UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Mestrado em Ensino da Educação Física no Ensino Básico e Secundário Dissertação de Mestrado A Motivação para as Aulas de Educação Física no3º ciclo do Concelho de Santa Maria da Feira Orientadora: Professora Doutora Ágata Aranha Mestrando: Cármen Margarida Marques Lima
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Mestrado em Ensino da Educação Física no Ensino Básico e Secundário 2009/2010 Dissertação de Mestrado A Motivação para as Aulas de Educação Física no3º ciclo do Concelho de Santa Maria da Feira
FICHA DE CATALOGAÇÃO Lima, C.M.M. (2010). A Motivação para as Aulas de Educação Física no3ºciclo do Concelho de Santa Maria da Feira. Santa Maria da Feira: C.M.M. Lima. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Orientadora: Professora Doutora Ágata Cristina Marques Aranha Macedo Martins Palavras-chave: MOTIVOS, ALUNOS, AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
AGRADECIMENTOS Não obstante o facto de constituir-se como um trabalho de carácter individual, o presente não seria exequível sem a preciosa colaboração de um conjunto de pessoas e instituições que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a realização do mesmo. Por este motivo, presto aqui o meu sincero agradecimento. À Professora Dr.ª Ágata Aranha, pela orientação científica deste trabalho e, fundamentalmente, pela disponibilidade, cedência de bibliografia, e conselhos manifestados; Aos Alunos do 3º ciclo, pela colaboração e disponibilidade demonstradas na aplicação e preenchimento dos questionários; À minha Família, em especial aos meus pais, pelo amor, pela compreensão e por me terem possibilitado a oportunidade de uma formação académica, o que sou a eles o devo; Ao meu namorado que sempre me apoiou na decisão de dar mais este passo na minha formação. A todos o meu OBRIGADA!
Índice Ficha de Catalogação Agradecimentos Índices Introdução 2 CAPÍTULO I Problematização Objectivos do estudo 5 - Objectivo geral 5 - Objectivo específico 5 Justificativa 5 Hipóteses 6 CAPÍTULO II - Revisão da literatura A Motivação 8 Alguns Conceitos de Motivação 9 Diferença entre Motivo e Motivação 10 Teorias da Motivação 12 - Teoria da Realização das Necessidades 12 - Teoria da Atribuição Causal 14 - Teoria das Percepções de Competência Pessoal 17 - O Modelo Integrado de Motivação no Desporto 18 Tipos de Motivação 22 Estudos Realizados 24 Estudos Realizados em Portugal 26 O Importante Papel dos Pais 27 A Importância do Professor na Motivação 28 Como Motivar os Alunos para a Prática de Actividades Desportivas 29
CAPÍTULO III Metodologia Recolha de dados 35 - Instrumento utilizado 35 - Caracterização do questionário 36 População 36 Tratamento de dados 37 - Técnicas estatísticas 37 CAPÍTULO IV - Apresentação, análise e discussão dos resultados Amostra 39 Género 42 Ano de Escolaridade 45 Discussão de Resultados 50 CAPÍTULO V Conclusões 53 Bibliografia Anexos
Índice de Quadros Quadro 1 Teoria da Realização das Necessidades 12 Quadro 2 Comparação Entre Indivíduos Vencedores e Perdedores 14 Quadro 3 Factores Básicos Presentes nas Atribuições que os Atletas Fazem dos seus Resultados 15 Quadro 4 Relação Entre as Atribuições e o Estado Psicológico que Desencadeiam 16 Quadro 5 Adaptação do Modelo Integrado da Motivação no Desporto 19
Índice de Tabelas Tabela 1 Género e ano de escolaridade dos indivíduos que constituem a amostra 37 Tabela 2 Média e desvio Padrão (s) relativos à importância dos motivos apontados pelos alunos do sexo masculino como importantes para a prática das aulas de educação física 39 Tabela 3 Média e desvio Padrão (s) relativos à importância dos motivos apontados pelos alunos do sexo feminino como importantes para a prática das aulas de educação física 40 Tabela 4 Motivos mais e menos apontados pela amostra masculina 42 Tabela 5 Motivos mais e menos apontados pela amostra feminina 43 Tabela 6 Valores médios, desvios padrão, valores de t e níveis de significância (p), dos motivos que apresentam diferenças estatisticamente significativas (p 0,05) em função do género 44 Tabela 7 Motivos mais e menos apontados pelo grupo I (7.º Ano) 45 Tabela 8 Motivos mais e menos apontados pelo grupo II (8.º Ano) 46 Tabela 9 Motivos mais ou menos apontados pelo grupo III (9.º Ano) 46 Tabela 10 - Valores médios, desvios padrão, valores de t e níveis de significância (p), dos motivos que apresentam diferenças estatisticamente significativas (p 0,05) em função do ano de escolaridade 48
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A Motivação Para As Aulas de Educação Física no 3º ciclo do Concelho de Santa Maria da Feira 53 Conclusões O presente trabalho permitiu-nos analisar os motivos dos jovens do 3º ciclo para a prática das aulas de Educação Física, assim como sugerir, através das teorias da Motivação, as razões intrínsecas e orientações motivacionais que levam esta amostra à pratica destas aulas. Após termos recolhido e analisado os dados fornecidos pelo QMAD, verificamos que os procedimentos para a realização deste estudo demonstraram estar correctos. A informação recolhida através das hipóteses de estudo, associado a métodos estatísticos de comparação permitiu-nos entender e compreender a motivação nesta amostra específica. A análise da investigação sobre os motivos dos alunos para a prática das aulas de Educação Física evidencia frequentemente vários destes como os mais importantes. É o caso de Melhorar as capacidades técnicas, Divertimento, Fazer novas amizades, Manter a forma e Fazer exercício. São, então, estes os principais motivos que um professor deve ter em conta no 3º ciclo para poder ir de encontro às expectativas motivacionais dos seus alunos. Após terminado este processo de investigação, análise e reflexão, consideramos pertinente e oportuno realizar estudos que considerem estes instrumentos associados a outros, permitindo assim, analisar com maior rigor variáveis independentes que lhe estão directamente inter ligadas. Limitações ao estudo A técnica de amostragem probabilística não permite generalizar os resultados obtidos, pois o estudo foi dirigido aos alunos do 3º ciclo do Concelho de Santa Maria da Feira, como tal, todas as conclusões a que chegámos são apenas representativas da realidade deste concelho. Dissertação de Mestrado 2009/10
A Motivação Para As Aulas de Educação Física no 3º ciclo do Concelho de Santa Maria da Feira 54 Sugestões para estudos futuros Como uma investigação nunca pode ser dada como concluída, apresentaremos de seguida algumas sugestões para estudos posteriores dentro do mesmo âmbito: - Aplicar o mesmo questionário em dois ou mais concelhos distintos e efectuar as respectivas comparações; - Aplicar este instrumento, para outras modalidades desportivas com características de amostras diferentes, podendo e devendo considerar-se ambos os géneros. Dissertação de Mestrado 2009/10
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A Motivação Para As Aulas de Educação Física no 3º ciclo do Concelho de Santa Maria da Feira 56 Bibliografia Alderman, R. (1978) Psychological Behavior in Sport. Philadelphia, London, Toronto, N.B. Saunders Company. Balancho, S. & Coelho, M. (1996) Educação Hoje, Motivar os Alunos. Lisboa: Texto Editora. Brito, A.P. (1974) Motivação em Desporto, Porque Fazemos Desporto, Junho. Lisboa, in Revista Livre. Brito, A. (1994) Psicologia do Desporto, Noções Gerais, Revistas Horizonte, Vol. X (nº 59). Coelho, O. (1988) Pedagogia do Desporto Contributos para uma compreensão do Desporto Juvenil. Lisboa: Livros Horizonte. Correia, L. (1993) A Motivação dos Alunos para as aulas de Educação Física. F.M.H. Cratty, B. (1983) Psicologia no Esporte, 2ª Ed. Brasil, Prentice Hall, p.p. 36 50. Cruz, J. (1996) A Motivação para a competição e Prática Desportiva, in Manual de Psicologia do Desporto. Braga, Editor José Fernando Cruz. Cruz, J. & Gomes, R. (1997) Psicologia Aplicada ao Desporto e à Actividade Física. Braga: Universidade do Minho. Fernandes, U. (1986) Motivações do Jovem para as Actividades Físicas e Desportivas. Horizonte III, 15, Setembro Outubro, p.75-76. Fonseca, A.(1996) As Atribuições Causais em Contextos Desportivos, in Manual da Psicologia do Desporto. Braga, Editor José Fernando Cruz. Frias, J. & Serpa, S.(1990) Estudo da Relação Professor/ Aluno em Ginástica de Representação e Manutenção. Seminário em Psicologia do Desporto, UTL FMH. Dissertação de Mestrado 2009/10
A Motivação Para As Aulas de Educação Física no 3º ciclo do Concelho de Santa Maria da Feira 57 Harris, Drothy V. (1976) Por qué Praticamos Deport?: Razones Somatopsícas para la Actividad Física. Barcelona: Editorial JIMS. Lindgren, H.C. (1971) Psicologia na Sala de Aula, Ao Livro Técnico. Rio de Janeiro. Nunes, M. (1995) Motivação para a Prática Desportiva, Revista Horizonte XII (nº67). Pereira, P. ; Costa, F. ; Dinis, A. (s.d) A motivação dos alunos para a Educação Física, Revista Horizonte XV (nº86). Rêgo, M. (1998) Motivação para a Prática Desportiva, Revista Horizonte, nº81. Roberts, G. (1992) Motivation in Sport and Exercise: Conceptual Constraints and Convergence, in Motivation in Sport and Exercise, Champaign, Illinois, Human Kinetics Books. Saavedra, A. (s.d) Introdução à Educação Física: 10º/11º Ano. Porto: Edições Asa. Serpa, S. (1992) Motivação para a Prática Desportiva Validação Preliminar do Questionário de Motivação para as actividades desportivas (QMAD), in Sobral, F. e Marques, A., FACDEX (vol. 2), ME DGEBS DGD. Singer, R. (1984) Peak Performance and more. New York, Mouvement Publications., Inc. Weinberg, R. (1995) Goal Setting and Motor Performance: a Review and Critique, in Motivation in Sport and exercise, Champaign, Illinois, Human Kinetics Books. Weiss, M. & Chaumeton, N. (1992) Motivational Orientation in Sport, in Advances in Sport Psychology, Oregon, Human Kinetics Publishers, Thelema S. Horn Editor. Dissertação de Mestrado 2009/10
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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Turma: Ano: Sexo: Feminino Masculino Q.M.A.D (Serpa e Frias, 1991) (Questionário de Motivação para as Actividades Físicas) 1 Nada Importante 2 Pouco Importante 3 Importante 4 Muito Importante 5 Totalmente Importante 1. Melhorar as capacidades técnicas 2. Estar com os amigos 3. Ganhar 4. Descarregar energias 5. Viajar 6. Manter a forma 7. Ter emoções fortes 8. Trabalhar em equipa 9. (Por) Influência da família ou amigos íntimos 10. Aprender novas técnicas 11. Fazer novas amizades 12. Fazer alguma coisa em que se é bom 13. Libertar a tensão 14. Receber prémios 15. Fazer exercício 16. Ter alguma coisa para fazer 17. Ter acção 18. (Por) Espírito de equipa 19. (Como) Pretexto para sair de casa 20. Entrar em competição 21. Ter a sensação de ser importante 22. Pertencer a um grupo 23. Atingir um nível desportivo mais elevado 24. Estar em boa condição física 25. Ser conhecido 26. Ultrapassar desafios 27. (Por) Influência dos treinadores 28. Ser reconhecido e ter prestígio 29. (Por) Divertimento 30. (Ter) Prazer na utilização das instalações e material desportivo Bem haja pela V/ colaboração!