RI 203 - Curso de Ciências Políticas

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Transcrição:

Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 2, 2011 RI 203 - Curso de Ciências Políticas Prof. Dr. Eloi Martins Senhoras Available at: http://works.bepress.com/eloi/226/

CP 2 - Programa eloisenhoras@gmail.com http://works.bepress.com/eloi 1

Programa do Curso

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Programa do Curso RI502 Ciência Política II Cronograma de aulas: 08 aulas presenciais AGOSTO 24 OUTUBRO 5 /12 DEZEMBRO - SETEMBRO 07 / 14 / 21 / 28 NOVEMBRO - FÉRIAS

AULA 4 Políticas Públicas e Sistema Político-Eleitoral em Roraima 10

11 11

Parte 1 Contextualização política das eleições em Roraima Parte 2 Contextualização dos desafios políticos em Roraima 12 12

Parte 1 Contextualização política das eleições em Roraima 13 13

A dinâmica política em Roraima Roraima hoje O estado menos populoso da Federação Apenas quinze municípios Ex-território Rugosidades históricas na política Perduram desde os tempos do presidente Getúlio Vargas 14

A dinâmica política em Roraima Década de 1940 O território do Rio Branco foi governado por uma política regional de indicação coronelista, em consonância aos objetivos delegados pelo presidente para os novos territórios Consolidou-se um legado alienígena de comando de Vitorino Freire e que viria a influenciar na primeira corrente migratória de funcionários públicos formada por maranhenses. 15

A dinâmica política em Roraima Década de 1950 Reações locais nos territórios contra o padrão de indicação regionalista. Golpe militar em 1964 abafou manifestações, Substituição do antigo padrão informal de indicação coronelista Novo padrão mais nativista baseado na indicação oficial de um deputado federal eleito no território. 16

A dinâmica política em Roraima Décadas de 1960 a 1980 Governo militar delegou a responsabilidade de comando dos Territórios às forças armadas Exército: responsável por Rondônia Marinha: responsável por Amapá Aeronáutica: responsável por Amapá 17

A dinâmica política em Roraima Décadas de 1960 a 1980 Governo militar delegou a responsabilidade de comando dos Territórios às forças armadas Exército: responsável por Rondônia Marinha: responsável por Amapá Aeronáutica: responsável por Amapá 18

A dinâmica política em Roraima 1979 Surge o oficial brigadeiro Ottomar de Souza Pinto Difunde um discurso que o coloca como pai de todos e propriamente formador da transformação territorial de Roraima em sua conotação moderna de estado. Destacou-se pela política paternalista desenvolvida na maquina administrativa local e que perdura até hoje, por mais de três décadas. 19

A dinâmica política em Roraima Governador Ottomar de Souza Pinto: Divisor de águas na dinâmica política em Roraima Período militar: como governador, o brigadeiro introduziu um novo padrão de comando político lógica de aliança com as forças políticas locais, com a elite composta de servidores públicos, pecuaristas, empresários ligados ao garimpo e comerciantes lógica convergente a sua imagem centralizadora e paternalista, devido aos poderes extraordinários do executivo na ausência de uma assembléia legislativa. 20

A dinâmica política em Roraima Governador Ottomar de Souza Pinto: Divisor de águas na dinâmica política em Roraima Período democrático: Com a redemocratização e o início da década de 1990, as eleições para governador têm perpetuado o legado das alianças políticas As alianças políticas são desenvolvidas ao redor da própria imagem política de Ottomar Pinto, desde a sua eleição como primeiro governador do recém criado estado de Roraima, até as eleições atuais. As diferentes chapas políticas buscam se promover e tirar proveito em alguma medida como herdeiros deste passado político recente. 21

A dinâmica política em Roraima Governador Ottomar de Souza Pinto: Divisor de águas na dinâmica política em Roraima Período democrático: Com a redemocratização e o início da década de 1990, as eleições para governador têm perpetuado o legado das alianças políticas As alianças políticas são desenvolvidas ao redor da própria imagem política de Ottomar Pinto, desde a sua eleição como primeiro governador do recém criado estado de Roraima, até as eleições atuais. As diferentes chapas políticas buscam se promover e tirar proveito em alguma medida como herdeiros deste passado político recente. 22

Eleições 2010 Ciência Política II A dinâmica política em Roraima As diferentes siglas partidárias fazem duas polarizações: Vertentes críticas ao legado de Ottomar Vertentes que disputam a posição de herdeiros de Ottomar Não existem representativas diferenças nas propostas políticas Representam legendas de acomodação dos interesses dos grupos políticos As eleições de 2010 são baseadas na consolidação de alianças políticas sem grandes fidelidades alta rotatividade política dos candidatos entre os partidos. 23

A dinâmica política em Roraima Deputados Federais e Senadores Têm representatividade ainda maior em Roraima devido transferências federais Acesso individual a R$12milhões de reais São co-participantes no orçamento do estado Custo de R$ 120 mil a.m. Deputados estaduais Dependem do desempenho da bancada federal para legislar e alocar recursos 24

Campanhas eleitorais Ciência Política II Eleições 2010 O mercado político de disputa dos votos no Brasil tem se mostrado altamente competitivo desde o período da redemocratização. Ploriferação de novas legendas partidárias sem uma correspondente inovação qualitativa nas polarizações ideológicas ou nas propostas políticas Padrão exponencial de crescimento quantitativo nos gastos eleitorais. Eleições 2010: Roraima está no topo dos gastos de campanha eleitoral 25

Campanhas eleitorais Ciência Política II Eleições 2010 Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores 26

Campanhas eleitorais Ciência Política II Eleições 2010 Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. 27

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Gastos de Lula para presidente: Custo médio de campanha para cada voto recebido nas eleições 2002: R$ 0,53 / 2006: R$ 0,81 Gastos projetados de Serra, Dilma e Marina: - 2010: R$3,18 para cada eleitor brasileiro (3 candidatos). 28

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Gastos de Lula para presidente: Custo médio de campanha para cada voto recebido nas eleições 2002: R$ 0,53 / 2006: R$ 0,81 Gastos projetados de Serra, Dilma e Marina: - 2010: R$3,18 para cada eleitor brasileiro (3 candidatos). 29

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Desproporção de gastos entre candidatos ao governo de RR 30

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Robert Dagon (PSOL): R$ 50 mil 31

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Robert Dagon (PSOL): R$ 50 mil Petrônio Araújo (PHS): R$ 500 mil 32

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Robert Dagon (PSOL): R$ 50 mil Petrônio Araújo (PHS): R$ 500 mil Neudo Campo (PP): R$ 10 milhões 33

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Robert Dagon (PSOL): R$ 50 mil Petrônio Araújo (PHS): R$ 500 mil Neudo Campo (PP): R$ 10 milhões José Anchieta Júnior (PSDB): R$ 20 milhões 34

Eleições 2010 Campanhas eleitorais Candidatos ao governo do Estado de Roraima que pretendem totalizar R$ 30,5 milhões de gasto para conquistar o voto de apenas 261.746 eleitores Maior custo do Brasil, de R$ 116,72 por eleitor. Robert Dagon (PSOL): R$ 50 mil Petrônio Araújo (PHS): R$ 500 mil Neudo Campo (PP): R$ 10 milhões Custo: R$ 38,20/eleitor José Anchieta Júnior (PSDB): R$ 20 milhões R$ 76,41 35

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima 36

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima Únicos orçamentos do executivo roraimense maiores aos da campanha eleitoral dos candidatos a governador Policia Civil do Estado de Roraima: R$ 56.570.888 Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: R$ 61.035.499 FUNDEB: R$ 306 milhões Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social: R$ 91.506.928 Companhia Energética de Roraima: R$: 38.511.464 Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Desportos: R$ 86 milhões Policia Militar do Estado de Roraima: R$35.226.190 Secretaria de Estado da Infra- Estrutura: R$ 85.797.509 Fundo Estadual de Saúde: R$ 178.377.463 Operações Especiais: R$ 102.251.490 Fonte: LOA RR, 2009. 37

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima Únicos orçamentos do executivo roraimense maiores aos da campanha eleitoral dos candidatos a governador Policia Civil do Estado de Roraima: R$ 56.570.888 Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: R$ 61.035.499 Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Desportos: R$ 86 milhões Policia Militar do Estado de Roraima: R$35.226.190 Superior ao orçamento discriminado de 40 órgãos FUNDEB: R$ do 306 poder milhões executivo estadual!!! Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social: R$ 91.506.928 Companhia Energética de Roraima: R$: 38.511.464 Secretaria de Estado da Infra- Estrutura: R$ 85.797.509 Fundo Estadual de Saúde: R$ 178.377.463 Operações Especiais: R$ 102.251.490 Fonte: LOA RR, 2009. 38

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima 39

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima Candidatos declararam um volume de gasto muito superior aos seus respectivos valores de patrimônio Este fato sugere que a previsão limite dos gastos de campanha acontece em razão do financiamento ser feito por meio da arrecadação de doações. 40

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima Candidatos declararam um volume de gasto muito superior aos seus respectivos valores de patrimônio Este fato sugere que a previsão limite dos gastos de campanha acontece em razão do financiamento ser feito por meio da arrecadação de doações. Tomando em consideração os dados disponibilizados pelo TSE sobre os doadores nas eleições de 2006: 41

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima Candidatos declararam um volume de gasto muito superior aos seus respectivos valores de patrimônio Este fato sugere que a previsão limite dos gastos de campanha acontece em razão do financiamento ser feito por meio da arrecadação de doações. Tomando em consideração os dados disponibilizados pelo TSE sobre os doadores nas eleições de 2006: Pose-se esperar que nas eleições de 2010 uma vez mais se destacarão as contribuições de empresas de engenharia e construtoras, de empresas de prestação de serviços terceirizados e de transporte, dos comitês políticos, e por fim recursos dos próprios políticos. 42

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima Candidatos declararam um volume de gasto muito superior aos seus respectivos valores de patrimônio Este fato sugere que a previsão limite dos gastos de campanha acontece em razão do financiamento ser feito por meio da arrecadação de doações. Tomando em consideração os dados disponibilizados pelo TSE sobre os doadores nas eleições de 2006: Pose-se esperar que nas eleições de 2010 uma vez mais se destacarão as contribuições de empresas de engenharia e construtoras, de empresas de prestação de serviços terceirizados e de transporte, dos comitês políticos, e por fim recursos dos próprios políticos. 43

Eleições 2010 Problemas dos gastos eleitorais em Roraima Candidatos declararam um volume de gasto muito superior aos seus respectivos valores de patrimônio Perigosa pré-construção de canais informais de influência e lobby na ingerência da máquina estatal anterior à própria posse Este fato sugere que a previsão limite dos gastos de campanha acontece em razão do financiamento ser feito por meio da arrecadação de doações. Tomando em consideração os dados disponibilizados pelo TSE sobre os doadores nas eleições de 2006: Pose-se esperar que nas eleições de 2010 uma vez mais se destacarão as contribuições de empresas de engenharia e construtoras, de empresas de prestação de serviços terceirizados e de transporte, dos comitês políticos, e por fim recursos dos próprios políticos. 44

O que os candidatos ainda não responderam SAÚDE Fatos Denúncias de DESPERDÍCIO + SUPERFATURAMENTO, como no caso recente de medicamentos. Insatisfação de Trabalhadores da Saúde + Clientes da Saúde de RR Serviços de saúde concentrados em Boa Vista - Como fazer chegar os serviços de saúde no interior do estado? - Como melhorar a eficiência da alocação dos recursos + qualidade dos serviços? 45

O que os candidatos ainda não responderam EDUCAÇÃO Paradoxos - Maiores índices de jovens no ensino superior - RR tem o maior custo por aluno (ensino básico + médio) - RR paga os melhores salários aos professores no país - Greves e protestos de insatisfação de professores - Queda no índice do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) - 20% das cidades RR tiveram queda na IDEB (problemas educação no interior) - Quais os projetos para resolver estes problemas na educação? 46

O que os candidatos ainda não responderam INFRA-ESTRUTURA Malha rodoviária - Rodovias (Estado de conservação. 2ª colocação na avaliação nacional entre as piores estradas do país)=> CNT (Confederação Nacional de Transportes, 2009) - Gastos recorrentes: BR174 - BEC: 5% obras em RR. Possibilidade de saída de mais de 200 militares do estado Como resolver este gargalho infra-estrutural? Segurança energética - Problemas com Venezuela. Falta de energia no sul do Estado - Solução é construção de hidrelétricas no Estado ou conexão com linhão de transmissão do sistema Eletrobrás (Manaus a Boa Vista)? 47

O que os candidatos ainda não responderam SEGURANÇA -Aumento dos índices a) Criminalidade b) Crimes por motivos banais - Volta das ondas de galerosos - Crimes de pedofilia - Insegurança no trânsito (inúmeros acidentes com morte) Quais políticas a serem adotadas neste campo de segurança: Políticas de segurança democrática (via indireta por meio de inter-relacao com outras políticas sociais Tolerância zero (repressão e endurecimento policial) 48

O que os candidatos ainda não responderam ECONOMIA E EMPREGO Dívida do estado em R$950milhoes -Queda transferências federais FPE, FPM (2008) - Portanto as finanças estaduais necessitam de ajustes devido LRF - Como vão ser os gastos ao longo de 4 anos de gestão? Quais as prioridades? Quais serão os setores com cortes? - Qual a política indígena do estado e proposta de etnodesenvolvimento (turismo e agricultura)? - Quais serão os projetos para desenvolvimento do comércio exterior - Serão criados novos municípios? 49

Parte 2 Contextualização dos desafios políticos em Roraima 50 50

Geoeconomia de Roraima Roraima é o Estado que mais recebe recursos per capita transferidos pela União. - Padrão de desenvolvimento dependente (economia do contra-cheque) Economia do contra-cheque funciona como buffer. a) Setor de serviços (incluído setor público) = 75% PIB - Arrecadação de impostos = 5% PIB b) Setor agropecuário= 7% PIB c) Setor industrial= 11% PIB Spill-overs negativos dos regimes especiais aduaneiros (próximidade geográfica). ALCs: Santa Elena de Uairén e Lethem. Zona Franca: Manaus. 51

RECEITAS ARRECADAÇÃO R$1.000 RECEITA/DISCRIMINAÇÃO Ciência Política II ARRECADAÇÃO 2003 2004 2005 RECEITA TOTAL 860.868 100,0 967.697 100,0 1.256.860 100,0 I. TRANSFERÊNCIAS DA UNIÃO 680.563 79,1 756.520 78,2 944.229 75,1 1.1 Transf. Constitucionais 641.872 74,6 704.108 72,8 881.117 70,1 1.2 Transf. Legais 3.911 0,5 22.807 2,4 34.565 2,8 1.3 Transf. Voluntárias-Conv. 34.780 4,0 29.605 3,1 28.548 2,3 II. Operações de Créd. Internas 1.211 0,1 1.058 0,1 983 0,1 III. REC. DIRET. ARRECADADAS 179.094 20,8 210.119 21,7 311.648 24,8 3.1 IMPOSTOS 156.278 18,2 173.023 17,9 217.389 17,3 3.1.1 IRRF 11.349 1,3 15.887 1,6 21.805 1,7 3.1.2 IPVA E MULTAS 5.500 0,6 5.779 0,6 6.563 0,5 3.1.3 ITCMD 114 0,0 90 0,0 166 0,0 3.1.4 ICMS E MULTAS 137.625 16,0 149.909 15,5 187.486 14,9 3.1.5 Multas e J de Mora Div 1.689 0,2 1.357 0,1 1.369 0,1 3.2 TAXAS 5.406 0,6 5.911 0,6 6.351 0,5 3.3 OUTRAS RECEITAS 17.411 2,0 31.186 3,2 87.908 52 7,0

DISTRIBUIÇÃO DAS TERRAS DO ESTADO DE RORAIMA Km² Ha % RORAIMA 224.298,98 22.429.898,0000 100,00 Reservas Indígenas FUNAI 104.018,00 10.401.800,0000 46,37 Áreas de Preservação - IBAMA 18.879,99 1.887.999,0112 8,42 Área do Estado 22.411,80 2.241.180,0000 9,99 Área da União *** 76.242,18 7.624.218,0888 33,99 Área do Exército 2.747,00 274.700,0000 1,22 *** DISTRIBUIÇÃO DAS TERRAS DA UNIÃO Km² Ha % Projetos de Assentamentos - INCRA 11.952,55 1.195.255,2340 15,68 Imóveis Rurais 6.182,00 618.200,0000 8,11 Áreas Remanescentes 58.107,62 5.810.762,8548 76,21 FAIXA DE FRONTEIRA Terras dentro da Faixa de Fronteira 68,63% Terras for a da Faixa de Fronteira 31,36 % Ocupação e Uso das Terras em Roraima 53 Fontes: INCRA - FUNAI - IBGE - IBAMA

TERRAS DA FUNAI, IBAMA E EXÉRCITO 54

ÁREA DE FAIXA DE FRONTEIRA 15.534.951 ha ASPECTOS FUNDIÁRIOS ÁREA DO ESTADO RORAIMA: 22.429.898,0000 ha 55

56

ALTO ALEGRE TERRAS INDÍGENAS EM ALTO ALEGRE Área Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 18.806,53 Km2 72,02% A L T O A L E G R E Área 26.109,70 Km2 Área proporcional ao Estado 11,59% População 17.907 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,53 Criação: Lei n 7.009, de 1 Julho de 1982.

BOA VISTA TERRAS INDÍGENAS BOA VISTA Área 1.447,35 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 25,33 % BOA VISTA Área 5.117,9 km 2 Área proporcional ao Estado 2,54% População 200.568 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 27,00 hab./km 2 Criação: Lei n 049, de 9 de Julho de 1890.

BOMFIM TERRAS INDÍGENAS EM BOMFIM Área 1.756,73 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 21,60% BOMFIM Área 8.131,5 km 2 Área proporcional ao Estado 3,61% População 9.326 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,75 hab./km 2 Criação: Lei n 049, de 9 de Julho de 1890.

TERRAS INDÍGENAS EM CANTÁ CANTÁ Área 419,13 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 5,40% CANTÁ Área 7.691 km 2 Área proporcional ao Estado 3,41% População 8.571 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,92 hab./km 2 Criação: Lei n 009 de 17 de outubro de 1995.

TERRAS INDÍGENAS EM CARACARAÍ CARACARAÍ Área 7.638,06 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 16,03% CARACARAÍ Área 47.623,6 km 2 Área proporcional ao Estado 21,15% População 14.286 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,20 hab./km 2 Criação: Lei n 2.495 de 27 de maio de 1955.

TERRAS INDÍGENAS EM CAROEBE Área 6.376,32 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município CAROEBE 52,70 % CAROEBE Área 12.098,5 km 2 Área proporcional ao Estado 5,37 % População 4.847 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,40 hab./km 2 Criação: Lei n 082 de 04 de novembro de 1994

IRACEMA TERRAS INDÍGENAS EM IRACEMA Área 11.973,39 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 83,12 % IRACEMA Área 14.403,9 km 2 Área proporcional ao Estado 6,39 % População 4.781 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,20 hab./km 2 Criação: Lei n 083 DE 04 DE NOVEMBRO DE 1994.

MUCAJAÍ TERRAS INDÍGENAS EM MUCAJAÍ Área 5.666,28 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 47,29 % MUCAJAÍ Área 11.981,5 km 2 Área proporcional ao Estado 5,32 % População 11.247 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,92 hab./km 2 Criação: Lei n 7.009, DE 01 DE JULHO DE 1982.

NORMANDIA TERRAS INDÍGENAS EM NORMANDIA Área 6.913,58 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 98,65 % NORMANDIA Área 7.007,9 km 2 Área proporcional ao Estado 3,11 % População 6.138 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,97 hab./km 2 Criação: Lei n 7.009, DE 1º de julho de 1982.

PACARAIMA TERRAS INDÍGENAS EM PACARAIMA Área 7.920,09 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 98,81 % PACARAIMA Área 8.063,9 km 2 Área proporcional ao Estado 3,58 % População 6.990 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,72 hab./km 2 Criação: Lei n 096 de 17 de outubro de 1995.

TERRAS INDÍGENAS EM RORAINÓPOLIS Área 6.254,25 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 18,53 % RORAINÓPOLIS RORAINÓPOLIS Área 33.740,0 km 2 Área proporcional ao Estado 14,99 % População 17.393 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,23 hab./km 2 Criação: Lei n 100, de outubro de 1995.

TERRAS INDÍGENAS EM SÃO LUIZ DO ANAUÁ Área 23,94 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 1,56 % SÃO LUIZ DO ANAUÁ SÃO LUIZ DO ANAUÁ Área 1.533,9 km 2 Área proporcional ao Estado 0,68 % População 5.311 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 2,91 hab./km 2 Criação: Lei n 7.009 de 1º de julho de 1982.

TERRAS INDÍGENAS EM SÃO JOÃO DA BALIZA Área 1.797,56 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 41,56 % SÃO JOÃO DA BALIZA SÃO JOÃO DA BALIZA Área 4.324,7 km 2 Área proporcional ao Estado 1,92 % População 5.091 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,94 hab./km 2 Criação: Lei n 7.009, de 1º de julho de 1982.

UIRAMUTÃ RAPOSA SERRA DO SOL TERRAS INDÍGENAS EM UIRAMUTÃ Área 7.925,95 km 2 Proporção de Áreas Indígenas em relação a área do Município 97,96 % UIRAMUTÃ Área 8.090,7 km 2 Área proporcional ao Estado 3,59 % População 5.802 hab. Densidade demográfica (hab/km2) 0,59 hab./km 2 Criação: Lei n 098 de 17 de outubro de 1995..

RECURSOS MINERAIS E TERRAS INDÍGENAS NO ESTADO DE RORAIMA ÁREAS INDÍGENAS Depósitos Gemas Insumos para Agricultura Material de Construção Metais Ferrosos Metais não Ferrosos Metais Nobres Recursos Minerais Energéticos Rochas e Minnerais Industriais Ocorrências e indícios Gemas Insumos para Agricultura Material de Construção Metais Ferrosos Metais não Ferrosos Metais Nobres Recursos Minerais Energéticos Rochas e Minnerais Industriais Fonte: CPRM Serviço Geológico do Brasil 71

Polos de Regionalização em Roraima Polos de regionalização Polo de Regionalização subnacional para Roraima: Manaus Processo centrípeto de regionalização (subnacional). Polos de Regionalização transnacional para Roraima: Santa Elena / Lethem Processo centrífugo de regionalização (transnacional). Cidades Irmãs: Santa Elena-Pacaraima / Lethem-Bonfim. Isolamento infra-estrutural (Brasil; Guiana). Atração geoeconômica da Venezuela. Reginalização para Roraima: Processo dual de fragmentação e integração. 72

Roraima e as Rotas de comércio internacional Maracaibo Puerto Cabello La Guaira Guanta Ciudad Bolivar Georgetown RR RR Boa Vista Boa Vista / Maracaibo 2.290 Km Boa Vista / Puerto Cabello 1.795 Km Itacoatiara Boa Vista / La Guaira 1.614 Km Boa Vista / Guanta 1.266 Km (aprox.) Boa Vista / Ciudad Bolívar 836 Km Boa Vista / Georgetown 550 Km Boa Vista / Itacoatiara 1.012 Km 73 73

Oportunidades Geoeconômicas Ciência Política II Caracas à fronteira: 1.530 km Georgetown à fronteira: 536 km Porto Ordaz à fronteira: 700 km Manaus a Boa Vista: 978 km Itacoatiara a Boa Vista: 1.012 km 74

Circuito Próximo de Mercados Econômicos Porto Ordaz 800 km CAN Venezuela CARICON Georgetown 500 km Litoral - Atlântico Guiana 24 milhões habitantes 880 mil habitantes Roraima 400 mil habitantes Fonte: Embrapa Roraima MERCOSUL Manaus Manaus (AM) 780 km 27,280 milhões de consumidores 2 milhões habitantes 75

Formação Territorial de Roraima: Da região subnacional à região transnacional 76

Planejamento territorial brasileiro: - Geopolítica da integração nacional por meio de Integrações regionais intranacionais; - Geoeconomia dos eixos de integração transregional na América do Sul. - Roraima é pivot de confluência de projetos geopolíticos e geoeconômicos Integração regional: - É um processo através do qual se instauram as condições de uma interdependência de forças para atingir a determinados objetivos comuns no âmbito interno de uma nação e na esfera trasnacional. - Roraima: Polos de regionalização subnacional e transnacional. 77

RR: Última fronteira de expansão Estapas geoestratégicas a) Geopolítica portuguesa: (Administração territorial) b) Geopolítica do Território Federal (Federalização das ilhas de fronteira) Vetores luso-brasileiros de projeção territorial c) Geopolítica do Estado de Roraima (Cidades para ocupação do território) d) Geoeconomia da regionalização (Busca de alternativas de desenvolvimento econômico) Fonte: Machicote (1973). 78

Roraima e os Eixos de Integração e Desenvolvimento Canais geoeconômicos de regionalização subnacional e transnacional Planos PluriAnuais (PPAs) Programa de Aceleramento (PAC) Iniciativa de Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) 79

Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento no PPA (1996-99) 99) Fonte: Galvão e Brandão (2003). 80

Caracas Venezuela Guiana Boa Vista Roraima Normandia Bonfim BR - 174 BR - 401 Georgetown Suriname Paramaribo ARCO NORTE Geoinserção Econômica de Roraima no Brasil e na América do Sul Guiana Francesa Amapá Porto Grande Serra do Navio Caiena Reginá Saint Georges Oiapoque Macapá INTEGRAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL ARCO NORTE Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento B N D E S Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Ministério do Orçamento e Gestão Amazonas Manaus Santarém Pará Belém CONVENÇÕES PAVIMENTADA NÃO PAVIMENTADA EM CONSTRUÇÃO 81 81 FERROVIA Marabá HIDROVIA

82

RR como ponto Estratégico da Integração Física O sonho da integração Sul- Americana é antigo e está sendo encaminhado por meio das negociações da Comunidade Andina e do Mercosul. 83

=> Durante séculos a região formada pelos atuais estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia foi uma imensa porção de terra longínqua, quase esquecida e isolada do resto do País. => Algumas iniciativas transformaram radicalmente esse cenário. A construção da rodovia ligando Manaus e Boa Vista à Venezuela viabilizou o escoamento da produção industrial local para o país vizinho. Em contrapartida, a linha de transmissão que sai da usina venezuelana de Guri traz energia para Boa Vista até Manaus, solucionando o problema da carência energética que limita o crescimento da Zona Franca ali estabelecida. => A transformação de parte do rio Madeira em hidrovia possibilitou o fácil acesso ao porto de Belém e aos mercados internacionais. Ciência Política II RR, Infra-Estrutura & Norte Brasileiro 1 84

RR, Infra-Estrutura & Norte Brasileiro 2 Beneficiada pela construção da rodovia Transguianense, que corta cinco países, unindo a Venezuela, as três Guianas e o Brasil, essa região expande suas possibilidades de comércio exterior ao norte. => As duas hidrovias formadas pelos rios Tocantins e Araguaia facilitaram o acesso aos grandes mercados de consumo das regiões Sul- Sudeste. 85

Roraima: Regionalização para o Mundo ou para o Brasil? - Distensão x Atração - Manaus x Venezuela - ALC/ZPE x Economia do contrache - Serviços x Commodities+ Exploração mineral - Acumulação: Espoliação x Vantagens dinâmicas - Integração e Desenvolvimento x Fragmentação 86

Roraima: Regionalização para o Mundo ou para o Brasil? - Distensão x Atração - Manaus x Venezuela - ALC/ZPE x Economia do contrache - Serviços x Commodities+ Exploração mineral - Acumulação: Espoliação x Vantagens dinâmicas - Integração e Desenvolvimento x Fragmentação 87

Impactos da ALC de Boa Vista 1. Não há queda de preços 2. Lucros absorvidos pelo setor empresarial - Mercado oligopolizado (grandes grupos familiares) 3. Persistem vazamentos de renda para Manaus, Lethem e Santa Elena 4. Estimula importações (outros estados e outros países) - Não gera emprego ou renda em Roraima - Gera crescimento econômico fora do estado 88

Impactos da ALC de Boa Vista US$ Milhões 10 8 6 4 2 0-2 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009-4 -6-8 -10 Importação Exportação Saldo comercial -12 89

Impactos da ALC de Boa Vista Ano de Criação US$ Milhões 10 8 6 4 2 0-2 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009-4 -6-8 -10 Importação Exportação Saldo comercial -12 90

Impactos da ALC de Boa Vista Ano de Criação US$ Milhões 10 8 6 4 2 0-2 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009-4 -6-8 -10 Importação Exportação Saldo comercial -12 91

Balanço comercial dos Municípios de Roraima 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0-2.000.000-4.000.000-6.000.000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Boa Vista Cantá Caracarai Iracema Mucajaí Pacaraima Rorainópolis São João da Baliza São Luiz Bonfim 92

Exportações de Roraima Participação % dos Produtos exportados de Roraima 100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Madeira Móveis Couro Cadernos e Papeis Grãos de Soja Sementes de Soja Outros 93

Exportações de Roraima Participação % dos Produtos exportados de Roraima 100,00% 90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Madeira Móveis Couro Cadernos e Papeis Grãos de Soja Sementes de Soja Outros 94

Aumento dos fluxos geoeconômicos intra-regionaisregionais Nível de Investimento Nível de Exportação Brasil Venezuela 1999-2009 Exportações= 9x IDEs= 4x Integração de jure Integração de facto Valor dos Fluxos em milhões anuais De US$ 1,000 a US$2,000 De US$ 2,000 a US$ 5,000 Mais de US$ 14.000 De US$ 500 a US$1,000 De US$ 200 a US$ 500 De US$ 50 a US$ 150 Fonte: Elaboração própria. Tabulação baseada em dados estatísticos: BCB (2009) e Análise (2008). 95

Aumento dos fluxos geoeconômicos intra-regionaisregionais Nível de Investimento Nível de Exportação Roraima Venezuela 1999-2009 Exportações= 4x IDEs=?? Integração de jure Integração de facto Valor dos Fluxos em milhões anuais De US$ 1,000 a US$2,000 De US$ 2,000 a US$ 5,000 Mais de US$ 14.000 De US$ 500 a US$1,000 De US$ 200 a US$ 500 De US$ 50 a US$ 150 Fonte: Elaboração própria. Tabulação baseada em dados estatísticos: BCB (2009) e Análise (2008). 96

Aumento dos fluxos geoeconômicos intra-regionaisregionais Nível de Investimento Nível de Exportação Roraima Venezuela 1999-2009 Exportações= 4x IDEs=?? Integração de jure Integração de facto Valor dos Fluxos em milhões anuais De US$ 1,000 a US$2,000 De US$ 2,000 a US$ 5,000 Mais de US$ 14.000 De US$ 500 a US$1,000 De US$ 200 a US$ 500 De US$ 50 a US$ 150 Fonte: Elaboração própria. Tabulação baseada em dados estatísticos: BCB (2009) e Análise (2008). ZPE Agroindustrial 97

18 ZPEs JÁ CRIADAS NO BRASIL 98

ZPE DO RIO GRANDE / RS 99

ZPE DE ARAGUAÍNA / TO 100

ZPE DE TEÓFILO OTONI / MG 101

ZPE DE IMBITUBA / SC 102

A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL Modelos de Desenvolvimento Econômico: Uso de regimes aduaneiros especiais => ALCs - Anos 1950-60 - Reconstrução européia => ZPEs - Anos 1980 aos dias atuais - Modelo Asiático Zona Franca de Manaus - Modelo híbrido ALC/ZPE - Motor de transformação de Manaus e do estado do Amazonas - 3o maior polo industrial do Brasil 103

ZPEs no Mundo 1975 1986 1995 1997 2002 No. países 25 47 73 93 116 No. ZPEs 79 176 500 845 3.000 Emprego (milhões) nd nd nd 22,5 42 104

ZPEs no Mundo 1975 1986 1995 1997 2002 No. países 25 47 73 93 116 No. ZPEs 79 176 500 845 3.000 Emprego (milhões) nd nd nd 22,5 42 105

A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL China ZPEs existentes nos EUA No começo dos anos 1980, a China criou as suas primeiras 5 zonas econômicas especiais. Diante do sucesso obtido, o mecanismo foi logo estendido para as 14 cidades costeiras e em seguida para todo o interior do país, o que permitiu à China registrar o extraordinário desempenho dos anos recentes. Em 1979, Shenzhen era uma vila de pescadores de 20 mil habitantes. Transformada em ZEE, a cidade é hoje um moderno centro de mais de 10 milhões de habitantes. 106

MODELOS ANTIGO E NOVO DE ZPE 107

MODELOS ANTIGO E NOVO DE ZPE 108

Manaus MODELOS ANTIGO E NOVO DE ZPE Venezuela BOA VISTA, RR ZPE agroindustrial 109

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