PESQUISA DE DADOS SECUNDÁRIOS SEGMENTO CONSTRUÇÃO CIVIL



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Transcrição:

PESQUISA DE DADOS SECUNDÁRIOS SEGMENTO CONSTRUÇÃO CIVIL

PESQUISA DE DADOS SECUNDÁRIOS SEGMENTO CONSTRUÇÃO CIVIL Brasilia DF BRASÍLIA DF SEBRAE 2010 2

2010, Sebrae Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF Sebrae DF DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/DF José Carlos Moreira De Luca DIRETOR SUPERINTENDENTE Maria Eulália Franco DIRETORA Rodrigo de Oliveira Sá DIRETOR EQUIPE TÉCNICA Aluisio Villela SEBRAE-DF/Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo da Industria Daniel Hudson Senna Barreto SEBRAE-DF/Unidade de Atendimento Coletivo da Industria COORDENAÇÃO Lucimar Santos SEBRAE-DF/Gerente da Unidade de Acesso a Mercado James Hilton Reeberg SEBRAE-DF/Gestor da Unidade de Acesso a Mercado Carlos Neymer F. Nunes Consultor de Marketing 3

SUMÁRIO I. INTRODUÇÃO...5 II. PERFIL MACROCOMPETITIVO...7 III. PERFIL MICROCOMPETITIVO...26 IV. RECOMENDAÇÕES PARA O SETOR...35 V. BIBLIOGRAFIA...36 VI. ANEXO... 39 4

I. INTRODUÇÃO Dentre as experiências exitosas podemos citar o da Alemanha (2006) que contou com um planejamento estratégico de longo prazo e ações de excelência em turismo. Vale destacar o desenvolvimento da Campanha de Hospitalidade e Serviços (sob o slogan A time to make friends ) voltada para a sociedade alemã, visando à melhoria da qualidade do atendimento aos turistas e o reposicionamento da imagem do país perante o público externo. Do ponto de vista interno, visava à sociedade alemã e pretendia resgatar o nacionalismo, o orgulho de ser alemão. Focava na sensibilização do povo para o bem receber, tornando-os exímios anfitriões. Do ponto de vista externo, visava os estrangeiros e pretendia provocar uma mudança da imagem do povo alemão, tido como pouco simpático e caloroso, e com raras demonstrações de sensibilidade, atenção e cordialidade, principalmente com estrangeiros. (EMBRATUR, 2009). Segundo estudos da consultoria Ernst Young e FGV o impacto da Copa do Mundo de 2014 sobre o PIB brasileiro no período de 2010-2014 deve ser de R$ 64,5 bilhões. Os setores mais beneficiados pela competição, segundo o estudo, serão os de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e serviços de informação, que terão um incremento na produção de R$ 50,18 bilhões. Especificamente, o setor de construção civil será o mais beneficiado, gerará 8,14 bilhões a mais no período de 2010 a 2014 em diversos segmentos, produção de insumos, construção, comercialização e o consumidor final, principalmente, os turistas que irrigaram a economia com recursos vindos de outros países. É previsto uma crescente no número de turistas que vão visitar o País. A perspectiva é que cresça em 79% o número de visitantes internacionais até a Copa de 2010. O Evento trará muitos benefícios para inúmeros setores, os segmentos mais beneficiados serão de hotelaria, transporte, comunicações, cultura, lazer e varejo. Ainda se discute como estes setores se beneficiarão, pelo menos, na capital da república, ainda não se sabe, qual o perfil destes turistas que vão gastar com a Copa do Mundo. 5

As cidades-sede da copa receberão um incremento de 2,84 bilhões, com gastos em infra-estrutura, embelezamento, criação de base tecnológica de mídia (IMCs) e transmissão dos jogos (IBCs), e as instalações dos fun parks, além de melhoria no complexo hoteleiro, bares e restaurantes e diversos modais de transporte. A expectativa é que Brasília seja uma das cidades-sede e com isso já recebe aporte de capital externo e do governo para as obras de infra-estrutura, e se constituiu um comitê que estuda melhorias para a cidade nestes setores citados acima. Este estudo contou com o apoio da FIBRA, SINDUSCON, SEBRAE por meio das Unidades de Atendimento a Indústria - UAI e UAM Unidade de Acesso a Mercados, que forneceu as diretrizes e não poupou esforços em avaliar o projeto. Também, os empresários do setor, público de interesse, que nos passaram informações relevantes sobre a cadeia produtiva da construção civil e seu funcionamento. 6

II. PERFIL MACROCOMPETITIVO Mercado Evolução da economia do Distrito Federal Entre 1999 e 2002, o Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal apresentou um crescimento real de 28,3%, nos cálculos a preços de mercado corrente, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF SDE/DF. No mesmo período, o valor do PIB nacional alcançou uma expansão de 26,5%, portanto uma taxa inferior à registrada pela economia do DF. A cifra estimada para esta sub-região do Mercoeste, em 2002, é de R$ 30,2 bilhões, o que representa uma evolução de 6% em relação ao ano anterior e corresponde a uma participação de 2,5% no total registrado para a economia brasileira. A SDE/DF faz uma projeção de que essa porcentagem permaneça em torno de 2.0% ao ano, para o período de 2001-2004. A expansão da economia do DF, em um ritmo superior ao das demais regiões brasileiras, é extremamente significativa, podendo-se ressaltar que a sua participação na apropriação da renda financeira do Brasil é de 13,2%, aspecto expressivo se considerado que o Rio de Janeiro registra 10,8%, segundo a SDE/DF. Em termos regionais, o PIB do Distrito Federal apresenta importância destacada, ocupando o primeiro lugar entre as sub-regiões do Mercoeste. O PIB per capita local, em 2002, está estimado em R$ 13.000, quase o dobro da média nacional, repercutindo aspectos positivos que sobressaem em outros indicadores, conforme demonstrado ao longo desta avaliação. Setores de alavancagem da economia do Distrito Federal A economia do Distrito Federal é tipicamente caracterizada pela intensa participação do setor terciário na composição do seu PIB, principalmente pela grande atividade governamental existente. Até o final 2002, segundo projeções da SDE/DF, o setor terciário deverá ter uma participação de 92% no total da economia local. Por outro lado, é de apenas 7,0% a estimativa de contribuição do setor secundário. A atividade do setor primário, acentuada pela participação do setor agropecuário, é bastante reduzida, contribuindo com menos de 1,0%. 7

As atividades econômicas do DF estão concentradas em Brasília, seu principal pólo de atração, e apresentam forte dependência da administração federal. A sub-região do Distrito Federal caracteriza-se pela presença das chamadas indústrias limpas, não poluidoras, havendo uma profunda conscientização e zelo pela gestão e preservação ambiental, graças ao criterioso planejamento da cidade, desde sua fundação em 1960, com a localização dos setores industriais em áreas específicas. A participação do serviço de intermediação financeira no PIB/DF é de 29%, e as oscilações que, porventura, sejam verificadas nessa atividade econômica têm repercussão direta nos resultados desse indicador. População Economicamente Ativa - PEA A população economicamente ativa do Distrito Federal, em 2000, correspondia a 44,52% da população total. A PEA apresenta substanciais taxas de crescimento, devido à atração de fluxos migratórios continuados, entretanto a taxa de desemprego também tem tido evolução. A cidade é característica de um público de alta renda, principalmente em relação à população que mora no plano piloto e aos turistas que são atraídos para a região. A predominância é da classe A/B. Tem um público altamente qualificado e com um poder aquisitivo elevado, então é uma atividade econômica forte e em constante crescimento pela característica da cidade. Brasília é a cidade que tem a maior renda per capita do País por concentrar uma população elitizada e de alto nível educacional. Segundo dados do SINDUSCON, em 2010, a construção civil deve puxar o crescimento do país. E o mais interessante é que as vendas de imóveis estão sendo impulsionadas pelas classes C e D, uma massa de 137 milhões de brasileiros que, historicamente, sempre estiveram à margem do processo. No Distrito Federal, onde as classes consumidoras do mercado de construção civil são as mais abastadas, a perspectiva de crescimento é, novamente, maior que a expectativa nacional, graças aos programas de financiamento para as classes mais baixas, que criam um novo público para os empreendimentos locais. Dentre os destaques culturais da cidade, segundo os consumidores, o turismo cultural/hist[orico (4,47%) é o de maior destaque na cidade, seguido de perto pelo turismo de negócios (4,45%) e gastronomia aparece em 5º lugar (3,67%). (ABRASEL, 2008). Potencial de consumo O Índice de Potencial de Consumo IPC do Distrito Federal, em 2000, atingiu R$ 17,9 bilhões, o que corresponde a 2,4% do total brasileiro, ou o 10º lugar nacional, de acordo com Gazeta Mercantil. No Mercoeste, o IPC do DF encontra-se em 2º lugar. Em 2001, o IPC do DF registrou um valor de R$ 17,7 bilhões. 8

Pela sua elevada renda per capita, o Distrito Federal apresenta uma situação positiva do ponto de vista de evolução de seu potencial de consumo, que tem perspectivas para melhorias adicionais. Na estrutura empresarial do Distrito Federal, o setor de serviços e administração pública (80,7%) e comércio (11%) têm presença marcante na economia. Os destaques, no âmbito industrial, ficam por conta da indústria da construção civil (3,8%) e da indústria de transformação (3,6%) com a presença mais significativa dos segmentos do vestuário, gráfica, mobiliário e panificação. Tecido empresarial Segundo Pesquisa Industrial Anual do IBGE, em 2000, o Distrito Federal ocupou, em participação relativa na transformação industrial brasileira, a 55ª posição dentre as microrregiões nacionais com mais de 10.000 trabalhadores. Essa participação, embora ainda pouco expressiva, coloca o DF à frente das áreas metropolitanas de outras 14 capitais brasileiras. A indústria brasileira está se expandindo para além da Região Sudeste, com ganhos substanciais para o Mercoeste que, de 1985 a 2000, mais do que dobrou a participação de pessoal ocupado na atividade industrial. Dados do IBGE indicam que a Região vem apresentando as taxas mais elevadas de crescimento relativo da indústria nacional. Esse indicador é importante para o Distrito Federal que, como área de formação recente na história econômica nacional, possui condições para modificar a composição da sua economia em médio e longo prazo. População Distribuição populacional A demografia do Distrito Federal exibe como particularidade mais marcante a baixa taxa de população residente em sua zona rural, apenas 4,4%, comparada com 17,1% no Mercoeste e de 18,8% em todo o Brasil, o que pode ser explicado pela grande proximidade das áreas rurais e urbanas do DF. O crescimento populacional, de 28.1% entre 1991 e 2000, quase o dobro do crescimento do País (15,65%), não é vegetativo, mas fruto do continuado fluxo migratório para o DF. O acelerado crescimento populacional teve como consequência a ocupação desordenada, que levou os executores do plano de ordenamento territorial do DF a adaptá-lo às contingências implantando núcleos habitacionais periféricos. Nos dezenove núcleos urbanos existentes, cada um deles como sede de uma Região Administrativa, residem 95,66% dos 2.051.146 habitantes do DF. Apesar da grande corrente migratória, cerca de 44% dos residentes são naturais do DF, o que evidencia a existência de uma geração candanga. 9

A incidência de jovens (61% têm menos de 25 anos) indica, para os próximos anos, a continuidade de taxas elevadas de natalidade (cerca de 20 nascidos vivos por mil habitantes). Essa situação faz pressupor um crescimento populacional para o DF acima da média brasileira. (Fonte CODEPLAN) Infra-Estrutura Transporte Logística A logística é, sem dúvida, o mais importante fator de competitividade da economia do Distrito Federal. A sua privilegiada situação geográfica o coloca na condição natural de um centro de distribuição de cargas, não somente para os transportes internos, mas também internacionais. Pela região transitam mercadorias vindas por via aérea da Zona Franca de Manaus, com destino a São Paulo, e depois retornam pelo oneroso sistema de transporte rodoviário, para a distribuição local e regional. Daí a relevância do Porto Seco, uma iniciativa cuja implantação ainda não se consolidou, talvez porque não tenha ocorrido a percepção da sua natureza e possibilidades de operação. Com pequena receptividade e nenhuma consequência, debateram-se as chamadas Mesas de Integração Multimodal, o que evidenciou a enorme vantagem competitiva do DF, como centro distribuidor de cargas. Investimentos Programas governamentais de incentivo a atividades econômicas e de desenvolvimento. Incentivos fiscais e posição geográfica privilegiada estão atraindo grandes investimentos para Brasília. Pelo menos uma grande indústria de embalagens metálicas e três grandes farmacêuticas estão se instalando na Capital. Muitas outras indústrias já consolidaram aqui a sua posição, fazendo com que o DF deixe de ser apenas um centro administrativo para se tornar também um pólo de atração industrial. Uma grande fabricante de latas de alumínio, a empresa LATASA, de olho no potencial mercadológico da região, alterou seu projeto inicial de produzir 750 milhões de latas/ano, gerando cerca de 1000 empregos diretos, para uma produção de 1,2 bilhão de latas, com geração de 1,5 mil empregos diretos. Outros grandes representantes do setor produtivo brasileiro também encontraram no DF o perfil ideal para expansão de seus negócios. Três farmacêuticas e uma empresa de comunicação móvel já estão com projetos de instalação prontos, com previsão de investimentos de mais de R$ 200 milhões, até 2006. O Distrito Federal passou por uma fase em que deixou de ser competitivo. Nessa ocasião foi lançado o Pró-DF, programa governamental de incentivos fiscais 10

do GDF. Há, atualmente, uma aparente harmonia entre o governo, as empresas e as Universidades, fatores que contribuem para a formação de mão-de-obra e expansão dos investimentos privados. Além da localização privilegiada, os empresários destacam as facilidades proporcionadas pelo governo na implantação de infra-estrutura e, também, de órgãos como a Junta de Comércio Local. A previsão de investimentos globais para o DF até 2005 é de cerca de US$ 2.716 milhões, com a seguinte composição: Previsão de investimento no DF até 2005 (em milhões de dólares) Setor Valor Serviços Gerais 873,1 Serviços Públicos 650,6 Construção 588,1 Transporte e Armazenagem 306,9 Farmacêuticos e Higiene 108,1 Comunicação 53,2 Informática e Telecomunicações 48,2 Comércio Varejista 32,8 Alimentos 15,4 Financeiro 14,4 Eletroeletrônica 10,2 Não-metálicos 5,0 Metalurgia 3,9 Distribuição de Veículos e Peças 2,8 Madeiras, Móveis e Papel 2,0 Têxtil e Couros 1,8 Total Geral 2.716,60 Fonte: Gazeta Mercantil Atlas do Mercado Brasileiro 2001. Panorama Mundial CADEIA PRODUTIVA DA CONSTRUÇÃO CIVIL A cadeia da construção civil é uma das principais geradoras de empregos e de renda em todo o mundo. É bastante intensiva em capital, com elevados custos associados à sazonalidade das obras, o que explica a tendência à concentração da indústria em grandes empresas incorporadoras, que investem em tecnologia de gestão e de produção para reduzir custos e perdas. Nesse sentido, há crescente preocupação com a padronização de normas, procedimentos operacionais e materiais, associados à busca de fornecedores especializados e terceirização de serviços. Esse movimento, porém, ainda não se verifica na mesma velocidade no cenário nacional. 11

O prazo de construção para obras residenciais chega a ser inferior a 10 meses nos mercados mais desenvolvidos, como o americano, o que contrasta com o presenciado no Brasil, onde o prazo médio é superior a 24 meses. Outro aspecto a ser ressaltado, diz respeito às perdas e desperdícios, que no Brasil ainda é muito elevada, pois cerca de 15% dos materiais que entram no canteiro de obras saem sob a forma de entulho, enquanto nos mercados mais evoluídos chegam a apenas 3%. Cadeia produtiva no Brasil Para melhor entender o setor de construção civil, fez-se necessário buscar maior compreensão da cadeia produtiva, onde encontramos a seguinte estratificação: Cadeia Produtiva PRODUÇÃO DE INSUMOS COMERCIALIZAÇÃO DE INSUMOS PRODUÇÃO DE UNIDADES COMERCIALIZAÇÃO DE UNIDADES CONSUMIDOR FINAL 1 MATERIAIS BÁSICOS VENDA DIRETA PRODUÇÃO PRÓPRIA E PREÇO DE CUSTO PRIVADA / IMOBILIÁRIA ALTA RENDA PRIVADA (acima de 20 SM) 2 COMPONENTES VAREJO DE GRANDE E MÉDIO PORTE PRODUÇÃO PRIVADA ESTATAL MÉDIA ALTA RENDA (de 10 a 20 SM) 3 ELEMENTOS E SUBSISTEMAS VAREJO DE PEQUENO PORTE PRODUÇÃO ESTATAL MÉDIA BAIXA RENDA (de 5 a 10 SM) 4 AUTO CONSTRUÇÃO BAIXA RENDA (até 5 SM) Fonte: Relatório de consistência: Foco no mercado, 07/2010 Assim, o mercado de construção civil já demonstra uma organização que lhe permite atender a diferentes tipos de consumidor final, permitindo um direcionamento já estratificado por padrão de renda. Ressaltamos que a Indústria considere o consumidor final como oportunidade de uma subestratificação do seu mercado alvo. 12

A Construção Civil no Brasil A cadeia produtiva da construção civil é uma poderosa alavanca para o desenvolvimento sustentado da economia do País, com impacto no emprego, na produção, nos investimentos, na inflação e na balança comercial. Nas atividades da construção civil, segundo o Fórum de Competitividade, os elos de habitação e infra-estrutura deverão responder pela manutenção ao longo dos próximos anos do atual patamar de empregos da cadeia Parâmetros nacionais Prazo médio de construção: superior a 24 meses. Perdas de 15%. Mercado pouco concentrado. Empresas muito verticalizadas. Pouca padronização de materiais e processos. Deficiências na estrutura de serviços especializados. Potencial de consumo R$ 33 bilhões anuais. produtiva, de cerca de 3,6 milhões de empregos diretos, e a geração adicional, no período, de 1,1 milhão de novos postos de trabalho direto e indireto. Além disso, é o setor que gera mais impostos indiretos, dada a complexidade de seus elos principais, secundários e auxiliares. Em 2000, respondia por 15,6% do PIB nacional e absorvia da população economicamente ativa (PEA) o equivalente a 3,6 milhões de pessoas. O PIB nacional da cadeia produtiva da construção civil apresenta a seguinte composição: construção civil 10,3%, materiais de construção 4,1%, outros materiais 2,1%, bens de capital para construção 1,1%, serviços diversos 2,1%. De 1980 a 1996, a construção civil foi responsável, em média, por 65% da formação do investimento bruto nacional, e o índice relativo a máquinas e equipamentos foi de 29%. Por ser intensivo em capital, o setor esteve tradicionalmente associado à administração pública, situação que vem se alterando rapidamente. Deve-se registrar que os investimentos públicos diminuíram entre 1995 e 2005, R$ 15 bilhões, o que representa uma diferença anual de 0,10% do PIB em média, segundo dados do Tesouro Nacional. Para o período 1998-2005, a participação da construção civil no total de investimentos locais é de 22,15%, um resultado bastante expressivo. Nesse contexto, a situação do Distrito Federal indica que o governo local é o principal responsável pela evolução do segmento, com parcela minoritária e reduzida correspondente ao Governo Federal. A indústria da construção civil tem complexa esquematização, pois permite o desenvolvimento de numerosos elos para trás e para frente do negócio principal, englobando desde o beneficiamento de recursos naturais, como a indústria do cimento e da cerâmica, até a prestação de serviços altamente especializados. Divide-se em vários elos, em que coexistem empresas de estágios de desenvolvimento heterogêneos: 13

Edificações e construção pesada Materiais de Construção (construção e comercialização) Bens de capital para construção Atividades imobiliárias Serviços técnicos da construção Atividades de manutenção de imóveis Complexidade da cadeia Materiais de construções O elo de materiais de construção, estimulado pela abundância de matérias-primas, abrange segmentos de cimento, cal, madeira, aço, vidros planos, metais, louças sanitárias, cerâmica, PVC, condutores elétricos, alumínio, pedras ornamentais, tintas e vernizes, num complexo de elos com funções industriais e comerciais, de grande importância econômica. No elo comercial, estima-se que haja 100 mil lojas em todo o País. Nos segmentos industriais, cresce a importância da indústria da cerâmica. Edificações: residências e imóveis comerciais, industriais e sociais O elo de edificações é, talvez, o de maior potencial de crescimento da cadeia produtiva no País. Ao lado de uma grande concentração de investimentos, existe um déficit habitacional 1 que, em 2008, era estimado em 5,57 milhões de unidades, sem considerar as sub-habitações. Além disso, a população brasileira conta com cerca de 50 milhões de jovens com idade entre 19 e 29 anos, que constituem um mercado futuro apreciável. Assim, no segmento habitacional, o potencial de consumo é de R$ 33 bilhões por ano, havendo espaço para investimentos da ordem de US$ 150 bilhões nos próximos seis anos. Este segmento conta com 58% de micro e 33% de pequenas empresas distribuídas pelo território nacional. É um dos setores industriais que mais emprega pessoas de baixa qualificação profissional, à semelhança dos demais países em desenvolvimento. Nos últimos anos, apresentou um elevado crescimento de produtividade da mão-deobra e dos processos, da ordem de 6%. Este indicador sinaliza os movimentos de modernização da indústria nacional, em busca de competitividade. O déficit habitacional existente apresenta grande oportunidade de crescimento do elo de edificações residenciais, com demanda de novas tecnologias de construção para diminuir os custos das moradias populares. Nesse sentido, o Governo Federal lançou o Programa de Difusão de Tecnologia para Construção de 1 FJP Fundação João Pinheiro, 2010 14

Habitação de Baixo Custo, que implantou 12 vilas tecnológicas, uma delas em Brasília. Construção pesada: obras de infra-estrutura No elo de construção pesada, o ritmo de produção está baixo, por depender de elevados investimentos, predominantemente na esfera do Governo Federal, os quais estão reduzidos nos últimos anos. Entretanto, o potencial de crescimento é inquestionável, dado o estado de quase esgotamento em que se encontra grande parte da infra-estrutura brasileira. Além disso, o Fórum de Competitividade da Indústria da Construção Civil, sob a coordenação do MDIC, prevê como metas instrumentais para a cadeia produtiva: Oferta de 1,5 milhão de novas habitações, que permitirá reduzir em cerca de 1/3 o valor do déficit habitacional atual da população urbana de baixa renda, no prazo de 4 anos, em paralelo ao atendimento crescimento vegetativo da demanda por novas habitações, que será de 1,0 milhão; Elevar para 90%, até o ano 2002, o percentual médio de conformidade com as normas técnicas dos materiais de construção; Aumentar, em média, a produtividade em 3% ao ano na construção civil residencial, pesada e comercial, durante os próximos 4 anos. As metas acima refletem o estágio atual dos programas federais relacionados ao setor, sendo do mais alto interesse do Fórum de Competitividade buscar novas soluções e fontes de recursos para viabilizar uma substancial expansão das metas, tanto no campo da habitação social quanto no dos investimentos de infra-estrutura. A cadeia da construção civil do Brasil conta com fortes vantagens comparativas, tais como: grande mercado consumidor interno e abundância de matérias-primas e de mão-de-obra. Dessa forma, reveste-se de grande importância sócio-econômica, não só pela sua capacidade de geração de empregos, a baixo custo, mas também pela potencialidade de alavancagem da economia regional, a que se devem adicionar as boas perspectivas de modernização evidenciadas pela recente elevação da produtividade em face da adoção de novas tecnologias de produção e de gestão e de programas de qualidade e produtividade, como o PBQP- H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat. Indicadores brasileiros Produção média em 1999 Crescimento da produção 2005 Porte médio das empresas 428 milhões de m 2 8,5% 183,3 pessoas por empresa 15

Empregos diretos 2001 Utilização da capacidade instalada Índice médio de abertura econômica Valor agregado Fonte: IBGE,, 2005. 6,1% 87% 10% R$ 104.500 por pessoas A Cadeia Produtiva da Construção Civil no Distrito Federal Nos seus 42 anos de existência, o Distrito Federal passou por diferentes ciclos de atividade econômica, tendo sido o setor da construção civil o primeiro impulso produtivo que perdurou até o início da década de 1970, ocupando um volume elevado da massa migratória de trabalhadores. Embora sua importância relativa tenha decrescido numa razão constante a partir de então, após a conclusão das grandes obras da nova Capital Federal, sua participação na economia local ainda é sentida de forma marcante, representando 4,1% do mercado de trabalho, segundo informações da Secretaria de Trabalho e Direitos Humanos do DF. Brasília, principal pólo residencial e de atividades econômicas dentro do Distrito Federal, obedece a um rigoroso traçado plano de ocupação habitacional. Originalmente, a previsão era para abrigar uma população de cerca de 500 mil habitantes no ano 2000, porém, o Distrito Federal já contava naquele ano com uma população estimada em mais de 2 milhões de pessoas, superando, em muito, as primeiras projeções de Lúcio Costa sobre as condições da transferência da Capital Federal para o Centro-Oeste. Os espaços vagos em Brasília encontram-se praticamente esgotados, o que tem restringido as oportunidades para o setor da construção civil e, atualmente, novas alternativas vêm sendo buscadas em outras áreas do DF. Outra limitação local para a cadeia produtiva emana do tombamento da cidade, que leva em consideração um gabarito que impede a construção de edifícios com mais de seis andares. O setor público, em especial a Administração local, também tem propiciado novas construções de anéis viários, viadutos e infra-estrutura, alavancando o setor na região. Outras 800 obras custeadas pelo Programa Pró-DF estão em andamento, a maioria nas Áreas de Desenvolvimento Econômico localizadas nas diversas Regiões Administrativas, estimulando ações por toda a cadeia produtiva. O déficit habitacional no Distrito Federal, entendido como necessidade imediata de construções de novas moradias para resolução de problemas sociais e específicos de habitação, detectados em um certo ponto no tempo, é de 109,8 mil moradias e apresenta os seguintes componentes: ônus excessivo com aluguel, depreciação; habitação precária e coabitação familiar. Potencial de consumo de imóveis 16

Distrito Federal Mercoeste Brasil Localidade IPC% RS Mil 4,15 12,08 100,00 Fonte: Gazeta Mercantil Atlas do Mercado Brasileiro, 2001. 686.664 3.977.698 32.927.964 Caracterização dos elos A construção civil no Distrito Federal, de forma ampla, engloba os elos de: financiamento, suprimento de materiais, execução, garantia e manutenção, gerenciamento, comercialização, transportes, escolas técnicas e universidades, bem como outras estruturas de apoio. Embora com algumas imperfeições, conforme revelaram os dados de pesquisa de campo realizada pela equipe do Mercoeste, a cadeia produtiva local consegue atender parcialmente ao seu mercado, mas ainda existe nesta sub-região um grande potencial com oportunidades a serem exploradas. Esforços pela qualidade Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat PBQP-H Em agosto de 2001, foi adotado o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat PBQP-H no âmbito do Governo do Distrito Federal, uma das primeiras unidades federativas a implementá-lo, cuja implementação é orientada pelas seguintes diretrizes: I. Atuação integrada do poder público e parceria entre agentes públicos e privados; II. Fortalecimento da estrutura produtiva do setor no que diz respeito à sua capacidade tecnológica, gerencial e de desempenho ambiental; III. Estímulo à implementação de programas evolutivos de aperfeiçoamento da qualidade e aumento da produtividade por parte dos participantes do programa; IV. Fortalecimento da infra-estrutura laboratorial e de pesquisa para o desenvolvimento tecnológico e de prestação de serviços; V. Incentivo à utilização de novas tecnologias para a produção habitacional e suas infra-estruturas; VI. Estímulo à incorporação de práticas ambientais no setor da construção civil, voltadas para a economia de matérias-primas e insumos no processo construtivo e para a racionalização do uso da água e da energia nas habitações. Investimentos Previstos 17

Da previsão de investimentos para o DF de US$ 2,6 bilhões até 2005, cerca de US$ 588 milhões serão destinados a obras de construção civil, o que representa 61,7% do total previsto para todo o Mercoeste, uma participação bastante significativa. Esse índice representa um momento de intensa atividade local para o setor. Construção Civil Total Participação Potencial de consumo de imóveis Setor DF Mercoeste Brasil 588,10 953,20 2.654,60 22.380,13 22,15% 4,3% Fonte: Gazeta Mercantil Atlas do Mercado Brasileiro, 2001. 23.469,00 313.642,00 7,5% Elos Existentes no DF Indústria extrativa e de fabricação de minerais não-metálicos: extração de pedras, areia e argila; britamento, aparelhamento e outros trabalhos em pedras; fabricação de cimento; fabricação de artefatos de concreto; fibrocimento, gesso, fabricação de produtos cerâmicos não-refratários para uso estrutural; fabricação de cal virgem, cal hidratado e gesso; fabricação de outros produtos de minerais não-metálicos. Comércio: varejista de material de construção, ferragens e ferramentas; atacadista de madeira, material de construção e ferragens; atacadista de produtos químicos; atacadista de resíduos de sucata; intermediário do comércio de madeira, material de construção e de serviços. Edificações: administração de imóveis para conta de edificações residenciais, industriais, comerciais e de serviços. Locação e incorporação de imóveis: terceiros; incorporação de imóveis para conta de terceiros; incorporação de imóveis para conta própria. Locação de equipamentos: aluguel de equipamentos de construção e demolição com operador; aluguel de máquinas e equipamentos para construção e engenharia civil; carga e descarga. Locação de mão-de-obra: serviço de agenciamento e locação de mão-de-obra para serviços temporários. Serviços de engenharia: alvenaria e reboco; demolição e preparação de terreno; ensaios de materiais e produtos; impermeabilização e serviços de pintura em geral; obras de urbanização e paisagismo; outras obras e instalações; perfurações e execuções de fundações destinadas à construção civil; serviços de arquitetura e engenharia e de assessoramento técnico. Indústria metalúrgica: fabricação de artigos de funilaria e de artigos de metal; fabricação de estruturas metálicas para edifícios, pontes, torres de transmissão; fabricação de artefatos de trefilados; fabricação de esquadrias de metal; fabricação de artigos de serralheria exclusive esquadrias; fabricação de tubos de ferro e aço; produção de laminados de aço. Indústria de madeira: fabricação de esquadrias de madeira, de casas de madeira e pré-fabricadas, fabricação de madeira laminada e de chapas compensadas e prensadas. Nº de Estabelecimentos Nº de Empregados 233 1452 3136 6917 3071 18511 667 1050 29 198 144 2348 1392 8429 546 1213 124 399 Indústria química: fabricação de adesivos selantes; fabricação de 11 83 18

impermeabilizantes, solventes impermeabilizantes, solventes e produtos afins; fabricação de tintas, vernizes, esmalte e laca. Instalações: instalações de sistemas de ar condicionado, de ventilação e refrigeração; instalações elétricas; instalações hidráulicas, sanitárias e de gás. Máquinas e acessórios: fabricação de luminárias e equipamentos de iluminação; fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação. 185 1163 16 10 Total 9554 41773 Fonte: Cadastro de estabelecimentos empregadores e empregados março/2001 Estrutura da Cadeia A amostra revela um tecido empresarial amadurecido, formado por, aproximadamente, 90% de empresas cujo grupo controlador localiza-se no DF. Cerca de 54% estão em operação há mais de 15 anos, mas ainda com características familiares de gestão (49%). Os segmentos de construção, infraestrutura, metais e estruturas metálicas, materiais de construção, reformas, acabamentos e instalações representam 69% das categorias em atuação no mercado local. A própria praça do Distrito Federal é o principal destino dos produtos ou serviços para 75% da amostra, enquanto o Mercoeste representa outros 15%. Situação Competitiva da Cadeia 1. Integração entre Empresas O processo de integração desta cadeia produtiva ainda se encontra em desenvolvimento. A pesquisa primária indicou haver subcontratação em quase metade das respondentes (49% das citações); parcerias para pesquisa e desenvolvimento para novos produtos ou novas tecnologias tiveram 17% das menções, e atividades de marketing e promoção de produtos e/ou serviços só ocorrem com 23%. Também não há mais do que 21% de parcerias para a realização de aquisições conjuntas por meio de central de compras ou desenvolvimento de fornecedores locais para melhorar a competitividade local. Estão sendo desenvolvidas ações, coordenadas pelo SINDUSCON/DF, para estender a outros segmentos a experiência que está sendo obtida com a implantação de uma central de compras no ramo de cimento. Existem ações que demonstram a possibilidade de projetos mais efetivos no futuro, mas é preciso agilizar esse processo, como forma de ampliar as oportunidades de negócios para toda a cadeia. Há indicações de que algumas empresas já repassam os serviços de colocação de portas e portais, de cerâmica e louça de banheiro, e de pintura, entre outros. Os resultados verificados demonstram que há espaço para maior integração, com claros benefícios para os negócios locais. Avaliação: Baixa. 19

2. Integração entre Empresas e Mercado A integração entre as empresas e o mercado local é considerada como razoavelmente insatisfatória, pois 48% consideram que a demanda é atendida e 37% afirmam que isso se dá de forma parcial, permitindo inferir-se que existe potencial para crescimento desse relacionamento. Ainda há interesse em atender o mercado nacional, por 28%, indicando que parte do empresariado local considera-se em condições de disputar fatias adicionais de outros mercados para expansão dos negócios. As principais mudanças ocorridas no ambiente de negócios nos últimos três anos e que afetaram a cadeia produtiva estão relacionadas à necessidade de redução dos custos (56%), novos clientes (50%), novos processos de produção (35%) e novos produtos (31%). Os principais fatores de diferenciação dos negócios, pela ordem, são qualidade do produto (88%), prazo de entrega (50%), confiabilidade (48%) e preço (46%). Quanto aos problemas que mais afetam os negócios, destacam-se alto custo financeiro e dos insumos, mencionado por metade das empresas pesquisadas, concorrência (44%) e falta de financiamento para a produção (35%). Avaliação: Média. 3. Integração entre Empresas e Fornecedores O produtor e o distribuidor local são os principais fornecedores de insumos/matérias-primas para apenas 45% das empresas. Os 55% restantes compram de produtores de outros estados (30%) e de distribuidores nacionais (25%). Os principais insumos/matérias-primas oferecidos no DF são cimento, concreto, areia e brita. Ferro/aço, louças sanitárias, tintas, cerâmicas, dentre outros, são adquiridos em outros estados. Disponibilidade dos produtos (59%) e preços (49%) são as razões que justificam a procura em outros mercados. Cerca de 49% dos entrevistados enfrentam problemas com os fornecedores, sobretudo pela qualidade dos produtos (54%), pelo prazo de entrega (50%) e pelos altos custos (31%). O relacionamento com os fornecedores pode ser considerado bom (57%) ou excelente (34%), mas, mesmo assim, apenas 38% dos entrevistados afirmaram que existe algum tipo de parceria entre ambos, com o objetivo de atenuar as dificuldades enfrentadas. A despeito do bom relacionamento com os fornecedores, existe a dependência de importantes insumos externos, e as empresas não se organizam no sentido de melhorar esta situação. A formação de centrais de compras ou o desenvolvimento de fornecedores locais seria uma grande oportunidade de melhoria da competitividade da cadeia. Avaliação: Média/Baixa. 20

4. Integração entre Empresas e Estrutura de Apoio As principais fontes citadas dentro da estrutura de apoio para a melhoria da competitividade das empresas são SENAI (60%), SEBRAE (36%), SINDUSCON (26%) e empresas de consultoria (26%). Apesar da avaliação positiva, ainda é pequena a interação entre as empresas do setor e as instituições de apoio dentro da cadeia produtiva. As entidades são pouco mencionadas em relação a aspectos específicos, ressaltandose o Sindicato (31% da amostra) e o SEBRAE (23%) como fontes de informações de mercado. No caso de informações sobre novas tecnologias, o SEBRAE aparece com 13% da amostra. Para obter informações sobre linhas de financiamento os bancos são os preferidos pela enorme maioria. As instituições de ensino tiveram apenas 13% de indicações como capazes de contribuir para melhorar a gestão das empresas e qualificar o quadro funcional, ao passo que o SEBRAE obteve 37% e o SENAI, 15%. Também para qualificar o quadro funcional são consideradas aquelas duas instituições. Os serviços de apoio do DF foram os mais bem avaliados em relação aos demais estados do Mercoeste. O item referente a qualificação técnico-profissional foi considerado pelas pesquisadas como bom (71%) ou excelente (10%). Pesquisa e inovação foi avaliado como bom (76%) e informações competitivas foi considerado acima do nível bom por 57% da amostra. Avaliação: Média/Baixa. 5. Competitividade das Empresas Para 54% das empresas, o principal fator tecnológico de competitividade são as pessoas; maquinas (29%) e procedimentos (27%) vêm a seguir. As pesquisadas consideram-se atualizadas tecnologicamente (64%), e a idade média dos equipamentos é de 5,8 anos, o que pode ser considerado bastante razoável para este setor. A qualificação da mão-de-obra é considerada um problema para 62%, e a rotatividade, para 32%. O índice de rotatividade média, considerado elevado, é de 25%, o que significa um empregado em cada quatro trocado anualmente, implicando dificuldades para a qualificação técnico-profissional. Cerca de 62% da força de trabalho possui, no máximo, o 1º grau de instrução, outro fator grave para a qualificação do pessoal da cadeia produtiva, com implicações diretas no esforço que toda a cadeia vem implementando no sentido de buscar uma diferenciação do produto, por meio do aumento da qualidade. Nos últimos três anos, os investimentos em treinamento permaneceram estáveis para quase metade (43%). Como aspecto positivo, deve ser ressaltado que 81% prevêem aumento nos investimentos em tecnologia nos próximos anos. Algumas ferramentas básicas de gestão, como sistema formal de custos (43%), fluxo de caixa (43%) e controle de estoques (43%), são utilizadas, sistematicamente, por menos da metade das entrevistadas. A avaliação da satisfação dos clientes é a ferramenta mais utilizada, adotada por 70% da amostra. Avaliação: Média. 21

Avaliação Geral da Cadeia A cadeia produtiva no Distrito Federal está se organizando para adaptarse às características mais exigentes da demanda local, e as empresas estão preocupadas em modernizar-se, buscando atualização tecnológica. Há maiores exigências por parte do governo que, para contratar, requer que as empresas tenham certificação ISO ou PBPQ-H. O mercado do DF é bastante dependente de fornecedores de fora da região do Mercoeste, em especial nos casos de produtos como ferro/aço e cerâmica. As matérias primas representam, em média, cerca de 48% do faturamento. As empresas da construção civil do DF ainda são consideradas intensivas em matérias-primas, pois não conseguem agregar muito valor aos seus insumos básicos, o que reduz a competitividade da cadeia. Os resultados econômicos e financeiros são razoáveis: cerca de 51% das empresas apresentaram evolução positiva em seus patrimônios líquidos nos últimos anos e a taxa média de lucratividade da cadeia é de 21%. A taxa de utilização média da capacidade instalada está, em torno de 77%, o que permite obter resultados financeiros positivos. Além disso, a dificuldade de acesso a linhas de financiamento leva as empresas locais a operar com capital de giro próprio (81%), o que limita a sua capacidade de investimento e de expansão dos negócios em um mercado que está apresentando reduzida evolução. Avaliação Geral da Cadeia da Construção Civil: Média. Características Estratégicas da Cadeia Produtiva da Construção Civil: Pontos fortes: Mercado de incorporação com demanda forte, em especial nos padrões das classes média e alta. Mão-de-obra qualificada no setor imobiliário. Cadeia produtiva tradicional no Distrito Federal, com empresas maduras e de bom porte, tendo sido a primeira a alavancar a economia local. Iniciativas integradas, em estágio inicial, de empresas com entidades de classe e instituições de apoio competitivo. Boa taxa de lucratividade, o que contribui para o autofinanciamento do setor. Utilização da capacidade instalada da cadeia. Estrutura de apoio competitiva diversificada. Potencial de geração de empregos de forma rápida e de custo relativamente baixo. Significativo déficit habitacional. Capacidade de absorção de novas tecnologias. 22

Alguns segmentos da construção, como revestimentos, vidros, alumínios e madeiras, com disposição para investir em novos produtos. Pontos fracos: Falta de terrenos disponíveis em Brasília para novas construções, com sérias implicações para o segmento imobiliário. Baixos investimentos feitos pelo Governo Federal. Mão-de-obra pouco qualificada e com baixo nível de escolaridade. Dependência de fornecedores de fora do DF. Poucas parcerias para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços, o que limita a produtividade da cadeia. Falta de linhas de financiamento para construção. Altos custos financeiros. Baixa escala de produção. Falta de iniciativa de marketing institucional para a cadeia. Sazonalidade da demanda, que acaba causando custos operacionais elevados. Poucas parcerias entre as empresas para a produção conjunta (aumento de escala e do esforço de construção) e para o desenvolvimento de fornecedores de serviços e produtos. Baixo uso de ferramentas básicas de gestão por grande parte das empresas. Dificuldade de adaptação à legislação ambiental vigente. Oportunidades O advento da copa é um marco na história das cidades que a acolhem que além de receber investimentos em infraestrutura, é uma chance real para estas localidades mudarem para melhor a qualidade de vida de suas populações, alem de configurar excelente oportunidade de geração de receita para diferentes setores da economia. Os ganhos para o turismo são muitos, no Brasil, o setor encontra uma grande margem para o crescimento que está estável desde 2009 na faixa de 5 milhões, com previsão de chegar em 2014 com 7,5 milhões e em 2018 com 8,9 milhões, um incremento de 35% em 5 anos. Os principais aspectos positivos para o setor de turismo no DF: A cidade possui uma oferta de serviços públicos com qualidade acima da média nacional 23

A cidade possui um dos mais movimentados aeroportos internacionais do país, cuja malha aérea cobre praticamente todas as capitais e principais destinos do Brasil. A cidade possui boa infra-estrutura física e viária, com boas condições de segurança pública e transporte. A existência de modernos centros de convenções permite à cidade receber eventos de grande porte durante todo o ano. Principais aspectos negativos: Não foi possível identificar a existência de uma delegacia especializada em atendimento aos turistas. Embora tenha registrado a presença de turistas estrangeiros no destino, a falta de vôos internacionais foi apontada pelos empresários como um fator estrutural que merece uma intervenção. A falta de espaços para estacionamento aparece como um dos principais problemas da infra-estrutura física da cidade que afeta o setor de alimentação fora do lar. Os problemas relacionados ao transporte público e à criminalidade aparecem como os mais predominantes junto aos consumidores locais. Fonte: (ABRASEL, 2008) Formação de parcerias para: A produção integrada, aumentando a eficiência da cadeia; O desenvolvimento da estrutura de fornecimento local da cadeia, inclusive para encontrar maneira de diminuir os custos dos materiais; O desenvolvimento tecnológico da cadeia; A qualificação gerencial e da mão-de-obra; A integração com os fornecedores; A diminuição dos prazos de construção; A diminuição das perdas; A diminuição do déficit habitacional de moradias. Atendimento a outros estados do Mercoeste, com construções de melhor qualidade. Participação das empresas em programas de qualidade e inovação tecnológica como o PBQP-H. Consolidação das cooperativas de prestação de serviços básicos para diminuir os custos e aumentar a qualidade e a produtividade. Outras oportunidades sociais: A exposição do País na mídia e os conseqüentes efeitos sobre o turismo; As potenciais reduções da violência e da criminalidade advindas dos investimentos em segurança; Os benefícios sociais dos investimentos em infraestrutura; e 24

Os impactos microeconômicos da construção e melhoria dos estádios e todo um novo ambiente de oportunidades que se cria em seu entorno em função do megaevento. Fonte: Ernst & Young (2010:27) Discute-se que esta Copa poderá ser a primeira copa sustentável do planeta, seguindo critérios adotados pelo PNUD, que vai desde erguer estádios com o critério de construção verde até o impacto do consumo de CO 2 emitidos pelas aeronaves. Isto nos concerne algumas oportunidades para o setor, a saber: 1) Empresas que trabalham com conservação de energia e mudanças climáticas; 2) Empresas que trabalham com produtos que diminuem o consumo de água na sua utilização; 3) Empresas que fazem uma gestão interna de resíduos: reduzir, reutilizar e reciclar resíduos com apoio de catadores; 4) Empresas de transportes, mobilidade e acesso que alcançaram a eficiência energética, com uso de transportes acessíveis e universais que minimizem a poluição; 5) Empresas de paisagismo e biodiversidade com propostas de conservar a biodiversidade, por meio da promoção da paisagem natural; 6) Construtoras de edifícios verdes e estilos de vida sustentáveis que promovam a conscientização e estilo de vida sustentável; 7) Construtoras que propõem o conceito de construção sustentável para assegurar economia e eficiência nos processos construtivos e edificações. Condicionantes para a Copa de 2014 Atendimento das necessidades das cidades-sede; Aproveitamento do legado deixado pela copa; Eficiência Econômica; Fatores Externos; Para que estas condicionantes não se tornem empecilhos para a copa, o País precisa melhorar a sua eficiência econômica cortando gastos públicos, planejando as obras com antecedência e evitando dispêndios excessivos, desnecessários devido a não aplicação correta e desvios de recursos. Existem diversos fatores externos não-controláveis que podem por em risco caso haja baixa governança por parte dos stakeholders. Resumidamente, as cidades-sede precisam atender as seguintes necessidades: 1. Energia; 2. Transporte arterial (rodovias, aeroportos e etc); 3. Infraestrutura de eventos (estádios, IBC/IMCs, FAN PARKS); 4. Sistema hoteleiro; 5. Segurança; 25

6. Planejamento Urbano (serviços de utilidade pública, operações urbanas, qualidade das vias urbanas, transporte público, operações em condições adversas); 7. Serviços auxiliares (alimentação, taxi, comunicações, saúde e comércio). Fonte: Ernst & Young (2010:28) III. PERFIL MICROCOMPETITIVO No DF as perspectivas são positivas com o incremento da Copa de 2014. De acordo com pesquisa da FIBRA (2010), os empresários da Construção Civil projetam aumento da atividade no primeiro semestre de 2010 e dados da Ernst & Young apresentadas neste relatório acrescenta um aumento de atividade até 2018, vide gráfico em anexo. Esse otimismo reflete a expectativa dos empresários entrevistados em relação ao aumento de novos empreendimentos e à realização serviços. Em decorrência, os empresários planejam expandir o nível de emprego nos próximos seis meses. Os empresários ainda foram ouvidos no que diz respeito aos principais problemas a serem enfrentados. A carga tributária é a principal preocupação do setor, opção assinalada por 77,3% das empresas. Em segundo lugar, a falta de trabalhador qualificado foi apontada por mais da metade das empresas consultados (54,50%). Fonte: FIBRA (2010) Tecnologia No tocante aos principais fatores tecnológicos dos seus negócios, os pesquisados revelaram que os principais são pessoas (53%), máquinas (36%), informação (28%) e procedimentos (26%). Essa relevância do fator tecnológico pessoas encontra-se de acordo com a característica essencial da economia local, em que o setor terciário é predominante no uso intensivo do capital humano, aspecto também condizente com a moderna tecnologia de gestão na busca da competitividade das empresas. O fato de informação e procedimentos estarem com menor percentual de menções do que máquinas pode significar que há negócios em diversos estágios de evolução convivendo paralelamente no DF. A idade média dos equipamentos da amostra é de cerca de 6 anos, sendo que para 70% é de menos de 5 anos, o que revela que o tecido empresarial tem atualização tecnológica, um ponto positivo para a sua competitividade. 26

Grau de atualização tecnológica Além da conscientização da gestão tecnológica, a maioria das empresas se considera tecnologicamente atualizada (58%). Entretanto, esse quadro pode evoluir ainda mais, pois a grande tendência verificada é de aumento dos investimentos no desenvolvimento desse fator, conforme as intenções de 81% da amostra. No entanto, menos da metade (45%) declarou realizar pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos. Um ponto positivo é o índice de posse de computadores pelas empresas (80%), o que revela uma coerência com relação ao esforço de atualização tecnológica. Outro aspecto relevante da região é a utilização da Internet por 70% das entrevistadas, revelando um bom aproveitamento e acompanhamento tecnológico, o que contribuirá para um maior grau de abertura econômica. O subsistema de informações competitivas As principais fontes de informações sobre novas tecnologias, são o SEBRAE (18% das citações), a Internet (12%), feiras/exposições (11%), fornecedores (8%) e o SENAI (8%). Esses resultados, demonstram a capacidade das empresas de acessar diferentes alternativas e incorporar novas tecnologias de informação à sua competitividade. Existem diversas oportunidades para a ampliação da atuação das instituições de apoio competitivo do DF, no fortalecimento da capacitação técnicoprofissional das cadeias produtivas. Relacionamento com o mercado Somente 43% da amostra consideram atender plenamente o mercado consumidor local, o que representa um rendimento baixo da sua competitividade. Cerca de 50% realizam compras fora do Distrito Federal, e quando o fazem é devido a fatores como disponibilidade do produto (44% das respostas), preço (38%), qualidade (21%) e variedade de produtos (11%). Entre os principais problemas mencionados pelas empresas, cabe mencionar os seguintes: Altos custos de insumos 47,6% Altos custos financeiros 46,8% Concorrência 43,5% Baixa qualificação da mão-de-obra 27,5% Falta de financiamento para a produção 24,3% Altos custos de produção 24,0% 27

A baixa qualificação da mão-de-obra, entre os mais sérios problemas, constitui uma significativa desvantagem para os negócios, pois a variável pessoas foi apontada como o principal fator tecnológico. Aproximadamente 85% dos entrevistados consideram a qualidade do produto como o fator fundamental de diferenciação dos seus negócios, seguida pelo preço (43%), atendimento (43%), confiabilidade (36%) e prazo de entrega (27%). Esses dados indicam que há significativas vantagens competitivas apontadas pelas empresas para seu sucesso no mercado local e mesmo nacional, incluindo-se produtos com qualidade. Entre as dificuldades para competir no mercado, nota-se que os custos (financeiros, insumos e produção) influem negativamente para a concorrência com base no preço. Curiosamente, porém, havendo qualidade dos produtos e atendimento nos serviços, aliados a outros aspectos, deveriam ser neutralizados os problemas decorrentes dos custos, pois os consumidores estariam dispostos a pagar por esse diferencial competitivo. Possivelmente, essa situação detectada permita o estabelecimento de uma estratégia de criação de um selo de qualidade de produção local, o que poderá configurar-se como um ponto positivo para os produtos em sua competição no mercado, bem como para a atração de novas empresas para a Região. Integração estratégica para a melhoria de gestão A parceria com outras empresas poderá ser uma das possíveis soluções para diversos problemas que afetam negativamente a competitividade local, em especial, os que se referem a compra de insumos e matérias-primas, escala de produção, desenvolvimento e variedade de produtos e acesso a novas tecnologias. Entretanto, os contidos índices de parcerias existentes entre empresas e as instituições de apoio permitem prever a existência de um grande espaço para o incremento desse tipo de integração, tão benéfico e necessário para o desenvolvimento das cadeias produtivas modernas. Contudo, já podem ser identificadas algumas ações em curso para uma melhoria dessa integração, conforme denota o quadro: Ações em parcerias com instituições de apoio competitivo: Pesquisa e desenvolvimento: 14% Marketing e promoção de produtos: 20% Produção integrada de produtos: 14% Apoio à melhoria de gestão As principais fontes de apoio competitivo de que se valem as empresas para a melhoria dos seus processos de gestão são o SEBRAE (44% de citações), 28

consultorias (17%) e SENAI (14%). A estrutura de apoio, ofertada pelas instituições, com relação a qualificação e treinamento profissional, e pesquisa e inovação tecnológica, mereceu boa avaliação por parte das entrevistadas. O quesito informações competitivas, contudo, teve consideração apenas razoável. A satisfatória referência que a estrutura de apoio tem perante as empresas do DF, representa uma vantagem competitiva, e significando que essas instituições podem assumir papel importante de contribuição para o fortalecimento da capacidade competitiva da Região. Capital e Informação Como fontes de acesso às informações de mercado, sobressaíram na pesquisa o SEBRAE, com 31% das citações, Sindicato, com 11% e Internet, com 6%. Para obter informações sobre novas tecnologias são acessados: SEBRAE (18%), Internet (12%) e feiras e exposições (11%). Esses resultados destacam a variedade de opções utilizadas pelas empresas locais. Além disso, para obter informações sobre financiamentos, são mencionados os Bancos (80%) e o SEBRAE (27%), como as principais fontes. Recursos Humanos O capital humano é considerado como o principal dos fatores tecnológicos nas organizações modernas e, portanto, a sua avaliação se reveste da maior relevância para a determinação da condição competitiva local. Vários indicadores são utilizados para determinar o grau de desenvolvimento do corpo funcional e a sua capacidade de agregar valor aos negócios das cadeias produtivas. Em formação básica dos recursos humanos, a capacitação das empresas pesquisadas pode ser considerada baixa, pois cerca de 90% dos funcionários têm, no máximo, o 2º grau completo, e mais de 20% não completaram, sequer, o 1º grau de ensino. Assim, pode-se inferir que outras áreas não analisadas, como o setor financeiro e a administração pública, contribuem para os índices mais elevados da qualidade da formação da mão-de-obra da Unidade Federativa. Os números verificados, no entanto, são preocupantes, uma vez que as estatísticas oficiais indicam que o DF apresenta dados bastante positivos em relação aos demais estados do País, no tocante ao nível de educação da sua população. Porém, no caso das cadeias produtivas pesquisadas, verificou-se a necessidade de haver melhor qualificação da sua força de trabalho, para melhorar a sua competitividade. Situação dos investimentos em treinamento das empresas: 34% investiram em treinamento na área de gestão; 73% na formação técnica; 14% em educação básica; 11% em qualificação do corpo diretivo. 29

Indicadores Operacionais Capacidade instalada A taxa de utilização da capacidade instalada pode ser considerada boa para as condições do mercado, pois a média da amostra é de cerca de 80%. Para 60% das empresas, essa taxa é superior a 75%, e aproximadamente 17% usam menos de 50% dos seus potenciais. Existe, portanto, uma ligeira ociosidade na matriz produtiva, o que restringe as contratações de pessoa e contribui para uma relativa elevação dos custos operacionais. Deficiência na estrutura de fornecimento As empresas locais possuem dificuldades para atender à demanda de determinados produtos e serviços no Distrito Federal (economia de escopo), com preços mais competitivos (economia de escala) e com qualidade (eficiência e eficácia operacional). Há, ainda, pequeno adensamento das cadeias produtivas em relação aos seus elos fracos ou faltantes. Cerca de 65% da amostra compram de produtores locais, mas para 46% os produtores e fornecedores locais são a principal fonte de suprimento de insumos. Os motivos fundamentais para aquisição de produtos e serviços de outros estrados estão indicados na tabela a seguir. Razões para compra de fornecedores de fora do Estado: Disponibilidade de produtos 44% Preço 38% Qualidade do produto 21% Variedade de produtos 11% As deficiências na estrutura de fornecimento do Distrito Federal, em alguns dos seus elos, geram problemas que afetam a competitividade, tais como: Menor disponibilidade de insumos/matérias-primas; Custos mais elevados para a elaboração dos produtos finais; Preços mais altos dos produtos finais; Maior prazo de entrega, devido à maior distância dos fornecedores. Integração operacional estratégica 30

Uma maneira para compensar a carência de fornecedores locais de determinados insumos, como parte de uma estratégia competitiva, poderia ser a constituição de parcerias com possíveis fornecedores, ou mesmo entre as empresas consumidoras, a fim de melhorar as suas condições de negociação e acesso aos fornecedores de fora do Distrito Federal. Com vistas a contribuir para o aproveitamento das oportunidades de desenvolvimento, algumas empresas poderiam ser implantadas no DF, tais como: produtoras de matérias-primas, fornecedoras de embalagens, empresas de pesquisa e desenvolvimento, de assessoria de projetos e de locação de máquinas e equipamentos, entre outras. Pontos fortes e oportunidades das cadeias produtivas Pontos fortes Cadeias atualizadas tecnologicamente Baixa idade média das empresas Qualidade dos produtos como fator de diferenciação dos negócios Mercado local em expansão Novos produtos e novos clientes detectados Aumento dos investimentos em tecnologia Boa integração entre empresas e instituições de apoio competitivo Oportunidades Qualificação da força de trabalho Qualificação gerencial Estabelecimento de selo de qualidade de produção local Atuação das instituições de apoio competitivo Melhoria do grau de parcerias entre as empresas Redução do índice de refugo (desperdício) Reforço da estrutura local de fornecimento Constituição de parcerias para o fornecimento de insumos/matérias-primas Índice de Competitividade Micro O sistema empresarial das cadeias produtivas do Distrito Federal apresenta um conjunto de empresas com razoáveis indicadores econômicofinanceiros. A situação microcompetitiva revela que há deficiências de gestão organizacional, em especial no que tange à questão dos recursos humanos, onde sobressaem as falhas relativas à qualificação da força de trabalho. A estrutura de fornecimento local pode ser reforçada, para minimizar a dependência de fornecedores de fora do DF e permitir maiores vantagens comparativas às empresas locais. Por outro lado, a infra-estrutura de apoio competitivo tem estabelecido bom relacionamento com as empresas e buscado articular ações para fortalecer a competitividade das cadeias produtivas. A questão das parcerias ainda se encontra em estágio que requer maior atenção. As análises, das cadeias produtivas, indicam a necessidade de maior integração de esforços e recursos dos atores sócio-econômicos, para possibilitar ações conjuntas que possam contribuir para solucionar os problemas identificados. Pode-se observar algumas ações localizadas, como o esforço dos sindicatos, de 31

empresas em certas cadeias produtivas e de instituições de apoio competitivo, como o SENAI e o SEBRAE. Critério Descrição Avaliação Tecnologia As cadeias produtivas são atualizadas tecnologicamente, com potencial de melhoria adicional devido à previsão de aumento dos investimentos. Boa Gestão Há necessidade de fortalecimento deste aspecto para melhorar a competitividade: o mercado ainda não é atendido satisfatoriamente, e as técnicas modernas de gestão organizacional precisam ser adotadas de Baixa forma ampla. Capital e Há bom sistema de disseminação de informações e índices econômicofinanceiros razoáveis de lucratividade. informação Média Recursos A gestão de recursos humanos apresenta como principal dificuldade a humanos baixa qualificação profissional da força de trabalho. Baixa Operações As empresas, em geral de micro e pequeno portes, apresentam boas taxas de capacidade instalada, mas não fazem uso de técnicas modernas de gestão organizacional, como forma de reforçar a sua competitividade. Média Consolidação dos Resultados Nível Descrição Avaliação Macro O mercado local apresenta grande potencial de desenvolvimento por sua elevada renda per capita. Com uma economia caracterizada por sua vocação voltada ao setor terciário, recentemente, têm sido implantados diversos novos negócios em áreas novas e promissoras, como empresas de telecomunicações e biotecnologia, que oferecem perspectivas de expansão da economia local e de atratividade de outras mais, com o fortalecimento das cadeias existentes. A infra-estrutura social (educação e saúde) apresenta melhores índices do que as demais sub-regiões do Mercoeste, enquanto os aspectos relacionados à base Boa existente para a formação e qualificação de pessoal, também contam com uma estrutura favorável. A presença local do governo federal apresenta vantagens em termos de empregos, renda mais alta e contratações de serviços especializados, mas também restringe a capacidade criativa do setor privado. O sistema de contratações via processo licitatório favorece as maiores empresas e elimina a fidelidade aos fornecedores do DF, que têm que competir com empresas de todo o país. Meso As cadeias produtivas locais desfrutam de vantagens comparativas que resultam em satisfatórios índices de lucratividade média e de utilização da capacidade instalada. Há, contudo, um elevado índice de auto-financiamento das operações, representado pelas taxas de capital de giro próprio empregadas para a execução das atividades das empresas. Ainda podem ser notadas Média limitações quanto a integração e organização das cadeias produtivas, em virtude de deficiências de gestão empresarial e da qualificação da mão-de-obra, fator que é um dos principais gargalos da competitividade local. Micro A situação das empresas das cadeias produtivas examinadas, em termos de Média 32

equipamentos e capital, pode ser considerada satisfatória, destacando-se investimentos para a atualização tecnológica. A qualidade e a variedade de produtos e serviços têm boa avaliação. Foram detectadas deficiências de qualificação e formação gerencial e de mão-de-obra que representam empecilhos à competitividade. Como consequência desse panorama, o mercado local é considerado como bem atendido na maioria das cadeias. Porém, ainda existem hiatos do mercado produtor em sua atuação. A estrutura de apoio competitivo local reflete uma boa simbiose entre instituições e empresas, bem como apresenta condições para colaborar no processo de estruturação e fortalecimento das cadeias produtivas. Será necessária maior integração entre empresas, e entre estas e seus fornecedores, a fim de melhorar a competitividade e aproveitar as oportunidades que são proporcionadas. Diagrama competitivo O Diagrama Competitivo do Distrito Federal apresenta a relação das vantagens e deficiências dos sistemas macro, meso e microeconômicos. Dele, podem ser extraídas conclusões e sugestões de ações que permitam transformar a atual realidade estadual. A grande deficiência desta Unidade Federativa está nas características apontadas em seu perfil microcompetitivo. As qualificações gerencial e da mão-deobra precisam ser aprimoradas e receber atenção especial, como forma dirigida para fortalecer o desempenho das cadeias produtivas. De acordo com a amostra, os resultados econômicos e financeiros são, em geral, satisfatórios. As cadeias produtivas apresentam aspectos competitivos com diversas oportunidades a serem aproveitadas, e existem diversos elos que apresentam potencial de crescimento com possibilidades de maior agregação de valor à produção na região. A situação de fornecimento especializado ainda requer melhoria para um abastecimento mais efetivo, em especial de insumos básicos, o que poderá contribuir para a redução dos custos para as empresas locais, melhorando sua competitividade. Para que haja um rompimento desse ciclo, é necessário que seja implementado um conjunto de ações de responsabilidade de todos os atores envolvidos, para o benefício da competitividade local: As empresas, por meio da qualificação gerencial e de sua mão-deobra, poderão ter reforço da capacidade de gestão e busca dos investimentos necessários, operando para ocupar os espaços de maior agregação de valor em suas cadeias produtivas; O Governo, por meio da elaboração e condução de políticas específicas e efetivas de desenvolvimento e de incentivo à promoção dos elos frágeis das cadeias produtivas da região, criando condições propícias ao fortalecimento dos negócios; As instituições de apoio competitivo, com a oferta e o fortalecimento na condução de serviços de apoio competitivo mais específicos para o 33

tratamento dos problemas locais, atuando como agentes de liderança nas mudanças de organização empresarial necessárias. O SENAI acredita que projetos integrados de desenvolvimento, específicos para os problemas apontados durante o relatório, envolvendo esses três tipos de atores, poderão alterar a situação vigente. Fonte: Perfil Competitivo do Distrito Federal, 2009 34

Análise Estratégica Ações a serem desenvolvidas Infraestrutura básica Acesso Análise das melhores práticas Produto Preço Ponto de Distribuição Obras Licitações e Cidades-sede imobiliárias obras públicas da Copa 2014, Modais de DF e Entorno transportes Reformas em aeroportos, malha rodoviária e construções de rodoviárias Novos Centros de Distribuição Projetos EPTG e VTL, obras de acessibilidade e calçadas Aérero Rodoviário Aquaviário - Cidades-sede da Copa 2014 e portuárias Promoção Segurança no trânsito, hospedagem, alimentação, receptividade do turista, melhoria nos serviços em geral Melhoria no fluxo de turismo Resultados a serem obtidos Rapidez Segurança Conforto Bem-estar Entrada de divisas no País Onde buscar alternativa GDF, Ministério dos Esportes, MDIC e Cidades Entidades de classe e setores produtivos envolvidos GDF, Ministério dos Esportes, MDIC, Cidades e Transportes Entidades de classe e setores

Sustentabilidade Enfrentamento à exploração infanto-juvenil Produção associada a cultura Meio ambiente Gestão pública e governança Serviços e equipamentos turísticos Fundos e linhas de financiamento Articulação e cooperação para desenvolvimento dos setores produtivos envolvidos Coordenação instituicional Serviços de hospedagem Serviços de alimentação Atrativos Marketing de causas sociais Linhas de financiamento público-privado Mercado concorrente Cidades-sede da Copa 2014 e portuárias Bancos oficiais, Trades, Bolsas de valores e factoring Cidades-sede da Copa 2014 e portuárias Programas de conscientização com o públicoalvo Propaganda nos meios de comunicação Promoção em mídias Propaganda e sites oficiais Mídia áudiovisual Diminuição do índice de exploração infanto-juvenil, maior consciência cultural e meio ambiente Maior nível de empréstimos e financiamentos Atendimento as necessidades do turista produtivos envolvidos Governo Federal e ONG s envolvidas Bancos oficiais, Trades, Bolsas de valores, factoring e governo Comitê organizador, sites das cidades e sindicatos

Divulgação da copa Gastronomia Hotelaria turísticos CAT Sinalização Turística Feiras e Eventos Mercado concorrente Culinária multilíngues Construções e reformas Mercado concorrente Licitações e tomada de preços Cidades-sede da Copa 2014 e portuárias Cidades-sede da Copa 2014 e portuárias Cidades-sede da Copa 2014 e portuárias Material promocional Revistas do setor, sites e guia gastronômico e turístico - Atendimento as necessidades do turista Atendimento as necessidades do turista Aumento em 20% da rede hoteleira no DF Comitê organizador, sites das cidades e sindicatos Sindicatos e órgãos de classe Governo Federal, GDF e Sindicato da Construção Civil

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS Existem alguns riscos inerentes ao evento da Copa do Mundo que merecem destaque. Quais são os 12 estádios escolhidos para sediar a copa e o que fazer com o legado deixado pela Copa. Sabe-se que o evento trará investimentos pesados para o setor e mesmo com a recessão mundial dificilmente afetará o País que utilizará basicamente de investimentos público nas obras de infra-estrutura. Especialistas afirmam que se tiver alguma conseqüência macroeconômica, provavelmente, será pequeno devido ao crescimento do setor e ao bom momento do Brasil. O que se sabe é que Brasília será uma das cidades-sede e que muitos setores serão beneficiados, hotéis, bares, restaurantes, fun parks, e principalmente, infraestrutura o qual o setor da construção civil faz parte. No ano de 2010 o setor cresce a dois dígitos impulsionados pelas obras em todo o DF e o desenvolvimento das cidades satélites e entorno. Os setores de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública e serviços de informação, que terão um incremento na produção de R$ 50,18 bilhões. Reformas que ocorrerão nos principais modais, incrementos em bares e restaurantes, setor de hotelaria e turismo movimentarão o setor da construção civil que receberá um grande fluxo de capital interno e externo, por meio de empresários que investirão no setor. Um dos grandes pontos fortes da Copa é o fato de ser chamada como a primeira copa sustentável de todo o planeta. Todo o País está se preparando para receber construções sustentáveis, veículos com menor consumo de CO 2, a utilização de modais menos poluentes como o trem sobre trilhos, conservação de energia, gestão interna de resíduos, promoção da paisagem natural e estilos de vida sustentáveis. Em contrapartida, ficam muitos desafios para os governos que dependem de políticas públicas sustentáveis, redução do erário público, custos invisíveis, reformas estruturais como a redução da carga tributária e garantia de investimentos para as populações que garantam amplo bem-estar. Todas as Copas deixam grandes aprendizados, mas é preciso saber, o que fazer com os investimentos que serão deixados no País e ter um plano estratégico de longo prazo para depois da Copa. O documento que está sendo finalizado pelo Governo Federal junto ao Ministério dos Esportes, o planejamento estratégico da copa, mostrará o que se pensa antes, durante e depois da copa; Talvez o maior desafio fique por conta do legado, que é o que ficará depois para a população brasileira.

Em anexo segue um formulário para fornecedores interessados na prestação de serviços para a Copa que deverá ser preenchido e enviado para o comitê organizador da FIFA que fará a seleção das melhores propostas. SEBRAE / DF S.I.A Trecho 03 Lote 1580 71 200-020 S.I.A Brasília/DF Diretoria: Maria Eulalia Franco Unidade de Acesso a Mercado Sebrae/DF Unidade de Acesso a Mercado Gerente: Lucimar Santos Gestor do Projeto: James Hilton Reeberg 061 33621623 james@df.sebrae.com.br Foco no Mercado Consultora: Carlos Neymer F.Nume3s Demanda: Unidade: UACIN Projeto: Segmento Construção Civil 39

V. BIBLIOGRAFIA ABRASEL - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes: Caminhos do Sabor A união faz a força. Plano de ação: Brasília: 2008. 41p. ABRASEL - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes: Caminhos do Sabor A união faz o destino: desenvolvimento de destinos turísticos através da gastronomia. Brasília: 2008. Págs: 70-71. ANUÁRIO DO DF: construção civil. Brasília, 2010. Disponível em< http://www.anuariododf.com.br/comercioservicosindustria-construcao-civil.html>. Acessado em 29/08/2010. EMBRATUR: Benchmarking em turismo aprendendo com as melhores práticas internacionais. Brasil: 2009. 93p. ERNST & YOUNG; FGV PROJETOS. Brasil Sustentável: impactos socioeconômicos da copa do mundo 2014. Brasil: 2010. 56p. Perfil competitivo do DF. Brasília: FIBRA, 2009. REVISTA VEJA. Copa do Mundo de 2014. http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/copa_do_mundo/index.shtml. 40

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CHEGADA DE TURISTAS INTERNACIONAIS EM MILHÕES Fonte: Ernst & Young (2010) 43