PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMUNITÁRIA EM GOLANDIM SÃO GONÇALO DO AMARANTE/RN. Kayonara Patrícia de Oliveira Alves Departamento de Geografia UFRN. Resumo: O presente trabalho parte de um estudo de caso norteado por um Projeto de Educação Ambiental Comunitária na Comunidade de Golandim em São Gonçalo do Amarante-RN, objetivando a mobilização e organização da comunidade para Educação Ambiental, propondo soluções comunitárias para o problema ambiental, desenvolvendo ações integradas que visem à formação de agentes multiplicadores em Educação Sanitária e Ambiental Comunitária nessa comunidade, sensibilizando a população para a importância do uso racional e sustentável da água, do ordenamento no uso e ocupação do solo, de condições salubres de habitabilidade, e da gestão participativa e controle social dos serviços urbanos, em especial, dos de saneamento urbano, estes entendidos como: abastecimento d água, esgotamento sanitário, coleta, tratamento e disposição de resíduos sólidos, drenagem urbana, e prevenção de doenças de veiculação hídrica. Iniciamos a investigação na área de estudo por etapas, usando o método participativo e tendo como base de analise um diagnóstico socioambiental. Portanto, torna-se necessária a pesquisa visando efetivamente uma articulação entre a politica urbana e a política de desenvolvimento socioambiental com as demais politicas setoriais, sobretudo a de educação e saúde, com o objetivo de possibilitar a formação de parcerias com instituições para que se execute um trabalho continuo junto a Comunidade Golandim para melhor qualidade de vida, pois a reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental tema que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais de várias áreas do conhecimento numa perspectiva interdisciplinar. Palavras-chaves: educação ambiental, organização comunitária, diagnóstico socioambiental, planejamento ambiental. 0
INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo apresentar um diagnóstico socioambiental da comunidade Golandim pertencente ao município de São Gonçalo do Amarante, o qual se localiza na Zona do Litoral Oriental do Estado do Rio Grande do Norte, seu território conturbado com a zona norte da cidade de Natal, possuindo uma área de 251 km², com a altitude de sua Sede em 15 metros e uma população de 80.737 habitantes. (IBGE, Censo 2010). A comunidade apresente hoje uma população de 12.452 hab., com uma área de 918.782 m² (SEMURB São Gonçalo do Amarante). Nas visitas de campo, registramos cenas de vários impactos ambientais inerentes ao próprio processo de crescimento territorial desordenado que a comunidade vem sofrendo ao longo de sua existência. Causa preocupações em relação ao cenário da comunidade Golandim, visto que se trata de uma área que possui um manancial o rio Golandim que desemboca no Rio Potengi o qual já vem sofrendo com depósitos de resíduos sólidos e químicos promovidos pelas indústrias locais e também sob a ação antrópica com retirada da mata ciliar, ocupações irregulares próximas à bacia (criação de suínos, bovinos, abatedores clandestinos), poluindo as águas com dejetos animai, esgoto e lixo doméstico, assoreando o rio, consequentemente, comprometendo a sua vasão (veja fotos atuais). As principais atividades desenvolvidas no município são baseadas na agropecuária, pesca, extração vegetal, extração mineral e silvicultura, suinocultura, criação de bovinos e caprinos. Também temos neste município a atividade de extração de areia, argila e em algumas comunidades a extração de pedras. A área industrial do município também tem bastante influência na economia e no meio ambiente local, sendo composto por indústrias têxteis e indústrias alimentícias, os quais empregam boa parte da população do município. Na comunidade Golandim foi observado a forte presença de atividades do setor terciário com pequenos empreendimentos, bem como o trabalho informal com oferta de serviços de profissionais em vários segmentos. A percepção ambiental da comunidade foi avaliada através de aplicação de questionários a 157 moradores um dos instrumentos do método participativo composto por 22 questões (21 de múltipla escolha e 01 subjetiva), considerando o perfil do entrevistado (idade, escolaridade e sexo). Infelizmente não foi possível atingir os 5% da quantidade total de moradores (aproximadamente 12.452 habitantes) - meta de 622 questionários motivos de força maior atrapalharam no cumprimento do número mínimo da amostra: muitos se recusaram a responder, tempo limite para encerramento do Projeto (contando com uma equipe pequena, mudanças na equipe), férias escolares. Foram valorizadas as observações espontâneas dos entrevistados com o objetivo de medir a consciência social e ambiental em relação aos problemas que surgem em seu meio e consequentemente mapear os diversos problemas ambientais da comunidade uma análise da forma que eles se relacionam com esses problemas, servindo de base para a compreensão das inter-relações entre o homem e o ambiente, suas satisfações e insatisfações, expectativas, julgamentos e condutas. Assim, podemos ter uma visão de como elaborar propostas de soluções comunitárias para o problema ambiental, baseado nos resultados desse diagnóstico. INTRUMENTOS DE PESQUISA MÉTODO. 1
Foram feitas visitas de campo para reconhecimento e registros fotográficos dos cenários paisagísticos da comunidade Golandim contamos com o apoio da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, da Secretária Municipal de meio ambiente e urbanismo, da Secretaria de Planejamento e Orçamento Participativo e da Secretaria de Assistência Social com indicações de contatos de instituições a serviço da comunidade. Para o mapeamento das áreas de risco utilizamos um mapa georeferenciado do local e traçamos junto a um mapa de campo utilizado pelos agentes de saúde o percurso para a caracterização e registros dos impactos ambientais. Na aplicação dos questionários, contamos com o apoio do Centro de Referência em Assistência Social, onde funciona o Projeto Social Vencendo Desafios para jovens da comunidade, do Telecentro (Projeto de inclusão digital) e dos Postos de Saúde Golandim I e II. Com o método participativo, promovemos simultaneamente uma ação de sensibilização e mobilização da comunidade juntamente com os agentes multiplicadores sociais Coordenadores de projetos (visitas ao Centro de Referencia em Assistência Social), enfermeiras e agentes de saúde do posto de saúde (reunião comunitário com a equipe do Programa Saúde da Família do Posto Golandim II), professores das escolas públicas (Francisco Potiguar e Genésico Cabral) participamos de reuniões promovidas pelas instituições públicas, aproveitando reuniões comunitárias, visando apresentar o projeto e para coleta de informações através da aplicação do questionário socioambiental. RESULTADOS E DISCUSSÃO Baseado no perfil dos questionários, os moradores possuem relativamente um nível de escolaridade baixo com um percentual considerável de indivíduos com apenas o ensino básico e um percentual expressivo de pessoas sem concluir o ensino fundamental (Fig1). Fig 1 percentual do nível de escolaridade. O percentual de pessoas que desperdiçam água é relativamente alto, comparando as três respostas referentes ao tempo gasto no banho (Fig2). 2
Fig 2 percentual do tempo gasto no banho O motivo financeiro leva os moradores a se preocuparem com a questão do gasto de energia elétrica, apesar de ter sido expressivo o percentual de respostas motivadas pelo ambiental ao se perguntar que tipo de lâmpada se usa em suas residências (79% utilizam fluorescentes) e se tem o hábito de desliga-la ao sair do local (89% tem o hábito). Na compra de eletrodomésticos, os entrevistados levaram em consideração o consumo de energia pelo mesmo motivo, porém, a maioria é induzida por ambos os motivos. Pelo fato de se encontrar informações sobre economia de energia nos produtos termina induzindo a aquisição dos mesmos, ou seja, o motivo real (ecológico) não é consciente. Usamos esse mesmo raciocínio para analisar as respostas sobre a preocupação dos entrevistados em escolher produtos com vasilhames reutilizáveis, ou seja, os produtos que oferecem refil são mais baratos e são ecologicamente corretos. Fig3 Consciência do consumo de energia em valor percentual na aquisição de produtos eletrodoméstico Sobre a questão do lixo, o tipo mais produzido é o não orgânico (59%). Apesar do carro de coleta urbana de lixo passar três vezes (em algumas áreas só duas vezes), porém é comum lixo acumulado nos terrenos baldios, o que justifica o aparecimento frequente de vetores de doenças nas residências. Os mais frequentes são moscas, baratas, ratos e mosquitos (fig4). 3
Fig4 Percentual de ocorrência de vetores de doenças mais comuns nas residencias da comunidade. Sobre o destino de pilhas e baterias, a maioria dos entrevistados, por não saberem o que fazer, joga no lixo doméstico (Fig5). Fig5 Percentual da escolha do destino dado pelos moradores da comunidade às pilhas e baterias O destino das águas residuais em sua maioria é a rua, lançadas in natura, um fato constatado em visitas a campo e fotografados (fig6), mas também foram entrevistados alguns moradores da Rua São Francisco uma das ruas principais da comunidade e que é saneada, porém alguns não sabiam se quer o significado de saneamento básico. Fig 6 Percentual do destino dado a água utilizada nas residências da comunidade 4
Com base nas respostas da questão subjetiva do questionário aplicado, verificamos que o espaço ocupado ainda apresenta várias falhas na organização em relação a sua infraestrutura: problemas de acessibilidade (calçadas sem padrão, dificultando o tráfego de portadores de necessidades físicas, ruas muito estreitas); esgoto doméstico lançados nas ruas, provocando mau cheiro e promovendo rico à saúde e contaminação do solo; ocupações irregulares; depósito de lixo a céu aberto (sobretudo próximo ao rio Golandim), comprometendo a saúde do manancial; ruas sem pavimentação e sem drenagem, iluminação urbana insuficiente em pontos próximos a paradas de ônibus e terrenos desocupados, facilitando ocorrência de assaltos e favorecendo o comercio de drogas. Acima de tudo isso, a maior preocupação dos moradores do Golandim é a segurança pública, sobretudo, combate ao tráfico de drogas no local. Em seguida, foram apontadas péssimas condições sanitárias - a falta de saneamento básico, causando desconforto pelo mau cheiro produzido pelo esgoto, escoando pelas ruas, tendo como outra consequência a reprodução de vários vetores de doença. A outra observação importante durante o percurso feito pelas ruas principais foi a quantidade de lixo acumulado e misturado a esgoto doméstico, denunciando também a falta de educação e responsabilidade ambiental dos moradores. MAPEAMENTO DOS PROBLEMAS PRESENTES DA ÁREA EM ESTUDO. Com o apoio de agentes de saúde, percorremos um trajeto de aproximadamente 03 quilômetros com o auxilio de um mapa de campo (anexo III) usado para localizar pontos estratégicos de reprodução de vetores de doenças (PE), e foi possível registrar e mapear os pontos mais críticos da comunidade problemas de infraestrutura impactando o meio ambiente e provocando transtorno aos moradores daquela área. Verificamos que é muito comum esgotamento sanitário nas ruas em frente as casa, escoando nas ruas, lixo doméstico e entulhos de resto de material de construção depositados em terrenos baldios. Na Rua Adegê Barreto (lote 06), segundo o agente de saúde responsável pela área, enfrenta problemas de infraestrutura frequentemente, se encontra sem pavimentação com vários pontos de erosão causados por escoamento de águas residuais (esgoto doméstico) e pluviais, formando valas, onde os próprios moradores depositam lixo doméstico. Nessa rua encontramos também um ponto de coleta seletiva (PE) sem nenhum cuidado facilitando a reprodução de vetores de doenças (principalmente o Aedes Aegypti). Seguindo mais ao interior da comunidade, na Rua Prof. Luiz Soares (lotes 59 e 60) encontramos esgoto liberado nas ruas e lixo entulhado no terreno baldio. Seguindo pela Rua Pe. Cicero (lotes 60 e 73), encontramos mais um terreno baldio (ao lado da Igreja Adventista), servindo depósito de lixo e poças de esgoto doméstico lançado diretamente na rua. Depois seguimos descendo pela Rua Santa Maria II (lotes 90 e 92) e subindo pela Rua Santa Maria I (lotes 84 e 90) próximo a ZPA I (limites do Rio Golandim), onde apresenta pontos de erosão, escoamento de esgoto doméstico e grande quantidade de lixo à céu aberto. Depois seguimos pelo final da Rua São Francisco (lote 84), onde existem duas bocas de lobo com resíduos sólidos depositados e com escoamento de esgoto em solo descoberto em direção a área da ZPA I. Neste ponto, verificamos muito lixo, sobretudo, erosão, lamas de esgoto causando grande mau cheiro. Saindo Logo após seguimos por uma rua projetada ( com a presença de criação de gado 5
(03 currais), que segundo os moradores dessa área, é uma área de muitos incidentes de violência (falta segurança), no final dela próximo a ZPA I, segundo os agentes de saúde que nos auxiliava, existe a presença de uma pocilga. Depois subimos pela Rua Imaculada Conceição (lotes 86 e 87) que encontra-se sem pavimentação e muito erodida, com muito lixo e esgoto, ligações irregulares de fios de alta tensão. Dirigindo-nos a Rua Maria Fernandes (iniciando entre os lotes 65 e 76), finalizando o trajeto em direção a Av. Thomaz Landim (lote 01), ruas anexas (sem saída limitadas por um muro cercando uma área de granja que se inicia na Av. Thomaz Landim BR 406 e vai até a área limite do Rio Golandim ZPA I), sem pavimentação, muito esgoto escoando pelas ruas (Anexo III). ESTRATÉGIAS DE AÇÃO A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais em busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, por meio de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania. As políticas ambientais e os programas educativos relacionados à conscientização da crise ambiental demandam cada vez mais novos enfoques integradores de uma realidade contraditória e geradora de desigualdades, que transcendem a mera aplicação dos conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis. De acordo com Jacobi (2003: p.192), o desafio é, pois, o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora, em dois níveis: formal e não formal. Assim a educação ambiental deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva holística de ação, que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo em conta que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o homem. Portanto, para uma mudança da realidade da Comunidade Golandim, devemos começar pela educação: Promover cursos de capacitação e reciclagem aos profissionais da educação atuantes na comunidade, aos lideres comunitários e agentes de saúde focando a questão ambiental e suas dimensões, com o objetivo de formar agentes multiplicadores mobilizando a comunidade local em geral; Realização de trabalhos junto com as escolas da comunidade, com estratégias pedagógicas (atividades lúdicas) transdisciplinares e participativa (pais, alunos e professores), envolvendo todos da comunidade, incluindo em planejamentos pedagógicos, oficinas de educação ambiental, seminários e palestras educativas a respeito de cidadania um instrumento importante para uma indispensável formação do ser; Integração de politicas setoriais - Os professores e lideres comunitários envolvidos na causa ambiental e social, assumindo o papel de educador 6
ambiental, contando com o apoio da Prefeitura através da Secretaria de Educação e/ou outras instituições, aferir, inicialmente, como a comunidade se relaciona com os recursos naturais e, consequentemente, identificar os obstáculos existentes para, a partir de então, programar práticas sócioeducativas na concepção de investigação-ação educacional; Criar programas educativos em parceria com outras instituições (federal ou/e estadual) com o objetivo de informar e formar cidadãos conscientes do seu dever para com o meio ambiente, enquanto ator social; Fiscalização e orientação aos proprietários de pontos estratégicos do mosquito da Dengue ( borracharias, ferro velho, casas de seleção de lixo reciclável); Mais investimento em saneamento básico, em segurança pública ostensiva, melhoria em iluminação pública, na construção de áreas de lazer e esporte (praças e quadras poliesportivas), acessibilidade (calçadas padronizadas com rampas, pavimentação e drenagem), escolas de ensino médio, melhoria nos postos de saúde, limpeza urbana nos terrenos desocupado, fiscalização ambiental nas áreas próximas ao Rio Golandim; Quando se referem à educação ambiental, situam-na em contexto mais amplo, o da educação para a cidadania, configurando-a como elemento determinante para a consolidação de sujeitos cidadãos. O desafio do fortalecimento da cidadania para a população como um todo, e não para um grupo restrito, concretiza-se pela possibilidade de cada pessoa ser portadora de direitos e deveres, e de se converter, portanto, em ator coresponsável na defesa da qualidade de vida. O principal eixo de atuação da educação ambiental deve buscar, acima de tudo, a solidariedade, a igualdade e o respeito à diferença através de formas democráticas de atuação baseadas em práticas interativas e dialógicas. Isto se consubstancia no objetivo de criar novas atitudes e comportamentos diante do consumo na nossa sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos (JACOBI, 1997: p.384). CONCLUSÃO Diante dos resultados, é com clareza que verificamos na execução desse trabalho, a vulnerabilidade da sua infraestrutura, pois a Comunidade Golandim necessita, sobretudo, de boas condições sanitárias. Observou-se também a falta de consciência ambiental e exercício de cidadania dos moradores da comunidade, principalmente em relação aos seus deveres, superlativando os problemas ambientais presentes, pondo em risco a qualidade de vida da própria comunidade local futuramente, requerendo maior investimento para reparar essas deficiências, visando a redução de casos de doenças causadas por pragas urbanas, e, sobretudo, a Dengue. 7
Portanto, o que se propõem no presente trabalho, primeiramente, uma formação pedagógica aos agentes comunitários, capacitação para os profissionais da educação atuantes nas escolas locais para trabalhar a conscientização e formação dos alunos; lançando mais campanhas mobilizadoras (focando a importância do Rio Golandim) e a implantação de postos de coleta seletiva para incentivar a comunidade a prática de separar o lixo reciclável do não reciclável. Para tanto, é preciso que se articule politicas urbanas com politicas setoriais para a integração das secretarias, garantindo a adesão e comprometimento na mobilização e sensibilização da população a respeito dos problemas ambientais locais. Portanto, um trabalho contínuo junto a Comunidade Golandim para melhoria da qualidade de vida, pois a reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, com o apoio da comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. - Censo 2010 resultados comparados (1970 2010); IDEMA Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente. Perfil do município São Gonçalo do Amarante; JACOBI, Pedro. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade, Cadernos de Pesquisa, n. 118, março/2003: p.192;.. Meio ambiente urbano e sustentabilidade: alguns elementos para a reflexão. In: CAVALCANTI, C. (org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1997: p.384-390. MEDINA, N.M. Breve histórico da Educação Ambiental. In: PÁDUA, S.M.; SEGUNDO, Espedito L. C.; Galvão, Sara A. de O. Criação de suínos em áreas irregulares próximas a bacia hidrográfica do rio Golandim no município de São Gonçalo do Amarante-RN. Monografia, FARN. 2010. SEMURB Secretaria do meio ambiente e urbanismo mapa do Golandim. TABANEZ, M.F. (orgs.) Educação Ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília: Instituto de Pesquisas Ecológicas IPÊ. 1997. (p. 257-269). 8