«Rosas à lupa» «Rosas à lupa» - Atividade laboratorial promovida pela Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza com o objetivo de despertar e motivar os mais novos para o ensino experimental das ciências e desenvolver a literacia científica. Como motivação é apresentada a dramatização da lenda «O milagre das rosas» e em grupos de trabalho respondem às questões-problema propostas: Como é constituída uma flor completa? De que cor são os pigmentos das pétalas das rosas? Conteúdos curriculares: Lenda, constituição e função da flor. Destinatários: alunos do 4º e 5º ano Materiais: Adereços para dramatização; rosas; ficha de registo; material de laboratório e protocolo experimental Objectivos Fomentar a experimentação na construção do saber científico; Desenvolver a literacia científica; Despertar hábitos de investigação. 1 Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza
O Milagre das Rosas - dramatização Narrador- D. Isabel, filha dos reis de Aragão, nasceu por volta de 1270 e tornouse Rainha de Portugal pelo casamento com Dinis. (Aparece a Rainha e D. Dinis ao som de música da época). Narradores - As cerimónias, as maiores que o país até aí conheceu, decorreram na Vila de Trancoso, em 1288. E ainda foi nesta vila que começou a dedicar-se aos mais pobres e necessitados. ( D. Isabel sai do palácio e encontra uns pobres). Narrador- Diz-se que às escondidas, recebia os pobres das vizinhanças, a quem alimentava e vestia, chegando mesmo a lavar-lhes os pés. (A rainha tira pães das pregas do manto e distribui-os pelos pobres). Pobre -Deus ouvi-nos! Muito obrigado, minha rainha! Pobre - Que a sorte a nossa termos uma rainha como vós. Obrigada. Pobre - Sem vós o que seria de nós? (A rainha e a dama de companhia observam as obras do convento de Santa Clara e dirigem-se para o local onde se encontram os trabalhadores a quem dá esmolas.) Narrador- Além de auxiliar com esmolas os mendigos, criou hospitais para tratar dos feridos e doentes, tarefa de que se ocupava também, muitas vezes, pessoalmente. Por isso a sua fama foi crescendo de tal forma que, em breve, o povo passou a chamar-lhe Rainha Santa. Narrador- No entanto, este comportamento não agradava a todos. Alguns criticavam as suas atitudes por considerarem que não eram próprias de uma rainha e censuravam-lhe o dinheiro gasto em esmolas e acções de caridade. O próprio rei, embora se preocupasse com o bem-estar do povo, não concordava com muitas das suas actividades. Narrador- Os comentários foram aumentando de tal forma que um dia um dos nobres mais importantes e que mais contestava o seu comportamento acabou por dar conhecimento ao rei do que se estava a passar. ( D. Dinis encontra-se sentado a um mesa a ler. Aparece um nobre) Nobre - Senhor, Senhor. A rainha continua a levar esmolas e alimentos aos pobres e trabalhadores. (D. Dinis e o nobre dirigem-se para o local onde se encontra a Rainha) 2 Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza
Narrador- Ora, acontece que nessa altura a rainha estava ocupada em acompanhar as obras do convento de Santa Clara, que havia acabado de fundar em Coimbra. Narrador - Sabedor do que se passava, um dia de manhã, sem que a rainha o esperasse, o rei saiu-lhe ao caminho. Rei - O que levais debaixo do manto? Rainha - São flores para decorar os altares do convento. Rei - Por que mentis? Bem sei que contra a minha vontade levais dinheiro aos pobres! Rainha - Enganai-vos, Senhor, o que eu levo no regaço são rosas Rei - Rosas? Rosa em Janeiro? Não é possível nesta altura do ano! ( A rainha abre o manto e deixa cair um ramo de rosas perante a admiração geral.) Nobre - Mandemos chamar os físicos do reino, Sua Majestade, para ver se as rosas são verdadeiras. (Chegam os físicos) Físico-Para a veracidade das rosas provar a sua constituição e propriedades temos que verificar. Por isso, da vossa ajuda vamos precisar. Físico - Observar! Físico - Investigar! Físico - Experimentar! Físico - E finalmente provar. Físico - As fases do método científico vamos usar. Em grupo vocês vão ficar e o protocolo experimental vamos apresentar para a constituição da flor completar. O texto vamos analisar para podermos experimentar. REBELO, Carlos- Lendas da História de Portugal. 1ª ed.- Lisboa: Plátano Editora, 2009 ( adaptado) 3 Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza
Questão Problema De que cor são os pigmentos das pétalas das rosa? Material: Pétalas de rosas Almofariz e pilão Álcool etílico Placa de Petri Quadrado de papel de filtro espesso Proveta Procedimento: 1. Mede 20 mililitros de álcool etílico na proveta e verte-o no almofariz. 2. Coloca as pétalas no almofariz e tritura-as com o pilão. 3. Deixa a mistura repousar 10 minutos. 4. Verte a mistura na placa de Petri. 5. Dobra o quadrado de papel de filtro em duas partes idênticas. 6. Coloca o papel de filtro sobre o líquido na placa de Petri, na posição vertical. 7. Aguarda 30 minutos e realiza as tuas observações. Solução bruta 4 Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza
Observação: 1. Os pigmentos tornaram-se visíveis no papel de filtro? 2. Quantas cores conseguiram identificar no papel? Conclusão: 1. O que são pigmentos? Pigmento substância que confere cor 2. Os pigmentos das pétalas são solúveis em álcool? 2.1. Explica como chegaste a essa conclusão. 3. As pétalas apresentam apenas um único pigmento? 4. Qual a importância dos pigmentos para as plantas? 5 Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza
Questão Problema - Como é constituída uma flor completa? Material Flor Rosa Tesoura Lupa Folha de papel branca Procedimento: 1. Observa, atentamente, a flor com o auxílio da lupa. 2. Desmonta as peças florais da flor, uma a uma, com o auxílio da pinça. (Sugestão: Começa pelas peças exteriores.) 3. Coloca as peças florais sobre a folha de papel, organizando-as de acordo com as suas semelhanças. Observação: 1. Quantos conjuntos de peças florais foste capaz de distinguir? 2. Quais as peças mais internas da flor? 6 Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza
Conclusão: 1. Legenda as peças florais. 2. Quais as peças que desempenham função reprodutora? 3. Quais os órgãos reprodutores femininos? E os masculinos? 4. Qual a principal função da flor? 7 Biblioteca Escolar e docentes de Ciências da Natureza