PÓS-COLHEITA DA CASTANHA-DO-BRASIL



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Transcrição:

PÓS-COLHEITA DA CASTANHA-DO-BRASIL Realização: UFMT UFV

Mensagem dos autores: Este manual é um guia prático para orientar os Coletores de Castanha-do-Brasil a adotar as boas práticas de produção visando a redução da contaminação por aflatoxinas. Aqui o leitor encontrará as recomendações à todas as operações realizadas durante a coleta, secagem e armazenamento do produto, de modo a propiciar condições desfavoráveis à contaminação e ao crescimento dos fungos produtores de aflatoxina. Além de tais recomendações, o leitor encontrará aqui alguns modelos de secadores e sistemas de armazenamento adaptados à castanha e que propiciem a segurança do produto beneficiado. Esperamos que, com a adoção das técnicas aqui recomendadas, os coletores de castanha garantam a comercialização de um produto que atenda às normas de segurança alimentar, quer seja para o mercado interno ou para a exportação. BOA LEITURA! BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO VISANDO A REDUÇÃO DA CONTAMINAÇÃO POR AFLATOXINAS COLETA SECAGEM ARMAZENAMENTO

AUTORES: Profª Roberta Martins Nogueira Msc., Engenharia Agrícola Universidade Federal de Mato Grosso Profª Solenir Ruffato Dsc., Engenharia Agrícola Universidade Federal de Mato Grosso Profº Juarez de Sousa e Silva PhD., Engenharia Agrícola Universidade Federal de Viçosa Pesq. Virgínia de Sousa Álvares Dsc.,Manejo e Fisiologia Pós-Colheita EMBRAPA Acre Profª Kattia de Los Angeles Solis Ramirez Msc., Ingenieria Y Tecnologia Universidad Nacional - Costa Rica www.poscolheita.com.br FICHA CATALOGRÁFICA:

SUMÁRIO A CASTANHA-DO-BRASIL...5 QUALIDADE DA CASTANHA...6 CONTAMINAÇÃO POR AFLATOXINA...7 COMO EVITAR A CONTAMINAÇÃO?...9 BOAS PRÁTICAS DE PROCESSAMENTO...10 BOAS PRÁTICAS NA COLETA...11 BOAS PRÁTICAS NA SECAGEM...16 SECADORES ADAPTÁVEIS À CASTANHA...17 BOAS PRÁTICAS NO ARMAZENAMENTO...19 ARMAZENAMENTO DA CASTANHA-DO-BRASIL...20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...22-4 -

A CASTANHA-DO-BRASIL A castanha-do-brasil ou castanha do Pará é uma árvore nativa da floresta amazônica e é um produto de extrema importância para os estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia, além de ocorrer em países como a Bolívia, Colômbia, Guianas, Peru e Venezuela. A castanheira é uma árvore de grande porte, em geral, sua copa está acima das outras copas na floresta, podendo atingir até 50 metros de altura, com seu tronco medindo até 2 metros de diâmetro. Chega a viver até 500 anos. Seus frutos são conhecidos como ouriços ou bola da castanha e podem pesar até 1,5 kg. Esse fruto contém de 10 a 25 sementes (castanhas) que são muito ricas em vitaminas, gorduras e proteínas. As castanhas são grandes aliadas da boa saúde. «Além de ser fonte de vitaminas e minerais que previnem o envelhecimento precoce e os casos de câncer, 3 a 4 castanhas equivalem à quantidade de proteína de um bife.» Pode ser consumida in natura, na forma de farinha como base para pães, bolos, biscoitos e mingaus, ou ainda é base para o preparo do leite de castanha, que substitui o leite de coco. As castanhas são coletadas nas florestas durante o período de queda dos frutos, que pode se estender de outubro a junho, porém, na maioria das regiões a safra ocorre de novembro a abril. Após a coleta, os frutos são quebrados, ainda na mata, e as sementes embaladas para aguardar seu transporte até o local de beneficiamento, que em geral é a própria residência do coletor. Quando chegam ao local de beneficiamento, as castanhas são espalhadas em terreiro para redução de sua umidade e depois armazenadas até sua comercialização ou consumo pela própria família. - 5 -

QUALIDADE DA CASTANHA Podemos dividir a qualidade da castanha em 3 tipos: Qualidade visual; Qualidade nutricional; Qualidade comercial. A qualidade visual é aquela relacionada ao aspecto do produto, ou seja, é a PRIMEIRA IMPRESSÃO do produto. Aqui são importantes a cor, a forma, o tamanho entre outras propriedades. Já na qualidade nutricional da castanha são avaliados se os compostos que são de interesse no produto ainda permanecem sem alteração, como por exemplo o teor de vitaminas, sais minerais, gorduras, proteínas entre outros. Já com relação à qualidade comercial, além de incluir os dois tipos citados temos ainda que adequar o produto a todas as leis que estão em vigor. No caso específico da castanha-do-brasil, as leis são bastante rígidas, principalmente para a contaminação por aflatoxina. Ops! Que palavra é essa? AFLATOXINA? O que é isso? «As aflatoxinas são substâncias produzidas por fungos que estão presentes na castanha. Essas substâncias são muito prejudiciais aos seres humanos. Um pouquinho mais a frente entenderemos como ela acontece e como fazer para evitar esse «problemão».» Mas como a qualidade da castanha pode afetar a vida dos coletores? A qualidade do produto é o ponto inicial para aumentar a sua renda, ou seja, quanto melhor o produto, maior é o valor pago pelos compradores. E isso já é uma realidade em todo o mundo. Atualmente os consumidores estão cada vez mais exigentes em relação ao produto que levam para casa. Além disso, a qualidade do produto é o que garante a permanência dele no mercado, ou seja, se um coletor fornece castanha de baixa qualidade, com o tempo os consumidores não comprarão mais dele e sim do seu vizinho mais cuidadoso. - 6 -

CONTAMINAÇÃO DA CASTANHA POR AFLATOXINA Primeiro vamos falar sobre os causadores dessa contaminação: OS FUNGOS, em especial do gênero Aspergillus. Os fungos são criaturas microscópicas que estão em todos os lugares, no ar, no solo, na água, nos alimentos, em nossa roupa, unhas, cabelo etc.. Assim como os animais tem suas espécies, como o macaco-prego, o bugio, o mico-leão entre outros, os fungos também possuem suas divisões. Um dos mais comuns é o do gêneroaspergillus que estão em praticamente todos os lugares. Para quem ainda não ligou o nome à pessoa, sabe aquele bolor que aparece no pão quando deixamos muito tempo guardado, então, na maioria das vezes aquele mofo verde que percebemos é o tal do Aspergillus crescendo. Bom, como dissemos ele está em todos os lugares, porém, ele pode ainda não ter crescido. «É como se ainda fosse um bebezinho ou ainda como o ovo de uma galinha, que ainda pode virar um galo de briga». Quando ele está na forma de ovo, que é a forma como encontramos ele na maioria das vezes, ele ainda não faz mal a ninguém, «o problema é que tudo o que nasce quer crescer e então ele vai logo dar um jeito de cresce» r. Como dissemos, o fungo pode ser comparado à qualquer animal, vamos compará-lo então á um ser humano para ficar mais fácil o entendimento. «Para que um bebezinho cresça forte e saudável, basicamente ele precisa de abrigo (casa), comida (alimento) e água, o restante dá pra se virar! Bom, da mesma forma os fungos também precisam de abrigo, comida e água». Com relação à casa, ou abrigo para os fungos, eles tem algumas exigências, como por exemplo: preferem lugares mais quentes, com pouca luz, que não circule muito o ar, com bastante umidade, pois assim eles já conseguem a água que tanto precisam para viver, além de preferirem se abrigar próximo à comida, ou mais especificamente, na comida. Se é assim, vamos imaginar então um lugar perfeito para esses tais de Aspergillus crescerem. Um lugar quente, úmido, com pouca luz, pouca ventilação e muita comida. ACHEI!!!! O Ouriço de uma castanha!!! Ahhh! para tornar mais perfeito o ambiente ainda faltou o toque final: deixar bastante tempo esse ambiente (ouriço) quietinho, ou seja, temos que dar tempo para ele crescer feliz e saudável. - 7 -

CONTAMINAÇÃO DA CASTANHA POR AFLATOXINA Tudo bem, já falamos do Aspergillus, mas o que a aflatoxina tem a ver com isso? Aaflatoxina é um tipo de micotoxina (mico = fungo), ou seja, um tipo de toxina produzida por fungos. As toxinas são substâncias que servem como uma arma de defesa dos fungos, sendo extremamente nociva à qualquer organismo que tente invadir o espaço que os fungos já ocupam. Porém, para que essa substância seja produzida os fungos precisam de tempo, além de condições adequadas ao seu crescimento, conforme já falamos anteriormente. Só para reforçar, a aflatoxina é produzida por fungos do gênero Aspergillus, muito comum na castanha-do- Brasil e é EXTREMAMENTE nociva ao ser humano. Seus efeitos, nos seres humanos, são observados principalmente no fígado, rim, baço e pâncreas, podendo causar necrose, cirrose e até câncer nesses órgãos. O grande problema é que ela vai se acumulando no organismo, logo, quando aparece um câncer de fígado por exemplo, é difícil associar essa doença à ingestão dessas substâncias há algum tempo atrás, tanto que no Brasil há poucos casos relatados dessas intoxicações, o que não significa que ela não ocorra. Outro fato interessante é que a contaminação no ser humano por aflatoxinas pode ser causada tanto pela ingestão de produtos contaminados, como a castanha, por exemplo, ou ainda pela inalação (cheirar) dela. ENTÃO VAMOS FIXAR!!! A AFLATOXINA É UMA SUBSTÃNCIA PRODUZIDA POR FUNGOS QUE ESTÃO PRESENTES NA CASTANHA E QUE CAUSA MUITOS PROBLEMAS DE SAÚDE NOS SERES HUMANOS. A INFECÇÃO POR ELA PODE ACONTECER TANTO PELA INGESTÃO (COMER) QUANTO PELA INALAÇÃO (CHEIRAR), OU SEJA, ELA PREJUDICATANTO QUEM COME QUANTO QUEM TRABALHA COM ELA. Pessoal! O risco de contaminação é grande e sua identificação é bastante difícil pois nem toda castanha com fungos tem aflatoxina. Mas é melhor prevenir do que remediar né? Como podemos prevenir essa contaminação na nossa castanha? Ou queremos que nossos clientes ou até mesmo nossa família sofra com essas doenças terríveis? Para prevenir é fácil! É só evitar que o fungo cresça, pois se ele não crescer não haverá essa substância no nosso produto. Ahh! Só mais um recado! Uma castanha contaminada é capaz de contaminar o lote inteiro! - 8 -

COMO EVITAR A CONTAMINAÇÃO? Ainda sobre as micotoxinas, ou mais especificamente a aflatoxina: não existe nada que descontamine uma castanha que contenha essa substância, ou seja, se os Aspergillus produzirem a aflatoxina, ou você elimina essa castanha do lote ou alguém vai consumir essa substância. Como podemos observar nas figuras ao lado, é possível identificar visualmente as castanhas que estão contaminadas por fungos que já cresceram, porém não podemos identificar nelas a tal da aflatoxina. Por isso é importante manter o lote livre de qualquer castanha que possa apresentar fungos. Depois de toda essa conversa sobre a aflatoxina, vamos apresentar aqui algumas ações para evitar a contaminação da castanha por aflatoxina. LIÇÃO Nº 1: a castanha deve ter o mínimo contato possível com os fungos que causam a aflatoxina, ou seja, ela deve ser retirada do chão o mais rápido possível, que é o local onde a contaminação da castanha acontece. LIÇÃO Nº 2: Se a castanha tiver tido contato com o fungo, o que podemos fazer é evitar que ele cresça, deixando-o em condições desfavoráveis como baixa temperatura, em local bem ventilado e pouco úmido. LIÇÃO Nº 3: Se mesmo com essas ações a castanha ainda apresentar problemas de fungos, separe o mais rápido possível essas castanhas do seu lote, evitando que a contaminação se espalhe. ATENÇÃO CASTANHEIROS!!! ESSAS LIÇÕES DEVEM SER ENCARADAS COMO LEI E NÃO COMO UMA OPÇÃO, POIS SE NÃO FOREM TOMADOS ESSES CUIDADOS SIMPLES SEU PRODUTO PODE CAUSAR SÉRIOS PROBLEMAS DE SAÚDE NOS SEUS CLIENTES OU ATÉ MESMO EM SUA FAMÍLIA. - 9 -

BOAS PRÁTICAS DE PROCESSAMENTO Entendido o que é essa tal de aflatoxina, o que ela causa e qual a forma de evitar? se sim, vamos continuar com nosso papo sobre o processamento da castanha. A partir de agora pessoal vamos fazer com que vocês entendam alguns termos técnicos que são muito utilizados na atividade de vocês, afinal vocês são profissionais da castanha. O primeiro e um dos mais importantes são as BOAS PRÁTICASAGRÍCOLAS, que é um conjunto de ações que DEVEM ser realizadas para produzir uma castanha livre de contaminação. Essas Boas Práticas são aplicadas em todas as etapas de produção e a seguir serão indicadas as Boas Práticas para a coleta, a secagem e o armazenamento. Extraído de: Boas Práticas de coleta, armazenamento e comercialização da castanhado-brasil. (APIZ, 2008) - 10 -

BOAS PRÁTICAS NA COLETA Depois das informações sobre os fungos e a produção de aflatoxina na castanha é fácil imaginar que a coleta é a fase mais crítica para a manutenção da qualidade do produto. Mas por que? 1) O ouriço cai da planta na época chuvosa do ano, geralmente nos meses de novembro a março e não são coletados no dia que cai. Logo, o ouriço fica exposto à alta umidade e com tempo suficiente para a contaminação e o crescimento de fungos. 2) Além da chuva, a época de coleta dos ouriços se caracteriza por elevadas temperaturas, outra condição favorável para o crescimento desses microrganismos. 3) O ouriço após ser coletado é amontoada aguardando ser quebrado para a retirada das castanhas, o que impede a ventilação dele favorecendo o crescimento dos fungos. 4)Após a quebra, as castanhas são colocadas em sacos de ráfia (saco de ração) ainda úmidas, ou seja, as castanhas ficam sem ventilação, úmida,s aguardando a retirada da mata. A PIOR SITUAÇÃO PARA O PROBLEMA DA CONTAMINAÇÃO DO PRODUTO POR AFLATOXINA. Assim pessoal, agora vamos indicar algumas ações simples que devem ser realizadas durante a coleta do produto para a obtenção de castanhas de qualidade: MUDANÇA DE CONSCIÊNCIA: Antes de qualquer orientação quanto às Boas Práticas Agrícolas aplicadas à castanha-do-brasil, é necessário uma mudança de consciência quanto à atividade que vocês exercem. A atividade de coleta da castanha não pode ser encarada como extrativista e sim como atividade de manejo florestal de produtos não madereiros. Isso porque o extrativista só retira os produtos da floresta sem se preocupar com a continuidade da atividade. Já o profissional do manejo florestal se preocupa em recolher o produto de modo que a floresta se mantenha em condições de produzir novamente na próxima safra, com qualidade e quantidade igual ou superior à da safra anterior. - 11 -

BOAS PRÁTICAS NA COLETA MANEJO DA CASTANHA (PRÉ-COLETA) Considerando que a coleta da castanha é uma atividade de manejo florestal, algumas atividades tornam-se necessárias, como se segue: MAPEAMENTO E MARCAÇÃO DAS ÁRVORES Esta etapa, apesar de ainda não ser realizada pela maioria dos coletores, é de suma importância para o sucesso da atividade. De posse de um mapa da área a ser manejada contendo a localização das castanheiras, fica muito mais fácil e rápido o trabalho dentro da mata. Os mapas podem ser confeccionados com o auxílio de um GPS ou ainda com o uso de bússolas e passos calibrados. Durante a confecção deste mapa, devem ser anotados, além da localização da árvore, seu DAP (Diâmetro à Altura do Peito), observações sobre a produtividade da árvore, presença ou não de cipós e condições do local, como dificuldade de acesso, por exemplo. Após o mapemento, as castanheiras devem ser marcadas com plaquetas ou outro dispositivo, para facilitar sua identificação. SELEÇÃO DAS ÁRVORES Após o mapeamento e marcação das árvores, o coletor deve então selecionar as árvores a serem exploradas. Isso evita caminhamento desnecessário em áreas cuja produção não é satisfatória. CORTE DOS CIPÓS O corte dos cipós que infestam as árvores selecionadas é muito importante para garantir a produtividade dessas castanheiras, sabendo que a presença deles compromete o desenvolvimento da copa da árvore. LIMPEZA DA BASE DAS CASTANHEIRAS Antes do início da safra, é importante que a base das árvores selecionadas para a exploração estejam limpas quando os ouriços começarem a cair. Essa limpeza consiste na remoção de qualquer ouriço ou resto da produção de castanha, que estejam próximo às árvores selecionadas. Isso pode ser explicado pelo fato desses ouriços ou restos de castanha servirem como local de desenvolvimento de fungos, que pode vir a contaminar o novo lote durante a coleta. - 12 -

BOAS PRÁTICAS NA COLETA TEMPO DE COLETA Com base em todas as discussões sobre crescimento de fungos e produção de aflatoxina, é fácil entender que a castanha deve permanecer o MENOR TEMPO POSSÍVELem contato com o solo. Sabemos ainda que as áreas de manejo da castanha são muito grandes e que coletar a castanha no dia que cai é impossível. Porém, deve existir uma conscientização dos coletores que a castanha NÃO PODE, de maneira alguma, permanecer no solo durante toda a safra. Assim, de posse do mapa de manejo é possível definir rotas que garantam que toda a área seja explorada, durante a safra, por pelo menos 3 vezes. AMONTOA E QUEBRA DOS OURIÇOS A amontoa dos ouriços também deve ser realizada no menor tempo possível e não deve servir como armazenamento temporário das castanhas coletadas. SELEÇÃO DAS CASTANHAS Durante a amontoa deve-se manter os ouriços com o umbigo (parte aberta) voltado para baixo, para evitar que a água da chuva entre em contato com as castanhas. Já a quebra deve ser realizada em uma área limpa, em cima de um saco de ráfia ou outro protetor qualquer, para evitar o contato das castanhas quebradas com o solo. Além de evitar o contato com o solo, a quebra das castanhas sobre um saco branco facilita a identificação visual das castanhas podres ou contaminadas por fungos. A seleção das castanhas deve ser realizada durante a quebra dos ouriços, evitando assim que castanhas contaminadas façam parte do lote que irá para as etapas seguintes. Além das seleção visual, alguns coletores realizam a seleção via úmida, ou seja, lavam as castanhas e eliminam as sementes que bóiam, que seriam foco de contaminação. Esta atividade pode ser benéfica se a secagem for imediata, se não é melhor não fazer. - 13 -

BOAS PRÁTICAS NA COLETA PRÉ-SECAGEM Após a quebra e seleção das castanhas, é muito importante realizar uma présecagem do produto. Atualmente os coletores, após a quebra, embalam o produto em sacos de ráfia (ração), que não permite ventilação adequada, e deixam o produto armazenado na mata até que o lote seja levado para o local de secagem e armazenamento. Esse armazenamento inadequado é um dos principais fatores de redução da qualidade da castanha, favorecendo o aparecimento dos fungos e consequentemente da aflatoxina. Assim, o coletor só deve colocar o produto no saco de ráfia quando ele já estiver mais seco, o que pode ser conseguido com uma pré-secagem em terreiro suspenso ainda na mata. Esse terreiro suspenso pode ser construído com materiais encontrados na própria floresta, ou até mesmo, com a utilização de tela de aço, material que facilita a construção. A base do terreiro deve ser construída com madeira encontrada na floresta, como se fosse uma táipa e sobre a base deve ser colocada uma tela de aço ou sombrite. Assim, o coletor pode construir várias bases de secagem próximas ao local de quebra e utilizar apenas uma tela, que pode ser retirada e levada para os outros secadores. - 14 -

BOAS PRÁTICAS NA COLETA Além do terreiro suspenso como indicado, o coletor deve cobrir esse material com lona transparente para evitar que a chuva molhe a castanha.acobertura pode ser adaptada também com madeira ou cipó sobre o terreiro, conforme mostra a figura abaixo. PRÉ-ARMAZENAMENTO O pré-armazenamento é aquele considerado quando o produto ainda está na mata à espera de transporte para a secagem e armazenamento finais. Atualmente, conforme já citado, essa etapa é realizada utilizando-se sacos de ráfia (ração) que são empilhados à espera de transporte. Com base nisso torna-se extremamente necessário que esse produto não seja colocado no chão após a pré-secagem, para evitar o reumedecimento e até o ataque de pragas ou outros animais, o que pode servir como porta de entrada para fungos produtores de aflatoxina. Assim, na figura ao lado tem-se um esquema de um cavalete rústico que pode ser construído dentro da mata para armazenar o produto previamente, enquanto aguarda ser retirado da mata. O período de pré-armazenamento não deve ser superior a 7 dias, pois o produto não está seco o suficiente para suportar períodos maiores. - 15 -

BOAS PRÁTICAS NA SECAGEM TRANSPORTE PARA A UNIDADE DE SECAGEM Independente da forma como será realizado o transporte ele deve garantir a segurança do produto em termos de contaminação física, química ou microbiológica, em termos mais práticos, deve garantir que não haverá contaminação por terra ou reumedecimento, nem contaminação por nenhum composto químico como adubos ou defensivos (venenos) ou ainda não ocorrerá contaminação de fungos. SECAGEM Segundo pesquisadores que trabalham com produção de aflatoxina, a castanha deve ser secada até 5% de umidade para que possa ser armazenada com segurança por até 1 ano. Porém, esse teor de umidade não é fácil de detectar sem os equipamentos de um laboratório, servindo para tal a prática do castanheiro. Com base nessa dificuldade, está em processo de desenvolvimento um método rápido, fácil e confiável de determinação de teor de umidade para a castanha-do-brasil. Na próxima edição deste material, o leitor já poderá encontrar a descrição completa do novo método. Outra orientação é com relação à secagem do produto. Sabe-se que a castanha é coletada no período das chuvas, logo, o ar ambiente não está em condições adequadas para a retirada de umidade do produto em tempo hábil. Dessa forma, orienta-se a secagem com ar LEVEMENTE AQUECIDO, aproximadamente 40 C. Valores máximos de temperatura, que podem tornar o processo mais eficiente também estão sendo avaliados, sendo que tais dados também estarão disponibilizados na próxima edição deste material. A secagem com ar levemente aquecido pode ser realizada em diversos tipos de secadores, cujos alguns estão demonstrados à seguir: - 16 -

SECADORES ADAPTÁVEIS À CASTANHA Após as orientações sobre as Boas Práticas de Secagem chegou a hora de mostrar os modelos de secadores a alta temperatura que podem ser adaptados à castanha-do-brasil. Antes porém de falar sobre os secadores propriamente ditos, precisamos dar alguns detalhes sobre como a secagem pode afetar a qualidade da castanha. 1) As castanhas NÃO podem sofrer secagem rápida, pois a pressão interna que a água cria no produto pode fazer com que a casca se rompa, abrindo assim porta para contaminação; 2) As castanhas não devem ser secadas com temperatura elevada, pois o aquecimento extremo da castanha pode fazer com que haja rancificação da gordura contida no produto. Agora sim, tomando os cuidados acima citados podemos trabalhar com segurança a secagem do produto: TERREIRO HÍBRIDO (TERREIRO-SECADOR) É comum que os coletores da castanha realizem a secagem em terreiros, muitas vezes improvisado em sua casa. Assim, torna-se muito fácil a adaptação desse sistema com uma fornalha, que pode ser operada com o ouriço da castanha, e um sistema de distribuição de ar quente com calhas de chapa perfurada. Neste sistema, o produto fica espalhado no terreiro durante os dias ensolarados, tomando cuidado para que o produto não tome sol direto. Já em dias chuvosos, o produto deve ser amontoado sobre a calha e a fornalha colocada em operação, fornecendo ar quente para a secagem. - 17 -

SECADORES ADAPTÁVEIS À CASTANHA SECADOR DE CAMADA FIXA (BARCAÇA) O secador de camada fixa é composto por uma câmara de secagem com fundo de chapa perfurada e é ligado a uma fornalha que fornece o ar aquecido para a secagem. Nesse sistema o produto necessita de constante movimentação que pode ser realizada manualmente com o auxílio de pás ou rodos. É bastante versátil, podendo ser utilizado para a secagem de outros produtos, como milho, feijão em rama etc. Chapa perfurada Fornalha SECADOR FLEX O secador flex, como o próprio nome já diz, é muito versátil, podendo secar produtos diversos, desde castanha, café, milho, feijão, até realizar a desidratação de frutas, como uva, banana etc. Além disso, pode operar com ou sem energia elétrica e ainda aproveita a energia solar em dias em que o aproveitamento for interessante. - 18 -

BOAS PRÁTICAS NO ARMAZENAMENTO ARMAZENAMENTO O armazenamento da castanha pode ser realizado de suas formas: a granel ou em sacaria.adecisão pelo tipo mais adequado á sua produção é fundamental para a manutenção da qualidade do produto. Vale a pena destacar ainda que as etapas de secagem e armazenamento não podem, de maneira alguma, melhorar a qualidade da castanha. Essas etapas, podem, no mínimo, manter a qualidade da castanha que vem do campo. Porém, elas podem acabar com a qualidade da castanha obtida com tanto trabalho ainda na mata. Vale ressaltar que a castanha-do-brasil, em locais com até 70% de umidade relativa, pode ficar armazenada por até 8 meses, com segurança. Porém, a umidade relativa nas regiões produtoras de castanha-do-brasil podem atingir umidades relativas superiores a 70%, reduzindo assim o tempo seguro para armazenamento. BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO Independente da forma como a castanha será armazenada: a granel ou em sacaria, o produto deve ser armazenado em um local fresco, seco e arejado, de forma a inibir o crescimento e a atividade dos fungos produtores de aflatoxina. O coletor deve estar atento ao fato de que a castanha armazenada em sacaria torna a ventilação menos eficiente, logo, o produto fica mais propenso ao crescimento de fungos, e consequente produção de aflatoxina. Outro fato importante é nunca armazenar castanha da safra atual junto com castanhas da safra anterior, pois como já discutimos, o tempo de armazenamento não deve ser longo, assim, com 1 ano de armazenamento a castanha pode estar contaminada, não devendo entrar em contato com produto fresco. Cuidados também devem ser tomados para que o local de armazenamento não permita a entrada de animais que possam consumir a castanha, bem como limpo e desinfetado antes de cada safra para evitar a proliferação de insetos e outras pragas. Por fim, não deve-se armazenar a castanha junto com nenhum produto químico, sob a pena de contaminação do produto com essas substãncias. - 19 -

ARMAZENAMENTO DA CASTANHA-DO-BRASIL ARMAZÉM MODELO EMBRAPA-ACRE Uma das soluções para o armazenamento seguro da castanha-do-brasil é o emprego do armazém desenvolvido pela EMBRAPA-Acre que deve ser construído em madeira e que garante a ventilação do produto durante o armazenamento. Além disso, esse equipamento permite o armazenamento da castanha a granel ou em sacaria. Vale destacar que NÃO SE DEVE EMPILHAR MAIS DE 5 SACOS DE CASTANHAEM CADAPILHA. Construído com 4 metros de frente e 6 metros de comprimento, este armazém possui capacidade para 540 sacas de 60 kg de castanha. - 20 -

ARMAZENAMENTO DA CASTANHA-DO-BRASIL SILO DE SOLO-CIMENTO Já para os que decidirem armazenar a castanha a granel com muito mais segurança, pode-se construir um silo com materiais alternativos, como tela de galinheiro e revestimento externo de argamassa com traço de 1:6:2 (cimento : areia : terra peneirada). A segurança na armazenagem com este equipamento se dá pelo fato de o silo conter um ventilador em sua base, o que permite a realização de aeração forçada no produto quando for necessário. Na parte interna do silo adiciona-se uma lona e enche-se o silo. Após o silo cheio procede-se o revestimento externo, sendo o produto utilizado como apoio ao reboco. Após o armazenamento do produto pelo período desejado, procede-se o reboco do silo em sua parte interna, retirando para isso o produto e a lona. - 21 -

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APIZ. Boas práticas de coleta, armazenamento e comercialização da castanha-do-brasil. 2008. ARRUS, K.; BLANK, G.; ABRAMSON, D.; CLEAR, R.; HOLLEY, R.A. Aflatoxin Production by Aspergillus flavus in Brazil Nuts. Journal of Stored Products Research, 41, 2005. 513-527. SILVA, F. A. Aplicação de Microondas no Processo de Beneficiamento de Castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa). Departamento de Engenharia de Alimentos - UNICAMP (Dissertação de Mestrado). Campinas. 2002. SILVA, J. S. Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas. 2. ed. Viçosa: Aprenda Fácil, v. 1, 2008. 560 p. SIMÕES, A. V. Impactos de Tecnologias Alternativas e do Manejo da Castanha-do-Brasil (Bertolletia excelsa, HUMB. & BONPL., 1908) no Controle da Contaminação por Aflatoxinas em Sua Cadeia Produtiva. Manaus: Universidade Federal do Amazonas, 2004. ISBN Dissertação de mestrado. - 22 -

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