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1. RELATÓRIO. 1.1 Consta do Auto de Infração, lavrado contra a empresa Chris Berton Lingerie Indústria Comércio Ltda. :

Interessados: RESPONSÁVEIS: João Paulo Bastos Hildebrandt e Paulo Macedo de Carvalho Mesquita

Transcrição:

GOVERNO DA PARAÍBA Secretaria de Estado da Receita Conselho de Recursos Fiscais Processo nº 116.404.2010-0 Acórdão 353/2014 Recurso HIE/CRF-303/2013 Recorrente: GERÊNCIA DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS. Recorrida: JOSÉ FRANCISCO DE MEDEIROS SEGUNDO. Preparadora: COLETORIA ESTADUAL DE MAMANGUAPE. Autuantes: ALEXANDRE SANTANA FERNANDES FREIRE. HELENA BEZERRA DE MEDEIROS. Relatora: CONSª. DOMENICA COUTINHO DE SOUZA FURTADO ERRO NA NATUREZA DA INFRAÇÃO. INTUITO COMERCIAL. AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE. RECURSO HIERÁRQUICO DESPROVIDO. Constatou-se um equívoco cometido pelos fazendários na descrição do fato infringente, que faz padecer de nulidade a peça acusatória, por caracterizar vício formal. Porém, provas acostadas pelo autuado, confirmaram a improcedência da autuação. Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc... A C O R D A M os membros deste Conselho de Recursos Fiscais, à unanimidade, e de acordo com o voto da relatora, pelo recebimento do Recurso Hierárquico, por regular, e quanto ao mérito, pelo seu DESPROVIMENTO, para manter a sentença exarada na instância monocrática que julgou IMPROCEDENTE o Auto de Infração e Apreensão Termo de Depósito n.º 4429, lavrado em 12/11/2010, contra JOSÉ FRANCISCO DE MEDEIROS SEGUNDO (CPF Nº 061.359.104-69), eximindo-o de quaisquer ônus oriundos do presente contencioso tributário. Desobrigado do Recurso Hierárquico, na expressão do art. 84, parágrafo único, IV, da Lei nº 10.094/13. P.R.E.

Continuação do Acórdão nº 353/2014 2 de 2014. Sala das Sessões Pres. Gildemar Pereira de Macedo, em 02 de outubro Domênica Coutinho de Souza Furtado Cons. Relator Gianni Cunha da Silveira Cavalcante Presidente Participaram do presente julgamento os Conselheiros, JOÃO LINCOLN DINIZ BORGES, MARIA DAS GRAÇAS DONATO DE OLIVEIRA LIMA, PATRÍCIA MÁRCIA DE ARRUDA BARBOSA, ROBERTO FARAIS DE ARAÚJO e FRANCISCO GOMES DE LIMA NETTO. Assessor Jurídico

Continuação do Acórdão nº 353/2014 3 GOVERNO DA PARAÍBA Secretaria de Estado da Receita Conselho de Recursos Fiscais PROCESSO Nº 1164042010-0 Recurso HIE /CRF N.º 303/ 2013 Recorrente: Recorrida: Preparadora: Autuantes: Relatora: GERÊNCIA DE JULGAMENTO DE PROCESSOS FISCAIS. JOSÉ FRANCISCO DE MEDEIROS SEGUNDO. COLETORIA ESTADUAL DE MAMANGUAPE. ALEXANDRE SANTANA FERNANDES FREIRE. HELENA BEZERRA DE MEDEIROS. CONSª. DOMENICA COUTINHO DE SOUZA FURTADO ERRO NA NATUREZA DA INFRAÇÃO. INTUITO COMERCIAL. AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE. RECURSO HIERÁRQUICO DESPROVIDO. Constatou-se um equívoco cometido pelos fazendários na descrição do fato infringente, que faz padecer de nulidade a peça acusatória, por caracterizar vício formal. Porém, provas acostadas pelo autuado, confirmaram a improcedência da autuação. Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc. RELATÓRIO Trata-se de Recurso Hierárquico, interposto nos termos do art. 80 da Lei nº 10.094/13, contra decisão monocrática que julgou IMPROCEDENTE o Auto de Infração e Apreensão Termo de Depósito nº 4429 (fl. 03), lavrado em 12/11/2010, contra JOSÉ FRANCISCO DE MEDEIROS SEGUNDO (CPF Nº 061.359.104-69), sob a acusação de transporte de mercadorias em quantidade que revela o intuito comercial, conforme a seguinte descrição dos fatos: O AUTUADO ACIMA QUALIFICADO ESTÁ SENDO ACUSADO DE EFETUAR O TRANSPORTE DE MERCADORIAS EM

Continuação do Acórdão nº 353/2014 4 QUANTIDADE QUE REVELA INTUITO COMERCIAL, DESTINADAS A CONTRIBUINTE NÃO INSCRITO NO CCICMS-PB, PARA REVENDÊ-LAS DENTRO DO TERRITÓRIO PARAIBANO, ONDE A OPERAÇÃO SUBSEQUENTE SERÁ REALIZADA SEM O RECOLHIMENTO DO IMPOSTO DEVIDO. A MERCADORIA ESTAVA SENDO TRANSPORTADA PELO VEICULO DE PLACA HYM5042/CE. Admitida a infringência aos arts. 27, 1º, 36, 119, I, 120, I, 610, 659, III, com fulcro no art. 38, IV, todos do RICMS/PB, aprovado pelo Decreto nº 18.930/97, foi exigido ICMS no valor de R$ 1.139,60 (mil cento e trinta e nove reais e sessenta centavos), e proposta aplicação de multa por infração no importe de R$ 1.139,60 (mil cento e trinta e nove reais e sessenta centavos), com fundamento no art. 82, II, alínea e da Lei nº 6.379/96, perfazendo o crédito tributário o montante de R$ 2.279,19. Instruem os autos ainda os seguintes documentos: notas fiscais apreendidas (fls. 6 e 7), documentos do veículo e do motorista autuado (fl. 8), e Termo de Depósito (fl. 10). Devidamente cientificado da autuação no dia 12/11/2010 (fl. 03- verso), o autuado apresentou petição reclamatória (fl. 19), alegando que as mercadorias não se destinavam à comercialização, e sim, à construção de um prédio multifamiliar, que o autuado estava edificando, conforme atestam os documentos anexados (alvará para construção e plantas do projeto). Ao final, requer a improcedência da exordial. Na contestação (fl. 35), o autuante concorda com as alegações do contribuinte, requerendo o não provimento do libelo fiscal. Após informação fornecida pela autoridade preparadora de não haver antecedentes fiscais (fl. 37), os autos foram conclusos e remetidos à Gerência de Julgamento de Processos Fiscais - GEJUP, com distribuição à julgadora fiscal, Sra. Gilvia Dantas de Macedo, que após a análise, julgou o libelo basilar IMPROCEDENTE (fl. 49), com interposição de recurso de ofício, ementando sua decisão conforme explicitado abaixo: AQUISIÇÃO DE MERCADORIA COM INTUITO COMERCIAL ERRO QUANTO À NATUREZA DA INFRAÇÃO NULIDADE COMPROVADO O USO DOS PRODUTOS EM OBRA PARTICULAR CONSEQUENCIA INSUSTENTABILIDADE DO LANÇAMENTO DE OFICIO. O ajuizamento das questões fiscais reclama minuciosa descrição do fato motivador, dados precisos e perfeito enquadramento legal. O lançamento indiciário somente tem o condão de inverter o ônus da prova, impondo-o ao contribuinte, quando a denúncia estiver clara. In casu, não há necessidade de refazer-se o feito, dada a constatação da regularidade da operação. AUTO DE INFRAÇÃO IMPROCEDENTE

Continuação do Acórdão nº 353/2014 5 Os autos foram remetidos ao autor do feito, que manifestou sua concordância com a decisão singular. Remetidos os autos a esta Corte Julgadora, estes foram distribuídos a mim, para apreciação e julgamento. Este é o RELATÓRIO. VOTO No caso vertente, ao analisarmos as peças dos autos, observamos que a fiscalização de trânsito flagrou o transporte de mercadorias em quantidade que revela o intuito comercial. Em se tratando de acusação de operação que caracterize intuito comercial, o responsável pelo pagamento do imposto devido e acréscimos legais, nos termos do art. 38, IV do RICMS/PB, é o adquirente das mercadorias, considerado contribuinte conforme definição dada pelo art. 36 do RICMS, ainda que não inscrito no cadastro estadual, sendo a base de cálculo do imposto exigida nos moldes do art. 27 e seus parágrafos, consoante se verifica da leitura dos referidos dispositivos regulamentares, in verbis: Art. 36. Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadorias ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações se iniciem no exterior. Art. 38. São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos legais: (...) IV - os adquirentes, em relação a mercadorias cujo imposto não tenha sido pago no todo ou em parte; Art. 27. Nas entradas de mercadorias trazidas por contribuintes de outras unidades da Federação sem destinatário certo neste Estado, a base de cálculo será o valor constante do documento fiscal de origem, inclusive as parcelas correspondentes ao Imposto sobre Produtos Industrializados e às despesas acessórias, acrescido de 30% (trinta por cento), se inexistir percentual de agregação específico para as mercadorias respectivas, observado o disposto no art. 610. 1º O disposto neste artigo aplica-se às mercadorias trazidas por comerciantes ambulantes ou não estabelecidos.

Continuação do Acórdão nº 353/2014 6 2º Ocorrendo a situação descrita neste artigo, deduzir-se-á, para fins de cálculo do imposto devido a este Estado, o montante cobrado na unidade da Federação de origem. Assim, nesse caso, nossa legislação autoriza o imediato lançamento compulsório do ICMS respectivo, sem prejuízo da proposição da penalidade cabível. Porém, essa não será a via a ser buscada, em virtude da presença de falhas na autuação, mais precisamente, na determinação da natureza da infração, que descreve o fato infringente de forma confusa. Essa confusão reside no fato de que, por ser o autuado, o destinatário das mercadorias, a peça acusatória deveria ter-se reportado à aquisição, e não ao transporte de mercadorias em quantidade reveladora de intuito comercial. Portanto, verifica-se um equívoco cometido pelos fazendários na descrição do fato infringente, ao descrever a acusação de TRANSPORTE DE MERCADORIAS EM QUANTIDADE QUE REVELA INTUITO COMERCIAL, quando, na verdade, deveria ter descrito a infração de AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS EM QUANTIDADE QUE REVELA INTUITO COMERCIAL. Sem desrespeito ao trabalho da fiscalização, importa reconhecer que diante do texto acusatório em debate, evidencia-se a confusa descrição do fato infringente, confirmando a nulidade do feito fiscal. Neste sentido, concordo com o entendimento exarado pela julgadora de primeira instância, entendendo que existiu erro na determinação da infração denunciada, onde recorro ao texto normativo do artigo 15, da Lei nº 10.094/13, que evidencia a necessidade de nulidade do procedimento fiscal quando ocorrer equívoco na descrição do fato infringente, na hipótese de incorreções ou omissões que comprometam a natureza da infração, o que caracteriza a existência de vício formal na acusação, passível de novo procedimento fiscal, como se vê no texto normativo abaixo: Art. 15. As incorreções, omissões ou inexatidões, que não importem nulidade, serão sanadas quando não ocasionarem prejuízo para a defesa do administrado, salvo, se este lhes houver dado causa ou quando influírem na solução do litígio. Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput, não será declarada a nulidade do auto de infração sob argumento de que a infração foi descrita de forma genérica ou imprecisa, quando não constar da defesa, pedido neste sentido. Contudo, a possibilidade de refazimento do feito fiscal não terá mais efeito, em virtude de provas acostadas pelo autuado de que as mercadorias se destinavam à construção de um prédio multifamiliar, de sua propriedade, ou seja, sem nenhuma finalidade de comercialização.

Continuação do Acórdão nº 353/2014 7 Diante desta ilação, entendo que se justifica a ineficácia do presente feito, por existirem razões suficientes que caracterizem a IMPROCEDÊNCIA do Auto de Infração de Trânsito. Não obstante, vejo que este Colegiado já se posicionou em decisões acerca da matéria, no sentido de afastar medidas fiscais que comprometam a verdade material e a segurança jurídica, conforme o seguinte acórdão: RECURSO HIERÁRQUICO DESPROVIDO. MERCADORIAS EM TRÂNSITO. NOTAS FISCAIS INIDÔNEAS. INTUITO COMERCIAL E INSCRIÇÃO CANCELADA. FALHA NA DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO. MERCADORIA SUJEITA À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. FALTA DE REPERCUSSÃO TRIBUTÁRIA. REFORMADA A DECISÃO RECORRIDA. AUTO DE INFRAÇÃO NULO. Verificando-se equívoco em relação à descrição da natureza da infração, fica prejudicada a consistência da acusação como realizada, acarretando nulidade do auto de infração. Entretanto, ante a falta de repercussão tributária, em razão de as mercadorias estarem sujeitas à sistemática da Substituição Tributária, torna-se desnecessária realização de novo feito fiscal. Acórdão nº 045/2010. Cons.: José Gomes de Lima Neto. Em face desta constatação processual, VOTO pelo recebimento do Recurso Hierárquico, por regular, e quanto ao mérito, pelo seu DESPROVIMENTO, para manter a sentença exarada na instância monocrática que julgou IMPROCEDENTE o Auto de Infração e Apreensão Termo de Depósito n.º 4429, lavrado em 12/11/2010, contra JOSÉ FRANCISCO DE MEDEIROS SEGUNDO (CPF Nº 061.359.104-69), eximindo-o de quaisquer ônus oriundos do presente contencioso tributário. 2014. Sala das Sessões do Conselho de Recursos Fiscais, em 2 de outubro de DOMENICA COUTINHO DE SOUZA FURTADO Conselheira Relatora