MARACATU MIRIM: A DESCOBERTA DA CULTURA BRASILEIRA PELAS SENSAÇÕES DA DANÇA.



Documentos relacionados
INICIATIVAS PREMIADAS

ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES

Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma

Lição 07 A COMUNIDADE DO REI

REFERÊNCIAS SÓCIO- CULTURAIS DO INSTITUTO GINGAS DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA

AÇÕES FORMATIVAS EM ESPAÇO NÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO NO PROJETO SORRIR NO BAIRRO DO PAAR

Projeto - por que não se arriscar com um trabalho diferente?

Nem o Catecismo da Igreja Católica responde tal questão, pois não dá para definir o Absoluto em palavras.

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

PROJETO BRINCOS, CANTIGAS E OUTRAS BRINCADEIRAS CANTADAS

Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO ESPECIAL: uma experiência de inclusão

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé.

Relações Étnico-raciais no Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Ementa da Disciplina. Teleaula 1. Conceitos Básicos.

Nome do Projeto: Eu quero mais! Projeto de valorização da mulher e igualdade entre os sexos na região dos Campos Gerais

Desafio para a família

A escola para todos: uma reflexão necessária

LIBERDADE DE CRENÇA E DE CULTO

Curso livre MAINUMY/edição 2015 DANÇAS BRASILEIRAS dos POVOS, poéticas Brincantes do CÉU e da TERRA.

SINCRETISMO RELIGIOSO, NATAL FESTEJA IEMANJÁ 1

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

AFETA A SAÚDE DAS PESSOAS

Muitos acreditam que alguém, nessas condições, jamais poderia fazer as coisas comuns e corriqueiras da vida.

Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho

Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17

coleção Conversas #9 - junho m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

Projeto Festival de Forró

Projeto integrado 7º ciclo GDG 2012 Álvaro Galdino

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Carta de Princípios dos Adolescentes e Jovens da Amazônia Legal

Discurso de Luiz Inácio Lula da Silva Seminário do Prêmio Global de Alimentação Des Moines, Estados Unidos 14 de outubro de 2011

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO E INCLUSÃO

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Cultura Juvenil e as influências musicais: pensando a música afro-brasileira e a sua utilização entre os jovens na escola


Transcriça o da Entrevista

ARTE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

coleção Conversas #18 - janeiro m m Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

REGISTROS REUNIÃO DO PROGRAMA ENERGIA SOCIAL NA E.E SALVADOR MORENO MUNHOZ. TEORODO SAMPAIO - SP

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Vou tentar mostrar aqui Os porquês, talvez e se s Desde programa de cotas Que travestido de justo Não passa de mais um susto Engano do gato de botas

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010

Gênero em foco: CARTA PESSOAL

A OFERTA DE UM REI (I Crônicas 29:1-9). 5 - Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR?

Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas

Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar HISTÓRIA

Habilidades e competências no Cuidado à pessoa idosa. Karla Giacomin, MD, PhD

Profa. Dra. Ana Maria Klein UNESP/São José do Rio Preto

8º Ano º Bimestre Artes Prof. Juva

coleção Conversas #11 - agosto n a h u e s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

O PETIANO E O RETORNO AS COMUNIDADES POPULARES: COMPARTILHAMENTO ENTRE SABERES POPULARES E ACADÊMICOS NO ESPAÇO DE PRÉ-UNIVERSITÁRIOS POPULARES

AUTO DE NATAL OUTRO NATAL

CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS: QUERO SER: INTERESSES: OUTROS:

PÚBLICO ALVO DO PROJETO ESTRUTURA E GÊNERO DRAMÁTICO

BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL)

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática

Análise spot publicitário

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Equilíbrio Col 3: 8-4: 6

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Barra do Garças Estado de Mato Grosso

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri

A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasileiras

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções.

O que são Direitos Humanos?

Memórias de um Brasil holandês. 1. Responda: a) Qual é o período da história do Brasil retratado nesta canção?

Economia política do gás natural

NOSSO VELHO E NOVO BONSUCESSO DE GUARULHOS SINOPSE: Carlos um adolescente, encontra um livro interessante na biblioteca da escola. Ele conta aos seus

Carta de Paulo aos romanos:

UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA NO CONTEXTO DE CRECHE

Gênero no processo. construindo cidadania

UM AYÊ NAGÔ, UM EDUCAR PARA A IGUALDADE RACIAL.

Palavras-chave: Justiça; Direitos; Cooperação; Brincadeiras

Palavras-chave: Creche. Gestão democrática. Projeto Político-Pedagógico.


Escola Municipal do Pescador

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

A PEDAGOGIA COMO CULTURA, A CULTURA COMO PEDAGOGIA. Gisela Cavalcanti João Maciel

MINISTÉRIO DA HOTELARIA E TURISMO

Pregação proferida pelo pastor João em 03/02/2011. Próxima pregação - Efésios 4: A unidade do corpo de Cristo.

O currículo do século XXI: a integração das TIC ao currículo - inovação, conhecimento científico e aprendizagem

Doutoranda em Estudos Interdisciplinares de Género Universidade de Salamanca

POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO Saúde e Trabalho. Clara Sette Whitaker Ferreira São Paulo, novembro 2010

Anna Júlia Pessoni Gouvêa, aluna do 9º ano B

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

Aula #4 Novas Mídias

ção o do saber e da cultura do estudante e da comunidade.

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME.

o curso Um curso sobre fazer e pensar literatura hoje. Sobre não querer um caminho, mas encontrar o seu caminho e a sua voz.

Carnaval curitibano: o lugar do popular na metrópole

PRÁTICAS DA PSICOLOGIA EM SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS NO CREAS

Transcrição:

MARACATU MIRIM: A DESCOBERTA DA CULTURA BRASILEIRA PELAS SENSAÇÕES DA DANÇA. Vanessa Guimarães dos Santos. Escola e Faculdade de Dança Angel Vianna (FAV). vanessa_gs2004@yahoo.com.br Danças populares Maracatu para crianças. RESUMO: o presente trabalho discute a atuação dos professores do ensino fundamental 1º segmento das escolas públicas do Município de Duque de Caxias, na produção de conhecimento sobre suas práticas e com relação ao aprendizado e disseminação da cultura negra, uma das raízes histórico-culturais do povo brasileiro. Afinal, a não valorização da cultura que representa 90% dos estudantes da escola, que são negros, significa roubar a capacidade de autovalorização, de representações positivas e calar a voz desses estudantes. Como ações irradiadoras e micropolíticas podem interferir no contexto social atual, imerso em fundamentalismos religiosos que impedem por pura ignorância o simples conhecimento da cultura negra? A dança popular foi um instrumento fundamental para vencer o perigo que representa uma história única. PALAVRAS-CHAVE: escola pública, danças populares, cultura.

Você já experimentou dançar: Lundu, Carimbó, Siriá, Samba de roda, Catira, Maracatu, Cavalo-marinho, Maculele, Jongo, Tambor de Crioula, Marujada? Ou pelo menos já assistiu, mesmo que em vídeo, alguma apresentação? Talvez até os nomes destas danças, soem estranhos! Mas por quê? As danças folclóricas representam forma tradicional de dança recreativa do povo. São um importante componente cultural da humanidade. E passam de geração para geração. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de determinadas regiões. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas, figurinos, alegria e cores. São realizadas em espaços públicos como praças, ruas e largos. Um convite a participação do povo brincante que se constroe na expressão mais pura de si mesmo. O que nos remete a outra questão: porque não conhecemos tamanha beleza e poder expressivo? Darcy Ribeiro (1997) nos oferece contribuição fértil ao discorrer sobre a história da formação cultural e social do povo brasileiro. Segundo ele, os brasileiros são um povo em fazimento (p.453). Ou seja, somos protagonistas de uma tarefa complexa, pois a mistura de inúmeras culturas criou uma nova, que tem como característica, justamente, a apropriação de elementos já existentes, mas sempre os readaptando a nossa realidade. Porém, essa recriação é retrato fiél das tensões sociais que movimentam a sociedade, e como tal, engendrou desigualdades quanto a valorização de determinadas culturas, como a indígena e a africana. Talvez esteja justificado aqui nosso desconhecimento de danças folclóricas indígenas e negras enraizadas pelo Brasil. Mas a desvalorização e os estereótipos não calam ou conseguem apagar a cultura que emerge das ruas. Que se faz no ato político do encontro e da resistência. Mas o que a escola tem a ver com isso? A escola, principalmente, a escola pública tem uma função social que pode ser a de promover a manutenção da

sociedade vigente ou de promover micromovimentos e experiências para democratizar a sociedade. Não foi por acaso que a Lei nº 10.639/03 alterou a Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases incluindo no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". A história negra que habitualmente era (ou é!) contada, através da escravidão, precisava (ou precisa!) ser contada sob o viés de sua representação positiva. Ou seja, é urgente garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira. Assim surgiu a vontade de trazer uma dança folclórica de origem negra para a escola pública. A escolha do Maracatu se deu graças a minha prática de dança. Pratico dança Afro e Maracatu, entre outras. Quem sou eu? A professora, claro! Mais uma daquelas que teima em compartilhar com os alunos as mesmas belas experiências que vive fora da escola. Afinal, o que é Maracatu? E como se deu a entrada dele na escola pública? Segundo o site de mapeamento de Maracatu no Brasil: http://maracatu.org.br (...) Com a abolição da escravatura no Brasil no fim do século XVIII, o Maracatu passa gradualmente a ser caracterizado como um fenômeno típico dos carnavais recifenses, como ocorreu com o Frevo, o Caboclinho, o Cavalo-marinho entre outras práticas populares brasileiras, mas mantém em muitos agrupamentos uma forte ligação com a religiosidade do Candomblé ou Xangô Pernambucano. No período carnavalesco em Pernambuco é comum nos depararmos com os batuques dos maracatus nação, que anunciam o cortejo real. Na verdade o que hoje nos parece tão comum ainda traz muitas interrogações sobre sua história. Considera-se que surgiu onde hoje é o estado de Pernambuco, principalmente nas cidades de Recife, Olinda e Igarassu (que antigamente abrangia também o que são hoje os municípios de Itapissuma, Abreu e Lima e Itamaracá), durante o período escravocrata, provavelmente entre os séculos XVII e XVIII. Como a maioria das manifestações populares do país é uma mistura de culturas ameríndias, africanas e europeias.

Apesar de existirem muitas visões, histórias e hipóteses diferentes, a explicação mais difundida entre os estudiosos a cerca da origem do Maracatu Nação é a de que ele teria surgido a partir das coroações e autos do Rei do Congo, prática implantada no Brasil supostamente pelos colonizadores portugueses e por consequência permitida e difundida pelos senhores de escravos. Os eleitos como Rainhas e Reis do Congo eram lideranças políticas negras, intermediários entre o poder do Estado Colonial e as mulheres e homens de origem africana. Destas organizações teriam surgido muitas manifestações culturais populares que passaram a realizar encontros e rituais em torno dessas representações sociais, dando origem ao Maracatu de Baque Virado. Os maracatus-nação surgiram como as vozes do negro na rua. Os desfiles contam a história vivida por aquele povo na época da colonização e da escravidão no Brasil. Era um grito preso na garganta que saia expresso na música e na dança. As toadas, músicas cantadas no Maracatu trazem referências fortes do Candomblé, uma religião perseguida e até hoje estereotipada. Se podemos conhecer e gostar da mitologia grega porque não podemos conhecer e gostar a mitologia africana? Os deuses representados em ambas são arquétipos, forças da natureza e sentimentos personificados para que as pessoas se identifiquem, se repensem, se empoderem e sejam cidadãos. A produção cultural dos blocos afro tem contribuído para perpetuar uma imagem cada vez mais negra, não paenas da Bahia, mas também dos indivíduos seduzidos pelas mensagens afrocentradas e pelas narrativas identitárias produzidas pelos blocos. Aliada ao discurso e totalmente permeada por ele está a prática dos blocos afro, realizada através de projetos de ação social nos bairros em que se localizam, Utilizando o poderoso arsenal de músicas, ritmos, danças indumentárias e penteados, os membros mais velhos dos blocos afro investem nas crianças e adolescentes, apostando que estes terão acesso ao que eles próprios nao tiveram pelnamente: o ingresso na sociedade dominante, no mercado de trabalho e de consumo, no mundo da política, e enfim a conquista da cidadania. (PINHO, 2004, p.124) E a escola? Ela é um lugar de repensar conceitos e criar mundo! Mesmo vivendo um momento de fundamentalismos na sociedade, ela pode oferecer a

experiência. Não preciso gostar de Maracatu, isso é uma escolha, pode acontecer ou não, o interessante é ter a oportunidade de conhecer, de sentir, de opinar, de saber que existem diversas vozes na sociedade. A comunidade do Corte Oito aceitou o desafio. A primeira apresentação ocorreu na Festa Julina, os pais vibraram ao ver as crianças empoderadas, conscientes e felizes de estarem trazendo algo novo para todos assistirem. Seguiram-se 2 apresentações em feiras de cultura em outras escolas da rede municipal de Duque de Caxias. Comunicação, diálogo, trocas afetivas entre os estudantes e esperanças compartilhadas com outros profissionais. Apesar das dificuldades era possível romper barreiras e intensificar a possibilidade humana. Era possível desdobrar gente por dentro, através da cultura. A quarta apresentação aconteceu no Festival Folclorando, UFRJ, destinado a receber trabalhos de folclore desenvolvidos de modo geral (escolas públicas, escolas de dança, grupos folclóricos). Experiência única. Os estudantes não só dançaram, mas assistiram danças populares de todo Brasil. Ampliação de repertório cultural e estímulo ao prazer de assistir outros grupos em cena, mostrando sua arte. Por fim, os estudantes pisaram pela primeira vez no palco de um teatro. O teatro Raul Cortez, em Duque de Caxias. A comunidade inteira vibrou e ganharam a consciência de que a cultura, a arte, a dança abrem portas de experienciação e essa é uma das funções da educação pública, oportunizar a entrada em lugares nunca antes pensados. Os estudantes tem fome de conhecimento, de experiências pulsantes e vibram a cada debate, a cada ensaio, a cada descoberta... A dança popular não é um fim em si mesma, ela potencializa um contexto de estudos e apropriação de conhecimentos, sejam culturais, históricos, sociais e/ou pedagógicos. A cultura, a arte, a dança são meios de praticar uma micropolítica amorosa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREIRE, Paulo. Alfabetização: leitura de mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011. PINHO, S. Patrícia. Reinvenções da África na Bahia. São Paulo: Annablume, 2004. RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1997. Site http://maracatu.org.br/o-maracatu/historia/ Acessado em: 30/08/2015.

ANEXO 1 - Produção textual - Cassiane Rangel - 4º ano ensino fundamental.

ANEXO 2 - Produção textual -Rhayssa Gonçalves - 4º ano ensino fundamental.

ANEXO 3 - Produção textual Gabriel da Silva - 4º ano ensino fundamental.