Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos. Síndrome de Abstinência Alcoólica. Última revisão: 25/03/2013 Estabelecido em: 23/11/2007

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Transcrição:

Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Última revisão: 25/03/2013 Estabelecido em: 23/11/2007 Responsáveis / Unidade Helian Nunes de Oliveira Psiquiatra (Gerente Assistencial IRS Vanuza Fortes Ribeiro Psiquiatra CCPC Colaboradores Adriana Carvalho Valadares Vargas Farmacêutica IRS Alexandre de Aguiar Ferreira Psiquiatra IRS Ana Carolina Sarkis Salgado Residente em Psiquiatra IRS Marco Túlio Paolinelli Pellegrini - Psiquiatra IRS Roberta Aparecida Gonçalves Infectologista IRS Sérgio Passos Ribeiro Campos Psiquiatra IRS Disponível em www.fhemig.mg.gov.br e intranet

INTRODUÇÃO / RACIO Sindrome de Abstinencia Alcoolica NAL Segundo a Organização Mundial de Saúde¹ 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por problemas relacionados ao uso de álcool que é causa de cerca de sessenta tipos de doenças. O álcool figura entre as quatro doenças mais incapacitantes. Na faixa etária dos 15 aos 29 anos a taxa de mortes relacionadas ao álcool pode atingir 9%. A última pesquisa por domicílio, 2005² demonstrou que o Brasil apresenta 12,3% de dependentes ao álcool e pesquisas do Ministério da Saúde relatam aumento do consumo de álcool entre as mulheres nos últimos anos: 2006 8,1%, 2007 9,3% e 2008 10,5%. No mesmo ano 29% dos homens relataram consumo de álcool. Em torno de 60% dos acidentados no transito apresentam índices de alcoolemia superiores aos permitidos pelo Código Brasileiro de Trânsito. Esses dados justificam que a investigação sobre o uso de álcool seja investigada em todos os atendimentos. A Síndrome de Abstinência Alcóolica (SAA vide texto subsidiário) é um estigma da Síndrome de Dependência Alcoólica (SDA) (Bertolote 1997), sendo um indicador da existência de dependência, sinalizando consumo crônico e abusivo. É desencadeada quando o indivíduo diminui ou cessa a ingestão abruptamente (Scivoletto & Andrade, 1997). Os sinais e sintomas mais comuns da SAA são: Agitação, ansiedade, alterações de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos, taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. Ocorrem complicações como: Alucinações, Delirium Tremens (DT) e convulsões. O manejo da SAA é o primeiro passo no tratamento da dependência do álcool e representa um momento privilegiado para motivar o paciente a permanecer em seguimento. Considerando a heterogeneidade de condutas no tratamento da SAA no Brasil (muitas delas sem evidências científicas), contrastando com o sólido conhecimento internacional sobre o que fazer e o que não fazer na SAA, a Associação Brasileira de Psiquiatria dentro do Projeto Diretrizes desenvolvido em cooperação com a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina organizou a Diretriz sobre Abuso e Dependência do Álcool, 2002. É com base nessa Diretriz e em evidências científicas relevantes sobre o assunto que organizamos este protocolo. OBJETIVOS Orientar o profissional de saúde no diagnóstico, avaliação e tratamento da SAA e também das complicações clínicas e psiquiátricas associadas, contextualizando as necessidades da clientela dos hospitais da rede FHEMIG e o encaminhamento para acompanhamento da Dependência Química. Pág. 2 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica

SIGLAS ABP: Associação Brasileira de Psiquiatria BDZ: Benzodiazepínicos CIWA-AR: Clinical Institute Withdrawal Assessment for Alcohol-revisto DT: Delirium Tremens SAA: Síndrome de Abstinência Alcoólica MATERIAL / PESSOAL NECESSÁRIO Médico; Equipe de enfermagem; Psicólogo; Assistente Social; Leitos de observação; Leitos de internação clínica e leitos de CTI; Equipamento e material para soroterapia; Psicofármacos, tiamina e outros sintomáticos conforme descritos no protocolo; Apoio de laboratório de análises clínicas. ATIVIDADES ESSENCIAIS As etapas básicas para a abordagem do paciente na SAA são: 1. História completa do uso de álcool (aplicar CAGE); 2. História clínica e psiquiátrica; 3. Diagnóstico da SAA e suas complicações clínicas e psiquiátricas; 4. Avaliação do paciente; 5. Exame físico e psiquiátrico (Escala de CIWA-AR) e encaminhamentos; 6. Tratamento da SAA e das complicações clínicas e psiquiátricas; 7. Exames laboratoriais; 8. Encaminhamento para tratamento da dependência ao álcool. Diagnóstico 1) Suspeitar da SAA em diversas situações clínicas e especialidades * e aplicar o CAGE; O consumo de álcool é considerado de risco a partir de duas respostas afirmativas 1. Alguma vez o (a) Sr. (a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber? 0 - Não 1- Sim 0 1 2. As pessoas o (a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber? 0 1 3. O (A) Sr. (a) se sente culpado (a) (chateado consigo mesmo) pela maneira como costuma beber? 4. O (A) Sr. (a) costuma beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca? 0 1 0 1 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Pág. 3

Critérios diagnósticos para a síndrome de abstinência ao álcool (SAA) OMS Estado de abstinência: A. Deve haver evidência clara de interrupção ou redução do uso de álcool, após uso repetido, usualmente prolongado e/ou em altas doses; B. Três dos sinais devem estar presentes: (1) Tremores da língua, pálpebras ou das mãos quando estendidas; (2) Sudorese; (3) Náusea, ânsia de vômitos ou vômitos; (4) Taquicardia ou hipertensão; (5) Agitação psicomotora; (6) Cefaléia; (7) Insônia; (8) Mal-estar ou fraqueza; (9) Alucinações visuais, táteis ou auditivas transitórias; (10) Convulsões tipo grande mal. Delírium Tremens é a mais severa forma da SAA, é uma emergência médica. AApresenta:. Confusão mental e desorientação; Agitação extrema às vezes requerendo contenção (Vide Protocolo Clínico de Contenção); Tremores grosseiros, instabilidade autossômica (flutuações de pulso, PA), distúrbios hidreletrolíticos e hipertermia, ideação paranóide, distraibilidade, alucinações visuais (zoopsias) intensas e sensoriais podendo ou não apresentar convulsões. 2) Lembrar das diversas co-morbidades e doenças crônicas causadas pelo álcool; 3) Avaliar a interrelação entre elas; 4) Avaliar a superposição de eventos de libação alcoólica, doenças agudas, estados de desnutrição associados ao álcool, agudização de doenças crônicas, síndrome de abstinência por outras drogas e diagnósticos diferenciais: Ambulatórios de atendimento primário, quadros ansiedade, insônia, hiperventilação, sudorese, tremor, taquicardia, hipertensão arterial, náuseas, refluxo gastro-esofágico, diarréias; Enfermarias, pacientes em observação por várias doenças, pneumonias, pancreatite aguda, pós cirúrgicos, especialmente AIDS onde o índice de dependentes químicos é muito elevado; Emergências Médicas: *Clínica Médica: Crise hipertensiva, taquiarritimias, fibrilação atrial paroxística, vômitos, dor abdominal e cefaléia; Pág. 4 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica

Neurologia: Convulsões após período de libação, crise isolada, sem complicações; Convulsões durante evolução da síndrome de abstinência, complicada com disautonomia, distúrbios hideletrolíticos, hipertensão grave, rabdomiólise; Psiquiatria: Ansiedade, crises de pânico, alucinose, alucinações, paranóia, delírios e agitação psicomotora; Ortopedia: Fraturas por quedas durante intoxicação aguda, com evolução subsequente, quedas por convulsão, já durante síndrome de abstinência alcoólica em desenvolvimento; Cirurgia buco-maxilo-facial: Fraturas de face; Cirurgia Geral: Quedas, contusões, lesões cortantes, queda-da-própria-altura (convulsões são causa frequente); Toxicologia. A SAA inicia nas primeiras 24 horas de interrupção/diminuição da ingestão de álcool em 90% dos pacientes; Em geral apresenta sintomas leves a moderados; A aplicação da escala de CIWA-Ar orienta sobre o manejo adequado do paciente que deve ser realizada a cada hora até índices de menor gravidade quando podemos espaçar as avaliações; Cerca de 5% dos pacientes evoluem para SAA grave nas 48 horas seguintes e destes 3% podem evoluir para Delírium Tremens após 72 horas ou apresentar convulsões (cerca de 10 a 15% das SAA); Escores iguais ou superiores a 20 deverão ser encaminhados às Unidades Clínicas. As internações são necessárias devido à confusão mental, a presença frequente de complicações clínicas e a necessidade de monitoramento de exames laboratoriais de controle. Gravidade e Duração dos Sinais e Sintomas da SAA Fonte: Freeland ET AL. (1993)29(D) Fonte: Projeto Diretrizes-ABP-Abuso e dependência de álcool, p. 10 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Pág. 5

ITENS DE CONTROLE 1. Número total de pacientes com SAA com aplicação da escala CIWA / Número total de pacientes com SAA; 2. Número total de pacientes que usaram Tiamina 200mg IM por três dias. REFERÊNCIAS 1- Sociedade Brasileira de Cardiologia/Sociedade Brasileira de Hipertensão/Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. 2- MINAS GERAIS. Linha Guia da Hipertensão Arterial, Belo Horizonte, Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção a saúde do adulto: hipertensão e diabetes. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006. 198 p. Disponível em www.saude.mg.gov.br/publicacoes/linhaguia/linhas-guias/linhaguia.pdf. 3- Brasil. Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Atenção Básica/Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.58p. (Cadernos de Atenção Básica; 15) (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em www.saude.gov.br/bvs. 4- Brasil. Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Atenção Básica/Hipertensão Arterial e Diabetes para o Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. (Cadernos de Atenção Básica; 7) (Série A-Normas e Manuais Técnicos) www.saude.gov.br/bvs. 5- Brasil. Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Atenção Básica-Prevenção Clínica de Doença cardiovascular cerebrovascular e Doença Renal Crônica para o Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 56p. (Caderno de Atenção Básica; 14) (Série A-Normas e Manuais Técnicos). Disponível em www.saude.gov.br/bvs. 6- Protocolo de Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica, Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, São Paulo, 2000. Disponível em www.campinas.sp.gov.br/saude/.../protocolos/protocolo_hipertensa o/protocolo_hipertensao.ht...-9k. Grau de Recomendação/Nível de Evidência D D D D D D Bibliografia Adicional Recomendada 1. http://www.who.int/gho/alcohol/en/index.html 2. II Levantamento Domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do Brasil- IBGE Pág. 6 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica

3. http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/9/servicos.html 4. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas-Departamento de Medicina Preventiva, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de MedicinaCEBRID 5. Castro, L. A.; Baltieri, D. A.Intervenções farmacológicas no tratamento da dependência do álcool.snc em foco.8132006 6. Zaleski M, Laranjeira RR, Marques AC, Ratto L, Romano M, Alves HN, SoaresMB, Abelardino V, Kessler F, Brasiliano S, Nicastri S, Hochgraf PB, GigliottiAde P, Lemos T; Brazilian Association of Studies on Alcohol and Other Drugs.[Guidelines of the Brazilian Association of Studies on Alcohol and Other Drugs(ABEAD) for diagnoses and treatment of psychiatric comorbidity with alcohol and other drugs dependence]. Rev Bras Psiquiatr. 2006 Jun;28(2):142-8. Epub2006 Jun 26. Portuguese 7. Laranjeira R, Duailibi SM, Pinsky I. [Alcohol and violence: psychiatry andpublic health] Rev Bras Psiquiatr. 2005 Sep;27(3):176-7. Epub 2005 Oct 4.Portuguese 8. Laranjeira R, Romano M. [Brazilian consensus on public policies on alcohol]revbras Psiquiatr. 2004 May;26 Suppl 1:S68-77. Epub 2005 Jan Portuguese 9. Pinsky I, Laranjeira R. Alcohol in Brazil: recent public health aspects. Addiction.2004 Apr;99(4):524. No abstract available. Erratum in: Addiction. 2005Feb;100(2):264 10. Bayard, Max; Mcintyre, Jonah; Hill, Keith R. and Woodside JR, Jack.Alcohol Withdrawal Syndrome. Journal of the American of Family Physicians,2004; 69:1443-50 http://www.aafp.org/afp/20040315/1443.html 11. Bjorkqvist Se, Isohanni M, Makela R, Malinen L. Ambulant treatmentof alcohol withdrawal symptoms with carbamazepine: a formal multicentredouble-blind comparison with placebo. Acta Psychiatr Scand 1976;53:333-42 12. Hoes M. J. A. J. M. B-vitamins and magnesium in delirium tremens and alcoholism. In: Clin Psychiatry, 40(11): 476-9 3-2, Nov. 1979 13. Holbrook Am, Crowther R, Lotter A, Cheng C, King D. Meta-analysisof benzodiazepine use in the treatment of acute alcohol withdrawal. CMAJ1999;160:649-55 14. Koste TR, O Connor PG. Management of drug and alcohol withdrawal. Npág. 252 \\16 \\ Abordagem do Paciente em Síndrome de Abstinência Alcóolica: Diagnóstico, avaliação e tratamento.engl J Med 2003;348:1786-95 15. Rey E, Treluyer JM, Pons G. Pharmacokinetic optimization of benzodiazepine therapy for acute seizures: focus on delivery routes. Clin Pharmacokinet1999;36:409-24 16. Sullivan JT, Swift RM, Lewis DC- Brown University Department of Medicine, Roger Willians General Hospital, Providence Rhode Island: Benzodiazepines requirements during alcohol withdrawal sybdrome: clinical implications of using a stardadied withhdrawal scale. J Cli Psychopharmacol, 1991:11(5):291 17. NSW Drug and Alcohol Withdrawal Clinical Practice Guidelines Mental Health and Drug & Alcohol Office, NSW Department of Health, 2008 18. Marques ACPR, Ribeiro M.Grupo Assessor: Laranjeira R. - coordenador. Alves, Araújo MR, Baltieri DA, Bernardo WM, Castro LAGP, Karniol IG, Kerr-Corrêa F, Nicastri S, Nobre MRC, Oliveira RA,Romano M, Seibel SD, Silva CJ.Abuso e Dependência do Álcool-Projeto Diretrizes- Associação Brasileira de Psiquiatria, 21 de agosto de 2002 19. Day E., Bentham P, Callaghan R, et at. Thiamine for Wernicke-Korsakoff Syndrome in people at risk from alcohol abuse.cochrane Database of Systematic Reviews 2004 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Pág. 7

ANEXO I Clinical Institute Withdrawal Assessment for Alcohol, Revised (CIWA Ar) Pág. 8 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica

ANEXO II Fluxograma para o Atendimento da Síndrome de Abstinência ao Álcool * Projeto Diretrizes - Associação Brasileira de Psiquiatria - Uso e Dependência do Álcool www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/002.pdf 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Pág. 9

Objetivos do tratamento 1. Aliviar os sintomas existentes; 2. Previnir o agravamento do quadro com convulsões e delirium; 3. Vincular o paciente ao tratamento da dependência propriamente dito; 4. Previnir a ocorrência de síndromes mais graves no futuro. Tratamento não Farmacológico Atitude receptiva, sem julgamento moral, acolhedora; Tranquilização do paciente - evitar gestos ameaçadores oferecer segurança: Oferecer local de segurança, cadeira, maca com proteção lateral, maca com cabeceira elevada ou mesmo o chão, para evitar quedas; Manutenção de ambiente iluminado, evitar ruídos; Estimular a hidratação oral; Monitorar pulso, Pressão Arterial, nível de consciência e hidratação; Fornecer acesso a data, hora, e informações médicas e de enfermagem; Suporte do serviço social e psicologia sensibilização dos familiares e orientações sobre a doença, os riscos de agravamento e encaminhamento para serviços de Tratamento de Dependentes Químicos. Quadros clínicos leves (>8 escala CIWA-AR) a moderados (>20 escala CIWA-AR) podem ser tratados ambulatorialmente (recomendação A). Pág. 10 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica

COMORBIDADES SOCIAL PSICO BIO Quadro I - Conjunto de Sintomas e Sinais da SAA nível I Nível I Leve/Moderada Leve agitação psicomotora; Tremores finos de extremidades; Sudorese facial discreta; Relata episódios de cefeléia; Náusea sem vômitos; Sensibilidade visual; Sem alteração da sensibilidade tátil e auditiva. Ambulatório Regular O contato com o profissional de saúde está preservado; Encontra-se orientado no tempo e espaço; O juízo crítico da realidade está mantido; Apresenta uma ansiedade leve; Não relata qualquer episódio de violência dirigido a si ou a outrem. Refere-se estar morando com familiares ou amigos, com os quais se relaciona regular ou moderadamente; atividade produtiva moderada, mesmo que atualmente esteja desempregado; a rede social ativa. Domiciliar Sem complicações e/ou comorbidades clínicas e/ou psiquiátricas detectadas ao exame geral. Fonte: Projeto Diretrizes-ABP-Abuso e dependência de álcool 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Pág. 11

COMORBIDADES SOCIAL PSICO BIO Quadro II - Conjunto de Sintomas e Sinais da SAA nível II Nível I Grave Hospital Dia Agitação psicomotora intensa; tremores generalizados; sudorese profunda com: cefaléia, náuseas com vômitos, hipersensibilidade visual; quadro epilepformes recentes ou descritos a partir da história pregressa. O contato com o profissional de saúde está alterado; encontra-se desorientado no tempo e espaço; o juízo crítico da realidade está comprometido; apresenta uma ansiedade intensa com episódio de violência contra si ou outrem; apresenta-se delirante com pensamento descontínuo, rápido e de conteúdo desagradável; observem-se alucinações táteis e/ou auditivas. Refere-se estar morando só ou com familiares ou amigos, mas esse relacionamento está ruim; tem estado desempregado ou impossibilitado de exercer atividade produtiva; a rede social é inexistente ou apenas se restringe ao ritual de uso da substância. Integral Com complicações e/ou comorbidades clínicas e/ou psiquiátricas detectadas ao exame geral. Fonte: Projeto Diretrizes-ABP-Abuso e dependência de álcool Pág. 12 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica

Tratamento Farmacológico O que não se deve fazer: Oferecer álcool. Além de não ser opção terapêutica ainda pode levar o paciente e familiares a crer que álcool é remédio; Hidratar indiscriminadamente, atenção aos pacientes cardiopatas que podem descompensar; Aplicar difeniohidantoína e clorpromazina; Utilizar diazepam endovenoso sem suporte ventilatório; Aplicar glicose sem a utilização prévia de Tiamina. ESTRATÉGIAS PARA USO DE BENZODIAZEPÍNICOS NA SAA (A) Benzodiazepínicos de longa ação são os preferidos (Mayo-Smith 1997) Benzodiazepínicos: Prescrição baseada em sintomas diminui as doses necessárias e a duração do período de hospitalização. Avaliar inicialmente de hora/ hora (aplicar escala CIWA-Ar). Havendo melhora do quadro até de 8/8h. O objetivo é minimizar o desconforto do paciente, a sedação leve em que é possível despertar o paciente. Pontuação maior que 8 ou 10; Diazepam: 10 a 20 mg VO de 1/1 hora; Clordiazepóxido 50 100 mg VO de 1/1 hora; Hepatopatias graves; Lorazepam 2-4 mg VO de 1/1 hora. Reduzir os benzodiazepínicos gradualmente de acordo com quadro clínico, pois sua manutenção acarreta riscos. Perigo de tolerância cruzada com álcool; Risco de desenvolvimento de dependência e/ou uso abusivo alternado com o álcool; Agravamento dos transtornos ansiosos durante o acompanhamento ambulatorial. Na presença de convulsões o uso de anticonvulsivantes não demonstrou benefícios superiores ao uso de Benzodiazepínicos e, portanto, não há indicação de seu uso. (NSW, 2008). Tiamina (A) Jamais administrar glicose sem uso concomitante de Tiamina devido ao elevado risco de desenvolvimento de Encefalopatia de Wernicke. Não há evidências científicas suficientemente fortes sobre as doses adequadas de Tiamina ou de polivitamínicos nos quadros de SAA e mesmo de Encefalopatia de Wernicke. Em pacientes desnutridos, adolescentes, hepatopatas, idosos e alcoólatras crônicos a Tiamina deve ser mantidas mesmo após alta. Doses de 200 mg IM ou EV por até 3 dias ou 300 mg VO A Tiamina 200 mg deve ser mantida injetável nos três primeiros dias e pode ser administrada oralmente assim que possível na mesma dose, podendo ser prescrita inclusive após a alta. Doses superiores serão utilizadas caso haja evolução de Encefalopatia de Wernicke. 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Pág. 13

Em presença de quadros severos, com escores acima de 20 na Escala CIWA-Ar ou presença de convulsões está indicada internação em Unidades Clínicas, monitoramento e controle dos distúrbios hidreletrolíticos, função hepática e renal. Medicação sintomática e de suporte para as complicações clínicas. Uso de Haloperidol 5mg oral em presença de alucinações. Uso de Clonidina em caso de hipertensão. Doses de 200 mg de tiamina via IM ao iniciar a infusão de glicose Delírium Tremens É um evento infrenquente com risco de óbito que indica internação em unidade clínica. A frequência de DT aumenta com a repetição de episódios de SAA Em algumas ocasiões necessitando até de cuidados intensivos. Exige diagnóstico diferencial com as seguintes condições: hematoma subdural, TCE, Encefalopatia de Wernicke, encefalopatia hepática, hipóxia, sepse, distúrbios metabólicos, intoxicações associadas por outras drogas. Duração em geral de 2-3 dias, porém, pode se prolongar por semanas. Desordens psicóticas graves podem mimetizar este quadro. Atenção especial ao momento social em que vivemos onde a possibilidade de dependência cruzada com outras drogas particularmente com o crack vem se tornando cada vez mais frequente e exige cuidados adicionais. Quadros psiquiátricos podem frequentemente associar-se, entretanto, é necessário a recuperação completa da SAA a fim de abordar a patologia psiquiátrica. Portanto, o paciente deve ser reavaliado após 2 semanas. (NSW Guideline-Drug and alcoholwithdrawal clinical practices guidelines-2008). Texto Subsidiário Introdução Segundo dados do Ministério da Saúde, o alcoolismo ocupou, no triênio 1995-96-97, o quarto lugar no grupo das doenças mais incapacitantes, considerando a prevalência global, tendo o custo total de gastos relativos a internações decorrentes do abuso e dependência do álcool e outras drogas ultrapassado R$ 310 milhões (Seibel, 2001). A Síndrome de Abstinência Alcoólica (SAA) constitui uma complicação do alcoolismo, sendo seu aparecimento ainda que de maneira discreta e sutil a confirmação da Síndrome de Dependência Alcóolica (SDA) (Bertolote, 1997). A SAA é considerada, muitas vezes, como o principal indicador da existência da dependência, pois para que esta se desenvolva, é necessário, na maioria dos casos, que o indivíduo consuma cronicamente o álcool, geralmente em grandes quantidades, e tenha diminuído ou cessado a ingestão abruptamente (Scivoletto & Andrade, 1997). Pág. 14 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica

Abordagem do Paciente em Síndrome de Abstinência Alcóolica Diagnóstico, Avaliação e Tratamento Para Laranjeira et at. (2000), uma série de fatores influenciam o aparecimento e a evolução da SAA, entre eles: A vulnerabilidade genética; O gênero; O padrão de consumo de álcool; As características individuais biológicas e psicológicas e os fatores socioculturais. Os sintomas e sinais variam também quanto à intensidade e à gravidade, podendo aparecer após uma redução parcial ou total da dose usualmente utilizada, voluntária ou não, como, por exemplo, em indivíduos que são hospitalizados para tratamento clínico ou cirúrgico. Os sinais e sintomas mais comuns da SAA são: Agitação; Ansiedade; Alterações de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos, taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. Ocorrem complicações como: alucinações, o Delirium Tremens (DT) e convulsões. Os sintomas psicopatológicos presentes na SAA geralmente acompanhados de sinais e sintomas neurológicos agudos, possuem algumas características que, de início, já os diferenciam dos quadros psicopatológicos mais crônicos: seu início súbito, a rápida evolução e modificação dos sintomas psíquicos e a resposta favorável e rápida ao tratamento farmacológico (Scivoletto &Andrade, 1997). Além disso, segundo Laranjeira et at. (2000), o manejo da SAA é o primeiro passo no tratamento da dependência do álcool e representa um momento privilegiado para motivar o paciente seguir em tratamento. Considerando a heterogeneidade de condutas no tratamento da SAA no Brasil (muitas delas sem evidências científicas), contrastando com o sólido conhecimento internacional sobre o que fazer, e o que não fazer, na SAA; a Associação Brasileira de Psiquiatria, em 2000, (ABP) organizou o Consenso Brasileiro sobre a Síndrome de Abstinência Alcoólica (CBSAA). É com base nesse consenso que organizamos o presente protocolo. 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica Pág. 15

Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Anastasia Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais Antônio Jorge de Souza Marques Presidente da FHEMIG Antônio Carlos de Barros Martins Vice-Presidente Wagner Eduardo Ferreira Gabinete Fernando Eduardo Guimarães de Carvalho Procuradoria Júlio César Pinto Auditoria Seccional Alexandre Gorgulho Cunningham Assessoria de Comunicação Social Christina Guimarães Marândola Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças Mércia Fátima Cardoso de Andrade Diretoria Assistencial Lívia Mara Ferreira Diretoria de Gestão de Pessoas Flávia de Queiroz Lima Diretoria de Desenvolvimento Estratégico e Pesquisa Hilda Maria Silveira Mesquita Zschaber Comissão Central de Protocolos Clínicos da FHEMIG Pág. 16 16 Síndrome de Abstinência Alcoólica