Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios



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Transcrição:

Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007

Procura/Oferta Turística em Lisboa. 1. Posicionamento do destino Portugal no Turismo Mundial... 2 2. Plano Estratégico do Turismo PENT... 4 3. Turismo Residencial no Algarve I. Conceito e Vantagens... 11 II. Análise SWOT a) Pontos Fortes... 13 b) Oportunidades... 15 c) Quadro síntese... 25 Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 1

1. Posicionamento do destino Portugal no Turismo Mundial. Em 2006, Portugal ocupou a 19ª posição no ranking mundial de destinos turísticos, tendo sido registado 11.3 milhões de entradas de turistas estrangeiros. No entanto, entre 2000 e 2006, a taxa de crescimento médio anual do número de turistas estrangeiros foi de -1.1%, o que se traduziu numa queda de 4 posições no ranking nesse mesmo período. A Organização Mundial do Turismo estima que o número de turistas registe uma TCMA 06-20 = 4.4%, um valor superior às estimativas para o crescimento económico mundial. Evolução do número de turistas mundiais (incoming), 2006 e 2020 (Milhões, percentagens) Europa do Sul/Mediterrâneo Mundo TCMA 06-20 = 2.4% 167 233 2006 2020 P 850 1552 TCMA 06-20 = 4.4% 2006 2020 P P Previsão. 1 2005. n.d. Não disponível. Fontes: World Tourism Organization, ES Research Research Sectorial. Ranking mundial de destinos turísticos, 2006 (Milhões, percentagens) Ranking País 2006 Turistas Estrangeiros (Milhões) 1 França 79.1 2 Espanha 58.5 3 EUA 51.1 4 China 49.6 5 Itália 41.1 6 Reino Unido 30.1 7 Alemanha 23.6 8 México 21.4 9 ustria 20.3 10 Rússia 20.2 11 Turquia 18.9 12 Canadá 18.2 13 Ucrânia 1 17.6 14 Malásia 17.5 15 Hong Kong 15.8 16 Polónia 15.7 17 Grécia 1 14.3 18 Tailândia 13.9 19 Portugal 11.3 20 Holanda 10.7 Quota (%) 9.4 6.9 6.1 5.9 4.9 3.6 2.8 2.5 2.4 2.4 2.2 2.2 n.d. 2.1 1.9 1.9 n.d. 1.7 1.3 1.3 TCMA 00-06 (%) 0.4 3.4 0.0 8.0 0.0 4.4 3.7 0.6 2.0 n.d. 12.0-1.2 n.d. 9.4 10.2-1.7 n.d. 6.4-1.1 1.1 Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 2

Procura/Oferta Turística em Lisboa. 1. Posicionamento do destino Portugal no Turismo Mundial... 2 2. Plano Estratégico do Turismo PENT... 4 3. Turismo Residencial no Algarve I. Conceito e Vantagens... 11 II. Análise SWOT a) Pontos Fortes... 13 b) Oportunidades... 15 c) Quadro síntese... 25 Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 3

2. Plano Estratégico do Turismo PENT. O Plano Estratégico Nacional do Turismo 2006-2015, elaborado pelo Ministério da Economia e da Inovação e anunciado em Janeiro de 2006, tem como principais objectivos aumentar o emprego qualificado, acelerar o crescimento do turismo e, desta forma, contribuir para o crescimento do produto interno bruto (PIB). Novos pólos turísticos Actuação Alqueva Litoral Alentejano Oeste Douro Serra da Estrela Porto Santo Açores Dinamização de clusters regionais Desenvolvimento de planos sectoriais Acessos e rede de transportes competitivos Via rápida para a implementação de projectos de elevado valor acrescentado Criação de novo quadro de incentivos Calendário de animação turística regular 10 produtos Gastronomia e Vinho City/Short Breaks Turismo de Natureza MICE* seleccionados Touring cultural e paisagístico Golfe Turismo Residencial Saúde e Bem-Estar Turismo Náutico Sol & Mar Afirmar Marca Portugal Turismo Campanhas em opinion leaders internacionais Eventos de projecção internacional Iniciativas culturais Estratégias de internacionalização de marcas Promoção cruzada de produtos de excelência * Meetings, Incentives, Congresses, Exhibitions. Fonte: Plano Estratégico Nacional do Turismo 2006-2015. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 4

2. Plano Estratégico do Turismo PENT. Consolidar e desenvolver mercados Qualificar serviços e destinos Reforço de parcerias público-privadas Dinamização de mercados de proximidade para atenuar assimetrias Parcerias internacionais para acesso a novos mercados Ferramentas de aproximação aos mercados (e-marketing, CRM, contact center) Atenuação de barreiras de acesso ao país (vistos) Certificação de Qualidade: serviços e destinos Programa Melhor Informação ao Turista Sistema Rótulo Ecológico Europeu Calendário anual de Animação Turística Projecto Sinalização Turística Prémios de boas práticas Qualificar recursos humanos Desburocratizar Ajustar sector aos novos modelos de negócio Plano de formação de gestores e empresários Novas áreas de formação em produtos estratégicos Inov Contacto Facilitar projectos de elevado valor acrescentado Rede de guichets de apoio ao empresário Balcão único de licenciamento de empresas turísticas Reforço da presença on-line dos destinos Acesso das empresas aos canais de distribuição electrónica Intercâmbio com escolas de prestígio Reforço da ligação escola/empresa Apoio à criação de empresas em áreas qualificadas Portal do empresário Reposicionamento dos portais de destino para os negócios Alianças estratégicas com grandes distribuidores on-line Fonte: Plano Estratégico Nacional do Turismo 2006-2015. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 5

2. Plano Estratégico do Turismo PENT objectivos nacionais. O PENT define como objectivos para o país um crescimento sustentado dos turistas estrangeiros (acima da média europeia), com especial incidência ao nível das receitas. O objectivo é, assim, a obtenção de 20 a 21 milhões de turistas estrangeiros em 2015 (que compara com 11.3 milhões em 2006). Ao mesmo tempo, o objectivo fixado para as receitas implica um crescimento médio anual até 2015 superior a 9%. Objectivos para o número de turistas estrangeiros em Portugal, 2006-2015 (Milhões, percentagens) Objectivos para as receitas turísticas em Portugal, 2006-2015 (EUR mil milhões, percentagens) 20.0/21.0 TCMA para o período considerado (%) TCMA para o período considerado (%) 14.5/15.5 11.3 15.0/15.5 17.5/18.0 6.6 8.5/9.5 11.0/12.0 9.9 5.3 4.6 8.8 9.0 9.6 Dormidas estrangeiros 2006 2009 P 2012 P 2015 P 25 29 33 38 2006 2009 P 2012 P 2015 P P Previsão. Fontes: INE, Ministério da Economia e Inovação, ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 6

2. Plano Estratégico do Turismo PENT objectivos nacionais. No que se refere aos objectivos do PENT para o turismo de residentes, espera-se atingir até 2015 um total de 7.1 milhões de turistas nacionais (hóspedes), o que compara com cerca de 5.8 milhões em 2006. Esta nova realidade implicaria um crescimento médio anual do número de turistas nacionais entre 2006 e 2015 de cerca de 2.3%. A nível das dormidas nacionais espera-se atingir, em 2015, um total de 15.1 a 15.2 milhões (TCMA 06-15 = 2.5%). Objectivos para o número de turistas nacionais em Portugal, 2006-2015 (Milhões, percentagens) Objectivos para as dormidas de nacionais em Portugal, 2006-2015 (Milhões, percentagens) TCMA para o período considerado (%) TCMA para o período considerado (%) 6.6 6.2 5.8 7.1 14.0/14.1 13.0/13.1 12.1 15.1/15.2 2.2 2.1 2.5 2.4 2.5 2.6 2006 2009 P 2012 P 2015 P P Previsão. Fontes: INE, Ministério da Economia e Inovação, ES Research Research Sectorial. 2006 2009 P 2012 P 2015 P Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 7

2. Plano Estratégico do Turismo PENT objectivos Algarve. Para a região do Algarve, os objectivos estabelecidos no PENT apontam para que, em 2015, o número de dormidas se situe entre 13.7 e 13.9 milhões. Para o número de turistas (hóspedes estrangeiros) a evolução esperada é semelhante. Claramente, a maior evolução virá do lado das receitas (proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros) que, para 2015, se espera dupliquem face ao valor apresentado em 2006 (EUR 522 milhões). Objectivos para o número de dormidas de estrangeiros no Algarve, 2006-2015 (Milhões, percentagens) Objectivos para as receitas de turismo no Algarve, 2006-2015 (Índice base 100 = 2006, percentagens) TCMA para o período considerado (%) TCMA para o período considerado (%) 12.5/12.7 11.5/11.7 10.8 13.7/13.9 123.2 100 2.8 3.1 2.1 8.4 7.2 156.9 8.8 202.1 NÀ Turistas (base 100=2006) 2006 2009 P 2012 P 2015 P 100 107 117 127 P Previsão. Fontes: INE, Ministério da Economia e Inovação, ES Research Research Sectorial. 2006 2009 P 2012 P 2015 P Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 8

2. Plano Estratégico do Turismo PENT objectivos Algarve. De acordo com o PENT, os produtos turísticos a dinamizar/implementar/desenvolver na região do Algarve são: Sol&Mar, Golfe, Turismo de Negócios, Turismo Náutico, Turismo Residencial e Turismo de Saúde e Bem-Estar. O sucesso desta estratégia de crescimento turístico deverá combater a elevada sazonalidade nesta região do país e aumentar a importância do turismo algarvio na criação de emprego e de riqueza. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 9

Procura/Oferta Turística em Lisboa. 1. Posicionamento do destino Portugal no Turismo Mundial... 2 2. Plano Estratégico do Turismo PENT... 4 3. Turismo Residencial no Algarve I. Conceito e Vantagens... 11 II. Análise SWOT a) Pontos Fortes... 13 b) Oportunidades... 15 c) Quadro síntese... 25 Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 10

I. Conceito e Vantagens. Conceito Integra empreendimentos, infra-estruturas e serviços de apoio, e serviços de entretenimento e lazer, que deverão ser motivadores da fixação de residentes e incentivadores da permanência de estrangeiros em território nacional. O investimento imobiliário no turismo residencial pode ser utilizado: Como local de férias; Para usufruir de estadias de longa duração (para além de cerca de 1 mês de férias); Como objectivo de no futuro vir a constituir-se como local de habitação permanente; Como investimento gerador de rendimento através do aluguer a terceiros. Cluster Turismo Residencial Apartamentos Vivendas Marinas Hotéis Centros Comerciais Campos de Golf Saúde e Bem-Estar Centros Hípicos Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 11

I. Conceito e Vantagens. Vantagens Efeito multiplicador na economia através da atracção de investimento estrangeiro e da criação de emprego; Promoção do ordenamento do território e preservação do ambiente; Redução do nível de sazonalidade; Promoção de procura por parte de consumidores com maior poder de compra, aumentando por isso, a receita média por residente; Captação de investimento estrangeiro por parte da geração dos babyboomers que se encontram, actualmente, a atingir a idade da reforma. Este universo de indivíduos procura preferencialmente um produto com a envolvência que o turismo residencial oferece. O nosso país e, neste caso específico, a região do Algarve, deverá tirar partido das vantagens competitivas que apresentam face a outras regiões estrangeiras, como o clima, a segurança, a proximidade à costa e a hospitalidade natural. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 12

II. Análise SWOT pontos fortes. Pontos Fortes Turismo Residencial Notoriedade do destino turístico Algarve Hospitalidade (p.e., simpatia, conhecimento de línguas estrangeiras) Boas condições climatéricas durante todo o ano (p.e., elevado número de dias de sol e de horas de luz) Região Resort: Praias de qualidade Diversidade paisagística Ruralidade Cidade Golfe Casinos Marinas Modernidade História, cultura e tradição Diversidade de ligações aéreas/lowcost internacionais Estabilidade política e social Bons níveis de prestação de serviços e de infra-estruturas de apoio à população Conforto e segurança no usufruto da natureza e dos espaços públicos e privados Estabilidade cambial Relação competitiva entre qualidade e preço Pontos Fracos Oportunidades Ameaças Pontos Fortes Turismo Residencial Notoriedade do destino turístico Algarve Hospitalidade (p.e., simpatia, conhecimento de línguas estrangeiras) Boas condições climatéricas durante todo o ano (p.e., elevado número de dias de sol e de horas de luz) Região Resort: Praias de qualidade Diversidade paisagística Ruralidade Cidade Golfe Casinos Marinas Modernidade História, cultura e tradição Diversidade de ligações aéreas/lowcost internacionais Estabilidade política e social Bons níveis de prestação de serviços e de infra-estruturas de apoio à população Conforto e segurança no usufruto da natureza e dos espaços públicos e privados Estabilidade cambial Relação competitiva entre qualidade e preço Fonte: ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 13

II. Análise SWOT pontos fortes praias. Em 2003, Portugal era o segundo país da UE-15 com melhores praias, sendo apenas ultrapassado pela Irlanda. Os resultados bastante superiores às grandes referências balneares europeias, como é o caso de Espanha, França, Itália ou Grécia, não só evidenciam a qualidade dos recursos balneares nacionais, como explicam a grande procura existente no segmento Sol & Praia. Em 2007, o Algarve detém cerca de 25% do total de praias portuguesas galardoadas com bandeira azul. Percentagem do total de praias com bandeira azul, 2003 (Percentagens) 55.7 Evolução do número de praias com bandeira azul, 2000 e 2007 (Unidades) 190 34 38.5 139 20 38 21.7 19.3 18.4 15.7 13.8 Média Amostra = 15.9 + 51 12 47 23 8.1 7.0 2.8 2.0 1.9 1.5 16 Irlanda Portugal Espanha Grécia Reino Unido Dinamarca Bélgica França Suécia Itália Alemanha Holanda Finlândia 2000 2007 Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Açores Madeira Fonte: Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE/FEE Portugal). Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 14

II. Análise SWOT oportunidades. Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Turismo Residencial Envelhecimento da população Agenda governamental Procura crescente Oferta reduzida Redução da sazonalidade Crescimento das despesas turísticas Elevado poder de compra dos principais mercados emissores Crescimento da propensão para viajar Melhoria das infra-estruturas (estradas e aeroportos) Requalificação e ordenamento do território Saturação do destino Espanha Desenvolvimento de novos projectos de investimento: Resorts integrados de elevada qualidade Campos de Golfe Marinas Dinamização das economias locais Aproximação do litoral ao interior, fixando populações Ameaças Oportunidades Turismo Residencial Envelhecimento da população Agenda governamental Procura crescente Oferta reduzida Redução da sazonalidade Crescimento das despesas turísticas Elevado poder de compra dos principais mercados emissores Crescimento da propensão para viajar Melhoria das infra-estruturas (estradas e aeroportos) Requalificação e ordenamento do território Saturação do destino Espanha Desenvolvimento de novos projectos de investimento: Resorts integrados de elevada qualidade Campos de Golfe Marinas Dinamização das economias locais Aproximação do litoral ao interior, fixando populações Fonte: ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 15

a) Oportunidades envelhecimento populacional. No seguimento da tendência demográfica verificada a nível europeu tem-se assistido, nos últimos anos, a um envelhecimento dos turistas. Entre 1992 e 2001, o segmento well established (40 a 59 anos de idade), um dos que mais gasta em férias, aumentou 8 pontos percentuais, passando a representar 38% do total de turistas europeus. Repartição dos turistas por escalão etário, 1992 e 2001 (Percentagens) Despesa anual média per capita em férias na Europa, 2006 (EUR) >60 anos 50-59 anos 40-49 anos 30-39 anos 9 10 13 16 17 + 8 pp 22 19 20 >70 anos 60-69 anos 50-59 anos 40-49 anos 595 735 685 850 20-29 anos 32 27 30-39 anos 504 até aos 19 anos 10 5 1992 2001 até aos 29 anos 491 Média = 615 Fontes: World Tourism Organization, ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 16

b) Oportunidades mercados emissores. O Reino Unido e a Alemanha, os principais mercados emissores algarvios e os maiores compradores europeus de casas de férias fora do país, assumem um papel de destaque no ranking mundial de despesas turísticas internacionais. Em 2006, as despesas turísticas da Alemanha, o líder mundial, ascenderam a USD 74.8 mil milhões. Os turistas provenientes do Reino Unido, terceiro país do ranking apresentado, gastaram mais de USD 62 mil milhões. Dormidas nos estabelecimentos hoteleiros algarvios, por mercado emissor, 2005 (Percentagens) 100 47.4 16.8 35.8 Total Reino Unido Alemanha Outros Ranking mundial de despesas turísticas internacionais, 2006 (USD mil milhões, percentagens) Ranking País 2006 Despesas (USD mil milhões) 1 Alemanha 74.8 2 EUA 72.0 3 Reino Unido 62.6 4 França 31.2 5 Japão 26.9 6 China 24.3 7 Itália 23.1 8 Canadá 20.8 9 Rússia 18.8 10 Coreia do Sul 18.2 Quota (%) 10.2 9.8 8.5 4.2 3.7 3.3 3.1 2.8 2.6 2.5 TCMA 00-06 (%) 5.9 1.8 8.5 9.8-2.8 10.8 6.6 9.0 13.5 17.0 Fontes: World Tourism Organization, ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 17

b) Oportunidades mercados emissores. Cerca de 4 milhões de europeus detêm uma propriedade de alojamento no estrangeiro e as estimativas apontam para que a procura no mercado de turismo residencial cresça cerca de 8% ao ano. Desde 2000, cerca de 1 milhão de europeus adquiriram propriedades fora dos países de origem (os britânicos e alemães representaram 60% e 30% do total, respectivamente). Os mercados alvo foram principalmente Espanha e França, 45% e 20%, respectivamente. Deve destacar-se o facto de Portugal apresentar a maior capacidade de retenção (37%), no mercado britânico, de acordo com um inquérito recentemente realizado pela consultora Dean & Associates. Inquérito a turistas britânicos (>50 anos) (Percentagens) Em que país pôe hipótese de se reformar? Intensões de se reformar depois de ter visitado o país Espanha 15 33 França 12 29 Itália 7 26 Alemanha 2 10 Portugal 7 37 Holanda 2 13 ustria P Previsão. Fontes: Dean & Associates, ILM Hospitality & Tourism Adviser, Mintel, ES Research Research Sectorial. 2 14 Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 18

c) Oportunidades investimentos previstos. Segundo as projecções para os próximos 9 anos, Portugal irá receber cerca de 38 mil novas unidades residenciais em resorts, um investimento que se prevê superior a EUR 12 mil milhões. O Algarve acolherá 30.7% do investimento previsto para o país e cerca de 23% do total de unidades estimadas, o que representará um investimento de cerca de EUR 400 mil por unidade residencial construída. Resorts turísticos a construir nos próximos 9 anos (EUR milhões, hectares) Região Investimento (EUR milhões) Dimensão (Hectares) Número de Unidades Residenciais Zona Oeste 1 600 2 000 3 900 Zona Ribatejo 1 500 2 000 2 300 Costa Azul 2 500 10 000 15 800 Costa Alentejana 1 500 20 700 1 200 Alentejo 1 700 5 500 5 900 Algarve 3 900 4 500 8 800 Total 12 700 44 700 37 900 Peso do algarve nos resorts turísticos a construir nos próximos 9 anos (Percentagens) Investimento Dimensão Unidades 30.7 10.1 23.2 Fontes: Regiões de Turismo, ILM Hospitality & Tourism Advisers, ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 19

d) Oportunidades golfe. O Algarve é a região de Portugal com maior relevância no produto turístico golfe, apresentando uma oferta de 31 campos, num total de 70 existentes no país. Ao mesmo tempo, a qualidade e beleza dos campos de Golfe do Algarve permitiram-lhe receber a nomeação, em 2006, de Established Gold Destination of the Year, atribuído pela IAGTO (International Association of Golf Tour Operators), o que veio confirmar esta região do país como destino de eleição para a prática do golfe. Campos de Golfe no Algarve, 2006 Morgado Oceano Gramacho Royal Vale da Pinta Quinta do Lago Norte Vale de Milho Quinta do Lago Sul Salgados Pinheiros Altos Balaia San Lorenzo Pine Cliffs Colina Verde Millenium Benamor Victoria Quinta da Ria Laguna Quinta de Cima Alto Golfe Castro Marim The Old Course Pinhal Pinhal Parque da Floresta Vila Sol Boavista Palmares Sir Henry Cotton Penina Resort & Academy Fonte: Turismo de Portugal. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 20

d) Oportunidades golfe. O número de viagens de europeus motivadas pelo golfe deverá, actualmente, ascender a cerca de 1 milhão, sendo que cerca de 50% são efectuadas por ingleses e alemães. Para 2015, estima-se a duplicação deste valor. O golfe é um produto turístico que, do ponto de vista financeiro, é mais vantajoso para a economia portuguesa do que o turismo tradicional (cujo objectivo será desfrutar da paisagem, clima e gastronomia), já que o respectivo gasto médio é 66% superior. Algumas estimativas apontam mesmo para gastos médios diários gerados pelo golfe mais elevados (cerca de EUR 260). Viagens de golfe ao estrangeiro por mercado emissor europeu, 2004 (Milhares) 253 Gasto médio diário por turista em Portugal e no Algarve, 2001 (EUR) 229 199 1 000 164.1 91 98.8 91.8 228 Outros França Suécia Alemanha Reino Unido Europa Fontes: IPK, IAGTO, European Golf Association, THR,Turismo de Portugal, Universidade do Algarve, ES Research Research Sectorial. Portugal Algarve Algarve (motivo golfe) Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 21

d) Oportunidades golfe. O Algarve deverá continuar a gozar de um crescente interesse pelo produto golfe nos próximos anos, não só devido ao reconhecimento internacional já hoje obtido mas, também, pelo facto de ser um destino que, do ponto de vista dos principais mercados emissores (Reino Unido e Alemanha), ocupa posições de destaque. No seguimento das perspectivas positivas para a região do Algarve no produto turístico golfe, até 2015, o PENT estabelece como objectivo a existência de pelo menos 40 campos de golfe e uma taxa de crescimento deste subsector do turismo superior a 8%. Principais destinos dos golfistas europeus, 2002 Ranking Mercado Inglês Mercado Alemão Mercado Sueco Mercado Francês 1 Inglaterra Espanha Suécia França 2 Espanha Portugal Espanha Marrocos 3 Escócia Estados Unidos Estados Unidos Espanha 4 Portugal Alemanha Irlanda Estados Unidos 5 França Marrocos Tailândia Escócia 6 Estados Unidos Tunísia Itália Tunísia 7 Irlanda Turquia Inglaterra Caraíbas 8 País de Gales frica do Sul Portugal Irlanda Melhores destinos de golfe segundo os consumidores, Janeiro 2006 (Percentagens) Holandeses Britânicos Franceses Portugal 20.3 Espanha 33.3 Espanha 8.1 França 15.2 Portugal 28.3 França 8.1 Espanha 14.5 França 4.2 Portugal 4.0 Itália 3.6 Itália 2.7 Espanhóis Alemães Italianos Espanha 10.1 Espanha 19.8 R. Unido 42.0 França 5.6 Portugal 4.1 Espanha 4.0 Portugal 3.4 França 3.7 França 3.4 Itália 2.2 Itália 1.7 Portugal 1.1 Fontes: IPK, IAGTO, European Golf Association, THR,Turismo de Portugal, ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 22

e) Oportunidades turismo náutico. Embora a oferta e procura turísticas em Portugal sejam dominadas pelos factores Sol&Praia, o país tem, ainda, um amplo potencial de crescimento no aproveitamento dos recursos marítimos existentes (ampla diversidade paisagística e biológica, e grande extensão de costa e mar propícios para o recreio náutico). Apesar de Portugal apresentar algumas deficiências na oferta de marinas e portos de abrigo de qualidade no Centro e Norte do país, na zona Sul, algumas marinas, como a de Vilamoura (a maior do país, com cerca de mil postos de amarração), Lagos, Portimão e Albufeira, detêm não só infra-estruturas de apoio à náutica de recreio, como também hotéis, bares e restaurantes, o que explica o seu sucesso turístico. Viagens de turismo náutico ao estrangeiro, por mercado emissor europeu, 2004 (Milhares, percentagens) Número de marinas com bandeira Azul, por NUTS II, 2007 (Unidade) Ranking País Viagens (milhares) Quota (%) 12 0 0 1 0 1 Alemanha 679 2 Escandinávia 423 24.3 15.1 4 3 Grã Bretanha 249 4 Holanda 200 8.9 7.1 5 5 França 178 6.4 2 6 Espanha 65 2.3 Fontes: European Travel Monitor 2004, IPK, Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE/FEE Portugal). Total Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Açores Madeira Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 23

f) Oportunidades turismo de saúde e bem estar. Embora o Algarve detenha apenas uma estância termal em actividade (Termas de Monchique), a maioria dos Spas e centros de talassoterapia existentes no país encontra-se localizada nos hotéis da região. No entanto, face à procura internacional, não existem centros de spa & wellness em número suficiente. Por outro lado, a oferta de tratamentos e serviços oferecidos também não se diferencia dos principais concorrentes a nível internacional. Viagens de turismo de saúde e Bem Estar ao estrangeiro, por mercado emissor europeu, 2004 (Milhares, percentagens) Distribuição das termas existentes segundo a actividade, 2005 (Unidades) Monchique Ranking País Viagens (milhares) Quota (%) 1 Alemanha 1 907 2 Escandinávia 207 3 Espanha 89 4 Reino Unido 80 5 Itália 62 6 França 19 63.4 6.9 3.0 2.7 2.1 0.6 Termas abertas Termas com actividade suspensa Fontes: European Travel Monitor 2004, IPK; Instituto Geológico e Mineiro; Associação das Termas de Portugal; ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 24

II. Análise SWOT quadro síntese. Pontos Fortes Turismo Residencial Notoriedade do destino turístico Algarve Hospitalidade (p.e., simpatia, conhecimento de línguas estrangeiras) Boas condições climatéricas durante todo o ano (p.e., elevado número de dias de sol e de horas de luz) Região Resort: Praias de qualidade Diversidade paisagística Ruralidade Cidade Golfe Casinos Marinas Modernidade História, cultura e tradição Diversidade de ligações aéreas/lowcost internacionais Estabilidade política e social Bons níveis de prestação de serviços e de infra-estruturas de apoio à população Conforto e segurança no usufruto da natureza e dos espaços públicos e privados Estabilidade cambial Relação competitiva entre qualidade e preço Turismo Residencial Desordenamento do território Burocracia (p.e., licenciamento) Pontos Fracos Oportunidades Turismo Residencial Envelhecimento da população Agenda governamental Procura crescente Oferta reduzida Redução da sazonalidade Crescimento das despesas turísticas Elevado poder de compra dos principais mercados emissores Crescimento da propensão para viajar Melhoria das infra-estruturas (estradas e aeroportos) Requalificação e ordenamento do território Saturaçaõ do destino Espanha Desenvolvimento de novos projectos de investimento: Resorts integrados de elevada qualidade Campos de Golfe Marinas Dinamização das economias locais Aproximação do litoral ao interior, fixando populações Ameaças Turismo Residencial Excessiva concentração da oferta nos principais mercado emissores Desordenamento do território Massificação da oferta Forte concorrência internacional por parte de novos destinos Especulação imobiliária Fonte: ES Research Research Sectorial. Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 25

Director Coordenador Miguel Frasquilho mfrasquilho@bes.pt Direcção Research Sectorial Francisco Mendes Palma Artur Alves Pereira Miguel Malaquias Pereira Susana Barros João Pereira Miguel Luís Ribeiro Rosa fmpalma@bes.pt aapereira@bes.pt mbpereira@bes.pt msbarros @bes.pt jpmiguel@bes.pt luis.c.rosa@bes.pt Research Sectorial Turismo Residencial: Um Desafio/Oportunidade para os Agentes Económicos Algarvios Julho 2007 26