António Costa. Paulo Roma Cavalcanti



Documentos relacionados
Histórico. Estado da Arte. Histórico. Modelagem de Objetos. Modelagem por arames (wireframes). Modelagem por superfícies (década de 60).

Introdução à Computação Gráfica Modelagem. Claudio Esperança Paulo Roma Cavalcanti

Computação Gráfica. Engenharia de Computação. CEFET/RJ campus Petrópolis. Prof. Luis Retondaro. Aula 7. Iluminação

Modelação 3D. Sumário COMPUTAÇÃO GRÁFICA E INTERFACES. Introdução. Introdução. Carlos Carreto

Computação Gráfica. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto

Modelagem. Frederico Damasceno Bortoloti Adaptado de: Anselmo Montenegro Claudio Esperança Paulo Roma Cavalcanti

Interpolação. Interpolação

CAPÍTULO 2. Grafos e Redes

Introdução ao estudo de equações diferenciais

TOPOLOGIA DA IMAGEM DIGITAL

Cálculo em Computadores trajectórias 1. Trajectórias Planas. 1 Trajectórias. 4.3 exercícios Coordenadas polares 5

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

Imagem e Gráficos. vetorial ou raster?

Capítulo 5: Aplicações da Derivada

Márcio Dinis do Nascimento de Jesus

POLÍGONOS E FIGURAS GEOMÉTRICAS ESPACIAIS

Máximos, mínimos e pontos de sela Multiplicadores de Lagrange

Preenchimento de Áreas e de Polígonos. Antonio L. Bajuelos Departamento de Matemática Universidade de Aveiro

Cálculo Numérico Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU

Aula 9 Plano tangente, diferencial e gradiente

Complexidade de Algoritmos

Curvas de nível homotópicas a um ponto

Exercícios resolvidos P2

Equações Diferenciais Ordinárias

REPRESENTAÇÃO DE SUPERFÍCIES. Introdução ao Projeto e Manufatura assistido por Computador PROF. ALTAMIR DIAS

Grafo: Algoritmos e Aplicações

Cálculo Diferencial e Integral II

o conjunto das coberturas de dominós de uma superfície quadriculada S. Um caminho v 0 v 1...v n

4. Tangentes e normais; orientabilidade

Trabalho Computacional. A(h) = V h + 2 V π h, (1)

36 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase


6. Programação Inteira

Controle II. Estudo e sintonia de controladores industriais

Curvas em coordenadas polares

Prova de Admissão para o Mestrado em Matemática IME-USP

AV1 - MA (b) Se o comprador preferir efetuar o pagamento à vista, qual deverá ser o valor desse pagamento único? 1 1, , , 980

GABARITO - DEF30. Questão 1

I. Cálculo Diferencial em R n

EA616B Análise Linear de Sistemas Resposta em Frequência

Especificação Operacional.

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II

Base de dados I. Uma base de dados é um simples repositório de informação relacionado com um determinado assunto ou finalidade

Medição tridimensional

ABAIXO ENCONTRAM-SE 10 QUESTÕES. VOCÊ DEVE ESCOLHER E RESPONDER APENAS A 08 DELAS

GEOMETRIA ESPACIAL - PIRÂMIDES

Nível 3 IV FAPMAT 28/10/2007

INSTRUMENTAÇÃO. Eng. Marcelo Saraiva Coelho

x d z θ i Figura 2.1: Geometria das placas paralelas (Vista Superior).

MATEMÁTICA. y Q. (a,b)

Algoritmos DCC 119. Introdução e Conceitos Básicos

Planejamento Anual. Componente Curricular: Matemática Ano: 6º ano Ano Letivo: 2015 OBJETIVO GERAL

Toleranciamento Geométrico João Manuel R. S. Tavares

COBERTURA EM UMA REDE DE SENSORES SEM FIO

É usual representar uma função f de uma variável real a valores reais e com domínio A, simplesmente por y=f(x), x A

Sexta Lista - Fontes de Campo Magnético

PLANIFICAÇÃO ANUAL MATEMÁTICA 3 DOMÍNIOS OBJETIVOS ATIVIDADES


Do neurônio biológico ao neurônio das redes neurais artificiais

MATEMÁTICA UFRGS 2011

Modelo Relacional. 2. Modelo Relacional (Lógico)

Faculdade de Computação

5 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Matemática Nome: Observe o gráfico a seguir e responda às questões propostas.

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas

9 é MATEMÁTICA. 26. O algarismo das unidades de (A) 0. (B) 1. (C) 3. (D) 6. (E) 9.

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto.

ALGORITMOS E FLUXOGRAMAS

1. Arquivos Seqüenciais

Sistemas de Apoio à Decisão

Introdução às equações diferenciais

Intuitivamente, podemos pensar numa superfície no espaço como sendo um objeto bidimensional. Existem outros modos de se representar uma superfície:

Exercícios Resolvidos Integrais de Linha. Teorema de Green

Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa TÓPICOS DE CORRECÇÃO DO EXAME DE CÁLCULO I. Ano Lectivo o Semestre

A TEORIA DOS GRAFOS NA ANÁLISE DO FLUXOGRAMA DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UFF

2º Exame Computação Gráfica

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS DA NATUREZA CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO

Monopólio. Microeconomia II LGE108. Características do Monopólio:

DESENHO TÉCNICO. Aula 03

MODELO PARAMETRIZADO APLICADO EM PROJETO DE MÁQUINAS

Curso de Instrumentista de Sistemas. Fundamentos de Controle. Prof. Msc. Jean Carlos

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro 1º Ciclo. Critérios de Avaliação. Ano Letivo 2015/16 Disciplina MATEMÁTICA 3.º Ano

Gráficos de funções em calculadoras e com lápis e papel (*)

FICHA DE TRABALHO 6 - RESOLUÇÃO

Programação e Computação para Arquitectura 2007/2008

Geometria Espacial Elementos de Geometria Espacial Prof. Fabiano

DESENHO TÉCNICO. Aula 03

Guia de utilização da notação BPMN

ANEXO L RESUMO ESPECIFICAÇÕES INCRA

Lista de Exercícios sobre trabalho, teorema de Green, parametrizações de superfícies, integral de superfícies : MAT

Princípios Fundamentais

PROVAS DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR-2012 DA MACKENZIE RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia. 14/12/2011

Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de extremos

Resolução da lista de exercícios de casos de uso

Banco de Dados I Módulo V: Indexação em Banco de Dados. (Aulas 1, 2 e 3) Clodis Boscarioli

Introdução à Programação. João Manuel R. S. Tavares

TIPO DE PROVA: A. Questão 1. Questão 3. Questão 2. Questão 4. alternativa D. alternativa C. alternativa E. alternativa E

fx-82ms fx-83ms fx-85ms fx-270ms fx-300ms fx-350ms

SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia Av Luiz Viana Filho, 435-4ª avenida, 2º andar CAB CEP Salvador - Bahia Tel.

ITA º DIA MATEMÁTICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

Abordagem de geometria no ensino médio partindo de poliedros

Transcrição:

Introdução à Computação Gráfica Modelação Adaptação: Autoria: João Paulo Pereira António Costa Claudio Esperança Paulo Roma Cavalcanti

História Modelação por malha de arame (wireframes) Representa os objectos por arestas e pontos sobre a sua superfície Gera modelos ambíguos Modelação por superfícies (década de 60) Fornece a descrição matemática das superfícies que delimitam o objecto Poucos testes de integridade do modelo 01-03-2007 2

História Modelação de Sólidos (década de 70) Implícita ou explicitamente contém informações sobre o fecho e conectividade dos objectos Garante a realização física Sistemas CAD-CAM utilizados pela indústria 01-03-2007 3

Estado da Arte Modelação de dimensão mista ou non-manifold (década de 80) Permite representar objectos com estruturas internas ou com elementos pendentes de dimensão inferior Sólido delimitado por superfícies não necessariamente planas localmente Ex.: ACIS (Spatial Technology) AutoCad, etc. 01-03-2007 4

Paradigmas de Abstracção A necessidade de paradigmas (Ari Requicha). Paradigma dos universos Físico F Matemático M Representação R Implementação I 01-03-2007 5

Problemas da Área Estudar fenómenos em F Definir os modelos Estudar as relações entre R e M Definir representações de modelos em M Estudar conversões entre representações Definir métodos de implementação Comparar estratégias em I 01-03-2007 6

Esquemas de Representação Objectos do universo físico: sólidos O que é um sólido? Objectos do universo matemático vêm da: Geometria diferencial Topologia diferencial 01-03-2007 7

Geometria pode ser complicada Nó Garrafa de Klein (não orientável) 01-03-2007 8

Descrição de Sólidos Assumir que um sólido é um conjunto tridimensional de pontos Conjuntos de pontos podem ser descritos Pelas suas fronteiras Por campos escalares Definidos por equações Amostrados Originam três tipos de representação: Por fronteira (B-rep Boundary Representation) Operações de conjuntos (CSG Constructive Solid Geometry) Por enumeração do espaço em células (BSP-trees, Octrees, etc.) 01-03-2007 9

Representação por Fronteira Sólido definido indirectamente através da superfície que o delimita compacta (fechada e limitada) sem bordo Superfícies são descritas parametricamente por parametrização: ϕ 2 : U R R 3 01-03-2007 10

Parametrização Estabelece um sistema de coordenadas sobre a superfície herdado de um sistema de coordenadas no plano ( T T ϕ ( u, v ), ϕ ( u, v ), ( u, v )) ( x, y, z ) ϕ ( u, v ) = ϕ = x y Em geral, não é possível cobrir (descrever) toda a superfície com uma única parametrização Usam-se várias parametrizações que formam um Atlas z 01-03-2007 11

Parametrização de uma Superfície 01-03-2007 12

Parametrizações Válidas Sólido deve estar bem definido Superfície sem autointersecção Vector normal não se anula sobre a superfície Normal é usada para determinar o interior e o exterior do sólido N = ϕ u ϕ v 01-03-2007 13

Exemplo Parametrização da esfera de raio unitário, centrada na origem sin( ω)cos( η) f ( ω, η) = cos( ω)cos( η) sin( η ) cos( ω)cos( η) sin( ω)sin( η) f f N = = sin( ω)cos( η) cos( ω)sin( η) ω η 0 cos( η) Se η = -π/2 ou η = π/2 a normal não está definida nos pólos por esta parametrização 01-03-2007 14

Domínio do Exemplo Anterior Todas as parametrizações da esfera deixam pelo menos um ponto de fora É impossível parametrizar continuamente a esfera no plano sem retirar pelo menos um ponto U = ( ω, η) R π : 0 ω < 2π ; < η < 2 2 π 01-03-2007 15 2

Parametrização do Círculo Forma implícita y = tx + t x 2 + y 2 = 1 Resolvendo esse sistema chega-se a uma parametrização alternativa do círculo t=π/2 t=-π/2 t=0 x 1 t t) = 1+ t 2 2t ; y( t) = 1+ t ( 2 2 ; t π π, 2 2 01-03-2007 16

Representação Linear por Partes Superfície parametrizada com geometria complexa pode ser aproximada por uma superfície linear por partes Pode-se particionar o domínio da parametrização por um conjunto de polígonos Cada vértice no domínio poligonal é levado para a superfície pela parametrização Em seguida é ligado aos vértices adjacentes mantendo as conectividades do domínio 01-03-2007 17

Propriedades Gera uma malha poligonal, definida por um conjunto de vértices, arestas e faces Cada aresta é compartilhada, no máximo, por duas faces A intersecção de duas faces é uma aresta, um vértice ou vazia Adjacência de vértices, arestas e faces é designada topologia da superfície 01-03-2007 18

Decomposição Poligonal 01-03-2007 19

Operações sobre Malhas Poligonais Achar todas as arestas que incidem num vértice Achar as faces que incidem numa aresta ou vértice Achar as arestas na fronteira de uma face Desenhar a malha 01-03-2007 20

Codificação Explícita Ponteiros para lista de vértices Ponteiros para lista de arestas Winged-Edge (Half-Edge, Face-Edge) Quad-Edge (Guibas-Stolfi) Radial-Edge 01-03-2007 21

Codificação Explícita A mais simples Cada face armazena explicitamente a lista ordenada das coordenadas dos seus vértices: P = {( x, y, z ),( x, y, z ),...,( x, y, z ) } ( 1 1 1 2 2 2 n n n Muita redundância de informação Consultas são complicadas Obriga à execução de algoritmos geométricos para determinar adjacências 01-03-2007 22

Cada aresta é desenhada duas vezes - pelas duas faces que a compartilham Não é bom para plotters ou filmes Desenho da Malha 01-03-2007 23

Ponteiros para Lista de Vértices Vértices são armazenados separadamente Há uma lista de vértices Faces referenciam os seus vértices através de ponteiros Proporciona maior economia de memória Achar adjacências ainda é complicado Arestas ainda são desenhadas duas vezes 01-03-2007 24

Exemplo 01-03-2007 25

Ponteiros para Lista de Arestas Há também uma lista de arestas Faces referenciam as suas arestas através de ponteiros Arestas são desenhadas percorrendo-se a lista de arestas Introduzem-se referências para as duas faces que compartilham uma aresta Facilita a determinação das duas faces incidentes na aresta 01-03-2007 26

Exemplo 01-03-2007 27

Winged-Edge 01-03-2007 28

Winged-Edge Criada em 1974 por Baumgart Foi um marco na representação por fronteira Armazena informação na estrutura associada às arestas (número de campos é fixo) Todos os 9 tipos de adjacência entre vértices, arestas e faces são determinados em tempo constante Actualizada com o uso de operadores de Euler, que garantem: V A + F = 2 01-03-2007 29

9 tipos de Relacionamentos de Adjacência 01-03-2007 30

Face-Edge 01-03-2007 31

Radial-Edge Criada em 1986 por Weiler Representa objectos non-manifold (não variedades) Armazena a lista ordenada de faces incidentes em uma aresta Muito mais complicada que a Winged-Edge 01-03-2007 32

Radial-Edge 01-03-2007 33

Representação Implícita Sólido é definido por um conjunto de valores que caracterizam os seus pontos Descreve a superfície dos objectos, implicitamente, por uma equação: F( x) F : R = n c; X R R, c R. F é designada função implícita n de classe C k. 01-03-2007 34

Funções Implícitas Uma superfície definida de forma implícita pode apresentar auto-intersecção Pergunta: F(x,y,z) define implicitamente z = f(x,y) em algum domínio razoável? y x = f(y) ou y = f(x)? 01-03-2007 35 x

Teorema da Função Implícita Seja F : R n R definida num conjunto aberto U Se F possui derivadas parciais contínuas em U e F 0 em U, então F é uma subvariedade de dimensão n - 1 do R n Superfície sem auto-intersecção 01-03-2007 36

Valores Regulares Valores Regulares Um valor c é dito regular se F -1 (c) não contém pontos onde F = 0 (pontos singulares) 0.,, ) ( 1 = p p z F y F x F F c F p 01-03-2007 37 Neste caso interessam apenas os casos em que n = 2 ou 3 (curvas e superfícies implícitas) 0.,, ) ( = p p z y x F c F p

Exemplo 1 Seja F(x,y) = x 2 + y 2 que define um parabolóide no R 3 Curvas de nível são círculos F = (2x, 2y) anula-se na origem 0 não é valor regular de F Logo F(x,y) = 0 não define uma função implícita 01-03-2007 38

Exemplo 2 Cascas esféricas: F(x,y,z) = x 2 + y 2 + z 2 Para todo k > 0, F -1 (k) representa a superfície de uma esfera em R 3 0 não é valor regular de F F -1 (0) = (0,0,0) e F=(2x, 2y, 2z) anula-se na origem 01-03-2007 39

Exemplo 3 F(x,y) = y 2 x 2 x 3, F = (2y, -3x 2 2x) Na forma paramétrica: x(t) = t 2-1 e y(t) = t (t 2-1) Curva de nível 0 é um laço, com uma singularidade na origem: z = F(x,y) = y 2 - x 2 x 3 = 0 01-03-2007 40

Gráfico do Exemplo 3 01-03-2007 41

Observação Olhando F(x,y) como superfície de nível 0 da função H : R 3 R, H(x,y,z) = -z + y 2 - x 2 x 3, H = (-3 x 2-2x, 2y, -1); H(0,0,0) = (0,0,-1) Todos os pontos são regulares Gráfico de F em R 3 é realmente o gráfico de uma função! 01-03-2007 42

Objecto Implícito Um subconjunto O R n é designado objecto implícito se existe F : U R, O U, e existe um subconjunto V R / O = F -1 (V) ou O = {p U, F(p) V}. Um objecto implícito é dito regular se F satisfaz a condição de regularidade Um objecto implícito é válido se define uma superfície em R n 01-03-2007 43

Interior x Exterior A função F faz a classificação dos pontos do espaço Permite decidir se o ponto está no interior, na fronteira ou no exterior F > 0 p exterior de O F = 0 p fronteira de O F < 0 p interior de O 01-03-2007 44

Esquema de Representação CSG Operações CSG definem objectos através de operações regularizadas de conjuntos de pontos União, Intersecção e Diferença Um objecto é regular se o fecho do interior do seu conjunto de pontos é igual ao próprio conjunto de pontos 01-03-2007 45

Árvore CSG Um modelo CSG é codificado por uma árvore Os nós internos contêm operações de conjunto ou transformações lineares afim Folhas contêm objectos primitivos (tipicamente, quádricas) 01-03-2007 46

CSG com Objectos Implícitos Primitivas CSG são definidas por F i (X) 0 Operações booleanas são definidas nesse caso por: F 1 F 2 = min (F 1, F 2 ) F 1 F 2 = max (F 1, F 2 ) F 1 / F 2 = F 1 F 2 = max (F 1, -F 2 ) 01-03-2007 47

Prós e Contras de Representações Representações por fronteira e por campos escalares apresentam vantagens e desvantagens Numa B-rep as intersecções estão representadas explicitamente e é mais fácil exibir um ponto sobre a superfície do objecto Porém é difícil determinar, dado um ponto, se ele está no interior, fronteira ou exterior do objecto Operações booleanas são complicadas 01-03-2007 48

Representações por Campos Escalares Em tais representações a classificação de um ponto é imediata, bastando avaliar o sinal do valor do campo no ponto Exibir um ponto sobre a superfície do objecto requer a solução de uma equação, a qual pode ser complicada Operações booleanas são avaliadas facilmente 01-03-2007 49

Representações por Células Dividem o espaço em sub-regiões convexas Grelhas: Cubos de tamanho igual Octrees: Cubos cujos lados são potências de 2 BSP-trees: Poliedros convexos Às células são atribuídas valores de um campo escalar F(x, y, z) Campo é assumido constante dentro de cada célula Sólido é definido como o conjunto de pontos tais que A < F(x, y, z) < B para valores A e B estipulados 01-03-2007 50

Octrees 01-03-2007 51

BSP-Trees 01-03-2007 52

Ambiguidade e Unicidade Uma representação é única quando o modelo associado possui uma única representação Uma representação é ambígua quando pode representar mais de um modelo Representação ambígua é catastrófica (wireframe) Inviabiliza máquinas de controlo numérico 01-03-2007 53

Conversão entre Representações Conversão CSG B-rep é denominada avaliação de fronteira Conversão B-rep CSG é muito mais complicada Conversão B-rep Células é simples Conversão Células B-rep é relativamente simples (marching cubes) Conversão CSG Células é simples Conversão Células CSG é complicado 01-03-2007 54