Discussão a cerda da portaria no. 1253/GM novembro de 2013

Documentos relacionados
Encontro internacional sobre rastreamento de câncer de mama

Audiência Pública Senado

Política Nacional de Atenção Oncológica Claudio Pompeiano Noronha

Melhorar sua vida, nosso compromisso Redução da Espera: tratar câncer em 60 dias é obrigatório

Arn Migowski. Diretrizes Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama

A situação do câncer no Brasil 1

SISMAMA INDICADORES DE QUALIDADE

Rastreamento Populacional. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF

COBERTURA DE MAMOGRAFIAS REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE SOUSA PARAÍBA COM REGISTRO NO SISMAMA

Screening Rastreamento

OF/AMUCC-043/ ADV Florianópolis, 02 de maio de 2013.

NOTA TÉCNICA REDE DE ATENÇÃO À SAÙDE DAS PESSOAS COM DOENÇAS CRONICAS. Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer

A FEMAMA Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA),

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO MEDICINA SOCIAL ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA

SISCOLO RELATÓRIO PRÁ-SABER DIGITAL: Informações de Interesse à Saúde SISCOLO Porto Alegre 2008

Women and Cancer: Saving Lives and Avoiding Suffering. Ministério da Saúde Brasília, Brazil May/2012

FÓRUM Câncer de Mama. Políticas Públicas: Tratamento e Apoio Dra. Nadiane Lemos SSM-DAS/SES-RS

DIA MUNDIAL DO CÂNCER 08 DE ABRIL

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Linha de Cuidado e Rede de Atenção ao Câncer do Colo do Útero

LIGA DA MAMA: AÇÕES COMUNITÁRIAS DE PREVENÇÃO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA EM Palavras-chave: Câncer de mama; rastreamento, prevenção.

QUESTIONÁRIO SOBRE CONTROLE DO CÂNCER DE MAMA

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

ANAIS DA 4ª MOSTRA DE TRABALHOS EM SAÚDE PÚBLICA 29 e 30 de novembro de 2010 Unioeste Campus de Cascavel ISSN

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO

POLÍTICA NACIONAL DO CÂNCER FEMININO. Rio de Janeiro RJ 30 de junho de 2011

ANEXO I. 1 Indicadores da dimensão da atenção à saúde

PORTARIA Nº 196, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2012

Considerações sobre o medicamento Trastuzumabe

Cenário da Saúde da Criança e da Oncologia Pediátrica: avanços e desafios para a organização da rede assistencial

Produção de mamografias no SUS do Estado de São Paulo Production of mammographies by SUS from the state of São Paulo

Panorama da Radioterapia no Brasil

Programa Sol Amigo. Diretrizes. Ilustração: Programa Sunwise Environmental Protection Agency - EPA

PROJETO CONSULTA ÚNICA: METODOLOGIA PAUTADA NA RESOLUTIVIDADE.

MANUAL DA COMISSÃO DE ONCOLOGIA

01 Nos casos de histerectomia é necessário fazer a citologia do colo do útero?

Estimativa Incidência de Câncer no Brasil

PREVALÊNCIA DE MULHERES QUE REALIZARAM MAMOGRAFIA EM TRÊS UNIDADES DE SAÚDE DECRUZ ALTA - RS

Câncer no Brasil - Dados dos Registros de Base Populacional Volume IV. Novembro/2010

IV Seminário de Promoçã e Prevençã. ção à Saúde. ção o de Riscos e Doenças na Saúde Suplementar. I Seminário de Atençã. Suplementar.

MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA

Clipping Eletrônico - Quarta-feira dia 03/09/2014

POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS

O Financiamento dos Transplantes no Brasil


Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 189, DE 31 DE JANEIRO DE 2014

GRÁFICO 136. Gasto anual total com transplante (R$)

Protocolo Clínico de Regulação de Acesso para Tratamento de Alta Complexidade em Oncologia versão 2015

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 115. Recomendação Final

Tratamento do câncer no SUS

PORTARIA Nº 2.304, DE 4 DE OUTUBRO DE Institui o Programa de Mamografia Móvel no âmbito do Sistema Único de Saúde

POLÍTICAS PÚBLICAS DIRECIONADAS AO CONTROLE

Rastreamento Organizado para a Detecção Precoce do Câncer de Mama

Tipos de tumores cerebrais

RASTREAMENTO (Screening)

TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV E SÍFILIS: ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E ELIMINAÇÃO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

MORBIMORTALIDADE POR NEOPLASIAS MALIGNAS DA MAMA EM MULHERES NA TERCEIRA IDADE

PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO

Letícia Casado Serviço de Edição e Informação Técnico Cientifica CGPV-Coordenação Geral de Prevenção e Vigilância

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Gerência de Regulação PROTOCOLO DE ACESSO A EXAMES/PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS ULTRASSONOGRAFIA MAMÁRIA

Secretaria da Administração do Estado da Bahia

Estado de Mato Grosso Município de Tangará da Serra Assessoria Jurídica - Fone (0xx65)

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº - 262, DE 1º - DE AGOSTO DE 2011

1 TÍTULO DO PROJETO. Ame a Vida. Previna-se. 2 QUEM PODE PARTICIPAR?

Diagnóstico da realidade médica no país

RASTREAMENTO EM CÂNCER CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS E IMPLICAÇÕES

A Propaganda de Medicamentos no Brasil

A DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS

*CD * Discurso proferido pelo deputado GERALDO RESENDE (PMDB/MS), em sessão no dia 11/02/2014. MAMOGRAFIA EM UMA SÓ MAMA: IGNORÂNCIA

Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

5 Considerações finais

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)

JOSÉ SERRA ANEXO NORMAS PARA CADASTRAMENTO CENTROS DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA VASCULAR INTRALUMINAL EXTRACARDÍACA

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA. PROJETO DE LEI Nº 934, DE 2003 (Apenso o Projeto de Lei nº 1.802, de 2003)

ANEXO I TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS TCTH REGULAMENTO TÉCNICO

BOLETIM ELETRÔNICO DO GRUPO TÉCNICO DE AVALIAÇÃO E INFORMAÇÕES DE SAÚDE

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

PLANO ESTADUAL DE ATENÇÃO AO CÂNCER

TEXTO 2 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA. Tânia Aparecida Correia Furquim 1

RADIOGRAFIA DOS HOSPITAIS MUNICIPAIS ABRIL/2013

PARECER TÉCNICO Nº 16/GEAS/GGRAS/DIPRO/2016 COBERTURA: IMPLANTE COCLEAR

ALTA COMPLEXIDADE: TRANSPLANTE

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR

BLOCO 13 VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Continua)

OUTUBRO ROSA REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA CURA DO CÂNCER DE MAMA

CEBAS da SAÚDE. Atuação do Ministério da Saúde nos procedimentos relativos ao CEBAS. Ministério da Saúde. Cleusa Bernardo

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

População residente, por situação do domicílio Brasil, 2000 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 Resultados do Universo

RRAS 11 DRS Presidente Prudente (Regiões de Saúde: Alta Paulista, Alta Sorocabana, Alto Capivari, Extremo Oeste Paulista e Pontal Paranapanema)

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador AUGUSTO BOTELHO

RELATÓRIO. Participantes

Diagnóstico e prescrição feitos por enfermeiro(a) em Unidades Básicas de Saúde. Cons. Rosylane Nascimento das Mercês Rocha

JUDICIALIZAÇÃO NA SAÚDE

ANEXO II - Diagnóstico Situacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora MARTA SUPLICY

Transcrição:

Discussão a cerda da portaria no. 1253/GM novembro de 2013 25 de Março /2014 COORDENAÇÃO GERAL DE ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS Patricia Sampaio Chueiri DAET/SAS/MS

Caminhos da Apresentação Contexto atual do país SUS: avanços e desafios relacionados ao câncer Rastreamento- conceito Rastreamento de Câncer de mama Ações do MS para avançar no cuidado do Câncer

MORTALIDADE* (ÓBITOS/100 MIL HABITANTES) PELAS PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL, 1991-2009 Depois das doenças cardiovasculares, o câncer é o grupo de doenças que mais mata no Brasil. Doenças Cardiovasculares: 324 mil (28%) AVC: 99.159 (8,9%) Infarto: 79.297 (6,9%) Câncer: 179 mil (15%) Dados de 2010

Epidemiologia ESTIMATIVAS DE NOVOS CASOS EM 2014 Mama Colo do Útero Cólon e Reto Glândula Tireoide Traqueia, Brônquio e Pulmão MORTALIDADE POR TIPOS DE CÂNCER 2010-2011 Câncer de mama: 12.705-15,3% dos óbitos Traqueia, brônquios e pulmões: 8.190-9,8% Colo, reto e ânus: 6.892-8,3% Colo de útero: 4.986-6% Estômago: 4.768-5,8% 57.120 15.590 32.600 9.200 27.330

Rede Cegonha Rede de Urgência e Emergência Álcool, Crack e Outras Drogas Rede da pessoa com Deficiência Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas RAS - Prioritárias Qualificação/Educação Informação Regulação Promoção e Vigilância à Saúde ATENÇÃO BÁSICA

ATENÇÃO AO CÂNCER NO SUS HABILITADOS EM ONCOLOGIA: 279 SERVIÇOS CIRURGIA ONCOLÓGICA RADIOTERAPIA QUIMIOTERAPIA NORTE: 9 NORDESTE: 51 SUDESTE: 135 CENTRO-OESTE: 20 SUL: 64

Rastreamento Assintomático Diagnóstico Sinais e sintomas Populacional População sem risco adicional Exige confirmação da resultado positivo Garantir o tratamento Queda da mortalidade MELHORES EVIDÊNCIAS: o rastreamento enquanto programa deve ser oferecido à população somente quando comprovado que seus benefícios superam amplamente os riscos e danos, dessa forma, permitindo detecção precoce e tratamento de certas doenças. Entretanto, a adesão ao programa deve ser voluntária e entendida como direito dos cidadãos.

Critérios para programas de Rastreamento Populacional 1. A doença deve representar um importante problema de saúde pública que seja relevante para a população, levando em consideração os conceitos de magnitude, transcendência e vulnerabilidade; 2. A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem conhecida; 3. Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido, durante o qual a doença possa ser diagnosticada; 4. O benefício da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição fosse tratada no momento habitual de diagnóstico; 5. Os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, aceitáveis e confiáveis; 6. O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica deve ser razoável e compatível com o orçamento destinado ao sistema de saúde como um todo; 7. O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático. Wilson e Jungner (1968)

Rastreamento

Rastreamento do Câncer de Mama O objetivo do rastreamento do câncer de mama é a detecção da doença na sua fase pré-clínica com o menor número possível de casos falso-positivos e a consequente diminuição da mortalidade pela doença O Ministério da Saúde (INCA) recomenda a realização da mamografia de rastreamento para as mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos, desde 2004. As mulheres que tiverem aumento do risco devem ter acesso ao diagnóstico precoce de câncer de mama em tempo oportuno, que não o rastreamento populacional.

Exame de rastreamento do câncer de mama Mamografia Bilateral A Organização Mundial de Saúde (OMS) e também países como Reino Unido, França e Alemanha, não recomendam o rastreamento mamográfico antes dos 50 anos uma vez que há limitada evidência de redução da mortalidade e mais riscos e danos do que benefícios para estas mulheres mais jovens. Uma das razões é a menor sensibilidade da mamografia em mulheres na prémenopausa devido a maior densidade mamária. Giordano L, von Karsa L, Tomatis M, Majek O, de Wolf C, Lancucki L, Hofvind S, Nystrom L, Segnan N, Ponti A and The Eunice Working Group. Mammographic screening programmes in Europe: organization, coverage and participation. J Med Screen;19 Suppl1:72 82, 2012. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Cancer Control: knowledge into action: who guide for effective programmes: early detection. Switzerland: WHO, 2007.

Riscos e Benefícios considerados para o rastreamento Riscos do rastreamento: Resultados falso positivos (mamografias alteradas que não confirmam câncer no exame histopatológico): em mulheres com idade inferior a 50 anos, a mamografia apresenta mais resultados falso positivos. Sobrediagnóstico e sobretratamento: mulheres com idade inferior a 50 anos têm maior chance de apresentar tumor in situ que mulheres acima desta idade, os quais não evoluíriam e serão tratados desnecessariamente. Exposição à radiação: maior exposição na população de 40-49 anos em comparação com a faixa de 50-69 anos. Norman AH, Tesser CD. Rastreamento: in Lopes JMC, Gusso GDF, editores, Tratado de Medicina de Família e Comunidade, Porto Alegre: Artmed, 2012.

Riscos e Benefícios considerados para o rastreamento Benefícios do rastreamento: Impacto na mortalidade: Os resultados de ensaios clínicos randomizados sugerem que, quando a mamografia é ofertada às mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos, com cobertura igual ou superior a 70% da população-alvo, é possível reduzir a mortalidade por câncer de mama em 15% a 23%. A mamografia bilateral para rastreamento do câncer de mama é assim indicada por ser nessa faixa etária que esse exame apresenta o maior benefício na queda de mortalidade e maior chance de sobrevida das mulheres, com muito menos eventos adversos Silva GA. Câncer de mama no Brasil: estratégias para o seu enfrentamento. Cad. Saúde Pública, 2012;28 (1):04-06. Jørgensen KJ, Zahl PH, Gøtzsche P. Breast cancer mortality in organised mammography screening in Denmark: comparative study. BMJ, 2010;340: c1241, doi:10.1136/bmj.c1241. Bleyer A, Welch G. Effect of Three Decades of Screening Mammography on Breast-Cancer Incidence. N Engl J Med, 2012;.367:1998-2005,. doi: 10.1056/NEJMoa1206809 Welch HG, Schwartz l, Wolosin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston (USA): Beacon Press, 2011. Gøtzsche PC, Jørgensen KJ. Screening for breast cancer with mammography (Review). The Cochrane Collaboration. The Cochrane Library. 2013, Issue 6. doi: 10.1002/14651858.CD001877.

Exame de rastreamento do câncer de mama Mamografia Bilateral No Brasil, para atingir a cobertura de 70% da população feminina (SUS-dependente) na faixa etária preconizada, devem ser realizadas 4.089.877 mamografias para rastreamento a essa população. Apesar do crescimento de mamografias ao longo dos últimos anos, em 2013, o Brasil realizou 4.605.588 mamografias de rastreamento, destas apenas 50% (2.295.946) foram realizadas na população alvo, sendo que os outros 50% foram realizadas em faixas etárias sem evidência científica de impacto na mortalidade. Esta situação está ocorrendo desde 2010. 3.035.421 Produção de Mamografia Bilateral Total e na Faixa Etária de 50 a 69 anos 3.558.462 3.977.083 4.231.825 1.547.411 1.848.900 2.102.133 2.295.946 Mamografia B. Total Mamografia B. Total Mamografia B. Total Mamografia B. Faixa Mamografia B. Total Mamografia B. Faixa Mamografia B. Total 2010 2011 2012 2013 Mamografia B. Faixa

Exame de rastreamento do câncer de mama Mamografia Bilateral Mudanças diante do contexto: Publicam-se duas portarias 1ª. Novembro/2013 (Portaria 1.253), que passa a pagar pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação FAEC apenas as mamografias bilaterais na faixa etária correta de rastreamento, não precisando de pedido médico. 2ª. Fevereiro/2013 (Portaria 126), que apenas tira o nome unilateral do procedimento de mamografia diagnóstica, devido à confusão feita pelos meios de comunicação. Vale lembrar que todas as mulheres, independente da idade, podem realizar o exame de mamografia bilateral ou unilateral conforme indicação médica (por exemplo, mulheres fora da faixa etária, porém com risco para câncer de mama aumentado). A mamografia uni ou bilateral em outras faixas etárias é financiada com recurso do Componente Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar MAC dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Caso algum estado ou município necessite de aumento do limite financeiro MAC, o Ministério da Saúde está disponível para revê-lo

Financiamento da mamografia pelo SUS No SUS, existem dois procedimentos de mamografia, são eles: Mamografia - 02.04.03.003-0 - Exame radiológico com a finalidade de avaliação periódica de mulheres de alto risco de câncer de mama, diagnóstico em mulheres com mamas alteradas ao exame clínico, estadiamento (avaliação da extensão de um tumor maligno já diagnosticado) e acompanhamento de doente operado de câncer de mama. Pode ser realizada unilateralmente ou bilateralmente e aplica-se a homens e mulheres, em qualquer faixa etária. É procedida conforme a indicação e solicitação médicas. Mamografia bilateral para rastreamento - 02.04.03.018-8 Exame radiológico com a finalidade de rastreamento do câncer de mama entre mulheres assintomáticas, sem diagnóstico prévio de câncer de mama e com mamas sem alterações ao exame clínico, conforme os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. É um exame bilateral e aplica-se prioritariamente a mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos de idade, com periodicidade bianual, conforme os critérios do Programa Nacional de Controle do Câncer de Mama, do Ministério da Saúde. Todas as mulheres, independente da idade, podem realizar esse exame, quando indicado por um médico. Aplica-se prioritariamente a mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos de idade, com periodicidade bianual, pois é a faixa etária na qual há maior efetividade na prevenção.

Portanto não há restrição de idade para realização do exame de mamografia, sendo que o mesmo será realizado para fins de rastreamento prioritariamente para as mulheres entre 50 e 69 anos. Todas as demais mulheres que tiverem indicação médica para realização de mamografia tem acesso garantido aos procedimentos disponíveis pelo SUS.

O QUE O MS TEM FEITO? O que o MS tem feito? Atos normativos e regulatórios Novo Sistema de Informação Atenção Básica: Reforço da prevenção e diagnóstico precoce (câncer de colo de útero e câncer de mama): Cadernos de Atenção Básica Programa nacional de melhoria do acesso e da qualidade Atenção Especializada (ambulatorial e hospitalar): Ampliação dos serviços de diagnóstico precoce e tratamento Continuidade da elaboração de PCDTs Incorporação de Medicamentos Oncológicos Habilitação de novos hospitais Convênios e plano de expansão para compra de soluções da Radioterapia

Atos normativos e regulatórios 1. Programa Nacional de Qualidade em Mamografia - Portaria nº 2.898, de 28 de novembro de 2013. 2. Serviço de Referência para Diagnóstico de Câncer de Mama/SDM e Serviço de Referência para Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer do Colo de Útero/SRC - Portaria Nº189, de 31 de janeiro de 2014. 3. Mamografia Móvel - Portaria SAS nº 827 de julho de 2013 (incremento de 44,88%).

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO CÂNCER Primeiro sistema nacional a integrar todos as informações do paciente de câncer no Brasil Única base de dados para todos os tipos de câncer - integração Siscolo (1999) e Sismama (2009) Acompanhamento do atendimento de cada paciente Padronização de laudos: comparação de resultados Avaliação (serviço, programa, rede)

Serviço de Referência para o Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo de Útero (SRC) e de Mama (SDM) Portaria GM nº 189, de 31 de janeiro de 2014 São serviços de saúde com habilitação específica, que possuem estrutura mínima, tanto de equipamentos quanto de profissionais, necessária para realizar procedimentos com finalidade diagnóstica e terapêutica dos cânceres do colo do útero e de mama. Estes serviços atuarão como pontos de atenção imprescindíveis na linha de cuidado do câncer do colo do útero e de mama, de maneira integrada à Rede de Atenção a Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, visando à integralidade do cuidado dos usuários do SUS. Esses serviços deverão realizar, minimamente, um rol específico de procedimentos, de acordo com o tipo de habilitação. Dessa forma o usuário que acessar esse serviço poderá realizar todos os procedimentos mínimos, em um só local. Não se trata de um novo serviço. Estabelecimentos de saúde que atualmente, realizam alguns dos procedimentos mínimos, podem se adequar para atender Às exigências e, com isso solicitar a habilitação.

Procedimentos que devem ser realizados SRC Coleta de material p/ exame citopatológico de colo uterino Colposcopia Biópsia do colo uterino Exerese da zona de transformação do colo uterino Ultrassonografia pelvica (ginecologica) Ultrassonografia transvaginal SDM Biópsia/exérese de nódulo de mama Mamografia bilateral para rastreamento Mamografia unilateral Punção aspirativa de mama por agulha fina Punção de mama por agulha grossa Ultrassonografia mamária bilateral

Proposta SDM e SRC - Portaria GM nº189, de 31 de janeiro de 2014 SDM Hoje é possível reconhecer através dos sistemas de informação do Ministério da Saúde que 19 serviço já podem solicitar habilitação como SDM, pois realizam o rol mínimo de procedimentos exigido na portaria. Estado Quantidade de Estabelecimentos AM 1 BA 1 CE 2 ES 1 PE 2 PI 1 PR 2 RS 1 SC 1 SP 7 Total 19

PORTARIA SAS N. 827, DE 23 DE JULHO DE 2013 ESTABELECE INCREMENTO DE 44,88% PARA AS MAMOGRAFIAS REALIZADAS EM UNIDADES MÓVEIS. Programa de Mamografia Móvel Exame mamográfico realizado por unidade móvel de saúde com o objetivo de identificar e rastrear alterações relacionadas ao câncer de mama, em todo território nacional. Aumentar a cobertura mamográfica em todo território nacional, prioritariamente nas mulheres de 50 aos 69 anos. Garantir o fornecimento regular do exame mamográfico às mulheres na faixa etária prioritária, elegíveis para o rastreamento do câncer de mama, bienalmente. Prevê valor diferenciado de R$65,20, para as análises feitas em mamógrafos móveis, além de fixar a porcentagem desses exames para cada região.

Programa Nacional Qualidade em Mamografia - PNQM O PNQM tem por objetivo avaliar o desempenho da prestação dos serviços de diagnóstico por imagem que realizam mamografia, com base em critérios e parâmetros referentes à qualidade da estrutura, do processo, dos resultados, imagem clínica e do laudo. Estabelecer critérios e parâmetros de qualidade para subsidiar o gestor no credenciamento e descredenciamento de prestadores de serviços. A avaliação e o monitoramento do PNQM serão realizados pela SAS/MS, anualmente, a partir das informações fornecidas e pela ANVISA e pelo INCA/SAS/MS no exercício das atribuições de que trata esta Portaria sendo que a validade da avaliação pela ANVISA é anual e a do INCA trienal.

AMPLIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE RADIOTERAPIA Plano de Expansão da Radioterapia no SUS - 80 novas soluções Licitação finalizada no dia 21/10 R$ 506 milhões MAIS - 27 convênios em execução de obras e implantação de equipamentos

DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS EM ONCOLOGIA R E S U M O (ATUALIZADO 30/09/2013) 24 programadas (20 novas) 08 publicadas em portaria (em 2012) 03 publicadas em portaria (em 2013) 02 Consulta Pública/2013 Nº DDT - Onco CP PRÉVIA 1 Câncer de Ovário 2 Câncer de Estômago Protocolos e Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas em Oncologia Atualizado em 30 de setembro de 2013 CP SAS Nº 3, de 25/11/2011. CP SAS Nº 06, de 15/06/2012. PORTARIA ANTERIOR VIGENTE STATUS PT SAS Nº 458, de 21/05/2012. PT SAS Nº 505 de 06/05/2013. 3 Câncer não melanótico de Pele Discutir pendências CP SAS Nº 07, de 4 Melanoma Cutâneo 03/08/2012. PT SAS Nº 357, de 08/04/2013. 5 Tumores Neuroendócrinos Discutir pendências 6 Tumor do Estroma Gastrointestinal (GIST) PT GM Nº 1.655/2002 GE 7 Câncer de Próstata PT SAS Nº 421/2010 GE 8 Câncer de Esôfago GE 9 Câncer Colo e Reto CP SAS Nº 26, de 25/08/2010. PT SAS Nº 601, de 26/06/2012. 10 Câncer de Fígado no Adulto CP SAS Nº27, de 25/08/2010. PT SAS Nº 602, de 26/06/2012. 11 Câncer de Pulmão CP SAS Nº28, de 25/08/2010. PT SAS Nº 600, de 26/06/2012. 12 Tumor Cerebral no Adulto CP SAS Nº30, de 25/08/2010. PT SAS Nº 599, de 26/06/2012. 13 Câncer de Cabeça e Pescoço GE 14 Câncer de Rim GE 15 Linfoma Indolente GE 16 LMC - Leucemia Mieloide Crônica - adultos PT SAS Nº 649/2008 CP SAS Nº 09, de 08/05/2013. 17 Câncer de Mama GE 18 Mieloma Múltiplo GE 19 LMA - Leucemia Mieloide Aguda - todas as idades GE 20 Carcinoma Diferenciado de Tireóide PT SAS Nº 466/2007 CP SAS Nº 12, de 04/06/2013. 21 LLA Ph+ - Adultos 22 Linfoma Difuso de Grandes Células B 23 LMC - Crianças e Adolescentes 24 LLA Ph+ - Crianças e Adolescentes CP SAS Nº 03, de 08/02/2013. CP SAS Nº 29, de 25/08/2010. CP SAS Nº 2, de 25/11/2011. CP SAS Nº 4, de 25/11/2011. PT SAS Nº 312, de 27/03/2013. PT SAS Nº 621, de 05/07/2012. PT SAS Nº 114, de 10/02/2012. PT SAS Nº 115, de 10/02/2012.

INCORPORAÇÃO DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTO MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS VALOR DA AQUISIÇÃO DE 2011 VALOR DA AQUISIÇÃO DE 2012 VALOR DA AQUISIÇÃO DE 2013 ASPARAGINASE 10.000UI R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 17.640.790,00 MESILATO DE IMATINIBE 100MG MESILATO DE IMATINIBE 400MG R$ 14.388.276,00 R$ 25.923.864,00 R$ 4.694.080,80 R$ 176.881.488,00 R$ 187.528.392,00 R$ 137.067.579,60 TRASTUZAMABE 150MG R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 94.137.267,87 TRASTUZAMABE 440MG R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 65.201.690,40 Total R$ 191.269.764,00 R$ 213.452.256,00 R$ 318.741.408,67

GASTOS EM ONCOLOGIA Período:2012 Forma organização Qtd.aprovada Valor_aprovado Radioterapia 9.623.688 366.105.219,82 Quimioterapia 2.757.661 1.680.406.968,60 Cirurgia em oncologia 248.723 527.673.062,18 Total 12.630.072 2.574.185.250,60 Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) TOTAL : 2.574.185.250,60

OBRIGADA! Coordenação Geral de Atenção as Pessoas com Doenças Crônicas Departamento de Atenção Especializada e Temática Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde rede.cronicas@saude.gov.br Tel. (61) 3315-9052