I Informe da Situación da Rede de Parques Naturais de Galicia



Documentos relacionados
DOG Núm. 51 Venres, 14 de marzo de 2014 Páx

I. DISPOSICIÓNS XERAIS

ORDENANZA REGULADORA DA INSPECCIÓN TÉCNICA DE EDIFICIOS DO EXCMO. CONCELLO DE RIBADEO

PREÁMBULO. Pela Consellería de Medio Rural. Por o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade

N o 181 L Martes, 19 de setembro de 2006 DIARIO OFICIAL DE GALICIA CONSELLERÍA DE VIVENDA E SOLO

I. DISPOSICIÓNS XERAIS

Guía informativa CURSOS DE FORMACIÓN PROFESIONAL PARA O EMPREGO. Accións formativas dirixidas prioritariamente a persoas traballadoras desempregadas

O Software Libre naspequenase Medianas Empresas de Galicia

NORMATIVA DE XESTIÓN ACADÉMICA DA UNIVERSIDADE DA CORUÑA PARA O CURSO ACADÉMICO 2014/2015

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/ Conceitos Básicos

Tradución e Interpretación Descriptores Creditos ECTS Carácter Curso Cuadrimestre. 6 OB 3 1c Galego

MINISTÉRIO DA HOTELARIA E TURISMO

CONSELLERÍA DE EDUCACIÓN E ORDENACIÓN UNIVERSITARIA

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves

L 343/10 Jornal Oficial da União Europeia

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

GESTÃO AMBIENTAL. Zoneamento Ambiental. Espaços Territoriais especialmente protegidos ... Camila Regina Eberle

Marco legal, definições e tipos

10 Outros recursos de interese para as familias

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

De recompensas e cazatesouros

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE PARLAMENTO NACIONAL. LEI N. 4 /2005 de 7 de Julho Lei do Investimento Nacional

Síntese da Conferência

PLANO ESTRATÉGICO (REVISTO) VALORIZAÇÃO DA DIGNIDADE HUMANA, ATRAVÉS DE UMA ECONOMIA SUSTENTÁVEL

CONHECENDO O CADASTRO AMBIENTAL RURAL

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 221, DE 2015

O IMPACTO DA DESCENTRALIZAÇÃO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL A EXPERIÊNCIA DE CABO VERDE

As Questões Ambientais do Brasil

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC

Eng.ª Ana Paula Vitorino. por ocasião da

4. PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 149 (Novembro/Dezembro de 2003) KÉRAMICA n.º 264 (Janeiro/Fevereiro de 2004)

EVOLUÇÃO DA POLÍTICA EUROPEIA DE AMBIENTE

ANEXO III FUNDAMENTAÇÃO DAS ISENÇÕES E REDUÇÕES DE TAXAS

O NOVO ENQUADRAMENTO JURIDICO DAS EMPRESAS DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA

GESTÃO DE RISCO BASEADA NA COMUNIDADE

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Probas de acceso aos ciclos formativos de formación profesional. Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria

ORDENANZA REGULADORA DAS TERRAZAS E QUIOSCOS DE HOSTALERÍA

Art. 6 o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:

CNIS / CES / EDUCAÇÃO DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS A EDUCAÇÃO NO SECTOR SOLIDÁRIO DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS

Maternidade, Paternidade e Família dos Trabalhadores

CONSELLERÍA DE CULTURA, EDUCACIÓN E ORDENACIÓN UNIVERSITARIA

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/ Direcção de Serviços de Justiça Tributária

PROPOSTA DE LEI N.º 151/IX APROVA O REGIME DA RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS. Exposição de motivos

DESTAQUES: UVigo, primeira universidade europea en enviar ao espazo un CubeSat 1U construído cos estándares da Axencia Espacial Europea

PROPOSTA DE PLANO HIDROLÓGICO DO LADO ESPANHOL DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO

Jornal Oficial nº L 018 de 21/01/1997 p

PROJECTO DE RELATÓRIO

Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul ESTATUTOS

PAUTA DE DEMANDAS 2012

GESTÃO INTEGRADA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS - PRINCIPAIS DIRETRIZES E DESAFIOS. Flávio Terra Barth 1

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL

LEI Nº 8.906, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1992.

Regimento do Conselho Municipal de Educação

Convocatoria ordinaria de 2014

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

e) A sustentação das vertentes científica e técnica nas actividades dos seus membros e a promoção do intercâmbio com entidades externas.

Estatutos. Sociedade Portuguesa de Doenças Metabólicas. CAPÍTULO PRIMEIRO (Denominação, Sede, Objecto e Duração)

O Estatuto da Cidade

ENTRE LA CASA DA AMÉRICA LATINA Y

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o terceiro parágrafo do artigo 159º,

REGULAMENTO DE PESCA DESPORTIVA NA ALBUFEIRA DE VASCOVEIRO

EXCURSÃO AOS APARADOS DA SERRA (Cambará do Sul-RS)

9º Lugar. População: hab. Área do Município: 1,589,52 km² Localização: Região Sul Goiano PIB (2005): R$ 505,5 milhões PIB :

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010

Decreto-Lei nº 25/91, de 11 de Janeiro

GUÍA PRÁCTICA DE AFORRO DE ENERXÍA

Ministério das Obras Públicas

Código de Ética e de Conduta

REGULAMENTO CONCURSO CONSERVAÇÃO AMBIENTAL RURAL EXCEPCIONAL, CARE 2012.

Divisão de Assuntos Sociais

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 10ª e 11ª Classes

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL

Regulamento Interno do Conselho Local de Acção Social de Montemor-o-Novo

MANIFESTO VERDE. Açores Sustentáveis. Uma Voz Ecologista na Assembleia Legislativa dos Açores. Eleições para a Assembleia Legislativa

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

DOCUMENTO DE TRABALHO

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

Ministério das Cidades Planejamento Urbano

NOVO CÓDIGO FLORESTAL: IMPLICAÇÕES E MUDANÇAS PARA A REALIDADE DO PRODUTOR DE LEITE BRASILEIRO

DOG Núm. 18 Xoves, 28 de xaneiro de 2016 Páx. 3122

DECLARAÇÃO POLÍTICA DESAFIOS DO FUTURO NO MAR DOS AÇORES BERTO MESSIAS LIDER PARLAMENTAR DO PS AÇORES

Decreto nº , de 23 de março de Convenção para a proteção da flora, da fauna e das belezas cênicas naturais dos países da América.

PARECER N.º 175/CITE/2009

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

Transcrição:

I Informe da Situación da Rede de Parques Naturais de Galicia 14 de xullo de 2008

Índice 1. Presentación 1 2. A Rede de Parques Naturais 3 3. Historia dos Parques Naturais De Galicia 7 3.1 A orixe dos Parques Naturais 7 3.2 A política de espazos naturais entre 1902-1930 9 3.3 A política de espazos naturais entre 1931-1939 11 3.4 A política de espazos naturais entre 1940-1974 12 3.5 A política de espazos naturais entre 1975-1977 14 3.6 A política de espazos naturais entre 1978-1983 15 3.7 A política de espazos naturais entre 1984-1991 16 3.8 A política de espazos naturais entre 1992-2006 17 3.9 A política de espazos naturais a partir de 2007 21 4. A Rede de Parques Naturais e o seu papel na conservación da natureza 22 4.1 Parque Natural Monte Aloia 24 4.2 Parque Natural de Corrubedo 37 4.3 Parque Natural Baixa Limia Serra do Xurés 52 4.4 Parque Natural Fragas do Eume 66 4.5 Parque Natural do Invernadeiro 79 4.6 Parque Natural Serra da Enciña da Lastra 92 5 Situación institucional 106 5.1 A xestión dos Parques Naturais en Galicia 106 5.2 Órganos consultivos e de participación 106 6. Os instrumentos de planificación 108 6.1 Os Plans de Ordenación dos Recursos Naturais (PORN) 108 6.2 Os Plans Reitores de Uso e Xestión (PRUX) 109 6.3 Os Plans de Desenvolvemento Sostible (PDS) 111 7. A RNPG e a súa contribución ao desenvolvemento sostible 115 7.1 Introdución 115 7.2 Poboación 118 7.3 Socioeconomía 126 7.4 Equipamentos locais 130 7.5 Lumes forestais 132 7.6 Desenvolvemento sostible na área de influencia socioeconómica 134 I

8 Eixes de actuacións desenvolvidos na Rede de Parques Naturais 135 8.1 O uso público na Rede de Parque Naturais 135 8.2 Infraestruturas e equipamentos. 136 8.3 Desenvolvemento sostible e integración social na Rede de Parques 149 Naturais 8.4 Publicacións, Estudos, Investigacións, web da Rede de parques naturais. 150 8.5 Imaxe e coherencia da Rede De Parques Naturais. 153 9 Medios Humanos e Recursos Economicos da Rede de Parques Naturais 155 9.1 Medios humanos. 155 9.2 Recursos económicos. 156 9.3 Indemnización por danos da fauna salvaxe 156 10 A sostibilidade na Rede de Parques Naturais de Galicia. Accións futuras 158 10.1 Os Plans de Desenvolvemento Sostible. 158 10.2 Programa Parques para vivir 159 10.3 A Q de calidade e a Carta Europea de Turismo Sostible (CETS). 166 10.4 A certificación da calidade en xestión ambiental e a marca Parque 170 Natural. 10.5 Ampliación da Rede de Parques Naturais de Galcia. 172 10.6 Novas infraestruturas e accións na Rede de Parques Naturais de Galicia. 174 11 Transversalidade e Políticas Sectoriais. 175 11.1 Dirección Xeral da Axencia Galega de Desenvolvemento Rural Consellería 175 Do Medio Rural. 11.2 Dirección Xeral de Patrimonio Cultura. Consellería de Cultura e Deporte. 176 11.3 Dirección Xeral de Desenvolvemento Sostible. Consellería de Medio 177 Ambiente e Desenvolvemento Sostible. 11.4 Dirección Xeral con Competencias en Materia de Planificación Económica 178 e Fondos Comunitarios. Consellería de Economía E Facenda 11.5 Dirección Xeral de Formación Profesional e Ensinanzas Especiais. 179 Consellería de Educación e Ordenación Universitaria. 11.6 Dirección Xeral de Montes e Industrias Forestais. Consellería do Medio 180 Rural. 11.7 Dirección Xeral de Recursos Mariños. Consellería de Pesca e Asuntos 181 Marítimos. 11.8 Dirección Xeral de Promoción do Emprego. Consellería de Traballo 182 11.9 Dirección Xeral con Competencias de Materia de Turismo. Consellería de 183 Innovación e Industria 11.10 Dirección Xeral de Ordenación do Territorio e Urbanismo. Consellería de 184 Política Territorial, Obras Públicas e Transportes. 11.11 Dirección Xeral de Fomento e Calidade da Vivenda. Consellería de 185 Vivenda e Solo. 12 Plan Director da Rede Parques Naturais de Galicia 186 13 Conclusións 187 II

1 Presentación Fai xa bastantes anos en que os espazos naturais protexidos, sinaladamente os parques nacionais e naturais, deixaron de se converter na súa concepción orixinal de santuarios da natureza e refuxios de fauna e flora en algo ben diferente. De feito incluso a propia UNESCO a través do seu Programa O Home e a Biosfera proclama hoxe que os espazos protexidos deben de se converter en auténticos laboratorios de aprendizaxe para o desenvolvemento sostible. Así as cousas, e se aplicamos os novos paradigmas en materia de conservación da natureza, comprobamos que Galicia pode e debe ser un espazo ideal onde aplicar as novas políticas de conservación in-situ, aquelas que propugnan un novo modelo de desenvolvemento territorial, harmónico e en equilibrio cos valores naturais, paisaxísticos e culturais que posúen istos espazos. En efecto, non debe haber un só metro cadrado en Galicia que non fora aproveitado polo home dalgún ou doutro xeito ao longo das centurias. O noso espallamento territorial, a dispersión poboacional, os 30.000 núcleos de poboación existentes, a nosa tan diversa e significada xeomorfoloxía, a enorme rede fluvial que cruza o país, son factores e elementos que fan que a nosa xente fora ata hai ben pouco o actor principal como mantedor desas paisaxes e da biodiversidade que conteñen estes ecosistemas, actuando sempre baixo parámetros de sostibilidade. Todos estes razoamentos lévanos á conclusión de que en efecto a preservación da natureza e as políticas de conservación dos nosos espazos máis senlleiros teñen que estar intimamente relacionadas co mantemento da actividade humana neses territorios, unha actividade sempre respectuosa cos valores naturais que atesouran esas áreas, como así foi ata o de agora. Pero é que ademais os homes e mulleres que habitan estes espazos, coa súa actividade, están a xerar moitos e moi variados beneficios ao resto da sociedade que quere gozar e disfrutar cada vez máis desas paisaxes, desa biodiversidade e desa natureza en xeral. Resulta obvio que se esas persoas, que habitan lugares tan paradigmáticos e representativos de Galicia, teñen que sufrir as limitacións nos usos do solo derivadas da aplicación dos programas e plans de conservación deses territorios, evitando impactos de todo tipo nada desexables e que porían en risco eses valores naturais tan atractivos e singulares, tamén é certo que dalgún xeito o resto da sociedade, que pretende, fomenta ou impulsa a súa conservación, tamén debe compensar ás poucas persoas que alí aínda viven e mellorar a súa calidade de vida, asegurando o seu benestar e o das xeracións futuras. En efecto, propugnamos que estes espazos protexidos, sinaladamente os parque naturais galegos, se convertan en áreas preferentes do noso país á hora de impulsar medidas de reactivación económica, de desenvolvemento rural e local, de mantemento das actividades tradicionais coa mellora e modernización das explotacións, de valorización do patrimonio natural e cultural, sempre dende a óptica da sostibilidade. Algo que así quedou referendado polo propio Parlamento galego na súa sesión do 7 de novembro do 2006. Entendemos que estas ideas, esta nosa pretensión, que sometemos a consulta do novo Consello da Rede de Parques Naturais de Galicia, encaixa perfectamente coas políticas que quere desenvolver a Xunta de Galicia en materia de cohesión social e vertebración do territorio, xa que, sen dúbida, estamos a falar na súa meirande parte de zonas deprimidas e en franca recesión poboacional e económica, caso por exemplo dos parques naturais de 1

montaña que existen na actualidade ou dos que se pretenden no futuro como Ancares, Caurel, Pena Trevinca ou o Macizo Central ourensán. Entendemos que só deste xeito, a través por exemplo dun Plan Director para a rede de parques naturais, que asegure a colaboración institucional, a coordinación e a participación social, seremos quen de impulsar novos proxectos, de garantir a pervivencia non só destes espazos cos seus valores senón da mesma xente que os ampara, e tamén de rachar cos medos e tópicos que axiña espertan entre a poboación local cando se fala de parques naturais ou doutras áreas protexidas. Sen dúbida este é un dos grandes desafíos para os anos que chegan. Xosé Benito Reza Figura 1.1. Parque Natural Serra da Enciña da Lastra. 2

2 A Rede de Parques Naturais de Galicia A configuración dunha Rede de Parques Naturais de Galicia persegue acadar un estado de conservación favorable dos elementos que compoñen a biodiversidade que conteñen, así como o axeitado desenvolvemento sostible dentro das singularidades e particularidades de cada un deles. A Lei 9/2001, de conservación da natureza dispón no artigo 22 do Capitulo IV "Da declaración dos espazos naturais protexidos" que a competencia para iniciar o procedemento de declaración dos espazos naturais protexidos recae sobre a Consellería de Medio Ambiente e Desenvolvemento Sostible da Xunta de Galicia. A Administración autonómica procedeu á declaración, ata o momento, de seis parques naturais en Galicia cunha extensión de 40.661,8 hectáreas, que constitúen áreas naturais pouco transformadas pola explotación ou pola ocupación humana que, en razón, á beleza das súas paisaxes, á representatividade dos seus ecosistemas ou á singularidade da súa flora, da súa fauna ou das súas formacións xeomorfolóxicas, posúen uns valores ecolóxicos, estéticos, educativos e científicos polos que a súa conservación merece unha atención prioritaria. A Rede de Parques Naturais de Galicia esta integrada polos espazos naturais que sexan declarados parques naturais e que a día de hoxe son: o Monte Aloia, o Complexo dunar de Corrubedo e lagoas de Carregal e Vixán, a Baixa Limia-Serra do Xurés, O Invernadeiro, Serra da Enciña da Lastra e As Fragas do Eume. Rede de Parques Naturais de Galicia Parque Natural Superficie (ha) Provincia Data de declaración Complexo dunar de Corrubedo 996,25 ha A Coruña 05/06/1992 Fragas do Eume 9.125,65 ha A Coruña 11/08/1997 Baixa Limia Serra do Xurés 20.920 ha Ourense 11/03/1993 O Invernadeiro 5.722 ha Ourense 05/06/1997 Serra da Enciña da Lastra 3151,67 ha Ourense 03/05/2002 Monte Aloia 746,29 ha Pontevedra 04/12/1978 Total 40.661,8 ha Táboa 2.1. Superficie, provincia e data de declaración dos Parques Naturais Galegos. Estes espazos naturais chegan a nós grazas ao manexo responsable que as mulleres e homes habitantes nestes territorios fixeron deles, e que deben ser recoñecidos como un exemplo a seguir de sostibilidade e harmonía coa natureza ao longo dos séculos. Cada parque natural ten características propias e singularidades que se manifestan de xeito especifico. Así o Parque Natural da Enciña da Lastra presenta singularidade dos hábitats mediterráneos no contexto galego, así como as covas en terreos da calcaria de Aquitania únicos en Galicia; o parque natural da Baixa Limia-Xurés correspondese coas paisaxes de pedra modelada en gran medida polo xeo vello dos antigos glaciares que construíron morfoloxías excepcionais; o parque natural das Fragas do Eume eríxise como a mellor representación dos bosques Atlánticos termófilos de Europa; o Invernadoiro, en pleno macizo central ourensán, configurase nun magnífico referente para a conservación da paisaxe, formado por excepcionais montañas cubertas de moi ben conservados matos secos, ocupados por unha variada fauna na que destacan os grandes ungulados silvestres; o parque natural de Corrubedo representa a testemuña litoral na comuñón da terra, o vento e o mar; e por último o parque natural do Monte Aloia, o decano dos parques galegos, un 3

lugar para o lecer e o uso público feito con traballo e ilusión nas inmediacións da cidade de Tui. O Decreto de creación - O día 2 de agosto de 2007 publicouse no DOGA o DECRETO 148/2007, do 19 de xullo, polo que se determina a creación, composición e funcionamento do CONSELLO DA REDE DE PARQUES NATURAIS DE GALICIA. - No decreto recóllese que coa configuración desta REDE se pretende acadar un estado de CONSERVACIÓN FAVORABLE das mellores manifestacións galegas da nosa natureza así como un axeitado DESENVOLVEMENTO SOSTIBLE en cada un dos nosos parques naturais. - E recoñécese que moitos dos valiosos valores naturais dos nosos parques son o resultado dun manexo responsable por parte dos homes e mulleres que viviron alí durante séculos. - Un aspecto básico do Decreto é a necesidade de realizar esforzos en materia de transversalidade, no sentido de DESENVOLVER POLÍTICAS SECTORIAIS INTEGRADAS que se apliquen no territorio de maneira COORDINADA a fin de asegurar que se acada o DESENVOLVEMENTO SOSTIBLE destas áreas. O concepto de Rede - Nunca antes en Galicia se considerou o concepto de REDE para os parques naturais, si sin embargo se recolle ese concepto na Lei de Conservación da Natureza de Galicia 9/2001 pero dun xeito xenérico para toda a Rede de Espazos Protexidos onde se inclúen moitas outas figuras de protección. - A aplicación deste concepto só para os parques naturais galegos baséase nas seguintes razóns: A Rede de Parques Naturais de Galicia (RPNG) debe conformarse e ampliarse coas mellores manifestacións da nosa natureza en donde estén presentes as distintas e diferentes paisaxes e ecosistemas existentes en Galicia (conformando esa REDE). Os Parques Naturais como máxima figura de protección e xestión sostible do territorio non poden entenderse e xestionarse illada e individualmente, senón segundo unha normas e unhas directrices xerais únicas que aseguren a súa protección en Rede. Para conseguir os obxectivos que se recollen nos plans de ordenación dos nosos parques naturais é necesario que exista unha verdadeira colaboración e participación entre todas as administracións responsables da xestión destes territorios, e iso só se logrará si existe un compromiso formal e global das máis altas institucións de apoio a todos os parques naturais de Galicia, ou sexa: á Rede de Parques Naturais. Ata o de agora as Xuntas Consultivas de cada un dos parques naturais de Galicia non conseguiron individualmente ese compromiso nin unha verdadeira participación entre as institucións alí representadas, nin o apoio necesario aos plans anuais de xestión de cada parque natural. Entendemos que só dende esta concepción superior e global de parques en rede poderemos ser quen de deseñar verdadeiras políticas de desenvolvemento sostible nestes territorios. 4

O porqué do Consello da Rede de Parques Naturais - A razón fundamental pola que se decidiu crear este Consello é a necesidade de implicar a todas as administracións con competencia no territorio, mais conservacionistas e universidades no desafío que supón POÑER EN VALOR ESTES TERRITORIOS SEN POÑER EN RISCO OS SEUS VALORES NATURAIS. - En efecto, estamos a sofrir no momento actual polo declive da poboación rural unha perda elevadísima de moitos dos valores patrimoniais que persisitiron nestas áreas dende tempos inmemoriais. - Co abandono das aldeas e o éxodo rural estamos a perder patrimonio etnográfico, artístico, histórico, cultural e mesmo tamén patrimonio natural pola desparición de ecosistemas e paisaxes que estaban intimamente vencellados á actividade do home, son todos eles elementos que constitúen os verdadeiros valores dos nosos parques naturais e que estamos obrigados a defendelos e conservalos. - Sen embargo a realidade é, que por falta de recursos e de perspectivas de futuro a poboación dos concellos dos nosos parques naturais (instalados moitos deles en áreas deprimidas da Galicia rural) está a diminuir inexorablemente. - Fronte a esta situación os nosos parques naturais deben de converterse en: Modelos territoriais de desenvolvemento sostible Áreas onde aplicar proxectos innovadores de desenvolvemento rural en harmonía cos valores naturais De acción preferente para as políticas de converxencia e equilibrio territorial da Xunta de Galicia Onde aplicar medidas compensatorias e de axuda aos usuarios da terra polos beneficios que a súa actividade produce ao resto da sociedade en forma de capital natural e ecolóxico e polas limitacións e restriccións que teñen que padecer (eólicas, urbanismo, p.e.) Lugares atractivos con calidade de vida e os recursos básicos necesarios onde impulsar novas actividades relacionadas co turismo e a natureza Funcións do consello da Rede de Parques Naturais -Por todas esas razóns é urxente e necesario, denantes da desaparición total do home destes lugares, que haxa unha aposta decidida das institución a favor destes territorios. -O Consello da Rede de Parques Naturais de Galicia pode ter unha importancia decisiva para afrontar estes retos e para iso se lle asignan entre outras as seguintes funcións: Coordinar, asesorar e colaborar na xestión de todos os parques de Galicia como apoio as súas Xuntas Consultivas Crear un marco institucional de colaboración entre o goberno autonómico e os locais Impulsar a integración das distintas políticas sectoriais autonómicas e locais Fomentar o diálogo e a participación local na toma de decisións Achegar propostas e suxestións para asegurar a calidade de vida dos moradores e conseguir un desenvolvemento sostible do territorio Aprobar o Plan Director de Parques Naturais 5

- Deste xeito este Consello debe servir entre outras cousas como foro de debate e discusión: Onde presentar políticas e programas que poidan poñer en valor estes territorios respectando o medio ambiente (de desenvolvemento rural, de montes, de infraestruturas viarias, de emprego, de educación, de ordenación do territorio, de turismo, etc, etc) Onde buscar a integración das distintas políticas sectoriais que deselvolve a Xunta de Galicia neste territorios Onde expor os concellos as súas necesidades e preocupacións e procurar solucións entre todos Onde asegurar a participación local e evitar confrontacións innecesarias cos propietarios e ususarios do espazo Onde pactar medidas e proxectos para mellorar a calidade de vida da xente Onde pactar a aplicación dos plans sectoriais e as medidas compensatorias que a súa exclusión dera lugar -Como se pode comprobar as funcións do Consello van encamiñadas esencialmente a aspectos socioeconómicos, que non estrictamente de conservación da natureza, e isto é así porque entendemos que os parques naturais deben server como se dixo de modelos de desenvolvemento territorial no marco do desenvolvemento sostible, e que ademais un desenvolvemento mal entendido pode repercutir gravemente nos compoñentes da nosa biodiversidade (caso das hidráulicas, eólicas, canteiras, urbanismo, etc). - Hai que significar ademais como moi importante que o PARLAMENTO GALEGO no Pleno da Cámara do 7 de novembro de 2006 acordou por unanimidade e a proposta do Grupo Socialista: Instar á Xunta de Galicia a establecer medidas de acción positiva que faciliten e contribúan ao desenvolvemento económico, social e laboral dos concellos rurais que teñen parte ou a totalidade do seu territorio ocupado por espazos naturais protexidos conforme á vixente normativa, prevéndose compensacións aos propietarios de predios afectados por este tipo de protección para paliar as limitacións de uso das súas propiedades. O Plan Director da Rede de Parques Naturais -Unha das funcións principais do Consello da Rede de PN de Galicia é informar o Plan Director, un documento esencial para asegurar que se acaden todos os obxectivos que se expuxeron antes. -O Plan Director é, como o seu propio nome indica, un plan que debe establecer directrices xerais e obxectivos estratéxicos para a boa marcha da Rede de parques naturais. Un Plan que, en consideración aos acordos adoptados no Consello, debe dar recomendacións para a elaboración dos novos Plans de Ordenación dos Recursos Naturais (PORN), dos Plans Rectores de Uso e Xestión (PRUX), e dos Plans de Desenvolvemento Sostible (PDS) dos parques naturais de Galicia. 6

3 Historia dos Parques Naturais de Galicia Dende finais do século XIX ata a actualidade, pasaron máis de 140 anos dende que aparecen os primeiros parques no planeta ata que hoxe en día Galicia conta con 6 Parques Naturais de excepcionais valores e extraordinaria beleza. O camiño percorrido dende un punto de vista lexislativo foi longo, avanzando e perfilando as figuras de protección, incorporando novas tendencias ao marco lexislativo do momento, ata chegar aos nosos días no que nos atopamos coa Rede de Parques Naturais actual. 3.1 A orixe dos parques naturais Durante as últimas décadas do Século XIX e a primeira do Século XX, prodúcense as últimas grandes expedicións científicas a terras ignotas, os primeiros reveses ambientais vinculados co desenvolvemento da revolución industrial, e o inicio das políticas de conservación da natureza. Estes tres factores, xunto á puxanza que mantiñan asociacións científicas e naturalistas, desencadearían en distintas actuacións encamiñadas a conservar e dotar de protección xurídica a diversos territorios do planeta. As primeiras destas iniciativas proveñen dos Estados Unidos, onde o presidente Abraham Lincoln asinou en 1864 unha concesión pola que entregaba 3.079 km 2 do val de Yosemite ao Estado de California. O documento especificaba que ese territorio, debía ser preservado para público desfrute. As expedicións subseguintes ao sector central das Montañas Rochosas impulsaron os naturalistas a pedir unha protección similar para a área de Yellowstone, delimitada ao Noroeste de Wyoming, con penetracións cara ás áreas adxacentes de Montana e Idaho. Como consecuencia, o 1 de marzo de 1872, o presidente Ulysses Grant asina o decreto mediante o cal se establecía a protección dunha superficie de 900.000 ha nas Montañas Rochosas, a bisbarra de Yellowstone ("lying near the headwaters of the Yellowstone River") poboada por aborixes nómades, os indios Shoshones, que "se retira da colonización, venda ou ocupación baixo as leis dos Estados Unidos e dedícase e sepárase como un Parque Público ou lugar placentero para o beneficio e satisfacción de todo o pobo". Na declaración desígnase ao espazo como "Parque público" (Public park), sendo considerado como a declaración do primeiro Parque Natural do mundo. A protección outorgada á "bisbarra de Yellowstone", configurará como un modelo de xestión do territorio sustentado sobre os principios de protección e cautela, coa finalidade de evitar ou reducir os impactos negativos. A declaración busca ademais integrar as necesidades de preservar os valores naturais e á súa vez promover o seu desfrute contemplativo ou espiritual, dende unha perspectiva contemplativa. E un terceiro aspecto, probablemente o de maior calado, formulada na declaración e que se reforzará co paso do tempo, é que o espazo se conforma como un elemento simbólico e identitario do país que o declara. 7

O modelo así creado en Yellowstone será rapidamente exportable a outras rexións de Norteamérica, onde os espazos designados recibirán a denominación de "Parque" ou preferentemente como "Parque Nacional", e así decláranse un número importante de espazos tanto en Estados Unidos; o Parque Nacional de Yosemite (1890) en Serra Nevada (California), o Parque Nacional das Sequoia (1890) que protexe 1.628 km 2 de de bosques con Sequoia en Serra Nevada (California). E o Parque Nacional de Monte Rainer (1899) que abrangue 953 km 2 nos que se achan 26 grandes glaciares e bosques de abetos moi antigos, dentro do ámbito da cordilleira das Fervenzas, no estado de Washington. En 1916 o Congreso de Estados Unidos creou o Servizo de Parques Nacionais, un departamento do Departamento do Interior para atender ao crecente número de parques nacionais. En Canadá; Parque Nacional de Waterton Lakes (1885). O Parque Nacional de Glacier (1886). O Parque Nacional de Banff (1877), no W da provincia de Alberta. Xunto coa figura de "Parque" créase tamén nos Estados Unidos a figura de "Monumento Natural", destinadas a elementos singulares, de dimensións reducidas en comparación coa dos parques. En 1911 Canadá aprobou unha lexislación que permitía o establecemento de parques nacionais para beneficio e desfrute dos cidadáns, considerada como a primeira lexislación específica para a creación e xestión de parques naturais. O modelo de parques fraguado en extensas extensións apenas poboadas resulta difícil de aplicar no vello continente europeo, o que determina que as primeiras declaracións de parques se realicen xeralmente sobre grandes extensións despoboadas das rexións boreais ou alpinas, ou pola contra sobre grandes extensións de propiedade pública ou dependente das casas reais reinantes. Así o 24 de maio de 1909 créase o primeiro Parque Nacional de Europa nunha vasta extensión de Laponia (Suecia), o Parque Nacional de Sarek, ao que lle segue en 1913 a declaración do val alpino de Clouzza, que cobre unha área de 168 km 2, grazas ao empeño da Société Helvétique des Sciences Naturelles, baixo a denominación de Parque Nacional Suízo. En anos posteriores decláranse en 1910 os Parques Nacionais de Covadonga e Ordesa en España (Real Decreto do 16 de agosto de 1918. Gaceta 230, 18/08/1918), e o sueco de Dalby Söderskog, aos que lle segue no ano 1921 o primeiro parque italiano, o Parque Nacional dos Abruzos, Laso e Molise, e no ano 1922, o Parque Nacional Gran Paraíso, conformado a partir dunha real reserva de caza. Fronte ao modelo de grandes parques establecidos en áreas escasamente poboadas e con escasos aproveitamentos, o conservacionismo inglés impulsa a conservación e recuperación das paisaxes tradicionais, a través do National Trust (1894) e do Consello para a Preservación da Inglaterra Rural (1926). O desenvolvemento inicial destes modelos de conservación e xestión do territorio sufrirá importantes modificacións derivadas en boa medida polas propostas formuladas dende ámbitos científicos, e de forma concreta no Congreso Internacional para a protección da paisaxe (Paris, 1909) e na Conferencia Internacional para a Conservación da Natureza (Berna, 1914), onde se establecen as bases científicas e metodolóxicas da "conservación da natureza". 8

3.2 A política de espazos naturais entre 1902-1930 Durante o Reinado de Alfonso XIII (1902-1931) incorpóranse a España as novas ideas e modelos sobre a conservación da natureza, os cales calaron sobre todo nalgunhas sociedades científicas, como a Real Sociedade de Historia Natural, así como en agrupacións de carácter naturalista ou educativo, entre as que cabería destaca a Sociedade de Amigos da Árbore, creada en 1911 e o principal cofundador da cal e animador foi o forestal Ricardo Codorniu e Stárico, ou o papel xogado a nivel educativo pola Institución Libre de Ensino. No ano 1907 o naturalista, e fundador do Instituto Español de Oceanografía, Don Odón de Buen y de Clos [1863-1945], formula por primeira vez no Senado a necesidade de creación de Parques Nacionais en España. Aínda que o verdadeiro impulsor destes recaerá no asturiano Don Pedro Pidal y Bernaldo de Quirós [1870-1941], Senador Vitalicio, Marques de Villaviciosa, que xerará un clima propicio para a promulgación da primeira normativa de carácter conservacionista que se publica en España, a Lei do 7 de decembro de 1916, de Parques Nacionais (Gaceta 343, 8/12/1916), normativa que pode considerarse como a primeira lei de parques nacionais do mundo. No artigo 2 recóllese que "son Parques Nacionais para os efectos desta lei, aqueles sitios ou paraxes excepcionalmente pintorescas, forestais ou agreste do territorio nacional que o Estado consagra declarándoos tales co exclusivo obxecto de favorecer o seu acceso por vías de comunicación axeitadas e de respectar e facer que se respecten a beleza natural das súas paisaxes, a riqueza da súa fauna e da súa flora e as particularidades xeolóxicas e hidrolóxicas que encerren, evitando deste modo, coa maior eficacia, todo acto de destrución, deterioración ou desfiguración pola man do home. No artigo 3º disponse que o Ministerio de Fomento creará os Parques Nacionais de acordo cos donos dos sitios, regulamentará os que vaia creando e consignará as cantidades necesarias para vías de comunicación e sostemento de todos eles). A Lei de Parques Nacionais regulaméntase a través do Real Decreto 23/02/1917 (Gaceta 55, 24/02/1917), creándose os órganos de xestión dos parques, a presidencia dos cales recae nun Comisario Nacional, e cunha participación puramente política e técnica, entre a que se inclúen representantes de asociacións naturalistas. Os diversos parques intégranse e xestionan a través da Xunta Central de Parques Nacionais, dirixida por un Comisario Xeral de Parques Nacionais, e constituída por unha representación entre cargos da administración, políticos e científicos. O posto de Comisario Xeral recaerá inicialmente en Don Pedro Pidal. A norma legal considera de grande importancia a participación social no proceso de declaración e xestión dos espazos: "e non abonda preocuparse do acerto na elección do sitio para asegurar o éxito dun Parque Nacional, senón que é preciso procurarlle o apoio da rexión en que haxa de establecerse, á fin de que esta se converta no seu mellor propagandista e gardadora, sendo a primeira en render xusto tributo de admiración ao Santuario de belezas naturais que posúe". En cando ao que poderían ser as normas de xestión considérase "torpe empeño pretender sinalar regras fixas e precisas para todos os Parques Nacionais, porque sendo diversas as causas principais que han de aconsellar a súa constitución e moi variado o ambiente en que haberán de desenvolverse, distintos han de ser tamén os procedementos seguidos para garantir a súa eficacia, e de aí que, sabia e previsora a Lei, limítese á dispoñer que o Ministerio de Fomento regulamentará os que vaia creando". 9

No Real Decreto 23/02/1917 (Gaceta 55, 24/02/1917), formúlanse as prioridades para a creación dos primeiros parques no territorio español: na orde do abrupto e das belezas panorámicas e forestais harmonizadas cos recordos históricos e relixiosos: Covadonga e a súa montaña, os Picos de Europa, na orde do agreste, solitario e selvático o val de Ordesa, no Pireneo; na orde xeolóxica, a Cidade Encantada de Cuenca, na orde botánica, o Pinsapar de Ronda, no zoolóxico, a Serra de Gredos, co seu célebre Capra hispanica; no atractivo que ás paisaxes dan as fervenzas, os verxeis do Mosteiro de Piedra, e na grandiosidade das selvas, cantos recunchos das nosas ásperas serras respectou o machado dende o Pireneo ao Mulhacen. O Real Decreto 23/02/1917 (Gaceta 55, 24/02/1917), no seu artigo primeiro, obriga os Enxeñeiros Xefes dos Distritos forestais a elaborar, nun prazo de dous meses: "1. - Unha relación dos sitios máis notables das súas respectivas demarcacións que, polo pintorescos, forestais ou agrestes, pola riqueza da súa fauna ou da súa flora ou polas particularidades xeolóxicas ou hidrolóxicas que encerren, merezan unha especial protección, consignando nelas ademais: a) Se algún destes sitios merece, ao seu xuízo, polo extraordinario das súas condicións naturais ou pola auréola que poida prestalos a Historia, a Relixión ou a lenda, que se declare Sitio Nacional. b) Se algún destes sitios, non xa pola notable ou sobresaínte das súas condicións naturais, senón polo excepcional e completo destas, merece que se lle declare Parque Nacional. 2. - Unha relación de aquelas particularidades ou curiosidades naturais extraordinarias que por si mesmas, con independencia dos sitios en que radiquen merezan tamén unha protección especial. 3. - Unha relación das árbores máis notables, consignando nela os que polas súas dimensións, idade, rareza ou tradicións fosen xa consagrados polo voto do pobo". O artigo 3 establece a participación pública no proceso de catalogación dos elementos singulares: "invítase ás Sociedades de Amigos da Árbore, Turismo, Excursionistas e similares e a cantos particulares se interesen polo enaltecemento do solo patrio a que contribúan á formación das expresadas relacións, facilitando por escrito aos Enxeñeiros Xefes dos distritos forestais os datos e propostas que consideren pertinentes. A lista elaborada no ano 1917, inclúe 76 sitios notables distribuídos entre o territorio peninsular e os arquipélagos de Baleares (2 sitios) e Canarias (1 sitio). A repartición dos sitios por provincias, e finalmente agrupando estas na actual delimitación das Comunidades Autónomas, determina que Galicia e Cataluña, con 17 sitios designados, son as comunidades que máis espazos achegan, seguidas por Castilla-León (10 sitios), Andalucía (7 sitios) e Extremadura (7 sitios). Os 17 sitios propostos en Galicia mostran non obstante unha repartición moi desigual, dende o distrito de montes de Pontevedra - A Coruña selecciónanse un total de 16 sitios, 6 pertencentes á provincia de A Coruña ("O Pindo, San Xoán de Caaveiro, Finca do Marqués de Rivadulla, Pico Sacro, Serra do Barbanza, Monte Louro,") e 10 na provincia de Pontevedra ("Illas Cíes, Monte Faro, Monte Maior, Río Lérez, Castrove, San Mamede e San Fins, Monte Alba, Río Ulla, Campo Marzo, Monte Santa Tegra"). Pola contra dende o distrito de montes de Ourense - Lugo, soamente se propón un lugar, a Serra de Ancares. A lista resulta moi escasa, sobre todo cando se compara cos elementos notables que se recollen en obras anteriores, como é a descrición de Galicia de Molina (1675), ou o Dicionario Madoz (1845-1850), que serán fonte para moitas obras sobre Galicia. A situación resulta ademais claramente incomprensible en relación co distrito de Ourense - Lugo, xa que son incontables as referencias de naturalistas (López-Seoane, 1870; Merino, 1909), xeólogos (Schultz, 1835), historiadores (Martínez de Padin, 1849, Vicetto, 1865, Murguía 1866-1911, etc), que deixan constancia escrita sobre os elementos singulares que alberga o mencionado distrito forestal. 10

No ano 1918, o Rei Alfonso XIII sancionou o Real Decreto do 16 de agosto de 1918 no que se crea en España o Parque Nacional de la Montaña de Covadonga ou de Peña Santa, nos Picos de Europa asturiano leoneses, o Parque Nacional do Valle de Ordesa ou do río Ara, no Pirineo do Alto Aragón (Gaceta 230, 18/08/1918). Na Declaración destes parques ten un papel fundamental o asturiano Don Pedro Pidal y Bernaldo de Quirós, así como o clima de celebración nacional que se articula en conmemoración do XII centenario de batalla de Covadonga: Lei 22/07/1918 (Gaceta 205, 24/07/1918) e o Real Decreto do 8 de xuño de 1918 (Gaceta 165 12/06/1918); Na Lei 22/07/1918 a declaración do Parque Nacional de Covadonga. O Real Decreto 176 de 15/07/1927 (Gaceta 203, 22/07/1927), impón un importante cambio de rumbo na designación dos Sitios (ou parques) e os Monumentos de interese nacional co fin de evitar "que a profusión destes títulos mingüe o prestixio, tanto da beleza pictórica e agreste do chan patrio en xeral, como daqueles lugares seus predilectos que polas súas condicións especiais condicións especiais características logran tal apelativo". A falta de decisión e capacidade política para aplicar a Lei en territorios nos que existe unha importante ocupación territorial, o mantemento da cal está ligada ao aproveitamento dos recursos naturais, leva a anular de facto a protección dos sitios e monumentos ao considerar no seu artigo segundo que "A declaración oficial de Sitio ou de Monumento natural de interese nacional é de carácter meramente honorífico para os Municipios no termo da cal existan estas belezas naturais, así como para as Corporacións oficiais, entidades públicas ou privadas e particulares a quen pertenzan, co exclusivo obxecto e sen outro alcance que o de respectar e facer que se respecten tales belezas evitando a súa destrución, deterioración ou desfiguración pola man do home, e de favorecer no posible o seu acceso por vías de comunicación: e perderán o devandito carácter cando, por causa intencionada ou por desidia, desaparecesen ou se minorasen notablemente os fundamentos de tal distinción". 3.3 A política de espazos naturais entre 1931-1939 A Constitución de 1931, promulgada durante a Segunda República, fraguou un novo ámbito para a conservación da natureza en España, sustentando na obriga do Estado de salvagardar os lugares notables pola súa beleza natural ou polo seu recoñecido valor artístico ou histórico. "Toda a riqueza artística e histórica do país, sexa quen fose o seu dono, constitúe tesouro cultural da Nación e estará baixo a salvagarda do Estado, que poderá prohibir a súa exportación e alienación e decretar as expropiacións legais que estime oportunas para a súa defensa. O Estado organizará un rexistro da riqueza artística e histórica, asegurará a súa celosa custodia e atenderá á súa perfecta conservación. O Estado protexerá tamén os lugares notables pola súa beleza natural ou polo seu recoñecido valor artístico ou histórico (artigo 45)". Nesta mesma sintonía o Decreto do Ministerio de Fomento de 7/06/1931 (Gaceta 160, 9/07/1931), reorganiza a Comisaría de Parques Nacionais e o Catálogo de sitios ou paraxes consideradas na Lei do 7 de decembro de 1916. Considerando como función da Comisaría Xeral de Parques Nacionais a de "velar por o seu máis integra conservación e facer que se respecte a beleza natural das súas paisaxes, a riqueza da súa fauna e da súa flora e as particularidades xeolóxicas e hidrolóxicas que encerran, evitando deste modo, coa maior eficacia, todo acto de destrución, deterioración ou desfiguración pola man do home". 11

Supérase deste modo a condición honorífica derivada do Real Decreto 176 de 15/07/1927 (Gaceta 203, 22/07/1927). O goberno da República impulsará a declaración de Sitios de Interese Nacional, empregando para iso como base a lista de sitios notables elaborada no ano 1917. A Orde do Ministerio de Agricultura do 31/10/1933 (Gaceta 309, 5/11/1933) polo que se declaran como Sitios de Interese Nacional distintos paraxes de Galicia: "o cumio da Curotiña da Serra do Barbanza", "O promontorio do Cabo Vilán e o illote situado no seu extremo inmediato" e "a parte culminante do promontorio do Cabo de Vares. Tras o Decreto do goberno provisional da República, promúlgase no ano 1934 un novo Decreto (Decreto do 13 de abril de 1934. Gaceta 108, 18/04/1934), no que se diferencian claramente tres tipos de espazos naturais: Parques Nacionais, Sitios Naturais de Interese Nacional e Monumentos Naturais de Interese Nacional, fixando as súas características, alcance da protección e procedemento para a súa declaración, así como establece as necesidade de realizar "plans de aproveitamentos e melloras" O Decreto declara aos Parques Nacionais como de interese social, habilitando o estado a comprar ou no seu caso expropiar, tanto no caso dos Parques, como dos Sitios e Monumentos, aqueles terreos que sexan necesarios para facer cumprir os obxectivos da súa declaración. O decreto prohibe a caza nos Parques Nacionais, e prohibe a instalación de novas vivendas en áreas despoboadas. Mediante a Orde do Ministerio de Agricultura do 5 de xullo de 1935 (Gaceta 504, 13/07/1935), declárase ao Monte Aloia como Sitio Natural de Interese Nacional. A declaración indica que o espazo carece das circunstancias, debido ás súas escasas dimensións, para ser designado como Parque Nacional, pero non obstante reúne sobradamente as de Sitio Natural de Interese Nacional. 3.4 A política de espazos naturais entre 1940-1974 A gran depresión e a II Guerra Mundial limitaron os esforzos conservacionistas durante a década dos anos trinta e a primeira metade dos anos corenta. A partir de 1945 recupéranse as ideas e iniciativas conservacionistas, adecuándoas ás novas situación socio-económico, e ao progreso científico-técnico, que entre outros aspectos supón a incorporación do concepto de ecosistema, establecido en 1935 por Tansley (1935). Froito deste novo marco foi a celebración en Paris (1968) da Conferencia Intergobernamental sobre a Conservación e o Uso Racional dos Recursos da Biosfera, auspiciada pola UNESCO, que dará lugar, no ano 1970, ao programa Home e Biosfera (M&B), pioneiro en considerar a conservación dos recursos naturais asociada ao desenvolvemento e ao ser humano. Así como a celebración en Estocolmo (1972) da Declaración da Conferencia das Nacións Unidas sobre o Medio Ambiente Humano, organizada pola ONU, o obxectivo da cal foi sensibilizar os líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituísen as políticas necesarias para erradicalos. Na mesma liña de esforzos para garantir a conservación das áreas naturais, en 1972 realizouse a Segunda Conferencia da UICN no Parque Nacional de Yellowstone para 12

conmemorar os primeiros cen anos do movemento conservacionista, nela fixéronse múltiples recomendacións para a planificación e o manexo dos recursos naturais e para a mellor administración dos parques e as áreas protexidas. En aplicación dunha resolución das Nacións Unidas sobre "Desenvolvemento Económico e Conservación da Natureza" adoptada pola Asemblea Xeral no seu Décimo Período de Sesións, celebrado en decembro de 1962, elaborouse a primeira Lista Mundial de Parques Nacionais e Reservas Equivalentes. En 1962 celébrase en Seattle a primeira Conferencia Mundial sobre Parques Nacionais, as recomendacións dos cales promoven a creación de parques mariños, a investigación planificada, a educación ambiental, a creación de unidades de protección para cada especie ameazada, e a prohibición de centrais hidroeléctricas dentro dos parques. Na décima asemblea xeral da IUCN en Nova Delhi propón a modificación do concepto de parque, destinando este a grandes áreas, representadas por un ou máis ecosistemas non alterados pola explotación e ocupación humana, de excepcional interese científico, educativo e recreativo ou que conteña paisaxes de gran beleza. Espazos a xestión dos cales corresponda ás administracións públicas, e que permitan a entrada de visitantes. En España, a ditadura militar manterá nos seus primeiros anos en vigor tanto a Lei de Parques Nacionais de 1916, así como os decretos establecidos no período republicano. As normativas promulgadas nos anos corenta reducirán o papel e a importancia dos espazos naturais, que adquirirán un papel secundario fronte á xestión piscícola e cinexética. A Lei 4 de xuño de 1940 (BOE 171, 19/06/1940), incorpora e subordina a xestión dos Parques Nacionais e dos espazos naturais á xestión piscícola e cinexética, eliminando a Comisaría Xeral de Parques Nacionais, formulando que as súas funcións se incorporen ao Consello Superior de Pesca, Caza e Parques Nacionais. A Lei do 30 de decembro de 1944 (BOE 2/01/1945), derroga a Lei 4 de xuño de 1940, establecendo que as funcións do Consello Superior de Pesca, Caza e Parques Nacionais se establecerán mediante decreto. Oito anos máis tarde, Decreto 11 de agosto de 1953 (BOE 261, 18/09/1953), reformarase definitivamente o Consello Superior de Pesca Continental, Caza e Parques Nacionais, dependente da Dirección Xeral de Montes, Caza e Pesca Fluvial. A Lei 8 de xuño de 1957, de montes (BOE 151, 10/06/1957), o capítulo primeiro do título quinto aos Parques Nacionais, o artigo 68 define os parques nacionais, mantendo en boa medida a definición dada na Lei de 1916. O artigo 69, establece que a declaración de Parques Nacionais "levará anexa a de utilidade pública a efecto de expropiación das propiedades particulares necesarias para completar a superficie do parque cando non exista acordo dos seus titulares", reafirmando en consecuencia a liña establecida previamente no decreto do goberno da República. O artigo 69 aborda ademais as infraccións cometidas nos parques nacionais e o réxime de sancións, e establece que a xestión económica dos parques dependa do Patrimonio Forestal do Estado. No período 1931-1974 decláranse mediante decreto 5 Parques Nacionais: Teide (Decreto do 22 de xaneiro de 1954), e Caldera de Taburiente (Decreto do 6 de Outubro de 1954) en Canarias, Aigües Tortes e Lago de San Mauricio (Decreto do 21 de outubro de 1955) en Cataluña, e Doñana (Decreto 2412, do 16 de outubro de 1969) en Andalucía. Xunto cos Parques Nacionais declárase un único Sitio Natural de Interese Nacional, o Lago de Sanabria (1946). 13

3.5 A política de espazos naturais entre 1975-1977 A Lei 15/1975, do 2 de maio (BOE 107, 5/05/1975), de espazos naturais protexidos, clasifica os espazos naturais en 5 categorías, mantendo a de Parques Nacionais, incorporando as Reservas integrais de interese científico, os Parques Naturais e as Paraxes Naturais de Interese Nacional. A tipoloxía de unidades segue en boa medida criterios de naturalidade, aínda que a mesma se formula dende unha óptica pouco realista, vinculado a conservación de lugares de carácter pristínico ou virxinal ás Reservas integrais e aos Parques Nacionais, mentres que na declaración das Paraxes Naturais e os Parques Naturais, estes condicionantes desaparecen, e son substituídos polo interese social. Como Reservas integrais de interese científico, considéranse aquelas "áreas de escasa superficie que polo seu excepcional valor científico sexan declarados como tales por Lei co fin de protexer, conservar e mellorar a plena integridade da súa xea, a súa flora e a súa fauna, evitándose nelas calquera acción que poida entraña destrución, deterioración, transformación, perturbación ou desfiguración de lugares ou comunidades biolóxicas". Os Parques Nacionais, son pola contra, "espazos naturais de relativa extensión" que se declaran por Lei como tales polo seu carácter pristínico, ou dito doutro xeito "pola existencia nestes de ecosistemas primixenios que non fosen substancialmente alterados pola penetración, explotación e ocupación humana, e onde as especies vexetais e animais, así como os lugares e as formacións xeomorfolóxicas, teñan un destacado interese cultural, educativo ou recreativo ou nos que existan paisaxes naturais de gran beleza". As Paraxes Naturais de Interese Nacional, son "aqueles espazos, simples lugares ou elementos naturais particularizados, todos eles de ámbito reducido, que se declaren como tales por Lei en atención ás excepcionais esixencias calificadoras dos seus concretos e singulares valores, e coa finalidade de atender á conservación da súa flora, fauna, constitución xeomorfolóxica, especial beleza ou outros compoñentes de moi destacado rango natural. Son Parques Naturais "aquelas áreas ás que o Estado, en razón de o seu cualificados valores naturais, por si ou a iniciativa de corporacións, entidades, sociedades ou particulares, declare por Decreto como tales, co fin de facilitar os contactos do home coa natureza". O desfrute público dos parques naturais "estará suxeito ás limitacións precisas para garantir a conservación dos seus valores e o aproveitamento ordenados das súas producións e acceso a tales efectos á gandaría. "A declaración dun espazo natural protexido non exclúe a posibilidade de que en determinadas áreas deste se constitúan outros núcleos de protección, sempre que os mesmos adopten algunha das modalidades definidas nos artigos precedentes" A Lei mantén que a declaración de espazos naturais leva consigo a súa declaración de utilidade pública aos efectos expropiatorios. Establecendo que "calquera forma de privación singular da propiedade privada ou de dereitos ou intereses patrimoniais lexítimos será obxecto de indemnización, de acordo co establecido ao respecto pola vixente lexislación de expropiación forzosa". Non se recolle non obstante a excepción tributaria e a desgravación fiscal dos terreos dos espazos naturais, a cal se vincula coa promulgación dunha nova lexislación. A administración dos espazos naturais protexidos recae no Instituto para a Conservación da Natureza (ICONA). 14

En relación coas figuras establecidas pola normativa previa, na Disposición final establécese un prazo dun ano para que o Goberno dite ou propoña ás Cortes as disposicións precisas para incorporar o réxime que de acordo coa presente Lei corresponda aos terreos que gozan actualmente da condición de Parques Nacionais, Sitios Naturais de Interese Nacional, Monumentos Naturais de Interese Nacional e Paraxes Pintorescas. Mentres que na Disposición transitoria se indica "en tanto non se fagan públicos as Leis ou decretos que en cada caso procedan, o réxime dos Parques Nacionais, Sitios Naturais de Interese Nacional, Monumentos Naturais de Interese Nacional e Paraxes Pintorescas existentes, será o establecido nas disposicións da súa creación e nas complementarias que lles sexan aplicables". O procedemento de re catalogación dos espazos naturais non se realiza de forma completa. Entre 1975-1979 son moi poucos os Sitios Naturais ou Monumentos Naturais que se declaran como Parque Natural, a previsión do ICONA de reconducir a maioría destes espazos cara á figura de Paraxe protexida, quedará nunha simple intención, sen chegar a ser aprobada. 3.6 A política de espazos naturais entre 1978-1983 En 1979 publícase a quinta Lista de Nacións Unidas de Parques Nacionais e Áreas protexidas, elaborada pola Comisión Mundial de Areas Protexidas (CMAP) da UICN e o Centro Mundial de Monitoreo da Conservación (WCMC). A lista comprende un total de 12.754 sitios que corresponde a máis de 1.320 millóns de hectáreas, distribuídas en ao redor de 120 países. A Constitución Española de 1978, establece no seu artigo 45 os principios e necesidades da conservación da natureza, promovendo un uso racional dos recursos naturais. Así tras recoñecer que todos teñen o dereito a gozar dun medio ambiente axeitado para o desenvolvemento da persoa, así como deber de conservalo, esixe aos poderes públicos que velen pola utilización racional de todos os recursos naturais, co fin de protexer e mellorar a calidade de vida e defender e restaurar o medio ambiente, apoiándose para iso na indispensable solidariedade colectiva O Estatuto de Autonomía de Galicia, aprobado mediante Lei Orgánica 1/1981 do 6 de abril, recolle no seu artigo 27. 30 º, a competencia exclusiva para ditar normas adicionais de protección do medio ambiente e da paisaxe, nos termos do artigo 149.1.23º da Constitución. Entre 1975-1983 soamente se declaran dous Parques Nacionais, as Táboas de Daimiel (Lei 25/1980, do 3 de maio) con 2.232 ha, e Garajonay (Lei 3/1981, do 25 de marzo), con 3.974 ha. Mentres que se reclasifican tres dos catro Parques Nacionais que se declararan mediante Decreto; Doñana (Lei 91/1978 do 28 de decembro), Teide (Lei 5/1981, do 25 de marzo), Caldera de Taburiente (Lei 4/1981, do 25 de marzo). Sendo máis prolífica a declaración de espazos dentro da figura de Parque Natural, que incorpora dende 1978 a 11 novos espazos, cunha superficie total de 49.189 ha, entre os que se atopan os parques galegos de Monte Aloia (Real Decreto 4/12/1978) e o de Illas Cíes (Real Decreto 2497, 17/10/1980). O Consello de Ministros, por proposta do Ministro de Agricultura, declara o Parque Natural de Monte Aloia (Real Decreto 3160/1978, do 4 de decembro de 1978, polo que se declara o Parque Natural de Monte Aloia. BOE 16, 18/01/1979), considerando a súa condición de 15

Sitio Natural de Interese Nacional, e a Disposición última da Lei 15/1975, de espazos naturais protexidos, relativa ás necesidades de re catalogación destes espazos. A área declaradas corresponde a unha superficie de 746,29 ha, das que 200 ha corresponden ao Sitio Natural de Interese Nacional de Monte Aloia, e 546,29 ha, a montes de utilidade pública lindantes que reúnen similares condicións. Posteriormente no ano 1980 declárase o Parque Natural das Ilas Cíes (Real Decreto 2497/1980, do 17 de outubro, BOE 275, 15/11/1980), polas súas singulares características de flora, fauna e paisaxe. Previamente este espazo fora declarado como Paraxe Natural (B.O. de Pontevedra, 264 17/11/1975). Entre os inventarios de espazos a protexer elaborados polo ICONA figuran Montederramo (65.000 ha), a Serra dos Ancares (12.775 ha), e o Monte Lobeira (310 ha). 3.7 A política de espazos naturais entre 1984-1991 En 1982, celébrase en Bali (Indonesia), o terceiro Congreso Mundial de Parques Nacionais e Áreas Protexidas, auspiciado pola UICN, na que se incorporan as áreas mariñas costeiras e de auga doce á Rede Munidal de Areas naturais protexidas, remarcando o o valor dos recursos e os servizos que estas áreas brindan á poboación humana. A Lei 4/1989, do 27 de marzo, de Conservación dos espazos naturais e da flora e fauna silvestres (BOE 74, 28/03/1989), tivo como finalidade dar cumprimento ao mandato do lexislador constituínte. Creando para iso un réxime xurídico protector dos recursos naturais, sen menoscabo da súa necesaria explotación en aras dun desenvolvemento económico e social ordenado. Este réxime aplicaríase en maior nivel de intensidade sobre aquelas áreas definidas como espazos naturais protexidos. A Lei, non obstante, prevía os suficientes instrumentos que permitían a aplicación do estatuto protector dos recursos naturais, con intensidade variable, sobre máis amplas zonas; sen incorrer, no entanto, na pretensión da súa aplicación indiscriminada sobre todo o territorio estatal. A Lei 4/1989 supuxo como novidade, para o ordenamento xurídico español, a aparición dos Plans de Ordenación dos Recursos Naturais (PORN) e das Directrices para a Ordenación dos Recursos Naturais, instaurando con iso unha nova política conservacionista non reducida aos concretos enclaves considerados espazos naturais protexidos. O Título III establecía o réxime especial para a protección dos espazos naturais. A Lei refunde os réximes de protección creados pola Lei do 2 de maio de 1975 nas catro categorías de Parques, Reservas Naturais, Monumentos Naturais e Paisaxes protexidas. A declaración e xestión destes espazos naturais protexidos corresponderá en todo caso ás Comunidades Autónomas no ámbito territorial das cales se atopen situados. A única reserva que a Lei establecía a favor do Estado é a xestión dos denominados Parques Nacionais, integrados na Rede de Parques Nacionais, en virtude da súa condición de espazos representativos dalgún dos principais sistemas naturais españois, aspecto que será motivo de distintas sentenzas polo Tribunal Constitucional. O artigo 21.2 indica ademais que: "as Comunidades Autónomas con competencia exclusiva en materia de espazos naturais protexidos, e con competencia para ditar normas adicionais de protección en materia de medio ambiente, poderán establecer, ademais das figuras 16

previstas nos artigos anteriores, outras diferentes regulando as súas correspondentes medidas de protección". Mediante a Lei 7/88 do 30 de marzo, reclasifícase o Parque Nacional de Aigües Tortes e Lago de San Mauricio que fora declarado inicialmente mediante Decreto do 21 de outubro de 1955. 3.8 A política de espazos naturais entre 1992-2006 A Conferencia das Nacións Unidas para o sobre o Ambiente e o Desenvolvemento, coñecida máis comunmente como "Cumio para a Terra", foi levado a cabo entre o 3 e o 14 de xuño de 1992. Nesta os países participantes acordaron adoptar un enfoque de desenvolvemento que protexese o medio ambiente, mentres se aseguraba o desenvolvemento económico e social. No Cumio de Río fóronse aprobados por 178 gobernos diversos documentos entre os cales se atopan; A declaración de Río sobre medio ambiente e desenvolvemento. Declaración de principios sobre os bosques. As convencións sobre o Cambio Climático, a Biodiversidade e a Desertización. E o programa 21. En 1992 a celebro en Caracas (Venezuela) o cuarto Congreso Mundial de Parques Nacionais e Áreas Protexidas, auspiciado pola UICN, onde se estableceron convenios, programas internacionais, creación de organismos non gobernamentais, publicacións especializadas, cursos universitarios, entre outros, que denotaron unha expansión sensible a nivel mundial na protección dos recursos naturais. A Unión Internacional para a Conservación da Natureza (UICN) na súa Asemblea Xeral do ano 1994 estableceu as seguintes categorías de espazos naturais ou Protected Area Management: Ia. - Reserva Natural Estrita: área protexida manexada principalmente con fins científicos. Área terrestre e/ou mariña que posúe algún ecosistema, trazo xeolóxico ou fisiolóxico e/ou especies destacados ou representativos, destinada principalmente a actividades de investigación científica e/ou monitoreo ambiental. Ib.- Área Natural Silvestre: área protexida manexada principalmente con fins de protección da Natureza. Vasta superficie de terra e/ou mar non modificada ou lixeiramente modificada, que conserva o seu carácter e influencía natural, non está habitada de forma permanente ou significativa, e protéxese e manexa para preservar a súa condición natural. II.- Parque Nacional: área protexida manexada principalmente para a conservación de ecosistemas e con fins de recreación. Área terrestre e/ou mariña natural, designada para a) protexer a integridade ecolóxica dun ou máis ecosistemas para as xeracións actuais e futuras, b) excluír os tipos de explotación ou ocupación que sexan hostís ao propósito co cal foi designada a área, e c) proporcionar un marco para actividades espirituais, científicas, educativas, recreativas e turísticas, actividades que deben ser compatibles dende o punto de vista ecolóxico e cultural. 17