MÚSICA POPULAR BRASILEIRA E O ENSINO DE FLAUTA DOCE



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Transcrição:

51 MÚSICA POPULAR BRASILEIRA E O ENSINO DE FLAUTA DOCE Prof a. Dr a. Ana Paula Peters UNESPAR/EMBAP anapaula.peters@gmail.com Para comentar a relação que estabeleço entre música popular brasileira e o ensino de flauta doce, parto da minha experiência como professora do Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba (CMPB) 1, de agosto de 2010 a julho de 2013. Espaço dedicado ao ensino, pesquisa e produção de eventos artístico-culturais na área da música brasileira, oferece cursos semestrais de instrumentos, canto, prática em conjunto, estruturação musical e história da música. O Conservatório possui uma Fonoteca com mais de 4.500 títulos entre Lps, Cds, fitas cassetes e de vídeo, além de uma Biblioteca especializada em música popular brasileira, que facilitam tanto a pesquisa dos professores como a curiosidade dos alunos. Situado no antigo Sobrado dos Guimarães construído em 1897, no setor histórico da cidade, este prédio foi adquirido pela prefeitura de Curitiba na década de 1980. Passou por obras de restauração e adequação que tiveram início no dia 7 de julho de 1992, data oficial da inauguração do Conservatório de MPB, que é comandado pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), órgão responsável pela gestão da área musical da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Para atuar no Conservatório, coloquei em prática minhas duas áreas de formação, Música e História, que caminharam juntas tanto nas aulas práticas de flauta doce para crianças e adultos como nos cursos de Ritmo e Som para crianças e de História da Música, para adultos. Assim, começo por situar brevemente o conceito de música popular brasileira que utilizei nas aulas, em pesquisas desenvolvidas com os alunos e para compor os comentários durante as apresentações temáticas dos alunos. 1 Para saber sobre o CMPB de Curitiba ver o site: <http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/espacos-culturais/conservatorio-de-mpb-de-curitiba>

52 A Música Popular Brasileira Uma das referências mais antiga da nossa Música Popular Brasileira está no século XVIII, durante o aparecimento dos primeiros centros urbanos, com o surgimento da modinha e do lundu, que se associaram a outros estilos e gêneros musicais vindos da Europa e da África no século XIX, para compor os gêneros e estilos musicais brasileiros, como o samba. Pensar a música popular brasileira é estar atento às questões musicais e extra-musicais, relacionadas a realidades sociais, culturais, econômicas, políticas e de desenvolvimento tecnológico. Por isso a necessidade de a compreendermos inserida na sua época e cena musical. Ela não é o oposto da música erudita, sendo um híbrido de diferentes elementos musicais, que cantada ou instrumental, se firmou no gosto das novas camadas urbanas, seja nos extratos médios da população, seja nas classes trabalhadoras, que cresciam vertiginosamente com a nova expansão industrial na virada do século XIX para o século XX (NAPOLITANO, 2002, p. 16). Assim, ao longo do século XX, a música popular se consolidou ligada ao desenvolvimento da indústria do entretenimento e do seu registro sonoro em um suporte que lhe dá perpetuidade, dada pela gravação. Ou seja, a sua conservação nos fonogramas acarretou uma transformação dos processos de memorização, registro, divulgação e reprodução da música, criando um novo mundo de sons, técnicas, sociabilidades e escutas (MORAES, SALIBA, 2010, p. 11). Vários gêneros musicais surgiram no Brasil desde por cruzamentos e hibridizações culturais e transformações e recriações musicais (MACHADO, 2010) a partir de sambas, choros, bossa nova, música de protesto, tropicalismo, movimento armorial, rock, axé, manguebeat... O que nos coloca a pergunta: Qual música popular brasileira trabalhar em sala de aula? Eu respondo que todas, desde que sejam contextualizadas e explicadas, relacionando-as inclusive com os repertórios do período em questão de outros países, trazendo a ampliação deste repertório musical para os alunos. Uma maneira de apresentar este repertório é organizando-o de modo cronológico, visando também o conhecimento da cultura brasileira, assim, a prática musical deixa de ser tratada como algo isolado e desconectado de sua realidade

53 exterior. A apreciação de diferentes gravações de uma mesma música, principalmente a original, quando possível, torna este percurso ainda mais interessante. As minhas aulas de flauta doce no Conservatório baseavam-se na exposição do momento histórico e apreciação das músicas selecionadas, apresentação da partitura, possibilidades de improviso e interpretação do aluno a partir da apreciação da gravação e do que ele criava. Assim, passamos agora às aulas propriamente ditas. A flauta doce no Conservatório de MPB A flauta doce, na maioria das vezes, é lembrada como um instrumento de musicalização nas escolas, principalmente depois do seu ressurgimento no final do século XIX e início do século XX, recuperada devido ao interesse por instrumentos antigos e exposições de coleções de instrumentos antigos nos museus. Vale lembrar que, no seu auge, durante os períodos da Renascença e do Barroco, ela era um instrumento musical artístico participando de diferentes formações musicais. Assim, um grande objetivo meu é diminuir cada vez mais a distância entre estes dois entendimentos de utilização da flauta doce, da que é apresentada em sala de aula atualmente 2 e da que está nas salas de concerto e em performances contemporâneas. O que me colocou a necessidade de procurar extinguir o rótulo de pré-instrumento musical ou instrumento trampolim para o instrumento principal da flauta doce, colocando-a a altura e no mesmo patamar dos outros instrumentos musicais, tanto no seu repertório histórico quanto nas produções atuais. No Brasil, a partir de 1960, iniciaram estudos e ensino da flauta doce na escola, além da produção de métodos, como os realizados pela berlinense Helle Tirler para iniciantes chamado Vamos tocar flauta doce, baseado em canções folclóricas e utilizado até hoje. A este acrescento Método para flauta doce soprano, de Helmut Monkemeyer (1976), Iniciação à flauta doce, de Mario A. 2 Sua escolha se deveu a fácil emissão do som, praticamente imediata, mesmo antes do aluno conhecer a sua técnica ou entender o uso do diafragma e da produção do som com qualidade e articulado. Além de ser um instrumento barato, mesmo uma de qualidade, preferencialmente de dedilhado barroco e não germânico.

54 Videla e Judith Akoschky (1985), Vem comigo tocar flauta doce! de Elisabeth Seraphim Prosser (1995) e recentemente, um que juntos com os citados acima também utilizo muito nas minhas aulas, chamado Sonoridades brasileiras. Método para flauta doce soprano, de Renate Weiland, Ângela Sasse e Anete Weichelbaum (2008). É importante lembrar que a técnica da flauta doce que utilizamos é a mesma do século XVIII, assim como os modelos das flautas de plástico feitas atualmente, baseadas na construção da flauta no período barroco. Ou seja, trabalhar com repertório de música popular brasileira, para mim, é importante estar aliado também ao repertório histórico e atual da flauta doce, encorajando os alunos a explorarem efeitos que a flauta pode fazer e que vem sendo indicadas pelos compositores contemporâneos como frulato, vibrato, dedilhados alternativos, uso de harmônicos, glissandos, efeitos com a voz, percussão com os dedos, entre outros... Isto não é apenas uma opção minha, escolha perceptível também quando acompanhamos o aparecimento de métodos para flauta doce citados no parágrafo anterior, que se preocupam em mesclar o repertório histórico com o da música brasileira. Apoiada nestes métodos pude desenvolver uma metodologia de estudo e ensino da flauta doce com música popular brasileira pela possibilidade de arranjar este repertório para a flauta doce. O estudo deste repertório trouxe uma experiência musical significativa para os alunos, ao aprofundar o conhecimento de músicas conhecidas e ser receptivo às músicas que não conhecia. Com relação à técnica, estimulou-os a prestar atenção na articulação e fraseados, superando limites encontrados em cada fase do aprofundamento do estudo da flauta doce. Ampliando as possibilidades Articular a pesquisa de repertórios da música popular brasileira, sua prática em aulas individuais ou em grupo e estimular a pesquisa pelos diversos aspectos da música popular brasileira, além da apreciação musical, mas conhecendo o contexto mais amplo da época das obras e de seus compositores, foi e é a tônica do

55 meu trabalho como professora deste instrumento musical. Afinal, é fundamental conhecer o instrumento musical, sua técnica e sua história para utilizá-lo em sala de aula. A flauta doce, ao interpretar música popular brasileira continua a conquistar seu lugar na música da nossa época e na valorização deste instrumento musical como instrumento artístico, não só de musicalização.

56 REFERÊNCIAS: AGUILAR, Patrícia Michelini. Quando a flauta fala: uma exploração das amplas possibilidades de articulação na flauta doce. In: XVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM). Anais... Brasília: ANPPOM, 2006. AUGUSTIN, Kristina. Um olhar sobre a música antiga: 50 anos de história no Brasil. Rio de Janeiro: K. Augustin, 1999. CALDAS, Waldenyr. Iniciação à música popular brasileira. 2. ed. São Paulo: Ática, 1989. MACHADO, Cacá. Batuque: mediadores culturais do final do século XIX. In: MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Thomé. (org.) O historiador, o luthier e a música. História e Música no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010, p. 119-160. MONTANARI, Valdir. História da música: da Idade da Pedra à Idade do Rock. São Paulo: Ática, 2001. MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Thomé. (org.) O historiador, o luthier e a música. In: História e Música no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010, p. 9-32. NAPOLITANO, Marcos. História & Música: história cultural da música popular. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. (Coleção História &... Reflexões, 2).