A CAPACIDADE DE SUPERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO BRASILEIRO Autor(es): Mario Biselli, Roberto Fialho, Paulo Roberto dos Santos, Tais Cristina da Silva e Valéria Fialho Caracterizada pelo clima de condições extremas, a região da Baía do Almirantado na Ilha Rei George é um desafio para a resolução do partido arquitetônico, no qual alguns fatores são claros e determinantes. O primeiro e mais importante fator é a redução ao mínimo possível do impacto do conjunto arquitetônico sobre o território, levando em consideração o caráter científico que o programa abriga e a questão de geração e alimentação de energia. Outro fator condicionante do projeto é atenção às questões de segurança e funcionamento, minimizando os riscos de colapso em caso de acidentes. O partido adotado surgiu da interpretação das condições sugeridas no termo de referência e da distribuição dos espaços em blocos pelos setores: privativo, social, serviços, operação/manutenção e laboratórios. Considerou-se ainda a questão das limitações de logística tanto para a execução quanto para a manutenção e futuras modificações, o que indicou como solução mais eficaz um sistema modulado com perfil constante que permite a potencialização do desempenho da construção em termos de conforto térmico e acústico, além de fácil ampliação.
O conjunto arquitetônico, implantado paralelamente às curvas de nível e à faixa de praia, está divido em quatro blocos distribuídos em dois eixos paralelos. No conjunto de blocos maior estão distribuídos os setores de laboratórios, convivência e serviços, e o setor habitacional privativo. No bloco mais distante da praia estão alocadas as funções técnicas e operacionais. O conjunto dispõe de quatro acessos, sendo um no bloco dos laboratórios, um no bloco habitacional/convívio, e dois no bloco de serviços. Todos os acessos estão previstos com o sistema de isolamento térmico e a câmara de troca de roupas e secagem. No conjunto frontal, os acessos estão dispostos num piso abaixo do principal, que não toca o solo, envoltos pela casca de isolamento. O sistema construtivo visa à simplicidade e facilidade de operação e manutenção. Os módulos são montados lado a lado. Após a execução das fundações, a estrutura metálica modulada é lançada e, conforme a montagem avança no sentido longitudinal, as partes da casca de revestimento/isolamento são conectadas à estrutura. Nestas partes da casca já estarão fixados os caixilhos e as conexões, cabendo à mão de obra do local apenas a montagem dos componentes através de encaixe e aparafusamento.
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Ficha Técnica Autor(es): o Mario Biselli, Roberto Fialho (Biselli + Katchborian Arquitetos) Coautor(es): o Roberto Fialho (Nave Arquitetos) o Paulo Roberto dos Santos (São Paulo Arquitetos) o Tais Cristina da Silva (São Paulo Arquitetos) o Valéria Fialho (Nave Arquitetos) Colaboradores: o Cassio Oba o Ana Mendes o Cassia Lopes Moral o Marcelo Santos o André Biselli o Alexandre Biselli (Estagiário) Consultores o Paulo Freire (Eng. Civil) Fundações e estruturas o Francisco Gomes (Eng. Civil) Fundações e estruturas o Miguel Brazão (Eng. Civil) Fundações e estruturas o José Medina (Eng. Civil) Redes hidro-sanitárias o Antônio Bragança (Eng. Civil) Resíduos sólidos o João Mira (Eng. Eletrotécnico) Energia, segurança e rede de dados e voz o Rui Batista (Eng. Mecânico) Ar-condicionado, ventilação e conforto ambiental o Prof. Dr. Arthur José da Silva (Biólogo) Oceanografia biológica