Mensagem. Prof. Dr. Moisés Cohen Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo



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Transcrição:

Mensagem O aumento de lesões relacionadas a prática esportiva tem exigido de todos os profissionais envolvidos no esporte um melhor entendimento destas lesões em benefício do atleta continuar a desenvolver seu talento, na busca do melhor rendimento possível. O aprofundamento da reflexão sobre a formação e desenvolvimento de recursos no campo interdisciplinar, fez com que procurássemos uma maneira de aproximar os profissionais da mídia neste processo de educação e saúde facilitando a compreensão através da informação de alguns fatores relevantes, como as definições de lesões mais freqüentes no esporte, a terminologia destas lesões e a abordagem adequada na informação do ouvinte ou telespectador. A aproximação do médico do esporte com profissionais da mídia servirá de suporte na elaboração de uma linguagem que possibilite o entendimento do gesto esportivo, da biomecânica do movimento e das diferenças de rendimento durante a prática esportiva. Este manual possibilitará que nosso principal objetivo seja alcançado: a atuação interdisciplinar visando a capacitação dos profissionais da mídia, na fundamentação e no conhecimento da intimidade do maior vilão das quadras e dos campos, a lesão. Procuramos colocar em terminologias mais simples algumas lesões mais frequentes nos esportes e sua ocorrência, bem como informações atuais e não menos importantes sobre o doping no esporte. Espero que seja do agrado de todos, e que possa auxiliá-los em suas atividades profissionais, e que esta parceria passa ser um marco da atuação conjunta em busca da realização e do sucesso do esporte brasileiro. Estaremos sempre a disposição para facilitar a compreensão da lesão.. Prof. Dr. Moisés Cohen Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo

Índice 1. Terminologia Médica das Lesões Esportivas... 1 2. Lesões Esportivas por Sobrecarga... 17 2.1 Lesões mais frequentes de acordo com a extremidade e o esporte... 18 2.2 Tratamento das lesões esportivas... 23 2.3 Tipos de lesões... 24 3. Doping no Esporte... 27

1 Termiinollogiia Médiica das Lesões Esportiivas ARTICULAÇÃO As articulações são conexões habituais existentes entre dois ou mais ossos. As articulações podem ser móveis ou não. As articulações móveis estão revestidas de cartilagem como, por exemplo, ombro, cotovelo, mão e joelho e, as articulações não móveis ou com o mínimo de movimento entre os ossos, entre elas a sínfise púbica e a articulação sacrilíaca. 1

TENDÃO É uma fita ou cordão fibroso, formado por tecido conjuntivo que une um músculo a um osso. São estruturas fibrosas cuja função é manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo, através da transmissão do exercício muscular aos ossos e articulações. 2

LIGAMENTO É um feixe de tecido fibroso que une dois ossos com a função de estabilizar e permitir movimento a uma articulação MENISCOS Estruturas fibrocartilaginosa em formato de meia lua ou crescente, localizad joelho, entre os côndilos do fêmur e da tíbia. Os meniscos têm a função de di e promover a adaptação (melhorar o encaixe) entre as faces articulares do São dois meniscos, um medial e outro lateral, ambos localizados acima formato de meia lua, com uma divisão em corno anterior, corpo e corno poster 3

CARTILAGEM ARTICULAR Tecido que reveste os ossos de uma articulação, permitindo o movimento des capaz de suportar grandes pressões. EDEMA (Inchaço) Acúmulo excessivo e anormal de líquido em espaços existentes entre os vasos tecidos do organismo. EQUIMOSE É a mancha roxa visível superficialmente na pele causada pelo extravasament celular decorrente de um evento traumático 4

HEMATOMA É o acúmulo sanguíneo causado por ruptura de vasos numa determinada regiã traumático. DERRAME ARTICULAR É o aumento do líquido dentro de uma articulação, decorrente de algu articulação. Quando o acúmulo é de líquido sinovial (excesso do líquido prese ser como consequência de lesão meniscal ou da cartilagem articular, conhecid Se o acúmulo é de sangue na articulação, este aumento do volume é cham geral, associa-se a algum evento traumático como torções ou quedas que ligamento cruzado anterior ou fraturas articulares. Se dentro da articulação ho (pus) chamamos o processo de pioartrite, causado por algum organismo cuja identificados. 5

CONTUSÃO (Pancada, Paulistinha, Tostão) Lesão causada por trauma direto (golpe), choque ou queda. FRATURA Perda da continuidade óssea, geralmente com separação em dois ou mais frag Radiografia do joelho direito: fratura da tíbia 6

FRATURA POR ESTRESSE Fratura decorrente do excesso de treinamento ou competições, devido a falha d absorver parte do impacto/sobrecarga destinado ao sistema ósseo. SUBLUXAÇÃO Ocorre quando as superfícies articulares são parcialmente separadas. LUXAÇÃO Perda completa do contato ósseo de uma articulação. 7

LESÃO MUSCULAR (Estiramento, distensão, fisgada) É causada por um alongamento das fibras musculares, além do seu estado fisiológico, ou pode ser resultante de uma contração muscular excêntrica causando ruptura parcial das fibras normalmente associados a uma fadiga muscular por sobrecarga de treinamento ou competições., As lesões musculares podem ser classificadas em traumáticas e atraumáticas. Entre as traumáticas, estão o estiramento, a contusão e a laceração (ou ruptura, sendo esta parcial ou total). Entre as atraumáticas, estão a cãibra e a dor muscular tardia. CÃIBRA Caracterizada por espasmos intensos ou contrações musculares súbitas, involuntárias e dolorosas de caráter transitório, definido por alguns atletas como uma puxada no músculo seguido por forte dor. INSTABILIDADE É a perda da estabilidade de uma articulação gerando um movimento anormal da mesma, referida pelo paciente como sensação de falseio e insegurança, muito comum nas lesões ligamentares do joelho e tornozelo. 8

ARTRITE É conjunto de sintomas e sinais resultantes de lesões articulares produzidas por diversas causas. Pode ser acompanhada de dor, edema, derrame articular e dificuldade para movimentação. CANELITE Processo inflamatório na membrana que reveste o osso da tíbia (periósteo), causando dor na região ânteromedial da perna. Pode ser confundida com fratura por estresse. É o nome popular da periostite medial da tíbia. É comum em atletas que praticam futebol, tênis, ciclismo, corrida e ginástica olímpica. 9

ENTORSE É a perda momentânea da congruência articular, levando a abertura da articulação além do limite tolerável pelos ligamentos TENDINITE Inflamação aguda ou crônica dos tendões em geral relacionadas à sobrecarga, gerando um processo doloroso que não apresenta alterações ósseas radiográficas. Classificação da tendinite Grau I - dor após atividade Grau II - dor durante e após atividade Grau III - dor antes, durante e após atividade Grau IV - ruptura parcial ou total PUBEÍTE - PUBALGIA Processo inflamatório da articulação da sínfise púbica localizada na região anterior da bacia, causada por esforço repetitivo, geralmente tendo o desequilíbrio muscular como principal fator desencadeante. 10

LOMBALGIA Dor na região lombar consequente a um processo inflamatório, contratura muscular ou compressões nervosas, dependendo do local de comprometimento. Quando há compressão do nervo ciático, a dor pode irradiar para o glúteo, coxa e perna, ocasionando o quadro conhecido como ciatalgia. HÉRNIA DE DISCO Entre cada vértebra da coluna existem os discos intervertebrais. Trata-se de um anel constituído por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto. A hérnia de disco aparece quando parte dessa estrutura sai de sua posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna e se dirigem para o resto do corpo. Pode ser assintomática ou provocar dor de moderada e leve intensidade até dor muito forte e incapacitante. 11

FASCEÍTE OU FASCITE PLANTAR Refere-se a uma dor plantar, no ponto de origem da fáscia plantar, na tuberos calcâneo. Caracteriza-se por uma inflamação ocasionada por microtraumatism As forças de tração durante o apoio levam ao processo inflamatório, que resu degeneração das fibras fasciais que se originam no osso. Esportes ma provocam a fasceíte são: corrida e atividades de salto. ESPORÃO DO CALCÂNEO Calcificação anormal do osso calcâneo, na planta do pé, que causa dor e inflamação dos tendões adjacentes. 12

DOR DE CRESCIMENTO Ocorre próxima a articulação do joelho, na região de crescimento dos ossos (fise), em decorrência do desequilíbrio ósseo e muscular. A dor mais comum é na região anterior da tíbia, conhecida como osteocondrite da tuberosidade, ou doença de Osgood-Schlater OSTEOARTROSE Conhecido como desgaste da articulação, é um processo degenerativo caus idade associada ou não a sobrecarga (trabalho, sobrepeso, atividade esportiva) 13

INFILTRAÇÃO Aplicação de medicação em qualquer tecido ou articulação com o objetivo de aliviar a inflamação e a dor. PUNÇÃO Introdução de uma agulha intrarticular com objetivo de alívio da dor, diminuição da pressão articular e diagnóstico, caracterizando o líquido sinovial. 14

ARTROSCOPIA Procedimento cirúrgico, minimamente invasivo, realizado nas articulações (ombro, cotovelo, punho, quadril, joelho, tornozelo) com o auxílio de um instrumento (artroscópio) que projeta em um monitor a imagem do interior desta articulação. Utilizada principalmente para realização de procedimentos cirúrgicos, pode ser útil também para auxílio diagnóstico. TERMOS CIRÚRGICOS Reparação: processo cirúrgico que refaz a estrutura lesionada por meio de sutura direta. Normalmente a reparação é realizada nas lesões agudas. Reconstrução: processo que restaura um tecido (ligamento) lesionado por meio de técnicas diretas ou indiretas de substituição deste tecido e, em alguns casos, associado a um reforço. Normalmente as reconstruções são utilizadas nas lesões crônicas ou na substituição de estruturas como o LCA onde não é permitido o reparo direto. 15

Meniscectomia: Ressecção completa apenas da lesão do menisco, através da artroscopia. Meniscorrafia: Pontos de aproximação (sutura) para união dos bordos da lesão meniscal. 16

2 Lesões Esportiivas por Sobrecarga Os benefícios do esporte são muitos: permite a oxigenação do corpo, libera energia, melhora a circulação sanguínea, ajuda a prevenir a obesidade, diminui a pressão arterial e combate a depressão, entre outras coisas. Por essa razão, atualmente, um grande número de pessoas pratica exercícios. Entretanto, a atividade física encerra alguns riscos, sobretudo quando não praticada corretamente ou quando se desconhecem as próprias limitações. Os aficionados em esportes como os profissionais, sabem que um pequeno descuido, como o aquecimento insuficiente ou um acidente podem levar a algum tipo de lesão. De fato, seis em cada dez pessoas que iniciam um programa de exercícios o abandonam após seis semanas em conseqüência de uma lesão. As lesões esportivas podem ser definidas como qualquer dano corporal que limite a atividade ou que produza um nível de incapacidade ao desportista. Elas podem ser divididas em quatro tipos: ósseas, musculares, tendinosas e articulares. Além disso, podem ser classificadas como agudas e crônicas, dependendo da causa. As lesões desportivas são agudas quando provocadas por um evento traumático, por exemplo, choque de um jogador de futebol contra o outro durante uma partida, ou contra um objeto, ou entorse do tornozelo em um tenista ao virar bruscamente, etc. Lesões desportivas crônicas são aquelas causadas por sobrecarga muscular, ou seja, quando o esforço físico com o tempo, é maior do que um determinado tecido consegue suportar, por exemplo, o cotovelo de tenista ou o joelho de um corredor. Aproximadamente 95% das lesões esportivas são decorrentes de pequenos traumatismos que afetam os tecidos moles, ou seja, os músculos, ligamentos ou tendões. Para uma maior compreensão do tema, a informação foi dividida em parte do corpo e as lesões esportivas mais comuns que as acometem. 17

2.1 Lesões mais frequentes de acordo com a extremidade e o esporte CABEÇA O rugby, a ginástica, o hóquei sobre o gelo e a luta livre são as quatro modalidades de esporte que acarretam maior risco à cabeça. As lesões nessa região costumam ser os traumatismos mais graves, visto que ali se encontram os centros nervosos mais importantes do organismo. Geralmente, as causas das lesões agudas da cabeça são devidas ao impacto direto na região de contato ou no lado oposto. As lesões mais comuns incluem contusão, hemorragias, fraturas dos ossos do crânio, além de lesões dentárias, dos olhos, ouvidos e nariz. Quando a pessoa afetada está consciente, os sintomas apresentados são vômitos, zumbido no ouvido, dor de cabeça, náuseas, visão embaçada, perda de memória, convulsões, desorientação, hemorragias, inflamação ou deformidade na região de impacto. No caso do indivíduo estar inconsciente a respiração é irregular, há perda de sangue ou de líquido pelo nariz, boca ou ouvidos, pulso irregular e alterações no tamanho da pupila em resposta à luz. Nessas condições, o quadro pode constituir uma emergência. TRONCO Os esportes que geralmente afetam a região do tronco são os de luta, que podem provocar lesões na coluna vertebral e no tórax. Coluna Vertebral Os desportistas freqüentemente consultam o especialista devido a dores nas costas, uma vez que o exercício submete a coluna vertebral a sobrecargas e pressão excessiva. As lesões mais freqüentes são as contusões, distensões, entorses e fraturas. Na luta livre, por exemplo, o pescoço é a área sob maior risco, e as lesões mais graves são as que podem afetar os que praticam essa atividade física. Entretanto, elas são muito raras, devido aos exercícios 18

de fortalecimento a que são submetidos os desportistas e à vigilância dos juízes nos campeonatos. Os tenistas estão expostos a uma ruptura ou contratura do músculo do pescoço, sobretudo no momento do saque. A dor se manifesta de um lado do pescoço, sendo particularmente doloroso girar a cabeça na direção da dor. A região lombar, por outro lado, é afetada em esportes como basquetebol. Vários são os atletas que apresentam dor nessa área, seja por ruptura de ligamento, tendão ou músculo, por deslocamento de um disco ou vértebra, por compressão de um nervo ou por fadiga muscular, causada por postura inadequada ou sobrecarga muscular. Os jogadores de golfe também são propensos à distensão da região lombar, visto que este esporte envolve movimentos unilaterais, ou seja, a coluna lombar é girada em uma única direção. Tórax Nos esportes de contato são comuns as contusões e fraturas das costelas. O sintoma é dor na região afetada, que aumenta com a inspiração e a tosse. COTOVELO Devido ao grande interesse que despertaram nos últimos anos o tênis, o squash, o golfe e o fisiculturismo, o cotovelo é uma das articulações mais sobrecarregadas nos desportistas. Por essa razão é muito importante obter uma técnica adequada, além de desenvolver a força e a flexibilidade das estruturas anatômicas circundantes para prevenir seu desgaste. A lesão mais conhecida é o cotovelo de tenista (epicondilite lateral), causada pelo uso excessivo dos músculos do antebraço. Estima-se que 50% dos jogadores de tênis são acometidos por essa afecção pelo menos uma vez ao longo de suas carreiras. A idade em que essa lesão aparece com maior freqüência é entre os 35 e 50 anos. Alguns dos fatores que aumentam o risco de sofrer esta lesão são o uso inadequado do revés, a baixa resistência dos músculos do ombro e do punho e a empunhadura inadequada da raquete. 19

O principal sintoma é uma dor gradual na lateral do cotovelo ao mover o antebraço ou o punho. Outra lesão que afeta essa articulação é o cotovelo de jogador de beisebol (epicondilite medial). Menos comum do que o cotovelo de tenista, essa lesão é produzida por um estresse repetido na inserção dos músculos que produzem a flexão do antebraço, sendo que a dor aparece quando este é girado para dentro. É freqüente nos lançadores de beisebol, nos jogadores de golfe, cricket, nos que praticam remo e nos lançadores de vara. Além disso, afeta os tenistas que tem um saque potente ou que realizam manobras para provocar efeitos na bola. MÃO E PUNHO O voleibol expõe os dedos a constante risco de lesões devido ao freqüente contato dos mesmos com a bola. As tendinites e os entorses das falanges, geralmente ocorrem durante os bloqueios, que é quando o jogador tenta impedir uma cortada. Por exemplo, o choque da bola nos dedos pode flexiona-los para trás e provocar uma lesão nos tendões ou ligamentos. Quando o traumatismo envolve a articulação interfalangiana distal (ponta do dedo) e rompe o tendão que o estende, é conhecido como dedo de martelo. A pessoa afetada sente dor e sensibilidade nessa região. Na maioria dos esportes, a queda com o braço estendido é a causa mais freqüente de fratura do punho. JOELHO De acordo com a Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, mais de 4 milhões de pessoas nos Estados Unidos procuram aconselhamento médico a cada ano devido a problemas no joelho. Essa articulação é uma das que mais sofrem traumatismo em futebolistas, ciclistas, esquiadores, praticantes de luta ou artes marciais, entre outros. Dez por cento das lesões de joelho requerem tratamento cirúrgico. No geral, no basquetebol, as causas de lesões do joelho são as quedas ou entorses. As lesões do menisco ou do ligamento cruzado anterior são muito comuns e podem ter conseqüências importantes no rendimento do jogador. As primeiras costumam ser produzidas por um entorse do 20

joelho quando o mesmo é flexionado. Os sintomas incluem uma sensação de ruptura, inchaço e dor ao realizar movimentos giratórios, ao dobrar o joelho ou sentar-se. A lesão do ligamento cruzado anterior ocorre geralmente durante a desaceleração ou parada brusca. É a patologia ligamentar mais freqüente e grave do joelho. No momento que ocorre o traumatismo, o jogador ouve um ruído de Crac, juntamente com uma sensação de instabilidade e sendo difícil mover o joelho. Após algumas horas ocorre dor e é produzida uma efusão (acúmulo e/ou derrame de líquido). O basquetebol, o futebol e o esqui são esportes que expõem os jogadores a esse tipo de traumatismo. A causa mais comum de dor nessa articulação é o joelho de corredor ou síndrome patelo-femoral, que é quando a patela é friccionada contra a extremidade inferior do osso longo da coxa (fêmur) ao movimentar-se (a patela é um osso plano localizado na face anterior do joelho e que faz um movimento suave para cima e para baixo, sem tocar o fêmur quando a pessoa corre). A causa do joelho de corredor pode ser uma falha estrutural (rótula localizada muito acima do joelho), um tendão dos músculos poplíteos muito retesado, estiramento dos tendões de Aquiles ou fragilidade dos músculos que estabilizam a articulação. Esta lesão é caracterizada por dor na rótula ou na região circundante e pelo ruído de atrito do flexionar ou estender o joelho. PERNA Aperna talvez seja a extremidade mais sobrecarregada nos esportes, portanto, não é de estranhar as lesões que ocorrem em partes dela. Em esportes como o futebol ou o hóquei, a tíbia é muito vulnerável, razão pela qual os jogadores geralmente usam proteção. As dores nessa região podem manifestar-se na parte frontal e externa da tibial ou nos músculos da parte posterior ou interna. Tudo dependerá dos músculos afetados. A principal causa é um esforço prolongado e repetido na parte inferior da perna. Outra lesão e a tendinite poplítea, que é uma ruptura do tendão do mesmo nome, responsável por impedir os entorses no sentido externo da metade inferior da perna durante a corrida. A excessiva rotação do pé em sentido interno, bem como descer correndo um terreno em declive, 21

tendem a exercer excessiva tensão sobre este tendão, o que pode levar a uma ruptura. Ocorrem dor e inflamação na face externa do joelho quando se desce correndo um terreno em declive. TORNOZELO A lesão mais comum do tornozelo é o entorse, que representa 10 a 30% de todos os traumatismos esportivos agudos. Dados observados nos Estados Unidos indicam que mais de 25 mil pessoas torcem o tornozelo a cada dia. Geralmente, a causa é uma torção no sentido interno (85%). Os sintomas incluem dor, inchaço e, às vezes, de formações na parte lateral do tornozelo. Os desportistas que estão mais expostos ao entorse de tornozelo são os que praticam basquetebol, futebol e os fundistas. A tendinite de Aquiles é também outra lesão comum nessa região e se caracteriza por dor na parte posterior do calcanhar ao começar a correr ou saltar. Ocorre quando a pressão exercida sobre o tendão é maior do que sua própria resistência, como subir ou descer correndo um terreno em declive. Alguns fatores que ajudam a provocar essa tendinite são: a rotação excessiva do pé no sentido interno, utilizar constantemente a extremidade posterior do calcanhar e as pernas arqueadas. Podem estar expostas à lesão as pessoas que gostam de caminhar, correr ou que praticam basquetebol, uma vez que ao saltar muita força é exercida sobre o tendão. PÉ O atletismo é o esporte que mais lesões causa ao pé, devido à sobrecarga que a prática deste esporte impõe a essa região. Os ossos metatarsianos dos três dedos médios são mais suscetíveis a fraturas. Os fatores de risco são em geral arcos pronunciados, tênis inadequados ou o aumento repentino da intensidade ou da quantidade de exercícios. A princípio, o atleta pode sentir dor ao treinar, que cessa quanto o treinamento é interrompido. Entretanto, se a prática for mantida, a dor pode continuar em repouso, inclusive com inchaço da região afetada. 22

2.2 Tratamento das lesões esportivas Em geral, antes de consultar um especialista, as lesão esportivas são tratadas com uma técnica conhecido pelas siglas R.G.C.E. (R.I.C.E. em inglês): repouso, gelo, compressão e elevação. Repouso: consiste em imobilizar a área afetada, para poupa-la e impedir que continue sendo exercitada. Gelo: o frio exerce um efeito vasoconstritor prevenindo, portanto, uma hemorragia, diminuindo-a se a mesma ocorrer, além de ajudar a reduzir a inflamação e a dor. Recomenda-se envolver o gelo em uma toalha e aplica-lo durante 30 minutos a cada três horas. Compressão: a bandagem compressiva evita que o edema aumente por meio da diminuição do fluxo de sangue para a região lesada. Além disso, proporciona estabilidade em traumatismos articulares ou fraturas. Elevação: ao elevar a extremidade lesada, é produzido um retorno do sangue que diminui a inflamação. No caso da dor e do inchaço persistirem por mais de 24 ou 48 horas, deve-se procurar aconselhamento médico. Por vezes, como ocorre no tratamento da entorse do tornozelo, da tendinite de Aquiles, do cotovelo de tenista ou da lesão na região lombar, o médico prescreverá antiinflamatórios. 23

2.3 Tipos de lesões Lesões ósseas São muito difíceis de prevenir, uma vez que ocorrem geralmente em esportes de contato como o futebol, o rugby, ou os esportes individuais como automobilismo, hipismo ou esqui. O impacto deve ser suficientemente forte para ultrapassar a resistência do osso e fratura-lo (quebrá-lo). São sintomas clássicos das fraturas agudas e tumefação (inchaço), a dor agravada pelo movimento e a deformidade, embora nas fraturas sem deslocamento do osso, esta última característica não esteja presente. As fraturas mais freqüentes em crianças costumam ser as do punho, dedos e antebraço, enquanto em adultos envolvem o punho, tornozelo e pernas. Essas lesões requerem consulta com um traumatologista o mais rápido possível, para que o especialista defina se o tratamento deve ser ortopédico ou cirúrgico. Lesões musculares São as lesões mais freqüentes e são produzidas por duas razões: - falta de alongamento e pré-aquecimento antes da realização de exercícios; - sobrecarga muscular crônica. Os tipos de lesões musculares podem ser divididos principalmente em 5 tipos: Distensão: consiste de um alongamento das fibras musculares além de sua capacidade elástica, mas sem lesão das mesmas. Provoca dor com um certo déficit funcional. Laceração: é a lesão ou ruptura de algumas fibras, mas que conserva a integridade anatômica do músculo. Pode ser total ou parcial, dependendo do número de fibras afetadas. A dor é localizada e muito intensa, além de causar um déficit funcional importante. A localização mais freqüente das rupturas musculares é ao nível da panturrilha. Podem ocorrer em qualquer idade, no entanto, são mais comuns em pessoas de meia-idade e em adultos de mais idade, porque com o 24

passar dos anos os músculos perdem a elasticidade e tornam-se mais suscetíveis a traumatismos. Ruptura: é a ruptura ou arrancamento do músculo em sua totalidade ou em grande parte. A dor é aguda e localizada. Ocorre incapacidade funcional importante e, às vezes, uma fratura na região afetada. Contusão: é o resultado da ação direta do agente traumática não cortante, como por exemplo, um golpe direto enquanto se pratica um esporte de contato. Produz dor e incapacidade funcional. Quando o impacto é muito forte e quando a extremidade afetada está apoiada, pode-se suspeitar de uma lesão óssea, para a qual o especialista indicará radiografia para descarta-la ou confirma-la. Contratura: seja por fadiga acumulada ou recuperação deficiente, o músculo é retesado. Por vezes, é produzida nos músculos que circundam uma lesão. A dor é difusa. Lesões tendinosas O uso excessivo ou repetitivo dos tendões produz inflamação, conhecida como tendinite. É uma lesão muito freqüente nos futebolistas ou pessoas que treinam constantemente, além de ser muito incômoda e recorrente. Representa 15 a 25% das consultas em traumatologia desportiva. Os tendões mais afetados pela atividade física são o de Aquiles, dos joelhos, do punho, dos cotovelos e do ombro. O tratamento consiste em repouso, calor local e antiinflamatórios. Lesões articulares Como vimos anteriormente, os músculos e tendões sofrem laceração quando são sobrecarregados. As articulações, por outro lado, são mais propensas às lesões quando os ligamentos e músculos que as sustentam não são suficientemente condicionados ou encontram-se debilitados devido a um entorse. As lesões articulares mais comuns no esporte são: Luxação: ocorre quando os ossos que formam uma articulação perdem o contato entre si. Geralmente, a causa é uma queda de grande magnitude, motivo pelo que este tipo de lesão é mais provável de 25

ocorrer em esportes como futebol, rugby, esqui na neve ou aquático e em regiões como os ombros, dedos da mão e cotovelo. Seus sintomas são dor, incapacidade funcional e deformidade anatômica. Entorse: é a laceração parcial ou total de um ligamento, estrutura que ajuda a estabilizar uma articulação. Sem dúvida, a mais comum é a do tornozelo, mas é também freqüentemente observada no punho, joelho ou dedos das mãos. Os entorses podem ser classificados em três tipos: Grau I (leve), Grau II (moderado) e Grau III (grave.) Tudo depende do estado de comprometimento das fibras ligamentares. Os sintomas são dor e tumefação. 26

3 Dopiing no Esporte AGÊNCIA MUNDIAL ANTI-DOPING CÓDIGO MUNDIAL ANTI-DOPING A LISTA PROIBIDA 2010 PADRÃO INTERNACIONAL Esta é uma tradução não-oficial da Lista Proibida 2007, editada anualmente e mantida no web site da WADA-AMA (Agência Mundial Anti-Doping): www.wada-ama.org. A tradução é uma iniciativa da ANAD-CBAt - Agência Nacional Anti- Doping - Confederação Brasileira de Atletismo. Qualquer discrepância desta tradução com a versão original em inglês disponível no web site da WADA-AMA, prevalecerá a original. A lista de 2010 PROIBIDO Código Mundial Anti-DOPING Uma válida janeiro 2010 Todas as Substâncias Proibidas serão consideradas "Substâncias Substâncias "exceto Substâncias em S1 classes, S2.1 a S2.5, S.4.4 e S6.a e Métodos Proibidos M1, M2 e M3. 27

SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS EM TODOS OS TEMPOS (IN-EA CONCORRÊNCIA OUT-OF-) SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS S1. AGENTES ANABOLIC Os agentes anabolisantes são proibidos. 1. Esteróides anabólicos androgênicos (EAA) a. Exógena * AAS, incluindo: 1-androstenediol (5α-androst-1-eno-3β, 17β-diol); 1-androstendione (5αandrost-1-eno-3,17-dione); bolandiol (19-norandrostenediol); bolasterone; boldenona; boldione (androsta-1,4-diene-3,17-dione); calusterone; clostebol, danazol (17α-ethynyl-17β-hydroxyandrost-4-eno [2,3-d] isoxazole); dehydrochlormethyltestosterone (4-cloro-17β-hidroxi-17α- methylandrosta- 1,4-dien-3-ona); desoxymethyltestosterone (17α-metil-5α-androst-2- en- 17β-ol); drostanolone; ethylestrenol (19-nor-17α-pregn-4-en-17-ol); fluoximesterona; formebolone; Furazabol (17β-hidroxi-17α-metil-5αandrostano [2,3-c]-furazan); gestrinone, 4-Hydroxytestosterone (4,17 β- dihydroxyandrost-4-en-3-ona); mestanolona; mesterolone; metenolone; Methandienone (17β-hidroxi-17α-methylandrosta-1,4-dien-3-ona); Methandriol; methasterone (2α, 17α-dimetil-5α-androstano-3-ona- 17β-ol); methyldienolone (17β-hidroxi-17α-methylestra-4,9-dien-3-ona); metil- 1- testosterona (17β-hidroxi-17α-metil-5α-androst-1-en-3-ona); methylnortestosterone (17β-hidroxi-17α-methylestr-4-en-3-ona); metiltestosterona; metribolone (metiltrienolona, 17β-hidroxi-17α- 28

methylestra-4,9,11-trien-3-ona); mibolerone; nandrolona, 19 - norandrostenediona (estr-4-eno-3,17-dione); norboletone; norclostebol; norethandrolone; oxabolone; oxandrolona; oxymesterone; oximetolona; prostanozol (17β-hidroxi-5α-androstano [3,2-c] pirazol); quinbolone; A Lista de Substâncias Proibidas 2010 19 de setembro de 2009 3 stanozolol; stenbolone; 1-testosterona (17β-hidroxi-5α-androst-1-en-3- um); tetrahidrogestrinona (18a-homo-pregna-4,9,11-Trien-17β-ol-3- ona); trenbolona e outras substâncias com estrutura química similar ou similar efeito biológico (s). b. Endógeno ** AAS, quando administrados exogenamente: androstenediol (androst-5-eno-3β, 17β-diol); androstenediona (androst-4-eno- 3,17-diona); dihidrotestosterona (17β-hidroxi-5α-androstan-3-ona); Prasterona (dehidroepiandrosterona, DHEA); testosterona e os metabolitos e isómeros seguintes: 5α-androstano-3α, 17α-diol; 5α-androstano-3α, 17β-diol; 5α- androstano- 3β, 17α-diol; 5α-androstano-3β, 17β-diol; androst-4-eno-3α, 17α-diol; androst-4-eno-3α, 17β-diol; androst-4-eno-3β, 17α-diol; androst-5- ene- 3α, 17α-diol; androst-5-eno-3α, 17β-diol; androst-5-eno-3β, 17α-diol; 4-androstenediol (androst-4-eno-3β, 17β-diol), 5-androstenediona (androst- 5-eno-3,17-dione); epi-diidrotestosterona; epitestosterona; 3α- hidroxi- 5α-androstan-17-um; 3β-hidroxi-5α-androstan-17-um, 19 - norandrosterona; 19 noretiocholanolone. 2. 29

Outros agentes anabolisantes, incluindo mas não limitados a: Clenbuterol, moduladores seletivos dos receptores de andrógeno (SARM), tibolona, zeranol, zilpaterol. Para os fins desta seção: * "Exógenos" se refere a uma substância que não é capaz de ser produzida pelo corpo naturalmente. ** "Endógeno" se refere a uma substância que é capaz de ser produzido pelo corpo naturalmente. S2. HORMONAS PEPTÍDICAS, FATORES DE CRESCIMENTO E RELACIONADOS SUBSTÂNCIAS As seguintes substâncias e seus fatores de liberação são proibidos: 1. Agentes estimuladores da eritropoiese [eg eritropoietina (EPO), darbepoetina (depo), metoxi polietilenoglicol-epoetina beta (CERA), hematide]; 2. Gonadotrofina coriônica (CG) e hormônio luteinizante (LH) em do sexo masculino; 3. Insulinas; 4. Corticotrophins; A Lista de Substâncias Proibidas 2010 19 de setembro de 2009 4 5. Hormônio do crescimento (GH), Insulin-like Growth Factor-1 (IGF-1), Factores de crescimento mecânicos (MGFs), Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas (PDGF), Fatores de Crescimento de Fibroblastos (FGF), Vascularendotelial Fator de crescimento (VEGF) e Fator de Crescimento de Hepatócito (HGF), bem 30

como qualquer fator de crescimento de outras proteínas que afetam tendão do músculo ou ligamento síntese / degradação, vascularização, a utilização de energia, regenerativa capacidade ou a mudança do tipo de fibra; 6. Derivado de plaquetas preparações (por exemplo, de plaquetas Plasma Rich, "sangue spinning ") administrada por via intramuscular. Outras vias de administração exigir uma declaração de uso de acordo com a Norma Internacional para Isenção de Uso Terapêutico. e outras substâncias com estrutura química similar ou biológicos similares efeito (s). S3. Beta-2 agonistas Todos os beta-2 agonistas (incluindo ambos os isómeros ópticos quando relevante) são proibidos excepto salbutamol (máximo de 1600 microgramas em 24 horas) e salmeterol por inalação que requerem uma declaração de uso de acordo com o Internacional Padrão para Isenção de Uso Terapêutico. A presença de salbutamol na urina superior a 1000 ng / ml é presumido não ser um uso terapêutico da substância e será considerado como um Resultado Analítico Adverso, a menos que o atleta prove, através de um controle estudo de farmacocinética, que o resultado anormal foi consequência do uso de uma dose terapêutica (máximo de 1600 microgramas em 24 horas) de inalação salbutamol. S4. ANTAGONISTAS HORMONAIS E MODULADORES As seguintes classes são proibidas: 1. Inibidores da aromatase incluindo, mas não limitados a: aminoglutetimida, anastrozol, androsta-1,4,6-triene-3,17-dione (Androstatrienedione), 4-androstene-3, 6,17 triona (6-oxo), 31

exemestano, formestano, letrozol, testolactona. 2. Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs) incluindo, mas não limitados a: raloxifeno, tamoxifeno, toremifeno. 3. Outras substâncias anti-estrogénicas incluindo, mas não limitados a: clomifeno, ciclofenil, fulvestrant. A Lista de Substâncias Proibidas 2010 19 de setembro de 2009 5 4. Agentes modificadores da função da miostatina (s), incluindo mas não limitado a: inibidores da miostatina. S5. DIURÉTICOS E OUTROS AGENTES MASCARANTES Os agentes mascarantes são proibidos. Eles incluem: Diuréticos, probenecida, expansores de plasma (eg glicerol; intravenosa administração de albumina, dextran, hidroxietilamido e manitol) e outras substâncias com efeito biológico similar (s). Diuréticos incluem: Amilorida acetazolamida, bumetanida, canrenona, clortalidona, etacrynic ácido, furosemida, indapamida, metolazona, espironolactona, tiazidas (por exemplo, bendroflumetiazida, clorotiazida, hidroclorotiazida), substâncias triantereno e outros com estrutura química similar ou similar efeito biológico (s) (excepto drosperinona, pamabrom e dorzolamida tópica e brinzolamida, que não são proibidas). A autorização para utilização terapêutica para diuréticos e agentes mascarantes não é válida se um Urina atleta contém essa substância (s) em associação com limite ou subníveis de limiar de uma substância exógena Proibido (s). 32

A Lista de Substâncias Proibidas 2010 19 de setembro de 2009 6 MÉTODOS PROIBIDOS M1. MELHORIA DA TRANSFERÊNCIA DE OXIGÊNIO São proibidos os seguintes: 1. Sangue doping, incluindo a administração autóloga, homóloga ou heteróloga sangue ou produtos eritrocitários de qualquer origem. 2. Aumento artificial da captação, transporte ou libertação de oxigénio, incluindo mas não limitado a perfluoroquímicos, efaproxiral (RSR13) e modificado produtos de hemoglobina (hemoglobina no sangue baseado por exemplo, substitutos, produtos de hemoglobina micro encapsulada), excluindo oxigênio suplementar. M2. MANIPULAÇÃO QUÍMICA E FÍSICA 1. Adulteração, ou tentativa de adulteração, de forma a alterar a integridade e validade das amostras recolhidas nos controlos de dopagem é proibida. Estes incluem, mas não limitado a cateterização e substituição de urina e / ou adulteração (proteases, por exemplo). 2. Infusões intravenosas são proibidas, exceto para aqueles legitimamente recebidos em o curso de internações hospitalares ou de investigação clínica. M3. Doping genético O seguinte, com o potencial de melhorar o desempenho atlético, são proibidos: 1 - A transferência de células ou elementos genéticos (DNA, por exemplo, RNA); 33

2 - O uso de agentes farmacológicos ou biológicos que alteram a expressão gênica. Proliferador de peroxissoma ativado δ Receptor (PPARδ) agonistas (por exemplo, GW 1516) e PPARδ-AMP-activated protein kinase agonistas (AMPK) eixo (AICAR, por exemplo) são proibido. A Lista de Substâncias Proibidas 2010 19 de setembro de 2009 7 SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS EM COMPETIÇÃO Além das categorias S1 a S5 e M1 a M3 definidas acima, as seguintes categorias são proibidas em competição: SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS S6. ESTIMULANTES Todos os estimulantes (incluindo ambos os isómeros ópticos quando relevante) são proibidos, exceto derivados de imidazol para uso tópico e aqueles estimulantes incluídos no 2010 Programa de Monitoramento *. Estimulantes incluem: a: não-especificado Estimulantes: Adrafinil; anfepramona; amiphenazole; anfetamina; amphetaminil; benfluorex; Benzofetamina; benzilpiperazina; bromantan; clobenzorex; cocaína; cropropamida; crotetamide; dimethylamphetamine; etilamphetamine; famprofazone; fencamine; Fenetilina; fenfluramina; fenproporex; furfenorex; mefenorex; mephentermine; mesocarb; metanfetamina (d -); p-metilanfetamina; Metilenódioxianfetamina; metilenodioximetanfetamina; 34

methylhexaneamine (metilexano); modafinil; norfenfluramine; fendimetrazina; fenmetrazina; phentermine; 4 fenilpiracetam (Carphedon); prenilamina; prolintane. Um estimulante não expressamente listados nesta secção é uma Substância Específica. b: Estimulantes especificado (exemplos): Adrenaline ** ; Catina *** ; Efedrina **** ; Etamivan; etilefrina; fenbutrazato; fencamfamin; heptaminol; isometheptene; levmetamphetamine; meclofenoxato; metilefedrina **** ; Metilfenidato; nikethamide; norfenefrine; octopamine; oxilofrine; parahydroxyamphetamine; pemoline; pentetrazol; femprometamina; propilhexedrina; pseudoefedrina ***** ; Selegilina; sibutramina; estricnina; substâncias tuaminoheptano e outros com uma estrutura química similar ou efeito biológico similar (s). A Lista de Substâncias Proibidas 2010 19 de setembro de 2009 8 * As seguintes substâncias incluídas no Programa de Monitoramento 2010 (bupropion, cafeína fenilefrina, fenilpropanolamina, pipradol, sinefrina) não são consideradas substâncias proibidas. ** 35

A adrenalina associada com anestésicos locais ou por administração local (Eg nasal, oftalmológica) não é proibida. *** Catina é proibida quando sua concentração na urina seja superior a 5 microgramas por mililitro. **** Tanto a efedrina como a metilefedrina são proibidas quando a concentração na urina seja superior a 10 microgramas por mililitro. ***** Pseudoefedrina é proibida quando sua concentração na urina é maior de 150 microgramas por mililitro. S7. NARCÓTICOS Os seguintes narcóticos são proibidos: Buprenorfina, dextromoramida, diamorfina (heroína), fentanil e seus derivados, hidromorfona, metadona, morfina, oxicodona, oximorfona, pentazocina, petidina. S8. CANABINÓIDES Natural ou sintética Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) e THC-como canabinóides (Eg haxixe, marijuana, HU-210) são proibidos. S9. GLUCOCORTICOSTERÓIDES Todos os glucocorticosteróides são proibidos quando administrados por via oral, intravenosa, intramuscular ou retal. De acordo com a Norma Internacional para Autorização de Utilização Terapêutica, uma declaração de uso deverá ser realizada pelo Atleta para glicocorticosteróides administrado pela intra-articular, periarticular, peritendinoso, epidural, intradérmica e rotas de inalação, exceto como observado abaixo. Preparações tópicas quando utilizadas para auricular, bucal, dermatológico (incluindo iontoforese / fonoforese), gengival, nasal, oftálmica e perianal distúrbios 36

não são proibidos e exigem nem uma Isenção para Uso Terapêutico, nem um declaração de uso. A Lista de Substâncias Proibidas 2010 19 de setembro de 2009 9 SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS EM PARTICULAR ESPORTES P1. ÁLCOOL Álcool (etanol) é proibido somente em competição, nos desportos seguintes. A detecção será feita por análise respiratória e / ou sangue. O doping detecção (valores hematológicos) é de 0,10 g / L. Aeronáutica (FAI) Tiro com Arco (FITA) Automobile (FIA) Karate (WKF) Pentatlo Moderno (UIPM) para disciplinas envolvendo tiro Motociclismo (FIM) Ninepin e boliche (FIQ) Motonáutica (UIM) P2. BETA-BLOQUEADORES Salvo disposição em contrário, beta-bloqueadores são proibidos somente em competição, em os seguintes esportes. Aeronáutica (FAI) Tiro com Arco (FITA) (proibido igualmente Fora de Competição) Automobile (FIA) Bilhar e Snooker (WCBS) Bobsleigh (FIBT) Bocha (CMSB) Bridge (FMB) 37

Curling (WCF) Golfe (IGF) Ginástica (FIG) Motociclismo (FIM) Pentatlo Moderno (UIPM) para disciplinas envolvendo tiro Ninepin e boliche (FIQ) Motonáutica (UIM) Vela (ISAF) para match race elmos apenas Tiro (ISSF, IPC) (também proibida Fora de Competição) Esqui / Snowboard (FIS) no ski jumping, freestyle antenas / halfpipe e snowboard halfpipe / big air Wrestling (FILA) Beta-bloqueadores incluem, mas não estão limitados a, o seguinte: Acebutolol, alprenolol, atenolol, betaxolol, bisoprolol, bunolol, carteolol, carvedilol, celiprolol, esmolol, labetalol, levobunolol, metipranolol, metoprolol, nadolol, oxprenolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol. 38