do ar, aju dando a reduzir o efeito estufa. Desvantagem: Diminuição da biodiversidade em conseqüência da monocultura.



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Transcrição:

UNESP BIOLOGIA 1 Pesquisas recentes indicam que alguns dos efeitos mais visíveis do desaparecimento da floresta amazônica seriam as alterações no regime de chuvas, com impactos na produção agrícola e na matriz energética do país. Justifique por que haveria alterações no regime de chuvas e qual a relação destas com o sistema energético do país. O desmatamento altera o ciclo da água na Amazônia reduzindo o processo de evapo-transpiração, o que acarreta diminuição da formação de nuvens e, conseqüentemente, de chuvas, podendo levar à desertificação. O sistema energético do país baseia-se fundamentalmente nas usinas hidrelétricas o que poderia, com a falta de chuvas, gerar redução no fornecimento de energia. 2 A revista Veja, em um número especial sobre a Ama - zônia, publicou em 2008 matéria de onde foi extraído o seguinte trecho: Uma boa medida para diminuir a pressão sobre as matas seria mudar a lei e permitir que sejam plantadas espécies exóticas, como o eucalipto, nas propriedades que desmataram além do limite de 20%. Reflorestar com árvores exóticas dá retorno econômico e é tecni - camente viável, diz Francisco Graziano, secretário do Meio Ambiente de São Paulo. Além dos aspectos econômicos e técnicos tratados no texto, cite uma vantagem e uma desvantagem, do ponto de vista ecológico, de se recuperar áreas desmatadas da região amazônica com espécies vegetais exóticas. Vantagem: O plantio de vegetação exótica ga - rante a cobertura vegetal do solo e o ciclo da água. Durante o crescimento as plantas retiram o CO 2 do ar, aju dando a reduzir o efeito estufa. Desvantagem: Diminuição da biodiversidade em conseqüência da monocultura. UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

3 Observe a figura. (http://images.google.com.br/. Adaptado.) A figura sugere que as árvores, e por implicação a floresta amazônica, representam o pulmão do mundo e seriam responsáveis pela maior parte do oxigênio que respiramos. No que se refere à troca de gases com a atmosfera, podemos dizer que as árvores têm função análoga à do pulmão dos vertebrados e são produtoras da maior parte do oxigênio que respiramos? Justifique sua resposta. Como a floresta amazônica é uma comunidade clí - max, está em equilíbrio com o ambiente e, portanto, não é o pulmão do mundo. Estando em equilíbrio, todo O 2 produzido na atividade fotossin tética amazô - nica é consumido pelos seres aeróbios da própria floresta. Em relação à respiração podemos afirmar que a árvore é análoga ao pulmão dos vertebrados porque ambos retiram O 2 do ar atmosférico e fornecem CO 2 ao mesmo. Em relação à fotossíntese a planta não é análoga ao pulmão dos vertebrados porque ela retira CO 2 do ar e fornece O 2 ao mesmo. O produtor da maior parte do oxigênio que respira - mos é o fitoplâncton. 4 Em várias cidades brasileiras, a população conta com um serviço de coleta seletiva de lixo, o que permite que vidros, plásticos e papéis, entre outros, possam ser reci - clados. Porém, em muitas dessas cidades o lixo orgânico não é reaproveitado, sendo depositado em lixões ou aterros sanitários. Uma alternativa para o aproveita - mento desse tipo de lixo seria encaminhá-lo para usinas de compostagem. No que consiste o tratamento do lixo orgânico em usinas de compostagem e que produtos podem ser obtidos a partir desse tratamento? Nas usinas de compostagem o lixo orgânico serve de alimento para organismos detritívoros como minho - cas, além de ser decomposto por microorganismos como bactérias e fungos. Conseqüentemente, será produzido um composto rico em nutrientes minerais que será utilizado como adubo. UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

5 Suponha que aminoácidos que entram na composição das enzimas digestivas de um macrófago tenham sido mar - cados com isótopos radioativos, o que permite acom panhar seu trajeto pela célula. Em que organela do ma crófago haverá maior concentração desses aminoáci dos? Justifique. A maior concentração de aminoácidos marcados será encontrada nos lisossomos. Estes organóides possuem enzimas digestórias no seu interior. 6 Melanina é um tipo de pigmento protéico produzido pelos melanócitos, células da camada basal da epiderme. Clorofila é a designação de um grupo de pigmentos presentes nos cloroplastos das plantas, conferindo-lhes a cor verde. Mutações nos genes que participam das vias biossin - téticas desses pigmentos podem comprometer sua produção, resultando em indivíduos albinos. Um animal albino pode crescer e se reproduzir; uma planta albina, contudo, não pode sobreviver. Explique por que um animal albino é viável, enquanto uma planta albina não. Animais são seres heterótrofos, portanto, se alimen tam de produtos orgânicos do meio. Plantas são autótrofos, necessitam de clorofila para realizar a fotossíntese. Na ausência do pigmento, a planta não consegue produzir a sua matéria orgânica e morre. 7 Um cientista analisou a seqüência de bases nitrogenadas do DNA de uma bactéria e verificou que era formada pelos códons AGA-CAA-AAA-CCG-AAT. Verificou também que a seqüência de aminoácidos no polipeptídio cor res - pondente era serina-valina-fenilalanina-glicina-leucina. Ao analisar o mesmo segmento de DNA de outra bac - téria da mesma colônia, verificou que a seqüência de bases era AGA-CAA-AAG-CCG-AAT, porém não veri - ficou qualquer alteração na composição de aminoácidos da cadeia polipeptídica. Como você explica o fato de bactérias de uma mesma colônia apresentarem, para o mesmo segmento de DNA, diferentes seqüências de bases e o fato dessas bactérias apresentarem a mesma composição de aminoácidos na cadeia polipeptídica correspondente? A diferença observada na seqüência de bases nitrogenadas do DNA de bactérias distintas deve-se ao fato de que ocorreu mutação por transição, isto é, a troca de uma adenina (A) por guanina (G) no terceiro códon. Em razão da degeneração do código genético, dife - rentes seqüências de nucleotídeos especificam o mesmo ami noácido durante a síntese ribossômica das proteínas celulares. UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

8 Observe a figura. (Fernando Gonsales, Fliti. Modificado.) Alguns inseticidas contêm organofosforados e carbam atos, que inibem no organismo a ação da acetilcolinesterase, enzima que degrada a acetilcolina. Aplicado na forma de aerossóis, o produto se espalha melhor, atingindo um maior número de indivíduos. Levado pelas traquéias ou absorvido pela superfície corporal dos insetos, o prin - cípio ativo do inseticida chega aos tecidos, onde exerce sua ação. Que tecido ou sistema fisiológico é alvo da ação do inseticida e por que esse sistema entra em colapso, provocando a morte do inseto? O alvo do inseticida é o sistema nervoso da barata. A acetilcolina é um neuro-hormônio que atua na trans - missão do impulso na sinapse. Após a transmissão do impulso é fundamental ocorrer a destruição desse neurotransmissor. Como o inseticida impede a de - gradação desse mediador químico, o sistema nervoso entra em colapso, provocando a morte do animal. 9 VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE SP INTERDITA LOTES DE ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL. O Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde de São Paulo decidiu proibir a comercialização e o uso de três lotes de determinado anticoncepcional injetável, à base de medroxiprogesterona, um hormônio sintético que, se administrado na dose recomendada, inibe a se - creção dos hormônios FSH e LH pelo organismo feminino. Análises feitas pelo Instituto Adolfo Lutz apontaram que ampolas do produto contêm menor quantidade hormonal do que o previsto. Na prática, isso coloca em risco a eficácia do medicamento na prevenção da gravidez. (Folha de S.Paulo, 08.11.2007.) Do ponto de vista fisiológico, explique por que o medi - camento com quantidades menores de medroxiproges - terona, interditado pela Vigilância Sanitária, coloca em risco a eficácia na prevenção da gravidez. Se a dose de medroxiprogesterona administrada for menor que a recomendada, não inibirá a secreção de FSH e LH, hormônios responsáveis pela maturação do folículo ovariano e ovulação, colocando em risco a eficácia na prevenção da gravidez. UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

10 João, com o sobrenome de Limeira, agrediu e insultou a moça, irritado naturalmente com os seus desdéns. Martinha recolheu-se à casa. Nova agressão, à porta. Martinha, indignada, mas ainda prudente, disse ao importuno: Não se aproxime, que eu lhe furo. João Limeira aproximou-se, ela deu-lhe uma punhalada, que o matou instantaneamente. (Machado de Assis. O punhal de Martinha, 1894.) Perfurações no tórax, provocadas por objetos pontiagu - dos como facas e punhais, ainda que não atinjam qual - quer órgão vital, se permanecerem abertas podem matar o sujeito por asfixia. Explique por que isso pode ocorrer. Perfurações no tórax podem ocasionar a entrada de ar, equilibrando as pressões interna e externa, comprometendo a ventilação pulmonar e levando à morte por asfixia. QUÍMICA 11 O governo escolheu a floresta Amazônica como uma das áreas prioritárias para assentar milhares de famílias. Essa política agrária tem provocado devastação. Hoje, observam-se imensas áreas com árvores que se tornaram tocos carbonizados. Pesquisadores afirmam que os assentamentos já respondem por uma considerável área do desmatamento na floresta. Suponha que uma tora de jatobá apresente o volume de 8 x 10 6 cm 3. Considere, simplificadamente, que o jatobá tenha a fórmula empírica CH 2 O e densidade igual a 0,72 g.cm 3. A partir da equação balanceada da reação de combustão completa do jatobá, calcule o volume de dióxido de carbono produzido (a 25ºC, 1 atm) por essa tora de madeira. Massas molares, em g.mol 1 : H = 1, C = 12, O = 16. Volume molar de gás (25ºC, 1 atm) = 25,0 L.mol 1. Cálculo da massa de jatobá: 0,72g de jatobá 1 cm 3 x 8. 10 6 cm 3 x = 5,76. 10 6 g Cálculo do volume do dióxido de carbono produzido: (CH 2 O) n + no 2 nco 2 + nh 2 O n. 30g n. 25L 5,76. 10 6 g y y = 5,76. 10 6. /n. 25 /n. 30 y = 4,8. 10 6 L de CO 2 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

12 O dióxido de carbono e o dióxido de nitrogênio são dois gases de propriedades bem diferentes. Por exemplo: no primeiro, as moléculas são sempre monoméricas; no segundo, em temperatura adequada, as moléculas com - binam-se duas a duas, originando dímeros. Com base nas fórmulas de Lewis, explique esta diferença de com - portamento entre o dióxido de carbono e o dióxido de nitrogênio. Números atômicos: C = 6; N = 7; O = 8. Configurações eletrônicas: C: 1s 2 2s 2 2p 2 ; N: 1s 2 2s 2 2p 3 ; O: 1s 2 2s 2 2p 4 As moléculas do CO 2 são sempre monoméricas, pois os átomos de carbono e de oxigênio não têm elétron desemparelhado, ou seja, os átomos estão estabili zados. O C O As moléculas de NO 2 combinam-se duas a duas ori - ginando dímeros, pois o átomo de nitrogênio tem um elétron desemparelhado disponível para a ligação. A molécula de NO 2 é denominada molécula ímpar. O N O A equação química do processo: O 2 N + NO 2 O 2 N NO 2 ou 2NO 2 N 2 O 4 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

13 Um tipo bastante importante de reação química são as de decomposição, reações nas quais uma única substância reagente origina como produto duas ou mais substâncias. Considerando as reações de decomposição I, II e III, identifique os produtos A, B, D e E. luz I: H 2 O 2 (l) A (l) + B (g) calor II: CaCO 3 (s) C (s) + D (g) corrente III: H 2 O (l) E (g) + B (g) elétrica I. Decomposição do peróxido de hidrogênio: luz H 2 O 2 (l) H 2 O(l) + 1/2O 2 (g) A B II.Decomposição do carbonato de cálcio: calor CaCO 3 (s) CaO(s) + CO 2 (g) C D III. Decomposição da água: corrente H 2 O(l) elétrica H 2 (g) + 1/2O 2 (g) E B A: H 2 O B: O 2 C: CaO D: CO 2 E: H 2 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

14 Os cálculos renais são usualmente constituídos por oxalatos minerais. A precipitação deste sal no organismo ocorre sempre que a concentração do íon oxalato aumenta muito no plasma sanguíneo. Uma amostra de plasma sanguíneo contém, entre outros solutos, as seguintes concentrações de cátions solúveis: [Mg +2 ] = 8,6 x 10 4 mol.l 1 e [Ca +2 ] = 2,5 x 10 3 mol.l 1. Determine a ordem em que cada íon precipita com a adição de oxalato de sódio sólido. Calcule a con - 2 centração molar de C 2 O 4 quando a precipitação de cada um deles começar. Considere que não haja variação de volume com a adição de oxalato de sódio sólido. Dados: K PS (MgC 2 O 4 ) = 8,6 x 10 5 (a 25ºC). K PS (CaC 2 O 4 ) = 2,6 x 10 9 (a 25 ºC). A substância começa a precipitar-se quando o pro - duto das con centrações de íons na solução atingir o valor do K PS. Irá precipitar-se primeiramente o sal menos solúvel, no caso o que apresenta menor valor de K PS (Ca C 2 O 4, oxalato de cálcio; K PS = 2,6. 10 9 a 25 C). Continuando a adição de oxalato de sódio, ocorrerá a precipitação do MgC 2 O 4 (maior valor de K PS : 8,6. 10 5 a 25 C) Equações de precipitação: Ca 2+ (aq) + C 2 O 2 4 (aq) CaC 2 O 4 (s) Mg 2+ (aq) + C 2 O 2 4 (aq) MgC 2 O 4 (s) Cálculo da concentração de C 2 O 2 4 para iniciar a preci pitação de CaC 2 O 4 : CaC 2 O 4 (s) Ca2+ (aq) + C 2 O 2 4 (aq) K PS = [Ca 2+ ]. [C 2 O 2 4 ] 2,6. 10 9 = 2,5. 10 3 [C 2 O 2 4 ] [C 2 O 2 4 ] = 1,04. 10 6 mol/l Quando a concentração de íons C 2 O 2 4 atingir o valor de 1,04. 10 6 mol/l pela adição de Na 2 C 2 O 4, começa a precipitar-se o CaC 2 O 4. Continuan do a adição de Na 2 C 2 O 4, irá começar a precipitar-se MgC 2 O 4 quando: MgC 2 O 4 (s) Mg2+ (aq) + C 2 O 2 4 (aq) K PS = [Mg 2+ ]. [C 2 O 2 4 ] 8,6. 10 5 = 8,6. 10 4 [C 2 O 2 4 ] [C 2 O 2 4 ] = 1,0. 10 1 mol/l Quando a concentração de [C 2 O 2 4 ] atingir o valor 1,0. 10 1 mol/l, inicia-se a precipitação do MgC 2 O 4. UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

15 O iodo é um elemento menos abundante que os halo - gênios mais leves. Na forma molecular, é muito utilizado na indústria farmacêutica, para produção de medi - camentos, e também na tintura de iodo como antiséptico. Atualmente, o maior produtor é o Japão, onde é encontrado como iodetos nos poços de salmouras naturais, em concentrações de até 100 ppm. É possível obter o iodo, a partir das salmouras naturais, borbulhando-se cloro gasoso. Justifique por que e escreva as equações que representam o processo. Dados: Cl 2 (g) + 2e 2 Cl (aq) E 0 = 1,36V I 2 (s) + 2e 2 I (aq) E 0 = 0,53V Borbulhando-se cloro gasoso numa solução aquosa de iodeto (I ), o gás cloro vai sofrer redução (apre sen - ta maior potencial de redução) e o íon iodeto vai sofrer oxidação (apresenta maior potencial de oxi - dação). As equações que representam o processo são: Cl 2 (g) + 2e 2Cl (aq) E 0 red = 1,36V 2I (aq) I 2 (s) + 2e E 0 oxi = 0,53V Cl 2 (g) + 2I (aq) I 2 (s) + 2Cl (aq) E 0 = 0,83V Como E 0 > 0, o processo citado é espontâneo nas condições citadas. UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

16 O que ocorreu com a seringueira, no final do século XIX e início do XX, quando o látex era retirado das árvores nativas sem preocupação com o seu cultivo, ocorre hoje com o pau-rosa, árvore típica da Amazônia, de cuja casca se extrai um óleo rico em linalol, fixador de perfumes cobiçado pela indústria de cosméticos. Diferente da seringueira, que explorada racionalmente pode produzir látex por décadas, a árvore do pau-rosa precisa ser abatida para a extração do óleo da casca. Para se obter 180 litros de essência de pau-rosa, são necessárias de quinze a vinte toneladas dessa madeira, o que equivale à derrubada de cerca de mil árvores. Além do linalol, outras substâncias constituem o óleo essencial de pau-rosa, entre elas: I II III Considerando as fórmulas estruturais das substâncias I, II e III, classifique cada uma quanto à classe funcional a que pertencem. Represente a estrutura do produto da adição de 1 mol de água, em meio ácido, também conhe - cida como reação de hidratação, à substância alfaterpineol. A reação de hidratação da substância alfa-terpineol é: UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

FÍSICA 17 O buriti é uma palmeira alta, comum no Brasil central e no sul da planície amazônica. Para avaliar a altura de uma dessas palmeiras, um pesquisador provoca a queda de alguns de seus frutos e cronometra o tempo em que ela ocorre, obtendo valores compreendidos entre 1,9 s e 2,1 s. Desprezando a resistência do ar exercida sobre os frutos em queda, determine as alturas máxima e mínima de onde eles caíram. Adote g = 10 m/s 2. Na queda livre do fruto, temos: s = V 0 t + γ 2 10 H = 0 + t 2 2 t 2 (MUV) H = 5t 2 t 1 = 1,9s H 1 = 5. (1,9) 2 (m) H 1 18m t 2 = 2,1s H 2 = 5. (2,1) 2 (m) H 2 22m Respostas: H mín 18m H máx 22m 18 Segundo informação da empresa fabricante, um trator florestal (Trator Florestal de Rodas 545C) é capaz de arrastar toras por meio do seu cabo exercendo sobre elas uma força de módulo 2,0. 10 5 N, com velocidade cons tante de módulo 2,0 m/s. Desprezando a massa do cabo e supondo que a força por ele exercida seja horizontal e paralela ao solo, determine a potência útil desenvolvida pelo trator. A potência útil do motor é dada por: Pot u = F V cosθ Para θ = 0, F = 2,0. 10 5 N e V = 2,0m/s, temos: Pot u = 2,0. 10 5. 2,0 (W) Pot u = 4,0. 10 5 W Resposta: 4,0. 10 5 W UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

19 As constantes termodinâmicas da madeira são muito variá veis e dependem de inúmeros fatores. No caso da condutividade térmica (k m ), um valor aceitável é k m = 0,15 W/(m.ºC), para madeiras com cerca de 12% de umidade. Uma porta dessa madeira, de espessura d = 3,0. 10 2 m e área S = 2,0 m 2, separa dois ambientes a temperaturas de 20ºC e 30ºC. Qual o intervalo de tempo necessário para que 300 J de calor atravessem essa porta, de um ambiente para outro, supondo que, durante a transferência de calor, as temperaturas dos ambientes não se alterem? Expressão do fluxo de calor, em unidades do SI: Q S T = k, onde t é o tempo e T é a variação de temperatura. t d Utilizando-se a expressão da transferência de calor de Fourier, dada na questão, temos: Q S T = k t d Substituindo-se os valores, já em unidades compa - tíveis, vem: 300 t 2,0. (30 20) =. 0,15 3,0. 10 2 t = 3,0s Resposta: 3,0s UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

20 Desde maio de 2008 o IBAMA recebe imagens do ALOS, um satélite japonês de sensoriamento remoto que orbita a cerca de 700 km da superfície da Terra. Suponha que o sistema óptico desse satélite conjugue imagens nítidas no seu sensor quando este se localiza 4,0 cm atrás da lente (objetiva) e seja capaz de fotografar áreas qua - dradas do solo com, no mínimo, 900 m 2, corres pondente a um pixel (elemento unitário de imagem) do sensor óptico da câmara. Qual a distância focal dessa lente e a área de cada pixel sobre a qual a imagem da superfície da Terra é conjugada? (I)Equação de Gauss: 1 f 1 = + p 1 p Com p = 4,0cm e p = 700km = 7,0. 10 7 cm, calcu - lemos a distância focal (f) da lente do equipamento óptico do satélite 1 1 1 = + f 7,0. 10 7 4,0 f 4,0cm Parcela desprezível (II) Uma área de 900m 2 pode corresponder à de uma superfície quadrada de 30m = 3000cm de lado. Os triângulos destacados na figura são semelhan - tes, logo: L 4,0cm = L 1,7. 10 4 cm 3000cm 7,0. 10 7 cm A área A correspondente a um pixel é dada por: A = L 2 A = (1,7. 10 4 ) 2 (cm 2 ) A 2,9. 10 8 cm 2 Respostas: f 4,0cm A 2,9. 10 8 cm 2 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

21 Parte de uma espira condutora está imersa em um campo magnético constante e uniforme, perpendicular ao plano que a contém. Uma das extremidades de uma mola de constante elástica k = 2,5 N/m está presa a um apoio externo isolado e a outra a um lado dessa espira, que mede 10 cm de comprimento. Inicialmente não há corrente na espira e a mola não está distendida nem comprimida. Quando uma corrente elétrica de intensidade i = 0,50 A percorre a espira, no sentido horário, ela se move e desloca de 1,0 cm a extremidade móvel da mola para a direita. Determine o módulo e o sentido do campo magnético. Quando a corrente elétrica, de intensidade i = 0,50A, percorreu a espira no sentido horário, surgiu sobre o lado da espira de 10cm de comprimento, imerso no campo magnético, uma força magnética F m horizontal para a direita (conforme ilustra a figura a seguir) e distendeu a mola. Na situação de equilíbrio, temos: F m = F mola Bi senθ = k x B. 0,50. 0,10. sen 90 = 2,5. 1,0. 10 2 B = 5,0. 10 1 T Utilizando-se a Regra de Fleming ( regra da mão es - quer da ), concluímos que o campo magnético é dirigido do plano do papel para o leitor ( B). Respostas: 5,0. 10 1 T, do plano do papel para o leitor. UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

MATEMÁTICA 22 A freqüência cardíaca de uma pessoa, FC, é detectada pela palpação das artérias radial ou carótida. A palpação é realizada pressionando-se levemente a artéria com o dedo médio e o indicador. Conta-se o número de pulsa - ções (batimentos cardíacos) que ocorrem no intervalo de um minuto (bpm). A freqüência de repouso, FCRep, é a freqüência obtida, em geral pela manhã, assim que despertamos, ainda na cama. A freqüência cardíaca máxima, FCMax, é o número mais alto de batimentos capaz de ser atingido por uma pessoa durante um minuto e é estimada pela fórmula FCMax = (220 x), onde x indica a idade do indivíduo em anos. A freqüência de reserva (ou de trabalho), FCRes, é, aproximadamente, a diferença entre FCMax e FCRep. Vamos denotar por FCT a freqüência cardíaca de treinamento de um indivíduo em uma determinada atividade física. É recomendável que essa freqüência esteja no intervalo 50%FCRes + FCRep FCT 85%FCRes + FCRep. Carlos tem 18 anos e sua freqüência cardíaca de repouso obtida foi FCRep = 65 bpm. Com base nos dados apresentados, calcule o intervalo da FCT de Carlos. Para Carlos, a freqüência cardíaca de repouso, FCRep, é 65 bpm, e a freqüência cardíaca máxima é FCMax = (220 18) bpm = 202 bpm. A freqüência de reserva é dada por FCRes = FCMax FCRep = (202 65) bpm = 137 bpm Desta forma, a freqüência cardíaca de treinamento, FCT, em bpm, é tal que: 50%. 137 + 65 FCT 85%. 137 + 65 133,5 FCT 181,45 Resposta: 133,5 FCT 181,45 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

23 Através de fotografias de satélites de certa região da floresta amazônica, pesquisadores fizeram um levan - tamento das áreas de floresta (F) e não floresta (D) dessa região, nos anos de 2004 e de 2006. Com base nos dados levantados, os pesquisadores elaboraram a seguinte matriz de probabilidades: Para F D De Por exemplo, a probabilidade de uma área de não flo - resta no ano de 2004 continuar a ser área de não floresta no ano de 2006 era 0,98. Supondo que a matriz de probabilidades se manteve a mesma do ano de 2006 para o ano de 2008, determine a probabilidade de uma área de floresta dessa região em 2004 passar a ser de não floresta em 2008. Sejam P a probabilidade de uma área de floresta em 2004 passar a ser de não floresta em 2008, P 1 a proba - bilidade de uma área de floresta em 2004 pas sar a ser de não floresta em 2006 e continuar sendo de não floresta em 2008, e P 2 a probabilidade de uma área de floresta em 2004 continuar de floresta em 2006 e passar a ser de não floresta em 2008. Desta forma, temos: F D P 1 = 0,05. 0,98 = 0,049, P 2 = 0,95. 0,05 = 0,0475 e P = P 1 + P 2 = 0,049 + 0,0475 = 0,0965 = 9,65% Resposta: 0,0965 = 9,65% 0,95 0,02 0,05 0,98 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

24 Há famílias que sobrevivem trabalhando na coleta de material para reciclagem, principalmente em cidades turísticas. Numa tal cidade, uma família trabalha diariamente na coleta de latas de alumínio. A quantidade (em quilogramas) que essa família coleta por dia varia, aumentando em finais de semana e feriados. Um matemático observou a quantidade de alumínio coletada por essa família durante dez dias consecutivos e modelou essa situação através da seguinte função π 2π f(x) = 10 + (x + 1) cos x, 3 3 onde f(x) indica a quantidade de alumínio, em quilogra - mas, coletada pela família no dia x, com 1 x 10, x inteiro positivo. Sabendo que f(x), nesse período, atinge seu valor máximo em um dos valores de x no qual a π 2π função cos x atinge seu máximo, deter - 3 3 mine o valor de x para o qual a quantidade coletada nesse período foi máxima e quantos quilos de alumínio foram coletados pela família nesse dia. O valor máximo de f(x) ocorre para π 2π cos. x = 1 3 3 π 2π.x = 0 + n. 2π (n ) 3 3 x = 2 + 6. n (n ) Sendo x inteiro positivo e 1 x 10, temos x = 2 ou x = 8, para os quais obtém-se f(2) = 10 + (2 + 1). 1 = 13 e f(8) = 10 + (8 + 1). 1 = 19 Para os valores obtidos conclui-se que a quantidade coletada foi máxima quando x = 8, e que a quantidade de alumínio cole tada pela família neste dia foi igual a 19 quilogramas. Resposta: x = 8; 19 quilogramas UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

25 Para calcular o volume de uma tora, na forma de um tronco de cone circular reto de altura h, uma fórmula utilizada pelo IBAMA é (A V I = B + A b ).h, 2 onde A B é a área da base maior e A b é a área da base me - nor. Por outro lado, uma fórmula utilizada por algu mas madeireiras é V M = A b.h. Nessas condições, considere uma tora de 4 metros de comprimento, raio da base menor 40 cm e raio da base maior 50 cm. Determine quanto, em porcentagem, o volume calculado pela madeireira é menor que o volume calculado pelo IBAMA para essa tora. 1º) O volume da tora, em metros cúbicos, calculado pela madeireira é: V M = π. (0,4) 2. 4 = 0,64π 2º) O volume da tora, em metros cúbicos, calculado pelo IBAMA é: [π. (0,5) 2 + π. (0,4) 2 ]. 4 V I = = 2 = (0,25π + 0,16π). 2 = 0,82π Assim: V I V M 0,82π 0,64π = = V I 0,82π 0,18π 9 = = 0,22 = 22% 0,82π 41 Resposta: Aproximadamente 22% UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA) - DEZ/2008

UNESP MATEMÁTICA 1 Em uma determinada região de floresta na qual, a prin - cípio, não havia nenhum desmatamento, registrou-se, no período de um ano, uma área desmatada de 3 km 2, e a partir daí, durante um determinado período, a quantidade de área desmatada a cada ano cresceu em progressão geométrica de razão 2. Assim, no segundo ano a área total desmatada era de 3 + 2. 3 = 9 km 2. Se a área total desmatada nessa região atingiu 381 km 2 nos n anos em que ocorreram desmatamentos, determine o valor de n. A quantidade de área desmatada a cada ano, em km 2, são os termos da progressão geométrica (3; 6; 12; 24; ). A área total desmatada nos n anos em que ocorreram desmatamentos, em km 2, é a soma dos n primeiros termos dessa progressão. Desta forma, a 3. [2 n 1 [q n 1] 1] S n = = = 381 q 1 2 1 2 n 1 = 127 2 n = 128 = 2 7 n = 7 Resposta: n = 7 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS EXATAS) - DEZ/2008

2 O número complexo z = a + bi é vértice de um triângulo eqüilátero, como mostra a figura. Sabendo que a área desse triângulo é igual a 36 3, determine z 2. Se o número complexo z = a + bi, com a > 0 é vértice de um triângulo eqüilátero, como mostra a figura, 2a 3 então b = = a 3 e, portanto, a área desse 2 2a. a 3 triângulo é = a 2 3 2 Pelo enunciado, temos: a 2 3 = 36 3 a = 6, pois a > 0 Se a = 6, então b = 6 3, z = 6 + 6 3 i z 2 = (6 + 6 3 i) 2 = 6 2 (1 + 3 i) 2 = = 36( 2 + 2 3 i) = 72 + 72 3 i Resposta: z 2 = 72 + 72 3 i UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS EXATAS) - DEZ/2008

3 Numa fazenda, havia 20% de área de floresta. Para aumentar essa área, o dono da fazenda decidiu iniciar um processo de reflorestamento. No planejamento do reflorestamento, foi elaborado um gráfico fornecendo a previsão da porcentagem de área de floresta na fazenda a cada ano, num período de dez anos. (gráfico fora de escala) Esse gráfico foi modelado pela função ax + 200 f(x) =, bx + c que fornece a porcentagem de área de floresta na fazenda a cada ano x, onde a, b e c são constantes reais. Com base no gráfico, determine as constantes a, b e c e reescreva a função f(x) com as constantes determinadas. Para x em anos e f(x) em porcentagem da área da flo - resta a cada ano, temos de acordo com o gráfico: f(0) = 20 200 = 20 c = 10 c f(6) = 50 6a + 200 = 50 6b + 10 f(10) = 60 10a + 200 = 60 10b + 10 6a + 200 = 300b + 500 10a + 200 = 600b + 600 c = 10 a 50b = 50 a 60b = 40 c = 10 a = 100 b = 1 c = 10 100x + 200 Portanto, f(x) = x + 10 Resposta: a = 100, b = 1 e c = 10 f(x) = 100x + 200 x + 10 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS EXATAS) - DEZ/2008

4 A altura h de um balão em relação ao solo foi observada durante certo tempo e modelada pela função h(t) = t 3 30t 2 + 243t + 24 com h(t) em metros e t em minutos. No instante t = 3 min o balão estava a 510 metros de altura. Determine em que outros instantes t a altura foi também de 510 m. Se a altura h é dada por h(t) = t 3 30 t 2 + 243t + 24 e h(3) = 510 então 3 é raiz da equação h(t) 510 = 0 Assim sendo: 1) h(t) 510 = t 3 30t 2 + 243t + 24 510 h(t) 510 = t 3 30t 2 + 243t 486 2) O polinômio t 3 30t 2 + 243t 486 é divisível por t 3 1 30 243 486 3 1 27 162 0 e portanto h(t) 510 = (t 3) (t 2 27t + 162) 3) As raízes da equação t 2 27t + 162 = 0 são 27 ± 9 t = t = 18 ou t = 9 2 4) Logo: h(t) = 510 h(t) 510 = 0 t = 3 ou t = 9 ou t = 18 Resposta: t = 9 e t = 18 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS EXATAS) - DEZ/2008

5 Através de fotografias de satélites de uma certa região da floresta amazônica, pesquisadores fizeram um levanta - mento das áreas de floresta (F), de terra exposta (T) e de água (A) desta região, nos anos de 2004 e de 2006. Com base nos dados levantados, os pesquisadores elaboraram a seguinte matriz de probabilidades: Para De Por exemplo, a probabilidade de uma área de água no ano de 2004 ser convertida em área de terra exposta no 3 ano de 2006 era de. Supondo que a matriz de 100 probabili dades se manteve a mesma do ano de 2006 para o ano de 2008, determine a probabilidade de uma área de floresta em 2004 ser convertida em uma área de terra exposta em 2008. Sejam: P: a probabilidade de uma área de floresta em 2004 ser convertida em uma área de terra exposta em 2008; P 1 : a probabilidade de uma área de floresta em 2004 continuar sendo de floresta em 2006 e passa a ser de terra exposta em 2008; P 2 : a probabilidade de uma área de floresta em 2004 pas sar a ser de terra exposta em 2006 e continuar a ser de terra exposta em 2008 e; P 3 : a probabilidade de uma área de floresta em 2004 passar a ser de água em 2006 e de ser de terra exposta em 2008. Assim temos, 95 4 380 P 1 =. =, 100 100 10 000 4 95 380 P 2 =. =, 100 100 10 000 1 3 3 P 3 =. = e 100 100 10 000 F T A F T A 4 100 95 100 2 100 1 100 95 100 3 100 1 100 3 100 96 100 380 380 3 P= P 1 + P 2 + P 3 = + + = 10 000 10 000 10 000 UNESP (PROVA DE CIÊNCIAS EXATAS) - DEZ/2008