é que o lugar onde as almas habitam antes de haverem concluído o ciclo das reencarnações é totalmente diverso do lugar onde habitavam em estreito conúbio com os deuses e voltarão a habitar, passados os dez mil anos. Na verdade, na República, que é anterior ao Fedro, Platão aborda o problema a partir de uma perspectiva diferente. Neste diálogo, defende o nosso filósofo que o número das almas é limitado. Destarte, se lhes sucedesse um destino ultraterreno eterno, o gênero humano se extinguiria. Por conseguinte, como um homem vive no máximo cem anos sobre a terra, a duração da vida ultraterrena deve durar dez vezes cem, ou seja, mil anos, findo o qual a alma voltaria a reencarnar-se. Desta forma, o ciclo das reencarnações seria ilimitado. Neste momento da argumentação, acontece uma grande reviravolta do ponto de vista religioso. Com efeito, na mitologia grega, eram a deusa Necessidade e as três irmãs Moiras que teciam e decidiam os destinos dos deuses e dos homens. Na concepção de Platão, após os mil anos, as almas eram levadas a uma planície cheia de relva. Láquesis estende sobre a relva os paradigmas de vida que as almas deverão escolher. Cada alma, então, escolhe livremente o rumo que desejará dar a sua vida sobre a terra. Depois, as duas outras irmãs, Cloto e Átropos, abalizam esta escolha que, doravante, torna-se irrevogável. Após isso, as almas bebem do esquecimento nas águas do rio Amelés e voltam a encarnar-se para viverem a vida que escolheram. Platão precisa que, conquanto a escolha seja livre, ela é determinada, de algum modo, pelo conhecimento que estas almas adquiriram em suas vidas passadas. Desta maneira, elas escolheram os paradigmas segundo o grau de ciência filosófica que tiveram cultivado em suas vidas anteriores. Deste modo, vemos a filosofia, em última instância, decidir a sorte dos homens. No Fédon 5 [não confundir com o Fedro], que faz parte dos primeiros diálogos de Platão, ele defende a transmigração das almas de uma forma menos elaborada. Segundo ele, as almas que viveram muito apegadas às coisas corpóreas e aos prazeres sensíveis, não conseguem se desvencilhar deles depois da morte e continuam vagando pelos túmulos, onde podem ser vistas em forma de espectro [fantasma]. Para estas almas, o corpóreo tornou-se quase conatural, pelo que a 5 A passagem do Fédon na qual Platão aborda as colocações que passaremos a expor encontra-se: PLATÃO. Fédon. 81 c-82 c. In: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994.

4 atração por ele tornou-se nelas tão intenso que, em certo momento, voltam a se ligar aos corpos, não só aos dos homens, mas também aos dos animais. As que viveram com um pouco mais de pudor e recato, podem se encarnar em animais mansos, mas somente as que viveram segundo o decoro da filosofia são elevadas à estirpe dos deuses. Quais os pontos em comum de toda esta doutrina? Primeiro, uma concepção por demais influenciada e até certo ponto imiscuída de mitologia. Por mais que Platão tenha querido dar-lhe uma elaboração filosófica e até certo ponto conseguiu permanecem nestas exposições muitos elementos alógicos. Outrossim, a vida humana é concebida como algo degradante, o corpo é visto como um cárcere, um lugar de expiação; a vida é uma decadência, um lugar de reparação, um castigo, um exílio a que a alma está condenada em virtude de uma culpa. A filosofia torna-se a salvação da espécie, torna-se uma religião, um aprender a morrer para esta vida, uma fuga do mundo, um exercício de ascese. Ora, tudo isto vai de encontro ao que já foi chamado de semi-criacionismo platônico. Com efeito, o Demiurgo, que é o deus de Platão, é aquele que modela as almas e imprime-lhes o seu destino, que é voltar às estrelas. Esta obra do Demiurgo, que é como um artesão que dá forma à matéria, ele a executa segundo o exemplar ou modelo que contemplou no mundo das ideias. Sem embargo, ele produz todas estas coisas segundo a perfeição das ideias, objeto da sua contemplação, máxime da mais esplendorosa delas: a Ideia de Bem. Ora, esta descrição choca com o modo mui negativo com que Platão descreve as almas e a vida dos homens, que também foram modeladas pelo Demiurgo. De fato, para que houvesse coerência com o todo da sua filosofia, esperava-se que Platão articulasse uma concepção mais positiva da vida humana e do princípio desta vida, que é a alma. Por tudo isso, pensamos que a doutrina da metempsicose não se sustenta do ponto de vista filosófico.

5 BIBLIOGRAFIA PLATÃO. Fédon. In: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994.. Fedro. In: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994.. República. In: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994. REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga: II Platão e Aristóteles. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994.. História da Filosofia Antiga: V Léxico, Índices e Bibliografia. Trad. Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2005.

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